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edição de 19 de setembro de 2016

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propmark.com.br<br />

cinema ganha<br />

homenagem da sky<br />

A sétima arte é tema<br />

<strong>de</strong> uma nova campanha<br />

da Sky, criada<br />

pela FCB Brasil, com<br />

Gisele Bündchen. A<br />

empresa também conta<br />

com o humorista<br />

Fábio Porchat. pág. 52<br />

newcomm queR<br />

ampliaR negócios<br />

O Newcomm, ligado<br />

a marcas como Y&R e<br />

Grey, do WPP, tem planos<br />

<strong>de</strong> buscar novos<br />

negócios em publicida<strong>de</strong>.<br />

A meta é <strong>de</strong> Marcos<br />

Quintela, presi<strong>de</strong>nte<br />

do grupo. pág. 26<br />

ano 52 - Nº 2614 - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> R$ 12,00<br />

ex-diRetoRa da vivo<br />

entRa na justiça<br />

Cris Duclos abriu<br />

processo contra a<br />

Telefônica pedindo<br />

reintegração do seu<br />

emprego. Ela também<br />

reivindica sindicância<br />

na área <strong>de</strong> marketing<br />

do anunciante. pág. 10<br />

live marketing<br />

movimenta<br />

R$ 44 bilhões<br />

estudo com 156 empresas da área <strong>de</strong><br />

eventos e <strong>de</strong> outras ações promocionais<br />

mostra dinâmica e perspectivas<br />

do segmento. pág. 38<br />

Kirillm/iStock


editorial<br />

Armando Ferrentini<br />

aferrentini@editorareferencia.com.br<br />

Confundir sem explicar<br />

Uma vez mais somos obrigados a abordar a política nacional<br />

e alguns dos seus protagonistas, neste editorial que <strong>de</strong>veria<br />

se ater mais aos fatos recentes da comunicação do marketing.<br />

Po<strong>de</strong>ríamos comemorar a melhora que já se verifica no mercado,<br />

embora ainda tímida, com a publicida<strong>de</strong> voltando a ser parte<br />

importante nos espaços e na secundagem das mídias, o que ainda<br />

não significa o fim da crise, mas já um bom aceno <strong>de</strong> que <strong>de</strong>le<br />

estamos nos aproximando.<br />

Temos, porém, <strong>de</strong> falar da política, combustão sem a qual a or<strong>de</strong>m<br />

econômica <strong>de</strong>sanda. E aqui queremos nos referir obviamente<br />

à boa política, a que proporciona a eficiente gestão da<br />

coisa pública, espalhando confiança na população e incentivando<br />

os investidores a confiar no país.<br />

me população, milhões <strong>de</strong> pessoas crédulas, que po<strong>de</strong>m não<br />

acreditar em papai-noel, mas, por ingenuida<strong>de</strong> ou necessida<strong>de</strong>,<br />

acreditam nesses biotipos <strong>de</strong> salvadores da pátria que com frequência<br />

têm aparecido na história do Brasil.<br />

E o que ele disse foi o mesmo <strong>de</strong> sempre: pobre e vencedor, <strong>de</strong>sperta<br />

a ira dos po<strong>de</strong>rosos, que não querem que outros pobres<br />

como ele an<strong>de</strong>m <strong>de</strong> avião. Bem a propósito, essa figura <strong>de</strong> retórica<br />

é mais uma das suas inverda<strong>de</strong>s, pois, muito antes <strong>de</strong>le<br />

aparecer no cenário político nacional, as empresas aéreas já trabalhavam,<br />

através <strong>de</strong> criativas campanhas publicitárias, as classes<br />

menos favorecidas da população brasileira a viajar em seus<br />

aviões, conce<strong>de</strong>ndo facilida<strong>de</strong>s como o crediário e outras situações<br />

vantajosas, como o uso da milhagem para a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> viajar, algumas vezes até <strong>de</strong> graça.<br />

Todavia, <strong>de</strong>sgraçadamente, mesmo após o impeachment da então<br />

presi<strong>de</strong>nte da República Dilma Rousseff, seguido pela queda<br />

do in<strong>de</strong>sejável Eduardo Cunha, com seu mandato parlamentar<br />

cassado por esmagadora maioria dos seus pares, ainda temos <strong>de</strong><br />

conviver com o inconformismo do folclórico chefe da quadrilha<br />

que assaltou os cofres públicos do país.<br />

Fosse ele realmente patriota, sujeitar-se-ia a um silêncio obsequioso,<br />

na certeza <strong>de</strong> que assim contribuiria melhor com o povo<br />

que diz tanto ter amado e que, sem dúvida, boa parte <strong>de</strong>sse<br />

mesmo povo soube retribuir.<br />

Ocorre que a sua escassez cultural e consequente falta <strong>de</strong> discernimento<br />

sobre o valor das coisas e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r<br />

quando é hora <strong>de</strong> falar e hora <strong>de</strong> calar tumultuaram, uma<br />

vez mais, o país na última quinta-feira (15), quando discursou<br />

para uma plateia fechada em São Paulo, on<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ntre outros,<br />

sobressaíam como papagaios <strong>de</strong> pirata, se esforçando para aparecer<br />

nas fotos e telas, os senadores Gleise “cabelos black blocs”<br />

Hoffmann e o ex-presi<strong>de</strong>nte da UNE, Lin<strong>de</strong>nberg Farias.<br />

A plateia era realmente fechada e até mesmo os jornalistas presentes<br />

não pu<strong>de</strong>ram fazer perguntas ao principal e único orador,<br />

mas os meios que ele tanto acusa <strong>de</strong> tramarem contra si,<br />

por <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> ofício, <strong>de</strong>ram ampla cobertura a mais uma das suas<br />

bravatas <strong>de</strong> palanque.<br />

Então ele se sentiu à vonta<strong>de</strong>, chegando até mesmo a chorar um<br />

choro <strong>de</strong> jararaca ou crocodilo, como queiram os leitores. E isso<br />

foi visto e ouvido por todo o país, que possui, entre a sua enor-<br />

O curioso nessa história é que, coincidindo com o início do seu<br />

primeiro governo na Presidência da República e até muito recentemente,<br />

a classe operária e os <strong>de</strong>mais usuários dos assentos<br />

econômicos nos voos da aviação comercial passaram a pagar<br />

mais por isso.<br />

A consequência <strong>de</strong>ssa sua fala, que lembrou o talentoso Abelardo<br />

“Chacrinha” Barbosa, com o seu bordão “Não vim para<br />

explicar, vim para confundir”, foi um certo estremecimento na<br />

opinião pública brasileira, com gente importante como alguns<br />

formadores <strong>de</strong> opinião passando a criticar os corajosos integrantes<br />

do Ministério Público Fe<strong>de</strong>ral pelo “circo” que teriam<br />

armado para explicar a sua <strong>de</strong>núncia.<br />

Cada um enten<strong>de</strong> como quer. Nosso entendimento foi o <strong>de</strong> que<br />

estavam prestando contas à nação <strong>de</strong> um trabalho que envolve<br />

a culpabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um ex-presi<strong>de</strong>nte da República, que <strong>de</strong>ve ter<br />

sofrido todo o tipo <strong>de</strong> pressão para não ser concluído da forma<br />

como acabou sendo.<br />

Bem, se Lula quis confundir mais uma vez, conseguiu. Tomou-<br />

-se o direito <strong>de</strong> não explicar o que lhe havia sido imputado na<br />

<strong>de</strong>núncia, não permitindo inclusive, como já acima registramos,<br />

que jornalistas lhe fizessem perguntas.<br />

Não chegamos ao ponto <strong>de</strong> afirmar que o <strong>de</strong>nunciado virou o jogo.<br />

Muito longe disso, o juiz Sergio Moro vai <strong>de</strong>monstrar nos próximos<br />

dias. Mas, uma vez mais, atrapalhou o voo do país que tenta sair do<br />

chão, on<strong>de</strong> se encontra <strong>de</strong>vido aos estragos que o <strong>de</strong>nunciado e sua<br />

trupe têm lhe imposto durante muitos <strong>de</strong>stes últimos longos anos.<br />

FraSeS<br />

“tenho muitos medos.<br />

o maior <strong>de</strong>les é o <strong>de</strong>, algum dia,<br />

precisar lembrar às pessoas quem sou eu”.<br />

(Alex Periscinoto, no livro que leva o seu nome,<br />

em coautoria com Izabel Telles, Editora Best Seller)<br />

“Se não <strong>de</strong>rmos o golpe, eles o darão contra nós”.<br />

(Leonel Brizola, às vésperas do golpe militar <strong>de</strong> <strong>19</strong>64,<br />

narrado no livro A História do Brasil em frases,<br />

<strong>de</strong> Jaime Klintowitz, editado pela Texto Editores,<br />

do Grupo LeYa)<br />

“Não temos como provar, mas temos convicção”.<br />

(Frase não dita pelos Procuradores da República,<br />

explicando a <strong>de</strong>núncia <strong>de</strong> Lula da Silva na última quarta-feira<br />

(14) e, segundo consta, inventada por um blog)<br />

“Se esta obra fosse um disco, seria um álbum triplo.<br />

Se fosse um filme, seria um épico. Se fosse uma série <strong>de</strong><br />

tevê, seria sucesso por muitas temporadas. Uma história<br />

que, se não fosse real, seria difícil <strong>de</strong> acreditar”.<br />

(Washington Olivetto, sobre o livro Do vinil ao download,<br />

<strong>de</strong> André Midani, editado pela Nova Fronteira. A frase está<br />

impressa na quarta capa do livro)<br />

4 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


MeRcAdo<br />

Índice<br />

38<br />

Festival do clube <strong>de</strong><br />

criação foca na crise<br />

Expressão popular “tirar leite <strong>de</strong> pedra”, em<br />

referência ao cenário econômico do país,<br />

norteou palestras do evento que reuniu os<br />

principais nomes da criativida<strong>de</strong>. pág. 16<br />

MARcAS<br />

Sky investe<br />

em duas<br />

campanhas<br />

O cinema será o tema<br />

central da nova campanha<br />

<strong>de</strong> Sky. A ubermo<strong>de</strong>l Gisele<br />

Bündchen vai reviver<br />

personagens <strong>de</strong> filmes<br />

memoráveis. A campanha,<br />

criada pela FCB Brasil,<br />

estreia nesta segunda-feira<br />

(<strong>19</strong>). Fábio Porchat<br />

é a estrela <strong>de</strong> outra<br />

ação da marca. pág. 52<br />

cApA<br />

pesquisa mostra<br />

maior receptivida<strong>de</strong><br />

MMA Mobile Report garante que as pessoas<br />

estão dando mais atenção à propaganda<br />

no mobile. Hoje, os smartphones são<br />

indispensáveis para os brasileiros. pág. 12<br />

Live<br />

marketing<br />

cresce<br />

Setor movimentou em um ano<br />

R$ 44 bilhões, diz pesquisa<br />

encomendada pela Ampro. A Rio<br />

<strong>2016</strong> esteve recheada <strong>de</strong> ações que<br />

transformaram a Cida<strong>de</strong> Olímpica.<br />

pRêMioS<br />

Brasil tem 21<br />

troféus no clio<br />

O número <strong>de</strong> prêmios das agências brasileiras<br />

po<strong>de</strong> subir, já que no próximo dia 28 serão<br />

revelados os GPs, em Nova York. O Brasil também<br />

tem dois troféus na categoria Estudante. pág. 33<br />

epica Awards ganha<br />

mais uma categoria<br />

Premiação internacional <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong>, que<br />

será realizada em Berlim, agora tem a Olympic<br />

Games, que reconhecerá trabalhos realizados para<br />

Olimpíadas. Inscrições vão até dia 30. pág. 32<br />

<strong>de</strong>colar<br />

adota<br />

sitcom<br />

Campanha apresenta<br />

novo posicionamento:<br />

Decolar tem tudo para<br />

sua viagem, cujo formato<br />

privilegia o sitcom.<br />

A estratégia é mostrar<br />

que o site tem tudo<br />

o que uma família<br />

precisa para viajar.<br />

pág. 54<br />

Jor na lis ta res pon sá vel<br />

Ar man do Fer ren ti ni<br />

Diretores<br />

Ar man do Fer ren ti ni e Nel lo Fer ren ti ni<br />

Diretor <strong>de</strong> redação<br />

Marcello Queiroz<br />

editores<br />

Neu sa Spau luc ci<br />

Kelly Dores (Site)<br />

Alê Oliveira (Fotografia)<br />

editores-assistentes<br />

Cristiane Marsola<br />

Paulo Macedo<br />

repórteres<br />

Bárbara Barbosa (SP)<br />

Vinícius Novaes (SP)<br />

Mariana Zirondi (SP)<br />

Claudia Penteado (RJ)<br />

assistente <strong>de</strong> redação<br />

Vanessa Franco <strong>de</strong> Bastos<br />

editor <strong>de</strong> arte<br />

Adu nias Bis po da Luz<br />

assistentes <strong>de</strong> arte<br />

Lucas Boccatto<br />

Michel Medina<br />

revisor<br />

José Carlos Boanerges<br />

site<br />

propmark.com.br<br />

redação<br />

Rua Fran çois Coty, 228<br />

CEP 01524-030 – São Pau lo-SP<br />

Tels: (11) 2065-0772 e 2065-0766<br />

e- mail: re da cao@prop mark. com.br<br />

Departamento Comercial<br />

Diretor<br />

Renato Resston<br />

resston@editorareferencia.com.br<br />

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Monserrat Miró<br />

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Consultora <strong>de</strong> Marketing<br />

Tatiana Milani Ferrentini<br />

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Consultor Jurídico<br />

Tiago A. Milani Ferrentini<br />

(OAB/SP nº 186.504)<br />

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Coor<strong>de</strong>nadora<br />

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as ma té rias as si na das não re pre sen tam ne ces sa riamen<br />

te a opi nião <strong>de</strong>s te jor nal, po <strong>de</strong>n do até mes mo ser<br />

con trá rias a ela.<br />

6 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


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conexões<br />

Fórum<br />

Que fantástica a cobertura <strong>de</strong> 16 páginas<br />

do Fórum <strong>de</strong> Marketing Empresarial.<br />

Ficou ótima! Cumprimentos à<br />

editora e a sua equipe.<br />

Ana Lucia Ventorim<br />

Grupo Doria<br />

São Paulo - SP<br />

Idèo<br />

Em meu nome e dos meus parceiros<br />

envolvidos na discussão <strong>de</strong> revisarmos<br />

a lei da publicida<strong>de</strong> exterior na<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, quero agra<strong>de</strong>cer<br />

o apoio do PROPMARK na cobertura<br />

e divulgação do lançamento do<br />

Idèo, nosso braço institucional que<br />

vai legitimar o <strong>de</strong>bate sobre este polêmico<br />

tema, que há 10 anos extinguiu<br />

uma ativida<strong>de</strong> lícita da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São<br />

Paulo. A repercussão tem sido muito<br />

satisfatória e nacional, repercutindo<br />

nas entida<strong>de</strong>s ligadas à arquitetura e<br />

ao urbanismo e nas entida<strong>de</strong>s ligadas<br />

ao nosso setor que lutam para legitimar<br />

suas legislações regionais, objetivando<br />

ter a publicida<strong>de</strong> integrada na<br />

paisagem urbana dos municípios, porém<br />

com regras <strong>de</strong>finidas e com contrapartidas<br />

para os municípios. Temos<br />

certeza que <strong>de</strong>mos um gran<strong>de</strong><br />

passo e foi bastante positivo o apoio<br />

<strong>de</strong> vocês todos do PROPMARK.<br />

Luiz Roberto Valente<br />

São Paulo - SP<br />

Neve<br />

A iniciativa <strong>de</strong> Neve <strong>de</strong> fabricar um<br />

papel higiênico com um pontilhado<br />

que sugere a quantida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> uso<br />

