Finame

zado para não haver anistia. Então, tivemos que entrar na justiça. Depois, o governo
Lula reviu tudo, por meio de outra comissão, e teve um pessoal que retornou em
2010. O governo da Dilma continuou a analisar os anistiados e algumas pessoas
retornaram por meio da justiça.
Roberto fala sobre o que fez durante o período em que seu processo ficou na Justiça
até a sua volta em 2004 e o que as mudanças da fusão significaram para ele.
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Quando saí, a ideia era ter um negócio próprio com um amigo de infância. Procurando
franquias, batemos no Mc Donalds, mas nem chegamos a ser atendidos. No
primeiro telefonema, a pessoa falou que tínhamos que ter cerca de quinhentos mil
dólares na conta e sermos bem-sucedidos em um emprego executivo. O pai desse
amigo era presidente da White Martins e ficou interessado. Tinha esse dinheiro e,
com seus contatos, conseguiu uma entrevista. Em 1991 eles montaram um McDonalds
em Vitória e me chamaram para fazer parte da sociedade, entrando com a
mão de obra. Fui trainee durante oito meses. Depois passei para gerente da loja do
Shopping Vitória, porque eles abriram outra. Fui supervisor de todas as lojas deles
e voltei ao Rio para montar um restaurante, em 1994, em sociedade com um tio.
Depois de dois anos e meio passamos o ponto e montei uma clínica de estética,
onde fiquei por dois anos. Mais tarde, em Miguel Pereira, montei um jornal estilo
Balcão. Um ano e meio, dois anos depois, vendi o jornal e fui para Arraial do Cabo
gerenciar um hotel da Marinha durante uns dois anos e meio. Paralelamente, montei
em sociedade uma empresa de eventos. Tirava por volta de seis mil reais e estava
Quando saiu a anistia, minha vida estava toda
estruturada, mas, mediante essa possibilidade
do BNDES, que era muito bem falado na época,
eu desfiz a sociedade, pedi demissão e vim.