Finame

ninguém mais usou. Mas essas características da FINAME nós gostávamos de preservar.
Podia ser a coisa mais absurda e arbitrária, mas a gente preservava porque
dava uma identidade em comparação com o Banco. Depois que viemos para este
prédio, começamos a conviver mais de perto com o pessoal do Banco, o pessoal
do BNDESPAR, que também era bem mais liberal, e fomos entrando nos eixos,
digamos assim. Abolimos o cartão. Depois o próprio banco implantou a catraca,
que valia para todo mundo.
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No meio de tanto trabalho, o destino uniu Hugo a Regina, à qual, anos antes, havia
entrevistado para admissão na FINAME. Depois de alguns anos trabalhando juntos
– Hugo era chefe de Regina –, descobriram afinidades de gosto e intelectuais,
começaram a almoçar juntos e “a amizade evoluiu”, como diz Hugo.
Eu brinco muito com ela, porque ela tinha o hábito de usar meias soquetes e eu digo
que me interessei pelas meias! Sobre essas coisas de sentimento não se tem controle.
Acontece. Estávamos muito próximos, muito juntos, e fomos nos envolvendo. Aí a
coisa passou de um estágio de simples amizade para um outro... mais evoluído. Eu
era casado na época e já tinha dois filhos. Mas, quando acontece uma coisa dessas,
a gente sempre tem que optar. E dizem que o segundo casamento é a esperança
vencendo a experiência. E foi mais ou menos isso que aconteceu e deu certo. Deu
tão certo, que estamos juntos há vinte e oito anos e temos uma filha de 27 anos.
Depois da área social, fui para o
departamento de energia da área de
infraestrutura. E foi lá que mais me diverti,
porque viajava muito fiscalizando as obras
financiadas pelo Banco no Brasil inteiro, da
Amazônia ao Rio Grande do Sul. Nos quatro
ou cinco anos que eu fiquei lá, viajei à beça
fiscalizando obras financiadas pelo Banco.