é genial! Prova <strong>de</strong> que gran<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>ias<br />

moram na simplicida<strong>de</strong>. Parabéns<br />

à marca pela iniciativa, que sirva <strong>de</strong><br />

exemplo para outras empresas produzirem<br />

<strong>de</strong> forma mais sustentável.<br />

Rosana D’angelo Souza<br />

São Paulo - SP<br />

Brahma<br />

“Muito boa a i<strong>de</strong>ia dos rótulos da<br />

Brahma, que contam a história <strong>de</strong><br />

eventos importantes, como a inauguração<br />

do Teatro Municipal <strong>de</strong> São<br />

Paulo. Parabéns à agência Africa”<br />

Guilherme Prado<br />

São Paulo - SP<br />

Waze<br />

Adorei a entrevista do PROPMARK<br />

com o diretor-geral <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong><br />

do Waze no Brasil, André Loureiro.<br />

O aplicativo veio para facilitar a vida<br />

dos motoristas e está <strong>de</strong> parabéns!<br />

André Luiz<br />

São Paulo - SP<br />

última Hora<br />

DESIGN<br />

Especialista em marketing<br />

cenográfico, a MChecon<br />

vai coor<strong>de</strong>nar o novo<br />

store planning <strong>de</strong> 26<br />

concessionárias da marca<br />

Jaguar em todo o país.<br />

O processo começou na<br />

unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alphaville, na<br />

Gran<strong>de</strong> São Paulo, e vai<br />

envolver as <strong>de</strong>mais nos<br />

próximos meses. O projeto<br />

tem a assinatura da The<br />

Market Store.<br />

CRESCIMENTO<br />

A agência Heads, do<br />

empresário Claudio<br />

Loureiro, contabilizou um<br />

crescimento, entre 2013 e<br />

2015, <strong>de</strong> 40%, com média<br />

anual <strong>de</strong> 18,31%, segundo<br />

pesquisa da Delloite que a<br />

listou entre as 100 maiores<br />

empresas <strong>de</strong> pequeno e<br />

médio portes do país.<br />

dorinHo<br />

TRÂNSITO<br />

Para celebrar a Semana<br />

Nacional do Trânsito, que<br />

se esten<strong>de</strong> até o próximo<br />

dia 25, a Castrol organiza<br />

nesta terça-feira (20) o<br />

fórum Trânsito: Problemas<br />

e Soluções, no Hotel Gol<strong>de</strong>n<br />

Tulip Paulista Plaza, em São<br />

Paulo.<br />

ABA MÍDIA<br />

Luiz Kroeff, que atuou<br />

nas agências Denison<br />

Bates, Ogilvy Brasil, 141<br />

SohoSquare, Possible e Grey<br />

e atualmente é consultor<br />

<strong>de</strong> negócios da Tomorro\\\<br />

para a América Latina, é<br />

um dos convidados do ABA<br />

Mídia, que será realizado<br />

no próximo dia 22, em São<br />

Paulo. Ele vai participar do<br />

painel Adblocling e adfrau<strong>de</strong>:<br />

prejuízo para as marcas e<br />

publishers.<br />

Post: “Enquanto procuram<br />

o novo o bom anda sumido”<br />

é tema no Festival do Clube<br />

“Perfeito, querido Rynaldo Labuto<br />

Gondim”<br />

Gustavo Bastos<br />

Post: Starbucks faz mudança<br />

no cardápio das lojas no Brasil<br />

“Tô tomando um churras latte enquanto<br />

leio isso”<br />

Clara Lopes<br />

Disqus (comentários no<br />

site <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> <strong>setembro</strong><br />

a 16 <strong>de</strong> <strong>setembro</strong>)<br />

“Godim é f...”<br />

Danilo Amorim<br />

Post: “Cai a rejeição à<br />

publicida<strong>de</strong> mobile no Brasil”<br />

“O leite das crianças agra<strong>de</strong>ce”<br />

Weuler Gomes<br />

“Amém”<br />

Wes Paranhos<br />

Post: Neymar se ‘lança’ como<br />

cantor para promoção <strong>de</strong> Snickers<br />

“Snickers queimou o filme!”<br />

Felippe H D <strong>de</strong> Castro<br />

Post: Segmentação <strong>de</strong><br />

público po<strong>de</strong> melhorar<br />

relacionamento com clientes<br />

“Ótimo conteúdo!”<br />

Luan Licidonio<br />

Post: Lew’Lara\TBWA <strong>de</strong>ixa<br />

a concorrência do Pão <strong>de</strong><br />

Açúcar<br />

“Quem ganhar, per<strong>de</strong>”<br />

Leão <strong>de</strong> Bronze<br />

8 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


merCaDo<br />

Cris Duclos recorre à Justiça contra<br />

a Vivo para recuperar sua reputação<br />

Executiva contratou o escritório Peixoto e Cury Advogados para<br />

reivindicar a reintegração <strong>de</strong> emprego e sindicância <strong>de</strong> dados<br />

Paulo Macedo<br />

Afastada da diretoria <strong>de</strong><br />

imagem e comunicação<br />

da marca Vivo há cerca <strong>de</strong> três<br />

meses, a executiva Cris Duclos<br />

ingressou com um processo<br />

contra a empresa no último dia<br />

13 na 33ª Vara <strong>de</strong> Trabalho, em<br />

São Paulo. O <strong>de</strong>sligamento da<br />

executiva foi acompanhado <strong>de</strong><br />

uma onda <strong>de</strong> especulações com<br />

acusações <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s irregulares<br />

em contratos da área <strong>de</strong><br />

marketing ligada à Vivo.<br />

Cris Duclos reivindica no<br />

pedido, com orientação do advogado<br />

Antonio Carlos Aguiar,<br />

do escritório Peixoto e Cury, a<br />

reintegração do seu emprego<br />

e abertura <strong>de</strong> uma sindicância<br />

para i<strong>de</strong>ntificar as prováveis<br />

irregularida<strong>de</strong>s na área <strong>de</strong> marketing<br />

do anunciante, que é<br />

atendido pela Africa, Y&R e<br />

DPZ&T. Ela alega que foi acusada<br />

publicamente, “mas sem<br />

nenhuma comprovação <strong>de</strong> <strong>de</strong>svios<br />

ou benefícios financeiros”.<br />

Ela <strong>de</strong>ixou a operadora <strong>de</strong><br />

serviços <strong>de</strong> telecomunicações<br />

no último dia 9 <strong>de</strong> junho, após<br />

oito anos na empresa, por iniciativa<br />

do empregador que,<br />

segundo ela, não externou nenhuma<br />

motivação relacionada<br />

a qualquer tipo <strong>de</strong> frau<strong>de</strong> na<br />

sua área, apenas uma reestruturação<br />

interna já prevista. A<br />

Telefônica, que controla a Vivo,<br />

assumiu na <strong>de</strong>missão os encargos<br />

do distrato com base na<br />

CLT (Consolidação das Leis do<br />

Trabalho). Ainda segundo Cris,<br />

a Vivo não fez objeção à opção<br />

<strong>de</strong> compra do automóvel que<br />

usava na empresa.<br />

Com sua imagem comprometida,<br />

Cris quer com a iniciativa<br />

judicial que a Telefônica<br />

abra os documentos internos<br />

que po<strong>de</strong>riam comprovar seu<br />

envolvimento com ativida<strong>de</strong>s<br />

ilícitas, que teriam sido <strong>de</strong>tectadas<br />

por uma auditoria na área<br />

solicitada pelo atual presi<strong>de</strong>nte<br />

da empresa, Amos Genish.<br />

Cris Duclos quer comprovar que não teve participação em <strong>de</strong>svios financeiros durante sua gestão no marketing da Vivo<br />

Questionada pela CVM (Comissão<br />

<strong>de</strong> Valores Mobiliários),<br />

diante do noticiário que <strong>de</strong>u<br />

conta <strong>de</strong>sse procedimento e<br />

apontava Cris Duclos como pivô<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>svios <strong>de</strong> até R$ 27 milhões<br />

e compra <strong>de</strong> imóveis como uma<br />

proprieda<strong>de</strong> na Fazenda Boa<br />

Vista, no interior <strong>de</strong> São Paulo,<br />

a empresa negou que tivesse<br />

feito sindicância para apurar as<br />

irregularida<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>ntificadas e<br />

apontadas no noticiário (blogs,<br />

rádios, TVs e sites apontaram<br />

Cris Duclos como pivô do<br />

problema). A profissional disse<br />

que alugou durante um ano um<br />

imóvel na área conhecida como<br />

vila da Fazenda Boa Vista período<br />

que sua mãe, já falecida,<br />

permaneceu durante tratamento<br />

médico.<br />

“O presi<strong>de</strong>nte da Telefônica<br />

tem casa no local e nos encontramos<br />

várias vezes no lá. Abri<br />

mão <strong>de</strong> viagens que fazíamos<br />

regularmente para manter a<br />

locação do imóvel. Depois,<br />

como temos muito amigos no<br />

condomínio, continuamos frequentando.<br />

Troquei muitos<br />

emails com toda a diretoria da<br />

empresa. Algumas vezes obtive<br />

resposta, mas na maioria das<br />

vezes não. Fui acusada <strong>de</strong> algo<br />

que não tem nenhum fato concreto.<br />

Por isso, <strong>de</strong>cidi ingressar<br />

na Justiça porque, se há algo<br />

contra mim, a empresa tem <strong>de</strong><br />

comprovar e, se não, também.<br />

Preciso trabalhar e é o que quero<br />

<strong>de</strong> volta à minha vida. Minha<br />

intenção não é uma in<strong>de</strong>nização,<br />

apenas comprovar que não<br />

tenho nada a ver com essa história”,<br />

disse Cris.<br />

“Temos uma carreira sólida<br />

no mercado e condições <strong>de</strong><br />

ter o patrimônio que construímos.<br />

Compramos um terreno<br />

em uma área secundária <strong>de</strong>sse<br />

condomínio. O valor divulgado<br />

não é o que pagamos. No início<br />

nem <strong>de</strong>i conta da gravida<strong>de</strong> do<br />

Alê Oliveira<br />

assunto, estava <strong>de</strong> férias. Quando<br />

retornamos é que vimos a<br />

dimensão do problema”, prosseguiu<br />

Ricardo Chester, marido<br />

<strong>de</strong> Cris.<br />

A reação passiva da Telefônica<br />

<strong>de</strong> não retrucar às informações<br />

veiculadas nos canais <strong>de</strong><br />

mídia teve impacto sintomático<br />

na carreira <strong>de</strong> Cris Duclos.<br />

A executiva relatou, no último<br />

dia 14, que reivindicava uma<br />

promoção para a posição <strong>de</strong><br />

vice-presi<strong>de</strong>nte com Christian<br />

Gebara, CRO (Chief Revenue<br />

Officer) e seu superior na empresa.<br />

No último mês <strong>de</strong> maio<br />

recebeu a notícia, nas suas palavras,<br />

<strong>de</strong> que o empregador<br />

tinha outros planos para a área<br />

mercadológica e ela não fazia<br />

mais parte do projeto.<br />

Representante brasileira no<br />

júri da competição Creative<br />

Effectiveness Lions do Festival<br />

Internacional <strong>de</strong> Criativida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>2016</strong>, em Cannes, Cris tentou<br />

10 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


negociar sua saída para uma data posterior<br />

à sua participação no evento, para o qual<br />

foi indicada e atuou como representante da<br />

Vivo, pedido que lhe foi negado.<br />

Após o seu <strong>de</strong>sligamento, Cris passou a<br />

viver um inferno astral que comprometeu<br />

a negociação que estava mantendo com um<br />

novo empregador. O headhunter lhe informou<br />

que, diante do cenário, não teria como<br />

prosseguir com a negociação. Cris não revela<br />

o nome da empresa, mas afirma que tem<br />

a confiança <strong>de</strong> retomar a conversa após o<br />

<strong>de</strong>sfecho do caso. Segundo fontes, uma das<br />

empresas que Cris estava negociando era o<br />

Google.<br />

O imbróglio também envolveu o seu marido,<br />

que é um profissional <strong>de</strong> criação da<br />

publicida<strong>de</strong> brasileira. No auge do noticiário<br />

especulativo, ele estava na equipe <strong>de</strong><br />

criação da AlmapBBDO, após passagem pela<br />

Africa. Chester estava <strong>de</strong> férias quando foi<br />

informado por um colega <strong>de</strong> agência sobre<br />

os boatos. Ele foi citado pelas fontes dos jornalistas<br />

como sendo o agente que emitia as<br />

notas fiscais das comissões ilícitas.<br />

Chester nega e exibiu ao PROPMARK as<br />

notas fiscais emitidas contra as agências<br />

para as quais trabalhou e trabalha, além dos<br />

recibos <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitos referentes aos seus<br />

pró-labores. Chester também fez questão<br />

<strong>de</strong> apresentar o contrato <strong>de</strong> compra do terreno<br />

<strong>de</strong> três mil metros quadrados na Fazenda<br />

Boa Vista, que custou R$ 1,6 milhão.<br />

O marido <strong>de</strong> Cris solicitou uma licença da<br />

AlmapBBDO, mas retornou ao trabalho no<br />

último dia 10, segundo sua expressão, mas<br />

a agência afirma que ele continua afastado<br />

das suas funções.<br />

“Vou reaver o cargo para que a empresa<br />

explique com todas as linhas se a auditoria<br />

existiu ou não. Tornarei transparente também<br />

os contratos com as agências <strong>de</strong> propaganda.<br />

Tenho certeza que as agências não<br />

têm nada a escon<strong>de</strong>r. Só assim terei <strong>de</strong> volta<br />

minha reputação e a do meu marido, vítima<br />

também <strong>de</strong>ssa situação”, disse Cris no comunicado<br />

à imprensa elaborado pela Giusti<br />

Comunicação, do empresário Edson Giusti,<br />

que está coor<strong>de</strong>nando a gestão da crise.<br />

O advogado Antonio Carlos Aguiar, com<br />

base no Artigo 5º da Constituição Fe<strong>de</strong>ral,<br />

no Inciso XIV, também explicou no comunicado<br />

que “todo e qualquer tipo <strong>de</strong> ataque<br />

ao patrimônio jurídico do cidadão somente<br />

po<strong>de</strong> ser levado a efeito após lhe ser fraqueado<br />

o direito <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa. O que ela preten<strong>de</strong><br />

é justamente exercer esse direito, reconhecido<br />

como direito laboral inespecífico”. Cris<br />

Duclos e Ricardo Chester também contrataram<br />

a auditoria financeira Grant Thornton<br />

para uma análise dos seus ganhos nos últimos<br />

cinco anos.<br />

“Abrimos todo o nosso sigilo bancário e<br />

fiscal. Abrimos nossa vida. Tudo o que conquistamos<br />

foi através <strong>de</strong> nosso trabalho.<br />

Falamos isso <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o o primeiro momento.<br />

Vários amigos nos disseram: abram tudo.<br />

Mostrem. Para isso, então, contratamos<br />

uma das melhores auditorias do mercado<br />

para fazer um levantamento minucioso <strong>de</strong><br />

todo o nosso patrimônio. Não temos nada a<br />

escon<strong>de</strong>r”, <strong>de</strong>clararam Cris e Chester através<br />

