Finame

Valdir da Silva
Valdir da Silva entrou para a FINAME quando ainda menor de idade. Ele conta como
foi difícil trocar o sonho de ser músico pelo emprego ao atingir a maior idade.
Eu entrei em 20 de fevereiro de 1984, como mensageiro. Minha mãe era costureira,
meu pai era motorista de caminhão, então já se pensava em eu trabalhar para ter
a minha renda. Por intermédio de um vizinho eu fui indicado para uma entrevista.
Foram seis meninos para quatro vagas. Eu tinha todos os documentos: carteira de
saúde, carteira de trabalho, CPF, identidade (documentos que me ajudaram muito),
tudo tirado pela minha mãe. Aí fiz aqueles exames da época. Entrei para a FINAME
com 14 anos, com contrato de quatro anos. Aos 18 anos, na época de servir às Forças
Armadas, o país estava passando também por uma mudança na qual as estatais
não poderiam mais contratar, o acesso teria que ser por concurso e, como nós já estávamos
aqui, foi dada esta oportunidade de continuar na FINAME. Fiz um concurso
interno, passei, dei baixa na Marinha e entrei como funcionário no setor de microfilmagem.
Foi uma decisão difícil, porque eu tinha estudado a minha vida toda para
ser músico da Marinha. Amigos do meu pai, que eram da Marinha, estavam nesse
sonho comigo. Eu pensei: “Eu vou continuar na FINAME, se eu achar que não vai dar
certo, eu posso depois entrar para a Marinha como civil”. Então fiquei, fiz faculdade
e me formei em Administração. A coisa foi evoluindo de uma forma que eu acabei
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