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positivo entre mídia e o trabalho da Psicologia; possibilitar<br />
que a Psicologia seja acessível ao público, a<br />
mídia pode ser esse canal; pensar, de fato, na possibilidade<br />
de discussões acerca do amparo que o Conselho<br />
pode dar aos profissionais que estão expostos<br />
aos fenômenos midiáticos, porque eu me sinto sozinha,<br />
mas também tenho recursos de enfrentar.<br />
Não identificado: Quando você fala de mídia,<br />
porque divulga pouco a atuação do psicólogo no<br />
meio esportivo?<br />
Alessandra Dutra: Porque divulga errado, colocam<br />
sempre a nossa figura como o salvador da pátria,<br />
aquele, o detalhe especial, e não, nós fazemos<br />
parte de mais uma preparação. Não existe a preparação<br />
física? Técnica? Tática? Tem a psicológica. Temos<br />
que entender que nós não somos nem melhores e<br />
nem piores, é uma preparação. Se não criarmos essa<br />
naturalização, eles não vão naturalizar nada, mesmo.<br />
Então, no alto rendimento ficamos muito expostos<br />
a todo momento, o que falar, como falar. Não podemos<br />
nem ser bicho do mato e aí, acho que isso vai<br />
aumentar, esse aspecto de mitificar o nosso trabalho<br />
e também acho que não podemos ser showbiz, assim!<br />
Ou então, como fala, autopromoção, porque acredito<br />
que quando você está ali dando uma entrevista, você<br />
não é você, você está ali representando uma categoria<br />
profissional. Então, quanto mais eu me sair bem<br />
nessa entrevista, mais os psicólogos esportivos, os<br />
psicólogos, a minha categoria profissional vai sobressair.<br />
Então, você não tem que pensar: “Eu, eu, eu…”,<br />
isso é uma coisa muito complicada. Se o atleta quiser<br />
falar, se a mídia quiser falar, problema deles, mas<br />
temos que ter uma postura um pouquinho diferente.<br />
E, assim, eu sofro muito, eu quero muito que os Conselhos<br />
se mobilizem a ponto de nos protegerem nas<br />
Olimpíadas, por exemplo, que vêm aí. Só para vocês<br />
saberem que existem as parcerias: “Ponto & Vírgula”,<br />
a “Photo&Grafia” que são as assessorias, duas<br />
das quatro com as quais eu trabalho. E os canais de<br />
mídia devem ser discutidos e conscientizados para<br />
Facebook, Twitter, aplicativos de celular, tudo leva<br />
hoje para que a mídia aconteça. Não tem jeito, não<br />
podemos fugir da mídia, não dá mais para fugir, não<br />
dá mais para não ter WhatsApp. Por exemplo: “Alessandra,<br />
como é que você atende o polonês?”. “Eu<br />
atendo por Skype”. “Conselho, então registra lá que<br />
é possível Skype”, porque o Skype está aí, é um recurso<br />
tecnológico. isso vai deixar de ser ético porque<br />
estou fazendo pelo Skype? A não ser que eu tenho<br />
que ter um contexto para estar no Skype, não posso<br />
banalizar o Skype, assim como não posso banalizar o<br />
WhatsApp. Obrigada, era isso que eu queria falar.