do comunicado oficial.<br />

Consultada, a assessoria <strong>de</strong> imprensa do<br />

Grupo Telefônica disse que ainda não fora notificada<br />

pelo Ministério Público sobre a questão<br />

e, portanto, não po<strong>de</strong>ria se manifestar.<br />

jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 11


merCado<br />

Pesquisa mostra que aumentou a<br />

receptivida<strong>de</strong> à publicida<strong>de</strong> mobile<br />

Estudo da Millward Brown e NetQuest para MMA aponta que, em 2015,<br />

41% das pessoas não clicavam em anúncios, sendo que agora são 32%<br />

KELLY DORES<br />

Recentemente, o IBGE (Instituto<br />

Brasileiro <strong>de</strong> Geografia<br />

e Estatística) mostrou que<br />

80% das casas no país acessam<br />

a internet pelo celular, que ultrapassou<br />

pela primeira vez o<br />

<strong>de</strong>sktop. Se o aparelho hoje é<br />

indispensável para os brasileiros<br />

– estamos perto <strong>de</strong> chegar ao<br />

mesmo número <strong>de</strong> smartphones<br />

e habitantes, a proporção atual<br />

é <strong>de</strong> 168 milhões X 206 milhões<br />

–, agora só falta <strong>de</strong>colar a propaganda<br />

nos dispositivos móveis.<br />

A boa notícia é que caiu a rejeição<br />

à publicida<strong>de</strong> mobile.<br />

A Millward Brown do Brasil e<br />

a NetQuest realizaram a pesquisa<br />

MMA Mobile Report Brasil <strong>2016</strong>:<br />

números do mercado mobile, que<br />

aponta que, se no ano passado<br />

41% das pessoas diziam que não<br />

clicavam em nenhuma propaganda,<br />

em <strong>2016</strong> este número caiu<br />

para 32%.<br />

Elas também afirmaram que<br />

dão mais atenção à publicida<strong>de</strong><br />

na internet. “As pessoas passaram<br />

a ver muito mais publicida<strong>de</strong><br />

no meio online em relação ao ano<br />

passado. Isso praticamente dobra<br />

em todos os segmentos e plataformas.<br />

A publicida<strong>de</strong> online<br />

começa a se transformar em uma<br />

forma <strong>de</strong> propaganda em que as<br />

pessoas vão se tornando mais<br />

receptivas. O Brasil e a Colômbia<br />

são mais receptivos à publicida<strong>de</strong><br />

quando comparamos com a<br />

Argentina”, <strong>de</strong>stacou Mauro Fusco,<br />

Innovation and Planning Director<br />

da Millward Brown Brasil.<br />

O estudo foi realizado com<br />

1.200 homens e mulheres, <strong>de</strong> 14<br />

a 55 anos, que possuem um aparelho<br />

celular ou tablet com acesso<br />

à internet para a MMA (Mobile<br />

Marketing Association). A apresentação<br />

da pesquisa foi feita no<br />

MMA Mobile AdTech Brasil, que<br />

foi realizado na semana passada,<br />

em São Paulo, com realização da<br />

MMA Latam, que tem Fabiano<br />

Destri Lobo como managing director.<br />

Outro dado <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque é que<br />

os tablets estão per<strong>de</strong>ndo cada<br />

vez mais espaço para os smartphones<br />

<strong>de</strong> telas gran<strong>de</strong>s. Hoje<br />

66% preferem usar celulares,<br />

contra 34% em 2015. Apesar <strong>de</strong><br />

o brasileiro estar mais crítico em<br />

relação ao serviço das operadoras,<br />

também aumentou o número<br />

<strong>de</strong> pessoas que possuem um plano<br />

<strong>de</strong> dados: <strong>de</strong> 60% para 67%.<br />

A pesquisa avaliou o comportamento<br />

digital <strong>de</strong> todas as gerações<br />

e, como era <strong>de</strong> se esperar,<br />

os millennials são os que têm<br />

uma relação muito mais assídua<br />

com os celulares, presentes em<br />

todos os momentos <strong>de</strong> ócio <strong>de</strong>les.<br />

Enquanto o brasileiro passa,<br />

em média, 3 horas e 14 minutos<br />

navegando no celular todos os<br />

dias, os millennials ficam 4 horas<br />

por dia conectados à internet<br />

por meio <strong>de</strong> um dispositivo móvel.<br />

No entanto, o executivo da<br />

Millward Brown Brazil <strong>de</strong>stacou<br />

que o acesso à internet é indispensável<br />

entre todas as gerações.<br />

“Navegar na web é uma ativida<strong>de</strong><br />

realizada todos os dias pelos brasileiros”,<br />

disse ele.<br />

Um dado importante é que<br />

usar aplicativos é cada vez mais<br />

comum entre as pessoas. Atualmente,<br />

os brasileiros usam, em<br />

média, oito aplicativos por semana,<br />

contra seis em 2015. Já 83%<br />

respon<strong>de</strong>ram que fazem download<br />

<strong>de</strong> novos apps e 34% possuem<br />

até <strong>de</strong>z apps em seus aparelhos.<br />

Também cresceu todo e qualquer<br />

tipo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> feita pelo<br />

celular: acessar e-mails (85%);<br />

navegar na internet (87%); buscar<br />

notícias, empregos e viagens<br />

(71%) e fazer chamadas (89%).<br />

“A interativida<strong>de</strong> é a gran<strong>de</strong> alavanca<br />

para os meios <strong>de</strong> comunicação.<br />

Quanto mais interativo,<br />

mais indispensável esse meio se<br />

torna”, falou Fusco.<br />

Celular e sexo<br />

“Na cama você prefere celular<br />

toda noite, sexo às vezes<br />

ou sexo toda noite, celular às<br />

vezes”? A pergunta foi feita<br />

pelo publicitário Mentor Muniz<br />

Neto, senior partner e CCO<br />

do Bullet Group, aos seus cerca<br />

<strong>de</strong> 200 mil seguidores nas re<strong>de</strong>s<br />

sociais para reforçar sua tese<br />

<strong>de</strong> que o celular virou uma extensão<br />

da vida das pessoas. E,<br />

surpreen<strong>de</strong>ntemente, a maioria<br />

respon<strong>de</strong>u que prefere celular<br />

toda noite, sexo às vezes.<br />

Neto explicou que colocou<br />

uma interrogação na apresentação<br />

<strong>de</strong> sua palestra Disrupted<br />

(?) by mobile, porque acha que<br />

disrupção não é mais a palavra<br />

certa para <strong>de</strong>screver o momento.<br />

Assim como fazem vários espe-<br />

Divulgação<br />

Mauro Fusco, da Millward<br />

Brown Brasil: “os brasileiros<br />

passaram a ver muito mais<br />

publicida<strong>de</strong> no meio online”<br />

cialistas, o publicitário analisou<br />

o comportamento <strong>de</strong> suas filhas<br />

adolescentes para enten<strong>de</strong>r que<br />

“não é mais uma disrupção, é<br />

uma integração”.<br />

Ele contou que <strong>de</strong>ntro da própria<br />

casa uma <strong>de</strong> suas filhas mandou<br />

um WhatsApp para pedir<br />

água. “Quando aconteceu isso,<br />

parei para pensar: alguma coisa<br />

está ocorrendo para ela se comunicar<br />

comigo pelo WhatsApp<br />

<strong>de</strong>ntro da mesma casa”, questionou<br />

Neto.<br />

O publicitário, que escreve<br />

crônicas na internet e é autor <strong>de</strong><br />

dois livros, acredita que o mercado<br />

vive um segundo ciclo com os<br />

dispositivos móveis. “Começamos<br />

com o ciclo da disrupção e<br />

hoje claramente estamos vivendo<br />

uma outra situação, em que o<br />

celular é complementar”, falou.<br />

Entre os palestrantes do MMA<br />

Mobile AdTech Brasil, também<br />

estavam Chico Baldini, CRO da<br />

W3haus, que falou sobre o papel<br />

da geolocalização no sucesso da<br />

premiada campanha Espelhos do<br />

Racismo; Flavia Rosário, head of<br />

marketing do Waze Brazil; e Julien<br />

Houdayer, VP Sales Latam da<br />

S4M, que abordou como o marketing<br />

programático po<strong>de</strong> melhorar<br />

a experiência publicitária<br />

mobile.<br />

12 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Pense num<br />

banco que<br />

sempre teve<br />

cara <strong>de</strong> app_


mercado<br />

em maior aquisição do ano, Bayer<br />

compra a monsanto por us$ 66 bi<br />

Com a negociação bilionária que levou meses, empresa vai dominar mais<br />

<strong>de</strong> um quarto do mercado mundial combinado para sementes e pesticidas<br />

Bayer comprou a produtora americana<br />

<strong>de</strong> sementes Monsanto, por<br />

A<br />

US$ 66 bilhões. Depois <strong>de</strong> três ofertas,<br />

a companhia aceitou a negociação,<br />

que se <strong>de</strong>senrolava há alguns meses.<br />

O negócio, <strong>de</strong> US$ 128 por ação, é a<br />

maior aquisição do ano e a maior oferta<br />

em dinheiro registrada. Com esse<br />

negócio, a empresa vai dominar mais<br />

<strong>de</strong> um quarto do mercado mundial<br />

combinado para sementes e pesticidas.<br />

Combinando as vendas <strong>de</strong> Bayer e<br />

Monsanto para o setor agrícola, foram<br />

23 bilhões <strong>de</strong> euros em 2015. Segundo<br />

a Bayer, a sinergia proporcionada pela<br />

fusão das duas companhias <strong>de</strong>ve<br />

somar, aproximadamente, a partir do<br />

terceiro ano após o acordo realizado,<br />

US$ 1,5 bilhão.<br />

“Temos o prazer <strong>de</strong> anunciar a combinação<br />

<strong>de</strong> nossas duas gran<strong>de</strong>s organizações.<br />

Isso representa um enorme<br />

Divulgação<br />

Werner Baumann, CEO da Bayer, e Hugh Grant, chairman da Monsanto<br />

passo para nosso negócio Crop Science<br />

e reforça a posição <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança global<br />

da Bayer como empresa <strong>de</strong> Ciências da<br />

Vida, impulsionada pela inovação, que<br />

ocupa posições <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança em seus<br />

principais segmentos, entregando valor<br />

substancial aos seus acionistas, aos<br />

clientes, aos funcionários e à socieda<strong>de</strong><br />

em geral”, disse Werner Baumann,<br />

CEO da Bayer AG.<br />

“O anúncio <strong>de</strong> hoje é prova <strong>de</strong> tudo<br />

que conseguimos realizar e do valor<br />

que criamos para os nossos stakehol<strong>de</strong>rs<br />

na Monsanto. Acreditamos que<br />

a fusão com a Bayer traz muito valor<br />

aos nossos acionistas, principalmente<br />

por conta da contraprestação à vista”,<br />

disse Hugh Grant, presi<strong>de</strong>nte e CEO da<br />

Monsanto.<br />

A aquisição da companhia está sujeita<br />

à aprovação <strong>de</strong> órgãos reguladores,<br />

mas <strong>de</strong>ve ser concluída até 2017.<br />

curtas<br />

Fotos: Divulgação<br />

Até o início <strong>de</strong> outubro, o Shopping Villa Lobos, em São Paulo,<br />

é palco da ação Doe Vivo, criação da agência <strong>de</strong> shopper marketing<br />

Arc do grupo Leo Burnett para a ONG Atados e com participação<br />

das coirmãs Flor Gentil, Abraço Cultural, Pimp My Carroça + Giral<br />

e Um Litro <strong>de</strong> Luz, com o propósito <strong>de</strong> incentivar o trabalho voluntário.<br />

Ação busca envolvimento do público numa simbólica doação<br />

<strong>de</strong> órgãos em vida, representada através <strong>de</strong> oficinas, cada qual<br />

relacionada ao órgão a ser doado. Já foram realizadas as oficinas<br />

Doe suas mãos e Doe seu coração. De 22 a 25 <strong>de</strong> <strong>setembro</strong>, ocorre a<br />

oficina Doe seus ouvidos, organizada pela ONG Pimp My Carroça +<br />

Giral. A última oficina será Doe seus olhos, que ocorre entre os dias<br />

29 <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> e 2 <strong>de</strong> outubro, em que o público po<strong>de</strong> construir<br />

um circuito <strong>de</strong> lâmpadas em garrafas PET com o auxílio da ONG<br />

Um Litro <strong>de</strong> Luz. Todas as oficinas têm duração <strong>de</strong> até 1h, capacida<strong>de</strong><br />

para 20 vagas em cada horário e sempre ocorrem nas quintas<br />

às 15h, sextas às <strong>19</strong>h, sábados às 15h e <strong>19</strong>h e aos domingos, às 15h.<br />

A cerveja Antarctica vai promover a segunda edição do Batuque<br />

da Boa, nos dias 8 e 9 <strong>de</strong> outubro, com criação e produção<br />

da agência BFerraz. Neste ano, serão <strong>de</strong>z rodas <strong>de</strong> samba, duas<br />

quadras, 40 bares, bate-papo com os bambas do samba e ativida<strong>de</strong>s<br />

gastronômicas na Feira das Yabás e a tradicional Feijoada da<br />

Mangueira, em um circuito cultural aberto ao público e gratuito.<br />

O projeto prevê exposição <strong>de</strong> capas <strong>de</strong> discos <strong>de</strong> samba assinadas<br />

pelo artista plástico Elifas Andreato. Estão confirmados nomes<br />

como Xan<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pilares, Mariene <strong>de</strong> Castro, Leandro Sapucahy,<br />

João Bosco, Nei Lopes e Pretinho da Serrinha. “Nos inspiramos<br />

na autenticida<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro e no compasso que traduz tão<br />

bem o seu ritmo e as suas histórias. É o nosso presente aos 100<br />

anos <strong>de</strong> samba, por isso nos <strong>de</strong>dicamos em organizar dois dias <strong>de</strong><br />

festa para que todos sintam o coração batucar durante 48 horas”,<br />

explicou a executiva Maria Fernanda <strong>de</strong> Albuquerque, diretora<br />

<strong>de</strong> marketing <strong>de</strong> Antarctica.<br />

14 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


merCaDo<br />

Festival do Clube <strong>de</strong> Criação<br />

“tira leite <strong>de</strong> pedra” em ano <strong>de</strong> crise<br />

Expressão popular foi tema da edição <strong>2016</strong> do evento que reuniu,<br />

em São Paulo, gran<strong>de</strong>s nomes da criativida<strong>de</strong> do Brasil e do mundo<br />

BárBara BarBosa<br />

expressão “tirar leite <strong>de</strong><br />

A pedra” foi adotada como<br />

tema para o Festival do Clube<br />

<strong>de</strong> Criação <strong>2016</strong>, realizado na<br />

Cinemateca Brasileira, em São<br />

Paulo, nos últimos dias 10, 11<br />

e 12. O VP do Clube, Fernando<br />

Nobre, diretor da Berry Company,<br />

fez a abertura do evento<br />

e justificou o conceito ao falar<br />

da curadoria, que teve um “trabalho<br />

incansável” e conseguiu<br />

“tirar leite <strong>de</strong> pedra”.<br />

Para Nobre, a curadoria do<br />

festival, <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> da<br />

jornalista Laís Padro, conseguiu<br />

resgatar o propósito do Clube<br />

<strong>de</strong> Criação ao abranger temas<br />

pertinentes à comunicação. “O<br />

lineup do festival, por exemplo,<br />

traz não só criativos ou profissionais<br />

<strong>de</strong> negócios <strong>de</strong> agência.<br />

Buscamos diversida<strong>de</strong>, tem<br />

arquiteto, <strong>de</strong>signer, artistas,<br />

gente <strong>de</strong> todo espectro da criativida<strong>de</strong>”.<br />

Durante a abertura,<br />

Nobre leu uma mensagem <strong>de</strong><br />

Fernando Campos, presi<strong>de</strong>nte<br />

do Clube, que não pô<strong>de</strong> participar<br />

do encontro por motivos<br />

particulares. “Poucas coisas me<br />

tirariam o prazer e o orgulho <strong>de</strong><br />

estar aí, abrindo mais uma vez<br />

nosso festival. Uma emergência<br />

médica na família sem dúvida é<br />

uma <strong>de</strong>las. Fico triste por não<br />

estar presente, mas feliz <strong>de</strong> me<br />

sentir seguro quanto ao sucesso<br />

crescente <strong>de</strong>sse evento”, dizia o<br />

texto <strong>de</strong> Campos.<br />

DiversiDaDe<br />

A diversida<strong>de</strong> mencionada<br />

por Nobre na abertura foi tema<br />

do painel Inclusão <strong>de</strong> gênero e<br />

diversida<strong>de</strong> na propaganda - assunto<br />

que vem ganhando cada<br />

vez mais a atenção do mercado,<br />

embora ainda <strong>de</strong>safiador. André<br />

Fischer, fundador do Mix<br />

Brasil, festival <strong>de</strong> cultura e <strong>de</strong><br />

diversida<strong>de</strong>, foi o mediador do<br />

Fernando Nobre, VP do Clube <strong>de</strong> Criação, ressaltou curadoria durante a abertura<br />

“ComuniCação é<br />

uma Coisa muito<br />

simples: uma<br />

pessoa falando<br />

Com outra. e<br />

a gente tenta<br />

CompliCar muito”<br />

encontro que reuniu Marcos<br />

Me<strong>de</strong>iros, CCO da CP+B; Assucena,<br />

vocalista da banda As<br />

Bahias e a Cozinha Mineira; André<br />

Lopes, diretor <strong>de</strong> Marca da<br />

Ben&Jerry’s; Denise Gallo, diretora<br />

<strong>de</strong> criação da DPZ&T; e Isabel<br />

Clavelin, da Onu Mulheres.<br />

Sob o tema empo<strong>de</strong>ramento<br />

em alta, muitos anunciantes<br />

passaram a adotar discursos a<br />

favor da diversida<strong>de</strong> e inclusão<br />

na propaganda. O que se observa,<br />

entretanto, é o propósito<br />

das marcas. O ponto central <strong>de</strong><br />

Alê Oliveira<br />

<strong>de</strong>bate, portanto, foi se as ações<br />

pautadas na igualda<strong>de</strong> fazem<br />

parte da cultura da empresa ou<br />

apenas pegam carona no momento.<br />

André Lopes usou como<br />

exemplo um episódio ocorrido<br />

logo na chegada da Ben&Jerry’s<br />

ao Brasil. A empresa, que sempre<br />

apoiou o casamento entre<br />

duas pessoas do mesmo sexo,<br />

inclusive com uma política interna<br />

sobre o tema para aten<strong>de</strong>r<br />

aos funcionários que optam<br />

pela união, foi procurada por<br />

um cliente brasileiro que queria<br />

se casar com o namorado em<br />

uma sorveteria da marca. “Nosso<br />

questionamento nunca foi<br />

‘será?’, mas sim ‘como e on<strong>de</strong><br />

vamos fazer?’. Isso é da marca.<br />

E apoiamos também outras<br />

causas, é algo muito verda<strong>de</strong>iro”,<br />

comentou Lopes.<br />

olhar<br />

Do lado das agências, Marcos<br />

Me<strong>de</strong>iros <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> um olhar<br />

mais atento para a socieda<strong>de</strong>.<br />

“É preciso olhar o que está<br />

ocorrendo e ser o mais fiel possível<br />

a isso. No fim do dia, é isso<br />

que vai gerar conversas e fazer<br />

com que as pessoas se i<strong>de</strong>ntifiquem<br />

com as marcas”.<br />

O executivo da CP+B também<br />

ressaltou a importância<br />

do propósito. “O casamento<br />

em Ben&Jerry’s é um exemplo<br />

maravilhoso <strong>de</strong> marca que sabe<br />

por que existe. Não foi algo comercial,<br />

foi o ‘porque eu existo’”,<br />

<strong>de</strong>stacou. Ainda no último<br />

dia 12, o festival teve a participação<br />

<strong>de</strong> Rynaldo Gondim,<br />

diretor <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> Grupo da<br />

AlmapBBDO, que falou sobre<br />

a equação criativida<strong>de</strong> versus<br />

tecnologia na palestra Enquanto<br />

procuram o novo, o bom anda<br />

sumido. “Comunicação é uma<br />

coisa muito simples: uma pessoa<br />

falando com outra. E a gente<br />

tenta complicar muito. Acho<br />

que existem razões para essa<br />

crise <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> que a gente<br />

está passando”, disse.<br />

Para Gondim, a “crise” da<br />

área <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong> tem raiz na<br />

intenção da comunicação. “Em<br />

algum momento, as agências<br />

começaram a se preocupar mais<br />

com o que os clientes queriam<br />

ouvir do que o que elas tinham<br />

mesmo que falar”, pontuou, ao<br />

mesmo tempo em que criticou<br />

a forma como a tecnologia vem<br />

sendo usada para comunicar.<br />

“Se a tecnologia ajuda, muitas<br />

vezes também atrapalha. Está<br />

na hora <strong>de</strong> o anunciante falar<br />

o que ele quer dizer e não o<br />

que o cliente quer ouvir. Ao falar<br />

na internet, tem gente que<br />

vai amar e tem gente que vai<br />

odiar”, acrescentou.<br />

O executivo <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u ainda<br />

a importância da mensagem,<br />

não tanto dos recursos tecnológicos.<br />

Para ele, é preciso ter<br />

cuidado com os conflitos na comunicação.<br />

16 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Empresa retranqueira<br />

