pdf-2016-08-04-18-35-30
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evendo o papel do profissional de Educação<br />
Física dentro das escolas e está cada vez mais<br />
limitando o papel da Educação Física e fazendo<br />
com que isso afete também os futuros talentos<br />
que saíam antigamente das escolas e então,<br />
acho que é isso, a grande saída para o Brasil, não<br />
sei em outros países, mas pelo menos para nós,<br />
aqui, é incentivar cada vez mais e capacitar cada<br />
vez mais os profissionais de Psicologia que vão<br />
atuar em projetos sociais.<br />
Luiz Eduardo Valiengo Berni: Considero bem legal<br />
essa questão que a colega aponta do Código<br />
de Ética versus o marcos regulatório; esta é<br />
sempre uma atenção importante, não só a área<br />
do esporte ou a Psicologia do Esporte que traz<br />
isso, mas toda a Psicologia tem esse tensionamento,<br />
por isso que eu gosto de trabalhar com<br />
os princípios fundamentais, porque os princípios,<br />
eles são princípios para conduta, tudo bem, depois<br />
a gente tem o que é possível, o que é dever<br />
e o que é vedado, mas quer dizer, se olharmos<br />
a coisa do ponto de vista dos princípios, eu<br />
acho que ele dialoga muito bem com políticas<br />
públicas, com os marcos regulatórios e, talvez,<br />
a gente precise de pequenos ajustes nesse ou<br />
naquele artigo que possam interferir nos marcos<br />
regulatórios, daí a importância das forças<br />
que eu falava, então tensionamento provocado<br />
pela associação de psicólogos do esporte, a Associação<br />
Brasileira dos Psicólogos do Esporte é<br />
que vai fazer a pauta acontecer, é nesse diálogo<br />
que vai acontecer e ela acontece onde? Como é<br />
que as coisas são pautadas para que a Psicologia<br />
brasileira possa refletir sobre isso? Ela vai<br />
acontecer na sua instância máxima, que é o CNP<br />
– Congresso Nacional da Psicologia, que nós vamos<br />
ter em <strong>2016</strong>. Então, por exemplo, enquanto<br />
a sociedade de psicólogos se organiza para participar<br />
desses debates, a Associação da Psicologia<br />
do Esporte - imagino que deva existir mais<br />
de uma associação -, ou só tem uma associação<br />
brasileira? Só tem uma, mas tem outras associações<br />
que não estão vinculadas? Ah, então, existe<br />
mais de uma associação, porque se existe mais<br />
de uma, elas devem ter olhares distintos, que<br />
refletem ideologias, entendendo a interessante<br />
essa visão, a ciência do esporte, a Psicologia<br />
sendo uma das ciências do esporte, tem a mesma<br />
relação que existe nas ciências da religião;<br />
há quem defenda um campo integrado de ciências<br />
da religião, mas as ciências da religião são<br />
compostas pela Psicologia, Antropologia, outras<br />
tantas. Então, quer dizer, esse lugar da Psicologia<br />
é também em outras áreas, e é bacana que<br />
assim seja, porque a Psicologia tem uma enorme<br />
dispersão dentro da… é um campo não unificado,<br />
isso é muito importante que a gente entenda: o<br />
que é um campo não unificado? Que é diferente<br />
da física que tem campo unificado. Campo<br />
unificado traz a seguinte situação para nós; um<br />
psicólogo social se entende perfeitamente com<br />
o antropólogo; um psicólogo comportamental se<br />
entende perfeitamente com o biólogo; e esses<br />
dois psicólogos não se entendem entre si. Entendem?<br />
Quer dizer, o campo não unificado traz<br />
esse tipo de problemática. Então, o nosso campo<br />
não é unificado, então há uma dispersão grande<br />
de áreas que estão disputando; ainda acho que<br />
apesar dos vinte anos da Psicologia do Esporte,<br />
por exemplo, se eu for pegar… eu vejo a Psicologia<br />
transpessoal como uma Psicologia emergente<br />
e ela nasceu nos anos 1960, entendem, quer<br />
dizer, eu acho que o lugar de emergência é um<br />
lugar de penetração social, como é o caso da<br />
Psicanálise, aquilo que eu falava, ela é conhecida<br />
e reconhecida, então, há uma atenção aí que vale<br />
a pena olhar, eu acho que existem, por exemplo,<br />
a Psicologia, você falava do Skype, então, você<br />
deve conhecer a Resolução 11/2012, você tem<br />
lá o seu site e tal, então, que é uma área pouco<br />
conhecida, mas regulamentada. Então, por que<br />
tem regulamentação de campo? Por que o CFP<br />
lança uma resolução? Porque o campo apresenta<br />
alguma problemática. Parece-me que não é<br />
o caso do esporte, porque existe uma questão,<br />
uma especialização que tem um nó grande dentro<br />
do sistema; agora com o marco regulatório<br />
dentro da especialização, aumentaram ainda,<br />
eu acho que… eu não sou a pessoa mais talhada<br />
para falar das especializações, mas entendo que<br />
como não tem uma resolução para a Psicologia<br />
do Esporte, não é um campo que está com o seu<br />
fazer já reconhecido, mas talvez não seja muito<br />
conhecido. Nesse sentido é que eu falo da emergência,<br />
como é o caso da Psicologia transpessoal;<br />
então quer dizer, esse tensionamento é interessante,<br />
importante e acho que as associações<br />
estarem e entrarem no diálogo é fundamental.<br />
Camila Teodoro Godinho: Vamos tentar colocar<br />
algumas questões também que foram enviadas<br />
pela internet. Então, tem uma pergunta para a<br />
Alessandra e uma pergunta para a Fabiana do<br />
Willian para Alessandra: “Gostaria de saber qual<br />
é a rotina que a Alessandra tem com a seleção<br />
de handebol e se a participação do psicólogo é<br />
diária no cotidiano dos atletas”.<br />
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CADERNOS TEMáTiCOS CRP SP Psicologia do Esporte: Contribuições para a atuação profissional