Finame

trabalhar com pessoas seniors de algumas empresas siderúrgicas – funcionários
da Usiminas, da Cosipa, da CSN –, um pessoal com muita experiência que dava
suporte aos iniciantes da FINAME, contextualizando, por exemplo, os principais
equipamentos de uma siderúrgica e que tecnologias eram usadas. Aprendi muito
com eles e talvez tenha sido uma das melhores fases da minha vida aqui. Depois
fui trabalhar no Departamento de Operações, onde fiquei bastante tempo como
gerente. Acabei acumulando outras funções, passando posteriormente a chefe
de departamento e depois a superintendente. Trabalhei com os programas da
FINAME pelo menos uns 20 anos, lidando com agentes financeiros e operações
da rede bancária. A cultura do Banco é análise de investimentos; eles têm uma
avaliação de projeto e de risco que é naturalmente muito mais longa; já a FINAME
foi um instrumento criado em separado só para financiar a compra isolada de
máquinas e equipamentos e desenvolver a indústria nacional de máquinas e equipamentos
de uma forma mais rápida. Naquela época, a meta do departamento de
operações era, em 48 horas, aprovar, liberar ou devolver a solicitação de financiamento
encaminhada pelo agente financeiro. Foi uma fase de aprendizado muito
boa, a FINAME tinha um número reduzido de funcionários, era como uma família,
todo mundo se conhecia e trabalhávamos como loucos. Eram muitos processos
para credenciamento, muitos processos de consulta prévia, programa Siderbrás,
expansão da Cosipa, expansão da CSN, implantação de Tubarão, financiamento
de todos os equipamentos componentes desses grandes projetos. A avaliação de
todos esses processos demandava muita dedicação e trabalho. Além disso, passamos
por muitas fases, muitos planos econômicos. Com a inflação elevada, tivemos
vários planos econômicos. As moedas também mudavam: cruzeiro, cruzado, cru-
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