Dica <strong>de</strong> futebol para<br />

as empresas:<br />

Quer vencer<br />

ou vai escalar<br />

10 zagueiros?<br />

A comparação po<strong>de</strong> ser simplória, mas a crise é como<br />

um jogo <strong>de</strong> futebol. Um jogo que ficou muito mais<br />

duro do que você esperava. O gol adversário<br />

parece menor que o seu, o outro time parece<br />

ter mais jogadores. E, para piorar, você está<br />

per<strong>de</strong>ndo. Mas lembre-se: você é o técnico.<br />

E já venceu várias outras partidas. E tem mais:<br />

continua sendo uma partida <strong>de</strong> futebol.<br />

O que você vai fazer? Vai tirar todos os atacantes<br />

e montar o time com 10 zagueiros, todo mundo<br />

lá atrás, esperando? Se fizer isso, a certeza que<br />

resta é uma só: você vai per<strong>de</strong>r.<br />

Se você quer aumentar a sua chance <strong>de</strong> vencer, continue<br />

jogando. Mu<strong>de</strong> a tática da sua empresa, repense os<br />

jogadores – mas nunca pare <strong>de</strong> jogar.<br />

A história comprova que anunciar em tempos difíceis<br />

reforça sua posição <strong>de</strong> negócio e ajuda a per<strong>de</strong>r menos<br />

vendas – até porque seus concorrentes po<strong>de</strong>m estar<br />

parados e há menos disputa pela atenção do consumidor.<br />

Ou seja, há ainda mais espaço para seu investimento trazer<br />

maior retorno.<br />

Em todas as recessões que o Brasil enfrentou, sempre<br />

houve empresas que ganharam mercado e vendas.<br />

Empresa<br />

que vai<br />

para cima.<br />

Nenhuma <strong>de</strong>las fez isso ficando lá atrás.<br />

Veja os cases <strong>de</strong> quem não temeu a crise em:<br />

Anuncie.<br />

E <strong>de</strong>ixe a crise para os outros.<br />

uma iniciativa<br />

www.facebook.com/abapnacional


Mercado<br />

Mulheres tentam <strong>de</strong>scobrir por que<br />

ainda são tão poucas na criação<br />

Debate no festival realizado em SP discute diferenças entre gêneros<br />

no ambiente <strong>de</strong> trabalho, que começam já na formação profissional<br />

Fotos: Eugenio Goulart/Divulgação<br />

Andreia Barion, diretora <strong>de</strong> criação da WMcCann: “o que o homem tem mais que nós, mulheres, é músculo”<br />

Vinícius noVaes<br />

rie suas filhas para que<br />

“Celas possam fazer as<br />

mesmas coisas que os homens”.<br />

A frase é <strong>de</strong> autoria <strong>de</strong><br />

Andreia Barion, diretora <strong>de</strong><br />

criação da WMcCann, uma das<br />

participantes do painel Por que<br />

somos tão poucas na criação das<br />

agências?. A criativa ainda completou<br />

sua frase, brincando: “o<br />

que o homem tem mais que<br />

nós, mulheres, é músculo”.<br />

Mediado por Joanna Monteiro,<br />

CCO da FCB Brasil, o <strong>de</strong>bate<br />

foi ainda além e discutiu as<br />

diferenças <strong>de</strong> gênero no ambiente<br />

<strong>de</strong> trabalho e na própria<br />

“A históriA do<br />

BrAsil é pródigA<br />

quAndo o<br />

Assunto é crise.<br />

nós somos Bons<br />

em sAir dA crise”<br />

formação profissional. Juliana<br />

Constantino, creative strategist<br />

do Instagram, falou sobre<br />

as diferenças que existem, por<br />

exemplo, nas universida<strong>de</strong>s.<br />

“O mo<strong>de</strong>lo das faculda<strong>de</strong>s,<br />

das universida<strong>de</strong>s, ainda é masculino,<br />

e tudo começa lá”, disse.<br />

“A maioria dos professores,<br />

por exemplo, é homem”.<br />

Gabriella Marcatto, assistente<br />

<strong>de</strong> arte na J. Walter Thompson,<br />

endossou o discurso. Ela,<br />

que <strong>de</strong>ixou recentemente a<br />

faculda<strong>de</strong>, disse que precisou<br />

buscar referências femininas<br />

no mercado. “No fundo, o que<br />

existe, na minha opinião, é<br />

uma briga interna da mulher,<br />

<strong>de</strong> você buscar um crescimento<br />

sabendo das adversida<strong>de</strong>s que<br />

temos pelo caminho”, afirmou.<br />

Já Laura Esteves, diretora<br />

<strong>de</strong> criação da Y&R, levantou a<br />

questão da diferença nas tarefas<br />

domésticas, como a criação<br />

dos filhos. “Eu preciso me<br />

policiar para sair do trabalho a<br />

tempo <strong>de</strong> chegar em casa e ver<br />

minha filha ainda acordada”.<br />

Andreia Barion, por sua vez,<br />

contou que ficou nove anos<br />

longe do mercado. “E um dos<br />

motivos para isso foi que eu<br />

queria educar minhas filhas <strong>de</strong><br />

perto”, revelou. Ela ainda citou<br />

como exemplo as leis da Suécia,<br />

cujo país dá ao homem o mes-<br />

18 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Juliana Constantino: diferenças entre gêneros começam na universida<strong>de</strong><br />

Gabriella Marcatto: “crescimento, apesar das adversida<strong>de</strong>s”<br />

André Kassu: o brasileiro sabe driblar a crise<br />

Ricardo John: “temos <strong>de</strong> nos acostumar com outro ritmo”<br />

mo tempo <strong>de</strong> licença paternida<strong>de</strong><br />

que tem a mulher.<br />

Juliana Constantino acredita<br />

que essa é uma das saídas para<br />

a situação: “A licença obrigatória<br />

seria uma forma para garantir<br />

a igualda<strong>de</strong> dos gêneros”.<br />

crISe<br />

Em um outro painel, a crise<br />

foi uma das palavras mais<br />

pronunciadas. Também pu<strong>de</strong>ra,<br />

afinal, o nome do painel foi<br />

<strong>2016</strong>. Tranquilo ou <strong>de</strong>sfavorável?.<br />

André Kassu, sócio e diretor<br />

<strong>de</strong> criação da CP+B, afirmou<br />

que o brasileiro sabe driblar<br />

a crise. “A história do Brasil é<br />

pródiga quando o assunto é crise,<br />

nós somos bons em sair da<br />

crise. Muitas agências não fecharam<br />

na época do (Fernando)<br />

Collor”, lembrou.<br />

Já Ricardo John, CCO da J.<br />

Walter Thompson, disse que a<br />

crise trouxe outras lições. “Nos<br />

últimos nove anos não houve<br />

crise no Brasil, muito pelo<br />

contrário, foram anos muitos<br />

bons”, disse. “Hoje, nós temos<br />

<strong>de</strong> nos acostumar com outra<br />

velocida<strong>de</strong>, outro ritmo”.<br />

Outro participante do painel,<br />

Theo Rocha, diretor <strong>de</strong> criação<br />

da F/Nazca Saatchi & Saatchi,<br />

complementou a fala <strong>de</strong> John<br />

e comentou sobre outras lições<br />

que a crise po<strong>de</strong> trazer. “Eu<br />

aproveito a crise para apren<strong>de</strong>r<br />

coisas e para explorar outras.<br />

Eu acho legal você transformar<br />

o post do Instagram na coisa<br />

mais importante do seu dia”,<br />

<strong>de</strong>stacou. Ele ainda foi além,<br />

dizendo que “não gosta da i<strong>de</strong>ia<br />

<strong>de</strong> que é preciso fazer um filme<br />

<strong>de</strong> 30 segundos para ser alguém<br />

<strong>de</strong>ntro uma agência”. “E a crise<br />

veio para mudar isso”, garantiu<br />

Rocha.<br />

De acordo com João Livi,<br />

CEO da Talent Marcel, a crise<br />

trouxe outros movimentos.<br />

“Temos mudanças <strong>de</strong> contextos<br />

e culturais muito maiores<br />

que mudanças <strong>de</strong> mercado”,<br />

disse, acrescentando: “As pessoas<br />

não querem mais trabalhar<br />

até <strong>de</strong> noite numa agência. Por<br />

outro lado, tem outra geração<br />

que está pensando em coisas<br />

que serão benéficas para gente<br />

no futuro. Os jovens é que sabem<br />

trabalhar hoje, mas eles<br />

precisam da gente”.<br />

Já Luciana Haguiara, diretora<br />

<strong>de</strong> criação da AlmapBB-<br />

DO, <strong>de</strong>clarou que a principal<br />

mudança <strong>de</strong>ste período é o<br />

jeito <strong>de</strong> trabalhar. “Hoje as<br />

i<strong>de</strong>ias têm <strong>de</strong> ser melhores<br />

construídas, elas precisam ser<br />

simples e brilhantes”, disse.<br />

“Você precisa <strong>de</strong> uma orquestra<br />

para colocar a i<strong>de</strong>ia em<br />

pé”, complementou.<br />

jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> <strong>19</strong>


mercado<br />

Geração <strong>de</strong> diretores enfrenta<br />

<strong>de</strong>safios com novo cenário<br />

Criativos da Neogama, Publicis, AlmapBBDO, FCB Brasil, Africa<br />

e DM9DDB participaram <strong>de</strong> painel no Festival do Clube <strong>de</strong> Criação<br />

Mariana Zirondi<br />

nova geração <strong>de</strong> diretores<br />

A <strong>de</strong> criação está assumindo<br />

suas funções em um cenário<br />

completamente diferente do<br />

que há cinco anos. A discussão<br />

sobre os <strong>de</strong>safios enfrentados<br />

por esses profissionais foi tema<br />

do painel Sob nova direção <strong>de</strong><br />

criação, durante o Festival do<br />

Clube <strong>de</strong> Criação <strong>2016</strong>.<br />

Participaram das discussões<br />

Fabio Mozeli, diretor <strong>de</strong> criação<br />

da Neogama; Juliana Patera,<br />

diretora <strong>de</strong> criação associada<br />

da Publicis Brasil; Romero Cavalcanti,<br />

diretor <strong>de</strong> criação da<br />

FCB Brasil; Marcelo Nogueira,<br />

diretor <strong>de</strong> criação da Almap-<br />

BBDO; Adriano Alarcon, diretor<br />

<strong>de</strong> criação da DM9DDB; Fabiano<br />

Pinel, diretor <strong>de</strong> criação da<br />

Africa.<br />

Sair da criação e assumir uma<br />

função executiva como a <strong>de</strong> direção<br />

foi apontada pela maioria<br />

dos profissionais como uma<br />

transição <strong>de</strong>safiadora tanto<br />

para quem sobe <strong>de</strong>ntro da mesma<br />

agência quanto para aqueles<br />

que são contratados em equipes<br />

completamente novas. Marcelo<br />

Nogueira, diretor <strong>de</strong> criação da<br />

AlmapBBDO, afirma que a nova<br />

função, que se torna mais burocrática,<br />

não po<strong>de</strong> contaminar a<br />

essência criativa. “É muito fácil<br />

ser movido pelas novas responsabilida<strong>de</strong>s<br />

e se afastar do ambiente<br />

criativo. Você continua<br />

sendo a mesma coisa, mas agora<br />

passa a <strong>de</strong>senvolver projetos<br />

e mexer no trabalho dos outros,<br />

modificando a forma como usa<br />

a criativida<strong>de</strong> no dia a dia”.<br />

Romero Cavalcanti, diretor<br />

<strong>de</strong> criação da FCB Brasil, <strong>de</strong>clara<br />

que, ao passar por muitos<br />

chefes, é possível se tornar um<br />

bom lí<strong>de</strong>r. “Ao ter <strong>de</strong> avaliar o<br />

trabalho da sua equipe, não é<br />

necessário modificar algo para<br />

que aquilo também seja trabalho<br />

seu. É mais para dar o aval,<br />

para fazer sugestão ou só para<br />

reconhecer que ficou muito<br />

Romero Cavalcanti: “Antes eu era o pai da i<strong>de</strong>ia, agora eu sou o avô. Estou numa posição mais tranquila, não tenho tanto medo”<br />

bom. Antes eu era o pai da i<strong>de</strong>ia,<br />

agora eu sou o avô. Estou numa<br />

posição mais tranquila, não tenho<br />

tanto medo e só fico dando<br />

pitaco na criação dos outros”.<br />

Adriano Alarcon, diretor <strong>de</strong><br />

criação da DM9DDB, afirma que<br />

gosta da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lutar<br />

pelas boas i<strong>de</strong>ias. “Minhas brigas<br />

como diretor são maiores,<br />

porque aposto naquilo que vale<br />

realmente a pena. Por isso me<br />

sento com a galera e crio junto,<br />

acho que essa tem <strong>de</strong> ser a nossa<br />

li<strong>de</strong>rança”. Cavalcanti concorda<br />

e vê nos processos a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> plantar sementes<br />

durante as reuniões que as duplas<br />

<strong>de</strong> criação po<strong>de</strong>m colher lá<br />

na frente.<br />

Os Millennials compõem a<br />

gran<strong>de</strong> parte das equipes <strong>de</strong><br />

criação <strong>de</strong> agências e esse ponto<br />

foi <strong>de</strong>stacado por Juliana Patera,<br />

diretora <strong>de</strong> criação associada<br />

da Publicis Brasil. “É interessante<br />

porque essa geração quer<br />

crescer muito rápido, quer resultados<br />

<strong>de</strong> forma instantânea<br />

e, às vezes, muita repercussão<br />

trabalhando e realizando muito<br />

pouco. Quando percebo que<br />

existem pessoas interessadas<br />

em crescer, em se concentrar,<br />

eu me apego a esses profissionais<br />

para caminharmos juntos”.<br />

Há alguns anos, os criativos<br />

trabalhavam essencialmente<br />

para print e filme. Hoje, explica<br />

o mediador do <strong>de</strong>bate Fabio<br />

Mozeli, diretor <strong>de</strong> criação da<br />

Neogama, o digital mudou a forma<br />

como as equipes pensam as<br />

campanhas, porque existe uma<br />

infinida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conteúdos que,<br />

muitas vezes, são bem mais<br />

interessantes do que a propaganda.<br />

Os ‘haters’, pessoas que<br />

postam comentários <strong>de</strong> ódio ou<br />

crítica sem muito critério, amedrontam<br />

muitos criativos.<br />

Juliana afirma que ao lançar<br />

uma campanha muito planejada<br />

por toda a equipe, as re<strong>de</strong>s<br />

sociais da marca e da agência<br />

foram agredidas e sofreram<br />

Divulgação<br />

ameaças <strong>de</strong> pessoas que estavam<br />

manifestando suas opiniões<br />

sobre o conteúdo. “Eu tenho<br />

pesa<strong>de</strong>los com os ‘haters’”,<br />

brinca.<br />

Fabiano Pinel, diretor <strong>de</strong><br />

criação da Africa, afirma que<br />

com as tecnologias, a TV e a<br />

internet passam a ter a mesma<br />

relação do cinema e do teatro.<br />

“No cinema, a resposta precisa<br />

ser verificada com os críticos,<br />

com o sucesso da bilheteria. No<br />

teatro, é instantâneo. Com as<br />

tecnologias, tudo é imediato,<br />

ninguém mais espera para ver<br />

as notícias no jornal da noite.<br />

A internet <strong>de</strong>sperta os lados <strong>de</strong><br />

quem não teria lado nenhum”.<br />

O diretor Cavalcanti ressalta<br />

que hoje mais do que<br />

nunca é importante ter quem<br />

li<strong>de</strong> com a gestão <strong>de</strong> crise.<br />

“Precisamos mudar a nossa<br />

cabeça <strong>de</strong> pensar e já <strong>de</strong>senvolver<br />

as possíveis interpretações<br />

e crises que aquela<br />

i<strong>de</strong>ia po<strong>de</strong> gerar”, comenta.<br />

20 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


executivo da La comunidad dá dicas<br />

para quem quer abrir a própria agência<br />

José Molla, fundador e CCO<br />

da La Comunidad, nos Estados<br />

Unidos, compartilhou<br />

alguns conselhos sobre abrir<br />

uma agência durante o Festival<br />

do Clube <strong>de</strong> Criação <strong>2016</strong>.<br />

A palestra teve como título<br />

Things I wish someone had told<br />

me before opening an agency.<br />

O primeiro fator ressaltado<br />

por ele é que muitas pessoas<br />

pensam em abrir uma agência,<br />

mas não o fazem. Segundo<br />

Molla, não importa o que<br />

foi feito antes, qual o currículo<br />

ou a carreira. O que faz realmente<br />

diferença é a convicção<br />

e as intuições. “Você não precisa<br />

<strong>de</strong> um plano <strong>de</strong>talhado,<br />

você precisa <strong>de</strong> uma missão<br />

e acreditar no que você está<br />

fazendo. Eu só trabalhei em<br />

duas agências antes <strong>de</strong> abrir<br />

a minha e po<strong>de</strong> crer: gran<strong>de</strong>s<br />

trabalhos do passado são tão<br />

úteis quanto os regulares”.<br />

Molla afirmou que “as três<br />

primeiras campanhas vão <strong>de</strong>finir<br />

os próximos <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong><br />

uma agência”, isso porque o dinheiro<br />

segue os bons trabalhos.<br />

Ele ainda disse que não se po<strong>de</strong><br />

pensar em abrir uma agência,<br />

mas sim em criar uma cultura.<br />

“A essência é crucial para fazer<br />

a empresa ser gran<strong>de</strong>. A equipe<br />

<strong>de</strong>ve estar em sintonia com<br />

José Molla é argentino, fundador e CCO da agência La Comunidad, que fica em Miami<br />

