Finame

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Depois da minha entrevista de admissão com o diretor executivo, a primeira recomendação
dele foi que eu cortasse o cabelo e fosse trabalhar de terno. Assim que
cheguei, o pessoal me fez correr todas as áreas da FINAME atrás de um tíquete que
me daria direito a um lanche. Todas as pessoas a quem eu perguntava sobre o tal
tíquete me repassavam a outra pessoa de outro departamento. Fui fazendo isso até
chegar a um chefe de departamento, que falou: “Luiz, não tem isso de tíquete, não
precisa de tíquete nenhum”. E eu ainda demorei para entender. Passei por umas 15
pessoas e todo mundo rindo da minha cara. Era o trote! (risos) Nessa época, boa
parte da equipe era nova, quase todos tinham entre 25 e 30 anos de idade, eram
comuns essas brincadeiras e o pessoal mais senior também se divertia. Havia uma
loja aqui no Centro que vendia umas brincadeiras, entre elas moedas que explodiam
quando se retirava o peso de cima. Chamava-se Casa das Mágicas. Uma dessas
moedas acabou no meio de alguns documentos que foram enviados à secretária
da diretoria. Acho que esquecemos, não sei o que aconteceu. De repente, do nada
escutamos um grito. O diretor, todo sério, saiu da sala e perguntou à secretária o
que tinha acontecido e ela falou que não era nada. Mas era a moeda – ela levantou
o documento, a moeda explodiu e ela levou um baita susto. (risos)
Em 2010, quando passei a ser o senior da turma nova da área de comércio exterior, foi
outra fase muito legal. Lembrei-me de quando entrei para a FINAME; eu me enxergava
naqueles jovens. Quando me aposentei, eles escreveram as frases que eu costumava
falar em vários papéis, com desenhos e caricaturas. Eles não sabem disso, mas mandei
emoldurar tudo e está no meu escritório em casa. Era um ambiente de muito esforço;
se precisasse virar a noite, nós virávamos sem problema. Porém, ao mesmo tempo,
éramos uma família, nós nos tratávamos como irmãos, era muito bom.
Em 2010, quando passei a ser o senior da
turma nova da área de comércio exterior,
foi outra fase muito legal. Lembrei-me
de quando entrei para a FINAME; eu me
enxergava naqueles jovens. Quando me
aposentei, eles escreveram as frases que
eu costumava falar em vários papéis, com
desenhos e caricaturas.