Finame

BNDESPAR, e isso era inédito. Até então, para ser demitido havia todo um processo,
somente por razões muito graves. Na “era Collor” foi diferente, surgindo
essa possibilidade de demissão. Isso aterrorizou as pessoas, todo mundo ficou
apavorado, foi um grande rebuliço e um enorme clima de inquietação. O Banco
conseguiu uma alternativa menos dolorosa, oferecendo o que chamamos hoje de
PDV, que era um plus para quem quisesse se desligar voluntariamente. Como, na
época, a situação financeira do país era muito ruim, muitos acabaram optando por
sair para tentar outras coisas lá fora, como, por exemplo, abrir o próprio negócio.
Isso facilitou a criação de uma lista de demissão. Foi uma época muito conturbada,
consequência dessa desestabilidade, o que deixou as pessoas muito inseguras.
Logo depois ocorreu a fusão das áreas administrativas do Banco, da BNDESPAR e
da FINAME, foi quando meu departamento foi absorvido pelo Banco.
219
Jorge Henrique fala das mudanças ocorridas com a fusão e lembra as dificuldades
encontradas para equalizar os procedimentos de recursos humanos.
A Divisão de Pessoal da FINAME (DIVPE) foi sendo desfeita aos poucos. A ideia era
juntar todas as informações de pessoal numa área só. Era como se pegássemos
o nosso trabalho e tentássemos juntar com aquele que já acontecia no BNDES,
e que não era igual. Os salários não eram iguais, a tabela salarial era outra, a
classificação de cargos era diferente, a nomenclatura, as funções de cada cargo,
as exigências dos cargos, os programas do Banco eram diferentes. Até os nossos