almapBBdo é a mais premiada no 41º anuário<br />

e c&a conquista título <strong>de</strong> anunciante do ano<br />

festival revelou os vencedores<br />

do 41º Anuário do<br />

O<br />

Clube <strong>de</strong> Criação durante a cerimônia<br />

<strong>de</strong> encerramento do<br />

evento, no último dia 12, em<br />

São Paulo.<br />

A AlmapBBDO foi a agência<br />

mais premiada nas categorias<br />

<strong>de</strong> criação, seguida da F/Nazca<br />

S&S. O Anunciante do Ano<br />

foi a C&A, que é cliente da<br />

AlmapBBDO. Além dos vencedores<br />

das áreas técnicas e<br />

<strong>de</strong> criação do 41º Anuário, foram<br />

homenageados este ano<br />

com o Hall da Fama Sérgio W.<br />

Muniz “Mineiro” (homenagem<br />

póstuma), Julio Xavier e<br />

Newton Pacheco.<br />

“Foi uma emoção muito<br />

gran<strong>de</strong> ser lembrado pelo Clube<br />

<strong>de</strong> Criação e entrar para o Hall<br />

da Fama. Eu participei das primeiras<br />

reuniões que discutiram<br />

a fundação do Clube, em <strong>19</strong>75.<br />

você e com as suas i<strong>de</strong>ias. Ela<br />

<strong>de</strong>ve ‘sentir’ a agência”.<br />

Sendo assim, o ambiente <strong>de</strong><br />

trabalho agradável é outro fator<br />

ressaltado por Molla como<br />

indispensável para o sucesso<br />

Luiz Sanches, da AlmapBBDO, que se <strong>de</strong>stacou na premiação ao lado da C&A<br />

Alê Oliveira<br />

da agência. “Festas, ações,<br />

premiações, interação fazem<br />

total diferença. Quer construir<br />

confiança em sua equipe?<br />

Leve todos no karaokê”,<br />

comenta.<br />

Alê Oliveira<br />

A experiência dos funcionários<br />

nem sempre é o mais<br />

importante, porque ela po<strong>de</strong><br />

ser superestimada. Quando as<br />

pessoas não têm experiências,<br />

por exemplo, elas vêm com<br />

i<strong>de</strong>ias frescas, pensamentos<br />

sem vícios. “Precisamos ter<br />

pessoas brilhantes em volta<br />

<strong>de</strong> nós. Quando você contrata<br />

alguém que pensa como você,<br />

existe uma perda enorme <strong>de</strong><br />

diversida<strong>de</strong>. Tenha a sua mente<br />

aberta”. As contratações, <strong>de</strong><br />

acordo com Molla, não po<strong>de</strong>m<br />

ser baseadas nas necessida<strong>de</strong>s<br />

que a agência tem, mas sim<br />

na agência que se <strong>de</strong>seja ter.<br />

“Não contrate gente que po<strong>de</strong><br />

fazer trabalho, contrate gente<br />

que acredita no que faz”.<br />

Os lucros <strong>de</strong>vem ser consequência<br />

<strong>de</strong> um trabalho bem<br />

feito. Não se compra motivação,<br />

segundo Molla, e, sem<br />

ela, a agência vira um escritório.<br />

“Apren<strong>de</strong>r a dizer não<br />

também é importante, porque<br />

não se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar que<br />

a cultura do cliente invada a<br />

sua. Confronte o conforto, se<br />

mantenha experimentando e<br />

mudando sempre. Abra sua<br />

agência, morra <strong>de</strong> fome agora<br />

e faça milhões <strong>de</strong>pois. O mundo<br />

precisa <strong>de</strong> mais agências<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes”.<br />

MZ<br />

Eu tinha só 22 anos e estava começando<br />

a minha carreira. Tive<br />

a honra <strong>de</strong> ser vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

do Clube em <strong>19</strong>82 e <strong>19</strong>83. Enfim,<br />

estou muito feliz”, afirma<br />

Pacheco.<br />

O 40º Anuário do Clube <strong>de</strong><br />

Criação foi lançado durante o<br />

festival, com capa confeccionada<br />

em ouro. As fotos do ensaio<br />

foram produzidas utilizando<br />

20 quilos <strong>de</strong> pó <strong>de</strong> ouro. A edição<br />

foi assinada pelo diretor <strong>de</strong><br />

criação da Neogama, Márcio Ribas.<br />

O Anuário reúne as peças<br />

<strong>de</strong> maior <strong>de</strong>staque da publicida<strong>de</strong><br />

veiculadas no último ano.<br />

“A i<strong>de</strong>ia era refletir na forma<br />

do livro o conteúdo <strong>de</strong>le: i<strong>de</strong>ias<br />

e insights preciosos”, conta Ribas.<br />

O livro conta, também, com<br />

fotos <strong>de</strong> Gustavo Zylbersztajn,<br />

que retratam a busca pela excelência,<br />

e seguem o tema “O<br />

bom é inimigo do ouro”. MZ<br />

jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 21


we<br />

mkt<br />

Orquestra e empresa<br />

“A música é o barulho colorido”.<br />

Fralber Saidam<br />

Francisco alberto Madia <strong>de</strong> souza<br />

Um dia perguntaram a Peter Drucker<br />

qual a melhor referência para uma organização<br />

verda<strong>de</strong>iramente mo<strong>de</strong>rna. No<br />

ato, ele respon<strong>de</strong>u: “O protótipo da organização<br />

mo<strong>de</strong>rna é a orquestra sinfônica.<br />

Cada um <strong>de</strong> seus 200 músicos é um especialista<br />

<strong>de</strong> alto nível. Contudo, sozinha, a<br />

tuba não faz a música; só a orquestra po<strong>de</strong><br />

fazê-lo. E isso só ocorre porque todos os<br />

músicos têm a mesma partitura. E todos<br />

tocam uma peça musical <strong>de</strong> cada vez”. É<br />

isso! A empresa mo<strong>de</strong>rna refere-se a uma<br />

orquestra.<br />

Sob o comando ou regência <strong>de</strong> um maestro<br />

ou CEO capaz <strong>de</strong> tirar o máximo e o<br />

melhor <strong>de</strong> cada um dos músicos. Tocando,<br />

sempre, uma música <strong>de</strong> cada vez e todos<br />

seguindo a mesma partitura, mapa, planejamento.<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pensamento e ação.<br />

Domingos atrás a Revista São Paulo da<br />

Folha entrevistou sete dos principais maestros<br />

da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo. E cada um<br />

<strong>de</strong>les valorizou o que julgava mais importante<br />

na direção <strong>de</strong> uma orquestra. Ou, seguindo<br />

Drucker, no comando <strong>de</strong> uma empresa.<br />

Vamos conferir.<br />

João Carlos Martins, 76, Bachiana Filarmônica<br />

Sesi SP: “Para mim cada integrante<br />

da orquestra é como uma tecla do piano. E<br />

a partitura é sagrada, mas como condutor<br />

você tem <strong>de</strong> dar sua opinião, imprimir seu<br />

estilo e personalida<strong>de</strong>”.<br />

Isaac Karabtchevsky, 81, Orquestra Sinfônica<br />

Heliópolis: “É a respiração que dá a<br />

especialização do gesto. Sem a respiração,<br />

você tem uma bateção <strong>de</strong> compasso sem<br />

propósito”.<br />

Claudio Cruz, 49, Orquestra Jovem do<br />

Estado: “Gosto <strong>de</strong> relacionamentos longos.<br />

Com pouco tempo não se constrói muito,<br />

tanto no âmbito pessoal quanto no profissional”.<br />

João Maurício Galindo, 55, Orquestra Jazz<br />

Sinfônica: “Quando você sente que sua<br />

orquestra está com vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> tocar, com<br />

energia – e não apenas pelo salário – você<br />

chegou ao topo”.<br />

Luiz Fernando Malheiro, 58, Orquestra<br />

do Theatro São Pedro: “O fazer cantar dos<br />

instrumentos é importante e a formação do<br />

maestro <strong>de</strong>ve levar isso em consi<strong>de</strong>ração.<br />

No fundo, tudo é canto”.<br />

Carlos Moreno, 48, Orquestra Experimental<br />

<strong>de</strong> Repertório: “Para reger, você<br />

precisa enten<strong>de</strong>r que está a serviço <strong>de</strong> pessoas.<br />

Eu existo para o outro, não para mim.<br />

Essa é a crença que me faz ser um artista<br />

melhor”.<br />

Marin Alsop, 60, Orquestra Sinfônica <strong>de</strong><br />

São Paulo, a quem tive a felicida<strong>de</strong> e a honra<br />

<strong>de</strong> assistir regendo em janeiro <strong>de</strong>ste ano,<br />

no Carnegie Hall, a Orquestra <strong>de</strong> Baltimore,<br />

na 5ª <strong>de</strong> Mahler: “No final das contas, temos<br />

uma responsabilida<strong>de</strong> é com o compositor.<br />

Como regente você é um mensageiro<br />

do compositor”.<br />

Deu pra enten<strong>de</strong>r? Assim como nas<br />

melhores orquestras, nas melhores empresas,<br />

como ensina João Carlos, o que<br />

prevalece é o estilo e a personalida<strong>de</strong> que<br />

os clientes percebem, reconhecem e valorizam.<br />

Todo o capital humano da empresa<br />

respirando <strong>de</strong> forma organizada e no ritmo<br />

a<strong>de</strong>quado, Isaac. Quanto mais as pessoas<br />

trabalham juntas, melhor, porque tocam<br />

por música, Claudio. Equipes empolgadas<br />

e comprometidas performam melhor,<br />

Galindo. Cada colaborador precisa<br />

“cantar” porque na vida, na música e no<br />

trabalho tudo é canto, Malheiro. Encantar<br />

o público e não a mim mesmo, Moreno.<br />

Jamais per<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vista que o profissional<br />

no comando é o mensageiro do empreen<strong>de</strong>dor<br />

e visionário que <strong>de</strong>cidiu dar vida a<br />

seu sonho, Alsop.<br />

Termino com o maior dos maestros da<br />

administração mo<strong>de</strong>rna e do marketing,<br />

Peter Drucker: “Nem todos os maestros sabem<br />

tocar violino, mas sabem exatamente<br />

qual o <strong>de</strong>sempenho esperam <strong>de</strong> todos os<br />

instrumentos e <strong>de</strong> todos os seus músicos”.<br />

Po<strong>de</strong>m aplaudir!<br />

Francisco Alberto Madia <strong>de</strong> Souza<br />

é consultor <strong>de</strong> marketing<br />

famadia@madiamm.com.br<br />

22 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


5-7 Outubro <strong>2016</strong><br />

Turnberry Isle Miami<br />

#FOMLA16<br />

TRANSFORMANDO OS DESAFIOS<br />

EM SOLUÇÕES<br />

APRESENTAMOS:<br />

CO-APRESENTADOR:<br />

Marcelo Tas<br />

Apresentador TV<br />

PALESTRA DE<br />

ABERTURA DE:<br />

Claudia Ruiz<br />

Massieu Salinas<br />

Secretaria <strong>de</strong> Relações<br />

Exteriores do México<br />

COM UM<br />

DISCURSO DE:<br />

Jennelle Tilling<br />

CMO, KFC Global<br />

COM UM<br />

DISCURSO DE:<br />

Claudia Colaferro<br />

Presi<strong>de</strong>nta, Dentsu Aegis<br />

Network Latin America<br />

ASSUNTOS INCLUSOS NA AGENDA:<br />

Adblocking | Ad Fraud | Celebrida<strong>de</strong>s | Criativida<strong>de</strong> | Conteúdo | Criadores De Conteúdo /<br />

Infl uencers | E-ecommerce | Medição / Visibilida<strong>de</strong> | Mobile | Novo Mo<strong>de</strong>lo De Agência De Mídia<br />

OOH | Política | Programmatic | Sport | Social | TV | Ví<strong>de</strong>o<br />

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PARCEIROS DO EVENTO:<br />

20%<br />

DESCONTO<br />

Código:<br />

PRO20MPX


eyond the line<br />

Caros futuros prefeitos<br />

Temos exemplos excelentes <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s que<br />

conseguem se <strong>de</strong>stacar e gerar movimentação<br />

Alexis Thuller PAgliArini<br />

Estamos em plena campanha para prefeituras<br />

e vereanças em todo o Brasil. No<br />

próximo mês <strong>de</strong> outubro teremos a chance<br />

<strong>de</strong> escolher prefeito(a) e vereadores para o<br />

nosso município. No meio <strong>de</strong> tantas propostas<br />

e promessas dos candidatos, fica difícil<br />

conhecermos a posição dos candidatos<br />

quanto à importância <strong>de</strong> uma boa comunicação.<br />

Sabemos que o que ren<strong>de</strong> voto é falar <strong>de</strong><br />

educação, segurança, saú<strong>de</strong>... Mas saibam<br />

os senhores ou senhoras futuros prefeitos<br />

que, para fazer uma boa gestão do seu município,<br />

será <strong>de</strong> fundamental importância<br />

uma boa gestão <strong>de</strong> comunicação. Sabe-se<br />

que mais <strong>de</strong> dois terços dos problemas <strong>de</strong><br />

qualquer ativida<strong>de</strong> humana são <strong>de</strong>correntes<br />

<strong>de</strong> uma má comunicação (ou da ausência<br />

<strong>de</strong>la).<br />

No caso da saú<strong>de</strong>, por exemplo, se não<br />

há um processo eficaz <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong><br />

doenças, os hospitais e os postos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

ficarão abarrotados e insuficientes para<br />

aten<strong>de</strong>r à <strong>de</strong>manda da população. E uma<br />

boa prevenção <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma excelente<br />

comunicação.<br />

Comunicar períodos <strong>de</strong> vacinação,<br />

orientar como se prevenir quanto a epi<strong>de</strong>mias,<br />

estimular hábitos saudáveis e mesmo<br />

<strong>de</strong>ixar claro o funcionamento do sistema<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da cida<strong>de</strong>... Tudo isso exige uma<br />

boa comunicação.<br />

O mesmo acontece nos setores da educação,<br />

segurança, limpeza e todos os <strong>de</strong>mais<br />

inerentes à administração pública. Mas é<br />

provável que esse tema não esteja na pauta<br />

dos senhores dirigentes municipais.<br />

Então, vale a pena levantarmos esse<br />

ponto para que não passe <strong>de</strong>spercebido dos<br />

candidatos. E uma boa gestão <strong>de</strong> comunicação<br />

começa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o momento <strong>de</strong> licitação<br />

para contratação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> boa<br />

qualida<strong>de</strong>.<br />

Não “quebrem o galho” nessa área, senhores<br />

prefeitos. Contratem uma agência<br />

realmente capaz <strong>de</strong> cuidar da comunicação<br />

do seu município. E não só para garantir<br />

uma gestão eficaz dos serviços públicos,<br />

mas, também, para posicionar o<br />

seu município e o diferenciá-lo perante os<br />

<strong>de</strong>mais. Pensar na sua cida<strong>de</strong> como uma<br />

empresa.<br />

Cuidar da imagem do município, tornando-o<br />

atraente para investimento e criação<br />

<strong>de</strong> novos negócios que po<strong>de</strong>rão gerar preciosos<br />

empregos. Tudo <strong>de</strong>manda serviços<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> na área <strong>de</strong> comunicação.<br />

Temos exemplos excelentes <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s<br />

que conseguem se <strong>de</strong>stacar e gerar movimentação<br />

econômica por intermédio <strong>de</strong><br />

uma boa estratégia <strong>de</strong> posicionamento e<br />

consequente comunicação. Para exemplificar,<br />

cito dois casos opostos. O exemplo positivo<br />

é o da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Gramado, do interior<br />

do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul.<br />

A bela cida<strong>de</strong>, com um bom turismo <strong>de</strong><br />

inverno, conseguiu quebrar a sazonalida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> baixa do verão criando o Natal Luz,<br />

transformando o município num <strong>de</strong>stino<br />

concorrido também no fim do ano, lotando<br />

hotéis e gerando empregos. O <strong>de</strong>staque<br />

negativo é para Barretos. Quando citamos<br />

a cida<strong>de</strong>, o que lhe vem à cabeça? Festa do<br />

Peão <strong>de</strong> Boia<strong>de</strong>iro, certo? Pois é lá que é realizada<br />

a maior festa <strong>de</strong> ro<strong>de</strong>io do Brasil e<br />

uma das maiores do mundo.<br />

Mas o que isso gera <strong>de</strong> riqueza para a cida<strong>de</strong>,<br />

fora da semana <strong>de</strong> agosto, quando ocorre<br />

a festa? Muito pouco, quase nada. A cida<strong>de</strong><br />

tem um potencial enorme <strong>de</strong> se posicionar<br />

como centro da cultura “country” do Brasil,<br />

mas não o faz, <strong>de</strong>ixando o município estagnado<br />

economicamente. É claro que não é<br />

tão simples. Não basta apenas uma boa i<strong>de</strong>ia<br />

e uma boa comunicação. É preciso ter capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> gestão e <strong>de</strong> articulação.<br />

Mas acredite, senhor e senhora prefeitos,<br />

uma boa agência po<strong>de</strong> ajudar muito. In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

<strong>de</strong>sse aspecto estratégico<br />

<strong>de</strong> posicionamento, o povo que o(a) eleger<br />

tem o direito <strong>de</strong> ser informado quanto às<br />

suas ações e os serviços à comunida<strong>de</strong>. E<br />

isso não é trabalho para amadores.<br />

Adoraria que o primeiro ato dos prefeitos,<br />

após sua eleição, fosse reunir secretários<br />

e vereadores e se <strong>de</strong>dicarem a um planejamento<br />

estratégico que respon<strong>de</strong>sse às perguntas<br />

básicas <strong>de</strong> um bom briefing. Como<br />

nos posicionaremos? O que faremos e quando?<br />

E como comunicaremos e engajaremos?<br />

Respon<strong>de</strong>ndo a essas perguntas básicas, já<br />

se começa uma boa administração. Tomara!<br />

Alexis Thuller Pagliarini é superinten<strong>de</strong>nte<br />

da Fenapro (Fe<strong>de</strong>ração Nacional <strong>de</strong> Agências<br />

<strong>de</strong> Propaganda)<br />

alexis@fenapro.org.br<br />

24 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


“<br />

marcos quintela<br />

entrevista<br />

newcomm vai<br />

investir nas<br />

aquisições <strong>de</strong><br />

publicida<strong>de</strong><br />

“<br />

Maior grupo <strong>de</strong> comunicação do Brasil com<br />

as marcas Y&R, lí<strong>de</strong>r dos investimentos<br />

em mídia do país com um faturamento<br />

bruto anual <strong>de</strong> aproximadamente<br />

R$ 7 bilhões, Grey, Ação, VML e Wun<strong>de</strong>rman,<br />

o Newcomm está com planos <strong>de</strong> buscar novos<br />

negócios na área <strong>de</strong> propaganda. Essa é a meta do<br />

executivo Marcos Quintela, que assumiu, no fim <strong>de</strong><br />

2015, a presidência do grupo que é sócio da holding<br />

inglesa WPP. Nessa entrevista, ele se posiciona sobre<br />

o mo<strong>de</strong>lo brasileiro e a importância da criativida<strong>de</strong><br />

na gestão <strong>de</strong> marcas.<br />

Paulo Macedo<br />

Qual é a sua missão no Grupo<br />

Newcomm <strong>de</strong> Comunicação, que<br />

tem, entre outras agências, a lí<strong>de</strong>r<br />

Y&R do ranking do Kantar Ibope Media,<br />

que contabilizou faturamento<br />

bruto <strong>de</strong> R$ 7 bilhões em 2015?<br />

Ela acaba se diferindo um pouco<br />

do que o Roberto Justus fazia<br />

antes <strong>de</strong> assumir, no fim do ano<br />

passado, a posição <strong>de</strong> chairman<br />

do grupo, mas apenas por uma<br />

questão <strong>de</strong> estilo. O que tenho<br />

feito no meu discription job é<br />

<strong>de</strong>ixar as empresas que fazem<br />

parte do Newcomm mais próximas<br />

para enten<strong>de</strong>r os negócios<br />

com sinergia, principalmente entre<br />

a Wun<strong>de</strong>rman e a Y&R. Temos<br />

alguns clientes que já são atendidos<br />

pelas duas empresas, como<br />

LG, Cielo, Azul e Casas Bahia.<br />

Como é o seu contrato com a holding<br />

inglesa WPP, que é sócia do<br />

Newcomm?<br />

Tenho dois contratos: um<br />

como executivo, que já previa<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2009 a minha promoção à<br />

presidência da holding no fim <strong>de</strong><br />

2015 e que <strong>de</strong>ixasse minhas funções<br />

executivas na Y&R, em que<br />

eu era presi<strong>de</strong>nte; o compromisso<br />

também prevê a venda da minha<br />

parte acionária em um período <strong>de</strong><br />

sete a 10 anos. Roberto Justus fez<br />

essa opção no fim do ano passado,<br />

quando me foi transferido o<br />

comando do Newcomm.<br />

Qual é o foco do WPP?<br />

Quando alguém assume uma<br />

posição como essa, tem <strong>de</strong> ficar<br />

bem clara a agressivida<strong>de</strong> do<br />

WPP nas aquisições. O que está<br />

disponível no mercado com capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> impactar o nosso<br />

earn-out? É o que pergunto cotidianamente.<br />

Estamos olhando<br />

possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócios com e<br />

para o WPP. Era algo que, como<br />

presi<strong>de</strong>nte da Y&R, não me era<br />

permitido. Tenho realizado reuniões<br />

periódicas para ver as alternativas<br />

disponíveis, mesmo fora<br />

<strong>de</strong> São Paulo. Como sou um profissional<br />

focado no cliente, também<br />

estou fazendo uma imersão<br />

nas marcas atendidas pela<br />

Grey, Wun<strong>de</strong>rman, VML e Ação,<br />

esta última uma empresa <strong>de</strong> pré<br />

mídia. Os três pontos que vou<br />

<strong>de</strong>stacar na minha gestão são as<br />

sinergias entre as companhias,<br />

fusões e aquisições, aprofundamento<br />

das expertises e muito conhecimento<br />

estratégico.<br />

Quais as oportunida<strong>de</strong>s?<br />

Tudo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do cenário econômico<br />

e político. O otimismo já<br />

chegou, falta a reação tão esperada<br />

do PIB. Tenho certeza, porém,<br />

<strong>de</strong> que há oportunida<strong>de</strong>s e estamos<br />

olhando com carinho para alguns<br />

filhotes. Não pelo viés da crise,<br />

que muita gente fala que elas<br />

aparecem e ainda não consegui<br />

i<strong>de</strong>ntificá-las, mas pelo propósito.<br />

Uma opção é o crescimento nos próprios<br />

clientes?<br />

Sim. A evolução digital é algo<br />

que veio para adicionar e não para<br />

substituir. O Brasil é um país consumidor<br />

<strong>de</strong> televisão aberta com<br />

um market share consistente e<br />

em condições <strong>de</strong> ampliar essa fatia<br />

com o crescimento da população.<br />

Os meios impressos, o rádio<br />

e outras mídias não vão <strong>de</strong>saparecer,<br />

mas o mercado vai ter uma<br />

a<strong>de</strong>quação com o mo<strong>de</strong>lo digital.<br />

Quais segmentos que estão em foco<br />

para aquisições?<br />

Não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>scartar nenhum<br />

<strong>de</strong>les, mas vamos priorizar<br />

agências <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>. Outros<br />

grupos têm focado em relações<br />

públicas e digital, por exemplo,<br />

mas nós vamos seguir buscando<br />

negócios na área <strong>de</strong> propaganda.<br />

Po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>talhar esse projeto sinergético?<br />

A i<strong>de</strong>ia é ficar envolvido mais<br />

profundamente na propaganda<br />

e, com o grupo <strong>de</strong> agências que<br />

possuímos, não per<strong>de</strong>r negócios<br />

e evitar conflitos. Depen<strong>de</strong>ndo<br />

do cliente, muitas vezes o conflito<br />

envolve apenas uma parte do<br />

negócio. Sempre pedimos uma<br />

liberação do anunciante porque<br />

às vezes ele po<strong>de</strong> se incomodar<br />

com uma <strong>de</strong>cisão. Para evitar<br />

qualquer problema, nosso crité-<br />

rio ético é se orientar por or<strong>de</strong>m<br />

<strong>de</strong> chegada e não pelo valor do<br />

investimento. A sinergia é essencial<br />

na era do cross business. Hoje<br />

conseguimos casar interesses dos<br />

nossos clientes, como a Danone<br />

estar com seus produtos nos aviões<br />

da Azul ou a cerveja Itaipava<br />

estar num evento e assim por<br />

diante. E o Newcomm tem como<br />

premissa trazer a riqueza das sinergias<br />

para todos os clientes.<br />

As agências não sobrevivem mais <strong>de</strong><br />

mídia?<br />

Faz tempo que esse mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser a única fonte <strong>de</strong><br />

receita. Conteúdo, consultoria,<br />

inteligência, com mídia ou sem<br />

mídia, e performance do negócio<br />

do cliente. E temos <strong>de</strong> ser remunerados<br />

por cada solução apresentada.<br />

O cliente chega e fala<br />

que tem um produto estocado<br />

<strong>de</strong>vido a uma análise <strong>de</strong> preço<br />

inconsistente e não tem verba <strong>de</strong><br />

mídia para resolver a questão. Se<br />

ele confia na agência, temos <strong>de</strong><br />

ajudá-lo.<br />

Como é o equilíbrio do Newcomm entre<br />

mídia e no media?<br />

A mídia ainda é a gran<strong>de</strong> fonte<br />

<strong>de</strong> receita das agências <strong>de</strong>ntro<br />

do mo<strong>de</strong>lo brasileiro <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>.<br />

Não temos o breakdown<br />

exato porque quando vira receita<br />

é indiferente se vem <strong>de</strong> mídia, fee<br />

<strong>de</strong> criação, consultoria, custos internos<br />

etc. Mas posso afirmar que<br />

mais da meta<strong>de</strong> da remuneração<br />

vem <strong>de</strong> mídia, com base no <strong>de</strong>sconto<br />

padrão.<br />

O mo<strong>de</strong>lo brasileiro precisa <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação?<br />

Precisamos discutir os problemas<br />

na raiz. Temos conversado<br />

muito com as li<strong>de</strong>ranças para<br />

fazermos algo, mas não sobre o<br />

escopo que existe hoje. A vonta<strong>de</strong><br />

é zerar e fazer do início. Por<br />

exemplo, quais são as faixas que<br />

se pagam <strong>de</strong> comissionamento às<br />

agências? O que mudou na mão<br />

<strong>de</strong> obra com o digital? Quais os<br />

valores que os clientes se sentem<br />

à vonta<strong>de</strong> para pagar? Qual é a<br />

nova tabela do Cenp? Temos <strong>de</strong><br />

apoiar as entida<strong>de</strong>s, mas escolher<br />

alguns temas e reiniciar essa história.<br />

Hoje, no Newcomm, tenho<br />

mais tempo para as ativida<strong>de</strong>s<br />

26 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


“Estamos<br />

Em uma Era<br />

marcada<br />

pElo<br />

‘nExialismo’,<br />

ou sEja,<br />

das coisas<br />

quE fazEm E<br />

tEnham nExo”<br />

Alê Oliveira<br />

corporativas e institucionais. O<br />

nosso mo<strong>de</strong>lo é campeão e não<br />

é ele que <strong>de</strong>ve ser mudado, apenas<br />

algumas premissas e bases <strong>de</strong><br />

condições, números e patamares.<br />

Mas <strong>de</strong>vemos seguir com o mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> remuneração vigente.<br />

E as bonificações <strong>de</strong> volume, que<br />

muitos anunciantes questionam?<br />

Po<strong>de</strong>mos discutir sobre o mo<strong>de</strong>lo<br />

i<strong>de</strong>al, que também integra<br />

meu raciocínio <strong>de</strong> volta às bases.<br />

O ponto é que esse sistema existe<br />

há muito tempo e funciona<br />

para a maioria das agências. Temos<br />

<strong>de</strong> chamar os anunciantes<br />

para a discussão para reescrever<br />

esse mo<strong>de</strong>lo.<br />

“a idEia é ficar<br />

Envolvido mais<br />

profundamEntE<br />

na propaganda”<br />

Como agrega os valores da sua época<br />

como artista, on<strong>de</strong> você era o produto<br />

e ao mesmo tempo o agente?<br />

A pessoa nunca é uma foto,<br />

mas um filme. O Dominó, do qual<br />

fui integrante, fez shows para 50<br />

mil pessoas e esse contato com o<br />

público me passou muita verda<strong>de</strong><br />

sobre o que as pessoas consomem<br />

na sua essência mais pura,<br />

seja uma celebrida<strong>de</strong> ou um produto.<br />

Quando trabalhei como<br />

empresário da Eliana, atuei com<br />

vigor no setor <strong>de</strong> licenciamento,<br />

que me obrigou a compreen<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> vários segmentos <strong>de</strong> negócios.<br />

Quando fui licenciar a imagem<br />

<strong>de</strong>la para o mercado escolar,<br />

tive <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r as sutilezas<br />

<strong>de</strong>ssa área, que tem múltiplos<br />

interesses. Nosso licenciamento<br />

era para as tesouras da Mundial.<br />

Para a Estrela, me aprofun<strong>de</strong>i<br />

no universo dos brinquedos e<br />

sobre suas margens. A Maçã da<br />

Coopercotia exigiu conhecimento<br />

do setor <strong>de</strong> comida. E com a<br />

Shiseido, tive <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r sobre<br />

cosmética. Esse ambiente diversificado<br />

me proporcionou uma<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptabilida<strong>de</strong> e<br />

resiliência, que eu trouxe para a<br />

minha carreira na publicida<strong>de</strong>. O<br />

Grupo Newcomm aten<strong>de</strong> cerveja,<br />

iogurte, automóveis, higiene,<br />

bancos, cartões, seguros e varejo,<br />

o que exige ligar e <strong>de</strong>sligar muitas<br />

tomadas simultaneamente.<br />

O meu passado me ajudou muito<br />

na publicida<strong>de</strong>, embora ainda tenha<br />

muito a apren<strong>de</strong>r.<br />

Qual é papel do administrador?<br />

Estamos em uma era marcada<br />

pelo ‘nexialismo’, ou seja, das coisas<br />

que fazem e tenham nexo. Eu<br />

me consi<strong>de</strong>ro um ‘nexialista’. Não<br />

entendo profundamente <strong>de</strong> algumas<br />

coisas, mas o suficiente para<br />

po<strong>de</strong>r aconselhar com base naquilo<br />

que faz sentido. Entendo que o<br />

mundo está mais para os ‘nexialistas’<br />

do que para os especialistas<br />

porque eles conseguem administrar<br />

quem conhece profundamente<br />

uma ativida<strong>de</strong>. Temos gran<strong>de</strong>s<br />

especialistas no grupo, como o<br />

Eduardo Bicudo, presi<strong>de</strong>nte da<br />

Wun<strong>de</strong>rman, que enten<strong>de</strong> tudo sobre<br />

BI, performance, ROI digital e<br />

mídia programática.<br />

A atual geração <strong>de</strong> publicitários <strong>de</strong>ixou<br />

<strong>de</strong> lado a cena corporativa? Por<br />

quê?<br />

Não é que <strong>de</strong>ixou, mas ela teve<br />

mais pressa para prospectar do<br />

que ver as bases do nosso negócio.<br />

A nova geração já ficou visível. Ela<br />

é formada por profissionais que<br />

são verda<strong>de</strong>iros aviões, que po<strong>de</strong>m<br />

contribuir muito para o setor<br />

e, consequentemente, recuperar o<br />

tempo perdido.<br />

Como o WPP está observando o mercado<br />

brasileiro?<br />

De forma promissora e atento<br />

às oportunida<strong>de</strong>s. O grupo acredita<br />

no Brasil, que ele vai continuar<br />

crescendo.<br />

Qual o projeto do Newcomm para fortalecer<br />

o branding das suas marcas<br />

pelo viés da criativida<strong>de</strong>, afinal, do<br />

ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> negócios, contabiliza<br />

resultados indiscutíveis com a Y&R<br />

e vem dando suporte à reetruturação<br />

da Grey?<br />

Não conseguimos olhar todas as<br />

<strong>de</strong>mandas com a mesma priorida<strong>de</strong>.<br />

Mas, ganhar espaço nas premiações<br />

é uma meta que está na nossa<br />

pauta. A Grey é uma marca fantástica<br />

no mundo inteiro e queremos<br />

fazer que tenha a mesma pegada<br />

no Brasil. É uma oportunida<strong>de</strong><br />

que temos porque ela passou a ser<br />

uma ban<strong>de</strong>ira do guarda-chuva da<br />

Y&R há uns dois anos e, nesse período,<br />

ampliou sua percepção criativa.<br />

Promovemos uma alteração<br />

na gestão sob o comando do Sérgio<br />

Prandini (CEO), Rodrigo Jatene<br />

(CCO) e Marcia Esteves (COO), que<br />

é integralmente conjunta com um<br />

mo<strong>de</strong>lo focado em criativida<strong>de</strong>.<br />

O plano <strong>de</strong> negócios para a Grey é<br />

bem agressivo porque ela precisa<br />

aumentar seu tamanho <strong>de</strong> negócios.<br />

E é isso que estamos fazendo.<br />

Jatene já está dando a virada<br />

criativa planejada para ampliar a<br />

exposição da marca Grey. O primeiro<br />

reflexo foram os quatro Leões<br />

no Cannes Lions <strong>de</strong>ste ano. A<br />

priorida<strong>de</strong> do grupo envolve todas<br />

as agências, mas a atenção com a<br />

Grey é muito importante porque<br />

ela tem potencial ainda não <strong>de</strong>senvolvido<br />

e estrutura física e <strong>de</strong><br />

pessoal para isso.<br />

A criativida<strong>de</strong> alavanca negócios?<br />

Negócios são commodities, mas<br />

a criativida<strong>de</strong> não. O que diferencia<br />

o preço é a criação que vai tirar um<br />

produto do lugar comum. É bom<br />

lembrar que prêmio é um ponto <strong>de</strong><br />

prestígio, mas não é o que os anunciantes<br />

buscam. Na hora <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir<br />

uma agência, querem inteligência<br />

estratégica. E a criativida<strong>de</strong> faz<br />

parte <strong>de</strong>sse universo.<br />

jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 27


inspiração<br />

Fábulas, crianças e i<strong>de</strong>ias<br />

Publicitária escreve sobre a dimensão do universo infantil para gerar<br />

metáforas, histórias e i<strong>de</strong>ias. Conviver com crianças, segundo ela, faz com<br />

que os adultos voltem a experimentar e a per<strong>de</strong>r "um pouco" o medo <strong>de</strong> errar<br />

28 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Joanna Monteiro é<br />

Chief Creative Officer<br />

da FCB Brasil<br />

piola/iStock<br />

JOANNA MONTEIRO<br />

Especial para o PROPMARK<br />

Imagina você ouvir uma opinião<br />

<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>, livre <strong>de</strong> preconceitos<br />

e sem travas na língua. Criança<br />

é assim. As crianças muitas<br />

vezes fazem do complicado algo<br />

simples. Porque elas vêm sem<br />

papas na língua, sem regras, sem<br />

hierarquia, sem política. O rei<br />

está nu e pronto. Crianças vêm<br />

abertas. Porque para elas tudo é<br />

novo e nada é anormal até que alguém<br />

diga que é. Adoro uma frase<br />

<strong>de</strong> Jean-Paul Sartre: “Existem<br />

dois tipos <strong>de</strong> pessoas que dizem a<br />

verda<strong>de</strong>: as crianças e os loucos.<br />

Os loucos são internados em hospícios.<br />

As crianças, educadas.”<br />

E a nossa chance <strong>de</strong> <strong>de</strong>seducar a<br />

mente é quando as crianças entram<br />

na nossa vida.<br />

Crianças são a chance <strong>de</strong> um<br />

restart para mães, pais, tios. A<br />

gente apren<strong>de</strong> a mudar <strong>de</strong> opinião,<br />

apren<strong>de</strong> a ouvir, apren<strong>de</strong> a<br />

ver que existem outros ângulos.<br />

São novos livros, novos filmes,<br />

novas viagens, novos problemas,<br />

novas pessoas, novas marcas,<br />

novos games, novas séries <strong>de</strong> TV<br />

(para elas novas séries <strong>de</strong> computador)<br />

e, mais <strong>de</strong>safiador, novos<br />

métodos <strong>de</strong> ensino da matemática.<br />

Crianças adoram metáforas<br />

e fábulas. Adoram histórias. Por<br />

isso a gente cria histórias para<br />

contar. E se elas são chatas, as<br />

crianças reclamam. E a gente tem<br />

<strong>de</strong> criar outra melhor.<br />

Crianças fazem a gente se<br />

manter jovem, tiram a preguiça,<br />

fazem a gente estudar, andar<br />

<strong>de</strong> patins, jogar Minecraft, caçar<br />

Pokemon, cantar Anitta, saber<br />

quem é Christian Figueiredo,<br />

apren<strong>de</strong>r a usar o Snapchat e<br />

passar horas discutindo por que<br />

celular próprio e Facebook só aos<br />

12 anos. A gente volta aos museus,<br />

volta às roupas coloridas,<br />

ao <strong>de</strong>senho, volta ao lápis, volta<br />

a experimentar. A gente per<strong>de</strong><br />

um pouco do medo <strong>de</strong> errar e se<br />

sente livre novamente para achar<br />

graça em coisas bobas, mas que<br />

são tão engraçadas. A gente fica<br />

menos vaidoso, mais tolerante, a<br />

empatia aumenta muito. O mais<br />

legal é que, com a mesma facilida<strong>de</strong><br />

com que dizem a verda<strong>de</strong>,<br />

as crianças inventam. Amigos<br />

imaginários, brócolis malvados,<br />

avós com superpo<strong>de</strong>res, chuteiras<br />

mágicas e foguetes ma<strong>de</strong> in<br />

quintal <strong>de</strong> casa.<br />

E como se não bastasse dizer<br />

a verda<strong>de</strong> e inventar coisas incríveis,<br />

elas vivem perguntando.<br />

Quer coisa mais difícil que viver<br />

respon<strong>de</strong>ndo? Logo a gente<br />

apren<strong>de</strong> a dizer “não sei”. E dizer<br />

que não sabe é o primeiro passo<br />

para diminuir novamente a preguiça,<br />

estudar, ser menos vaidoso,<br />

aquilo tudo. Mais inspirador<br />

que isso? Talvez ser avó?<br />

O po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> começar <strong>de</strong> novo<br />

Escalada <strong>de</strong> pare<strong>de</strong> infantil, diversão com água e aventura sobre rodas:<br />

“Crianças são a chance <strong>de</strong> um restart para mães, pais, tios. A gente apren<strong>de</strong> a<br />

mudar <strong>de</strong> opinião, apren<strong>de</strong> a ouvir, apren<strong>de</strong> a ver que existem outros ângulos.”<br />

Fotos: Divulgação<br />

Andrew Rich/iStock<br />

jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 29


mundo digital<br />

YinYang/iStockphotos<br />

Futuro x presente:<br />

o dilema do setor<br />

91% do tempo <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o consumido<br />

pelos consumidores americanos<br />

continua sendo na TV<br />

Rafael Sampaio<br />

digital ven<strong>de</strong> bem o futuro, como todos<br />

O sabemos, mas falha ao entregar o almoço<br />

do dia, como vamos <strong>de</strong>scobrindo através<br />

da observação da realida<strong>de</strong>, das pesquisas<br />

e estudos que estão sendo feitos. Nos Estados<br />

Unidos, on<strong>de</strong> existe a maior competição<br />

das mídias pela atenção e preferência<br />

dos consumidores, a TV continua imbatível<br />

e dominando <strong>de</strong> longe essa disputa, segundo<br />

dados do VAB (Vi<strong>de</strong>o Advertising Bureau),<br />

entida<strong>de</strong> organizada pelas emissoras<br />

<strong>de</strong> TV aberta e fechada para monitorar a<br />

evolução do consumo do ví<strong>de</strong>o no ambiente<br />

multitela no qual se está vivendo.<br />

Do tempo <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o consumido pelos<br />

consumidores americanos, 91% continua<br />

sendo na TV, que permanece a mídia lí<strong>de</strong>r<br />

no presente e assim <strong>de</strong>ve continuar no futuro<br />

próximo, enquanto o digital insiste<br />

na tese <strong>de</strong> que tudo está se transformando<br />

radicalmente e os dias das mídias tradicionais<br />

estão irremediavelmente contados. A<br />

questão central é que o consumo <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> mais da qualida<strong>de</strong> da produção<br />

– somando enredo, <strong>de</strong>senvolvimento do<br />

roteiro, atributos e padrão técnico <strong>de</strong> sua<br />

realização – do que do seu meio <strong>de</strong> distribuição.<br />

Tanto que boa parte da expansão que o<br />

digital tem obtido é <strong>de</strong>vido à absorção do<br />

estoque <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os da TV e do cinema e da<br />

contratação <strong>de</strong> sua estrutura <strong>de</strong> produção<br />

para a realização <strong>de</strong> novos programas. No<br />

relatório <strong>de</strong> <strong>2016</strong> do VAB, baseado nas pesquisas<br />

<strong>de</strong> consumo multimídia da Nielsen,<br />

uma ampla série <strong>de</strong> dados reconfirma essa<br />

realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que o presente continua sendo<br />

basicamente da TV.<br />

A TV domina não apenas no público em<br />

geral (os mencionados 91%), mas também<br />

entre os chamados millenniuns (86%) e entre<br />

todos os grupos étnicos daquele país.<br />

Registra-se uma transferência do consumo<br />

do ví<strong>de</strong>o nos computadores, que per<strong>de</strong>ram<br />

12% no ano passado, para o smartphone,<br />

que ganhou 6% em usuários e 45% em tempo.<br />

Ou seja, esse crescimento do mobile sai<br />

mais <strong>de</strong> outros <strong>de</strong>vices digitais do que da<br />

TV, que não per<strong>de</strong>u volume <strong>de</strong> consumo<br />

nesse período. Mas os números <strong>de</strong> atingimento<br />

da TV continuam extraordinários,<br />

com 98,8% da população em geral (acima<br />

<strong>de</strong> dois anos), o pico <strong>de</strong> 99,6% na faixa <strong>de</strong><br />

mais <strong>de</strong> 65 anos e o menor na faixa <strong>de</strong> 18 a<br />

34 anos, com 97,7%. A participação mensal<br />

<strong>de</strong> consumo do ví<strong>de</strong>o pela TV é <strong>de</strong> 91% (138<br />

horas e 42 minutos), contra 8% no computador<br />

(12 horas e 28 minutos) e 1% no smartphone<br />

(2 horas e 12 minutos).<br />

Quebrando esse consumo <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o pelos<br />

três targets mais objetivados pelos anunciantes,<br />

a TV continua na frente: 95 horas e<br />

39 minutos na faixa <strong>de</strong> 18 a 34 anos (82% <strong>de</strong><br />

share), contra 17 horas e 49 minutos e 3 horas<br />

e 9 minutos, respectivamente, nos computadores<br />

e nos smartphones. Para o target<br />

<strong>de</strong> 18 a 49 anos, o share da TV é <strong>de</strong> 86% e<br />

para a faixa <strong>de</strong> 25 a 54, é <strong>de</strong> 89%. Quebrando<br />

o consumo <strong>de</strong> TV entre os teens e jovens<br />

adultos em três subgrupos, <strong>de</strong> 12 a 17 anos<br />

o share <strong>de</strong> consumo dos ví<strong>de</strong>os na TV é <strong>de</strong><br />

89%, <strong>de</strong> 18 a 24 anos é <strong>de</strong> 79% e <strong>de</strong> 25 a 34<br />

anos é <strong>de</strong> 84%. Ou seja, o presente é dominado<br />

pela TV até mesmo entre as faixas <strong>de</strong><br />

ida<strong>de</strong> mais entusiasmadas, que mais consomem<br />

o digital. O tempo <strong>de</strong> consumo nos<br />

smartphones cresce bastante, mas é centrado<br />

no consumo da web e, principalmente,<br />

nos apps, e não no ví<strong>de</strong>o, que continua<br />

sendo a praia da TV.<br />

E a publicida<strong>de</strong>, cuja maior força está<br />

justamente nos ví<strong>de</strong>os, continua tendo<br />

na TV sua força dominante. Outro estudo<br />

do VAB compara consumo <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o na TV<br />

tradicional (live TV), no que se assiste em<br />

tempo diferido (gravado pelo consumidor)<br />

e pelo serviço on-<strong>de</strong>mand das re<strong>de</strong>s com o<br />

maior canal <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o da mídia digital, que<br />

é o YouTube. Nos Estados Unidos, a TV tem<br />

77%, contra 4% do YouTube. E no Reino<br />

Unido, outro gran<strong>de</strong> e sofisticado mercado,<br />

os números são 76% e 4,4%. Mas quando se<br />

isola o tempo <strong>de</strong> consumo do ví<strong>de</strong>o publicitário,<br />

a distância da TV com o YouTube é<br />

ainda mais massacrante nesses dois mercados:<br />

98% a 2% no caso dos EUA e <strong>de</strong> 93,9% a<br />

0,6% no Reino Unido, respectivamente<br />

Rafael Sampaio é consultor em propaganda<br />

rafael.sampaio@uol.com.br<br />

30 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


15º MARKETING BEST<br />

SUSTENTABILIDADE<br />

Um prêmio da Editora Referência e<br />

do MadiaMundoMarketing


Prêmios<br />

Divulgação<br />

A atleta brasileira Flávia<br />

Saraiva, durante os Jogos<br />

Olímpicos Rio <strong>2016</strong>:<br />

competição inspirou a criação<br />

<strong>de</strong> uma nova categoria<br />

no Epica Awards<br />

Epica Awards <strong>2016</strong> ganha mais uma<br />

categoria e tem inscrição até dia 30<br />

Em sua 30ª edição, competição internacional, que será realizada<br />

em Berlim, vai <strong>de</strong>stacar também peças criadas para Olimpíadas<br />

As inscrições para a 30ª edição<br />

do Epica Awards – premiação<br />

internacional <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong><br />

que é realizada <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

<strong>19</strong>87 e tem como principal<br />

característica o júri, formado<br />

apenas por jornalistas <strong>de</strong> publicações<br />

especializadas – estão<br />

abertas e seguem até o próximo<br />

dia 30. Este ano, o Brasil será<br />

<strong>de</strong>staque no Epica, já que uma<br />

nova categoria foi anunciada:<br />

a Olympic Games, que reconhecerá<br />

as melhores criações<br />

feitas para os Jogos Olímpicos<br />

Rio <strong>2016</strong>.<br />

Po<strong>de</strong>m concorrer na nova<br />

categoria trabalhos <strong>de</strong> vários<br />

meios, do impresso ao digital,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente se os<br />

anunciantes tenham sido ou<br />

não patrocinadores oficiais dos<br />

Jogos Olímpicos. A cerimônia<br />

com o anúncio dos melhores<br />

trabalhos será no dia 17 <strong>de</strong> novembro,<br />

em Berlim.<br />

O diretor-editorial do Epica,<br />

Mark Tungate, acredita que<br />

bons trabalhos estão a caminho<br />

“Gran<strong>de</strong>s eventos<br />

esportivos como<br />

os joGos olímpicos<br />

são um ímã para<br />

a criativida<strong>de</strong> e<br />

parecem aGitar<br />

o espírito<br />

competitivo<br />

das marcas”<br />

do prêmio e a nova categoria<br />

contribui para isso. “Gran<strong>de</strong>s<br />

eventos esportivos como os Jogos<br />

Olímpicos são um ímã para<br />

a criativida<strong>de</strong> e parecem agitar<br />

o espírito competitivo das marcas,<br />

mesmo que elas não sejam<br />

patrocinadores oficiais”, disse.<br />

AnivErsário<br />

Este ano o Epica Awards<br />

completa 30 anos com uma<br />

programação intensa <strong>de</strong> conteúdo,<br />

além da cerimônia <strong>de</strong> premiação.<br />

Para esta edição, mais<br />

<strong>de</strong> 60 editores e jornalistas especializados<br />

em marketing e<br />

comunicação compõem o júri,<br />

incluindo profissionais <strong>de</strong> veículos<br />

como Adweek e o alemão<br />

Werben & Verkaufen.<br />

Des<strong>de</strong> sua criação, o prêmio<br />

visa reconhecer trabalhos criativos<br />

<strong>de</strong> toda a indústria da comunicação<br />

e, assim, contribuir<br />

para que agências, produtoras,<br />

fotógrafos e <strong>de</strong>signers possam<br />

se <strong>de</strong>stacar em um cenário internacional.<br />

Mais <strong>de</strong> 70 países já inscreveram<br />

no Epica, que é dividido<br />

em categorias e subcategorias,<br />

totalizando mais <strong>de</strong> 70 prêmios.<br />

Gastronomia, artes e entretenimento<br />

são algumas das<br />

áreas premiadas, assim como<br />

mobile, rádio e usos diferentes<br />

<strong>de</strong> mídia. Todos os <strong>de</strong>talhes<br />

sobre as inscrições estão disponíveis<br />

no site do evento (www.<br />

epica-awards.com).<br />

PublicAção<br />

A exemplo das outras edições,<br />

o Epica Awards <strong>2016</strong> resultará<br />

em um livro com <strong>de</strong>talhes<br />

do processo criativo <strong>de</strong><br />

todos os vencedores e também<br />

das criações que obtiverem alta<br />

pontuação.<br />

A 29ª edição do Epica Book<br />

já foi publicada e reúne mais<br />

<strong>de</strong> 400 páginas sobre criativida<strong>de</strong><br />

e inspiração, editadas<br />

pela Bloomsburry. Além das<br />

peças vencedoras em 2015, a<br />

atual edição do livro traz uma<br />

introdução feita por Matt Eastwood,<br />

CCO global da J. Walter<br />

Thompson.<br />

O material reúne ainda entrevista<br />

com diversos profissionais<br />

renomados no cenário internacional,<br />

entre eles David Lubars,<br />

chairman e CCO da BBDO; Ben<br />

Tollett; Malcolm Poynton, CCO<br />

da Cheil; Masato Kosukegawa,<br />

diretor-criativo da Shiseido; e<br />

Bas Korsten, diretor-executivo<br />

da J. Walter Thompson <strong>de</strong> Amsterdam.<br />

32 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Doe Barras J. Walter Thompson Atados Social Media Bronze<br />

prêmiOs<br />

Agências brasileiras conquistam<br />

21 troféus no Clio Awards <strong>2016</strong><br />

Campanha mais premiada foi Tudo em Preto e Branco, criada<br />

pela F/Nazca Saatchi & Saatchi para Leica Gallery São Paulo<br />

Clio Awards <strong>2016</strong> conce<strong>de</strong>u 21 troféus às agências<br />

O do Brasil (veja tabela abaixo). O número po<strong>de</strong><br />

seubir já que dia 28 serão divulgados os GPs, na cerimônia<br />

<strong>de</strong> premiação, em Nova York. O Brasil também<br />

ganhou dois troféus nas categorias <strong>de</strong> Estudantes,<br />

um <strong>de</strong> ouro e um <strong>de</strong> bronze, com trabalhos da Miami<br />

Ad School/ESPM.<br />

A campanha mais premiada, com sete troféus, é<br />

Everything is Black & White (Tudo em Preto e Branco),<br />

criada pela F/Nazca Saatchi & Saatchi para Leica Gallery<br />

São Paulo. Com seis prêmios, Infinitas Possibilida<strong>de</strong>s,<br />

assinada pela AlmapBBDO para Getty Image, foi<br />

a segunda mais premiada. A Almap tem ainda outros<br />

três troféus, que a colocam como a brasileira com o<br />

maior número <strong>de</strong> troféus na competição <strong>de</strong>ste ano.<br />

Grey Brasil, FCB Brasil, AKQA e J. Walter Thompson<br />

também conquistaram prêmios.<br />

Pela TBWA\Raad, os brasileiros Gabriel Gama (diretor<br />

<strong>de</strong> arte) e Guilherme Grossi (redator) também ganharam<br />

prêmios, com One-Drop Bottle, que levou prata<br />

em Brand Design - Packaging e bronze em Out of Home;<br />

e com o case Go Sport - Champions Hijack, que recebeu<br />

bronze em Digital/Mobile - Banners & Rich Media.<br />

Infinitas Possibilida<strong>de</strong>s, da AlmapBBDO para Getty Images, que conquistou seis prêmios<br />

Divulgação<br />

Os <strong>de</strong>stAques brAsileirOs<br />

CAmpAnhA AgênCiA AnunCiAnte CAtegOriA prêmiO<br />

Emergency Pin Co<strong>de</strong> Grey Brasil Sekron Security Systems Product Innovation Ouro<br />

Infinitas Possibilida<strong>de</strong>s AlmapBBDO Getty Images Integrated Campaign Ouro<br />

Charles AlmapBBDO Getty Images Poster Ouro<br />

Charles AlmapBBDO Getty Images Print Ouro<br />

Charles AlmapBBDO Getty Images Art Direction Ouro<br />

Germany/Netherlands AlmapBBDO Visa Print Ouro<br />

Swe<strong>de</strong>n/Switzerland AlmapBBDO Visa Print Ouro<br />

Tudo em Preto e Branco F/Nazca Saatchi & Saatchi Leica Gallery São Paulo Copywriting Ouro<br />

Músicas da Violência FCB Brasil Estadão Digital Streaming/Downloadable Content Prata<br />

Don't Look Away AKQA Usher Digital/Mobile Prata<br />

Stair J. Walter Thompson Alcoholics Anonymous Poster Prata<br />

Tudo em Preto e Branco F/Nazca Saatchi & Saatchi Leica Gallery São Paulo Copywriting Prata<br />

Tudo em Preto e Branco F/Nazca Saatchi & Saatchi Leica Gallery São Paulo Copywriting Prata<br />

Infinitas Possibilida<strong>de</strong>s AlmapBBDO Getty Images Digital/Mobile Bronze<br />

Opening Doors AlmapBBDO Volkswagen do Brasil Commercials Bronze<br />

Infinitas Possibilida<strong>de</strong>s AlmapBBDO Getty Images Commercials Bronze<br />

Tudo em Preto e Branco F/Nazca Saatchi & Saatchi Leica Gallery São Paulo Print Bronze<br />

Tudo em Preto e Branco F/Nazca Saatchi & Saatchi Leica Gallery São Paulo Art Direction Bronze<br />

Tudo em Preto e Branco F/Nazca Saatchi & Saatchi Leica Gallery São Paulo Art Direction Bronze<br />

Tudo em Preto e Branco F/Nazca Saatchi & Saatchi Leica Gallery São Paulo Art Direction Bronze


quem fez<br />

Cristiane Marsola cristiane@propmark.com.br<br />

experiência<br />

As poltronas D-Box, que permitem aos usuários<br />

da re<strong>de</strong> Cinemark simular situações que<br />

dão a sensação <strong>de</strong> participar do filme, têm<br />

campanha com o youtuber Mauro Morizono<br />

Filho, o Japa. Ele fez um ví<strong>de</strong>o que reproduz a<br />

poltrona em casa. O conteúdo está disponível<br />

no canal do personagem e nos principais canais<br />

da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> cinemas na internet.<br />

Z+<br />

cIneMarK<br />

Fotos: divulgação<br />

Título: Ou é na D-Box ou não é; criação: Guilherme<br />

Rocha e Gabriel Lima; direção <strong>de</strong> criação digital:<br />

Alessandra Muccillo e Neto Nogawa; direção:<br />

Lucas Fazzio e Paulo Mancini; VP <strong>de</strong> criação:<br />

Fernando Rodrigues; Aprovação: Bettina Boklis,<br />

Maricy Leal e Beatriz Bertellini<br />

É o BicHo!<br />

Os baixinhos estão muito além do aviãozinho<br />

e as mães têm <strong>de</strong> se virar na criativida<strong>de</strong><br />

para convencê-los a ter uma alimentação<br />

balanceada. Coelhos e macacos ajudam<br />

a simular o interesse. Mas, <strong>de</strong> qualquer<br />

modo, não custa ter Sustagem no armário<br />

para complementar os nutrientes <strong>de</strong> quem<br />

é apaixonado por macarrão.<br />

f/naZca s&s<br />

Mead johnson<br />

Título: Bichinhos; produto: Sustagen Kids;<br />

criação: Fernando Marar e Daniel Duarte; direção<br />

<strong>de</strong> criação: Pedro Prado; produção e finalização:<br />

Cia. <strong>de</strong> Cinema; direção: Rodolfo Vanni;<br />

som: Satelite; aprovação: Alan Kirszenwurcel;<br />

direção geral <strong>de</strong> criação: Fabio Fernan<strong>de</strong>s<br />

universitários<br />

O Banco Santan<strong>de</strong>r está transformando pontos<br />

<strong>de</strong> ônibus em hubs digitais para interação<br />

e experiências <strong>de</strong> universitários com a marca.<br />

São disponibilizados carregadores <strong>de</strong> celular,<br />

karaokê, ingressos <strong>de</strong> cinema - distribuídos<br />

<strong>de</strong> acordo com o humor do interessado e isotônicos<br />

para recarregar as energias, além <strong>de</strong><br />

capas <strong>de</strong> chuva.<br />

talent marcel<br />

banco santan<strong>de</strong>r<br />

Título: Santan<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Um Ponto ao Outro; CCO:<br />

João Livi; direção <strong>de</strong> criação: Eduardo Martins e<br />

Daniell Rezen<strong>de</strong>; criação: Sleyman Khodor e Daniel<br />

Leitão; planejamento: Renata Serafim; aprovação:<br />

: Marcos Madureira, Paula Na<strong>de</strong>r, Gabriele<br />

Canettieri, Patricia Viegas e Natalia Contrera<br />

34 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


comprometimento<br />

Nova i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> corporativa da Yasuda Marítima, a Sompo<br />

Seguros está nos canais <strong>de</strong> mídia com sua primeira<br />

campanha institucional. A empresa enfatiza nos filmes e<br />

peças impressas o seu principal valor: comprometimento<br />

com os serviços que presta aos seus usuários, que são consi<strong>de</strong>rados<br />

seus principais ativos. “Historicamente, a comunicação<br />

das seguradoras sempre explorou situações <strong>de</strong><br />

riscos e perigos. Posicionamos a Sompo Seguros <strong>de</strong> forma<br />

diferente, retratando o benefício principalmente emocional,<br />

que a sensação <strong>de</strong> estar segurado por uma empresa<br />

como esta proporciona aos seus clientes”, explicou Alexandre<br />

Gama. A i<strong>de</strong>ia da campanha é mostrar que o clientes<br />

da Sompo vão po<strong>de</strong>r usar seu tempo com coisas úteis.<br />

neogama<br />

soMPo<br />

Título: Re<strong>de</strong>; produto: institucional; direção geral <strong>de</strong> criação:<br />

Alexandre Gama; direção <strong>de</strong> criação: Márcio Ribas e Fabio Mozeli;<br />

produção, pós-produção, finalização e áudio: AD Studio; direção<br />

e montagem: Jarbas Agnelli; RTVC: Luciana Kley e Gabriela<br />

Baroni; direção <strong>de</strong> produção: Mariah Bayeux; aprovação: André<br />

Gouw e Daniela Mozzer Soares<br />

escolHa<br />

Criada há 45 anos, a FMU enfatiza<br />

sua tradição no mercado <strong>de</strong> ensino<br />

para interagir com seu público-alvo.<br />

O plano é mostrar que seus alunos<br />

terão mais do que um simples canudo,<br />

mas uma formação capaz <strong>de</strong><br />

transformar suas vidas após um período<br />

<strong>de</strong> quatro anos. A campanha é<br />

multidisciplinar e contempla filmes e<br />

mobiliário urbano.<br />

ldc<br />

FMu<br />

Título: Mais que um diploma. Uma escolha<br />

<strong>de</strong> vida; criação: Fabricio Pretto/Rafael<br />

Merel; head of art: Roberta Moraes;<br />

produção: Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Filmes; direção:<br />

Paulo Mancini e Lucas Fazzio; montagem:<br />

André Mello; som: Tentáculo; aprovação:<br />

Paula Santos e Daniel Bulgueroni<br />

*Paulo Macedo (interino) paulo@propmark.com.br<br />

Estão Abertas as inscrições ao Prêmio Colunistas São Paulo<br />

<strong>2016</strong>! Não perca tempo! Faça a inscrição da sua agência!<br />

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Patrocínio:<br />

jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 35


STORYTELLER<br />

Não sou eu<br />

Marina Cota<br />

Sou uma boa pessoa, um pai quase avô<br />

<strong>de</strong> família. E gostaria <strong>de</strong> mudar meu perfil<br />

LuLa Vieira<br />

mensagem a seguir eu escrevi <strong>de</strong> brinca<strong>de</strong>ira<br />

uma noite que abri minhas caixas<br />

A<br />

todas <strong>de</strong> entrada (virtuais, o que vocês estão<br />

pensando <strong>de</strong> mim? - minhas caixas <strong>de</strong> entrada<br />

físicas não são abertas assim como se<br />

bastassem um clique) e <strong>de</strong>scobri que, para o<br />

mundo do ecommerce, sou o maior punheteiro,<br />

pornoconsumista, fofoqueiro, frívolo,<br />

babaca <strong>de</strong> todo o universo virtual.<br />

Pensando bem, parte disso sou mesmo,<br />

mas não na proporção que os algoritmos levam<br />

a crer. Acontece que escrevo livros. Um<br />

<strong>de</strong>les é sobre a noite carioca, o que me levou<br />

a comprar pela internet várias obras sobre o<br />

assunto, boa parte pornográfica e outras resvalando<br />

por essa – digamos – categoria.<br />

Noutra ocasião, criando uma campanha<br />

para um cliente, tentei <strong>de</strong>scobrir o tamanho<br />

do mercado <strong>de</strong> roupas plus size. E imagine o<br />

número <strong>de</strong> sites e portais <strong>de</strong>dicados à venda<br />

(ou aluguel) <strong>de</strong> roupas para esse segmento.<br />

Roupas e recheio, se é que me enten<strong>de</strong>m. Li<br />

todos, naveguei entre eles. Vi gordinhas fantásticas<br />

ven<strong>de</strong>ndo sutiã que, a um simples<br />

clique, me levaram a orgias virtuais (popularmente<br />

conhecidas como surubas) impossíveis<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>letar.<br />

Bastaria me cadastrar. Outra vez, para um<br />

artigo para um jornal alternativo, <strong>de</strong> esquerda<br />

e <strong>de</strong> orientação LGBT, pesquisei todas as<br />

músicas <strong>de</strong> conteúdo machista, homofóbico,<br />

mulherfóbico (essa é dilmesca) e bolsonarista<br />

que já foram feitas. “Na subida do morro<br />

me contaram/que você bateu na minha nega/<br />

isso não se faz/bater numa mulher que não é<br />

sua”- Ribeiro Cunha e Moreira da Silva. Essa<br />

é a letra que serviu <strong>de</strong> epígrafe.<br />

Tudo isso fica registrado na memória dos<br />

po<strong>de</strong>rosos computadores, que vão traçando<br />

um ser humano através <strong>de</strong> suas leituras, compras<br />

e passeios pelo mundo virtual. Já que<br />

falei <strong>de</strong> Bolsonaro, também sobre isso an<strong>de</strong>i<br />

pesquisando a tese da força e da truculência<br />

nos regimes.<br />

Como <strong>de</strong>rivativo no entendimento do fascínio<br />

pelo estado opressor e organizado, fui<br />

a Hitler, Mussolini e seus arremedos. Fi<strong>de</strong>l e<br />

Chaves inclusive. Pesquisei vida, obra, discursos.<br />

E os computadores <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> infinita<br />

(Deuses?), traçando minha preferência<br />

me classificaram, acho eu. “Esse puto – pensaram<br />

os circuitos <strong>de</strong>les – tem uma boa renda.<br />

Compra muita merda (esqueci dos vinhos!<br />

Isso me coloca como fodão na categoria <strong>de</strong><br />

comprador) é meio alcoólatra, chegado a uma<br />

putaria e tem cartão <strong>de</strong> crédito.<br />

É conservador, <strong>de</strong>ve ser eleitor do Trump.<br />

Vamos entupir ele <strong>de</strong> ofertas! “Esse é o tema<br />

<strong>de</strong>sta coluna. Não aguento mais. Tudo que<br />

se escreve, produz, filma sobre putaria, fascismo,<br />

sacanagem e violência mandam pra<br />

mim. Para piorar, numa <strong>de</strong>ssas ocasiões, forneci<br />

minha ida<strong>de</strong>. Algum computador juntou<br />

tudo. Velho, punheteiro, na internet. Tá broxa.<br />

Eu me fudi. Minha caixa postal recebe por<br />

dia 20 mensagens <strong>de</strong> clínicas que cuidam <strong>de</strong><br />

paumolecência.<br />

Saibam vocês que existem mais <strong>de</strong> 80 clínicas<br />

<strong>de</strong> disfunção sexual só nas redon<strong>de</strong>zas<br />

do bairro em que eu moro. Para cada pau<br />

mole, <strong>de</strong>ve ter uns oito médicos. É por isso<br />

que o Brasil não vai pra frente. Ou atrás, com<br />

perdão da insinuação. Com fotos <strong>de</strong> banco <strong>de</strong><br />

imagem e textos <strong>de</strong> classificados <strong>de</strong> imóveis,<br />

me dizem que 70 anos é a melhor ida<strong>de</strong> para<br />

se ter pau duro, só eu que não sei. Os respeitáveis<br />

doutores das clínicas chamadas Oxford<br />

Clinics, Mé<strong>de</strong>cins Mo<strong>de</strong>rnes, The Broose Happy,<br />

Le Pinceau Animé garantem transformar<br />

todo velhinho babão como eu em Kid<br />

Bengala. Façam-no como diria Temer. Voltemos<br />

ao tema.<br />

Desculpe-me por ter levado quase a coluna<br />

inteira para justificar a mensagem que<br />

eu escrevi para essas empresas. Eu só queria<br />

me explicar avisando essas entida<strong>de</strong>s<br />

que sou uma boa pessoa, um pai quase avô<br />

<strong>de</strong> família (Cora, minha neta, bem-vinda e<br />

não repare a bagunça). E gostaria <strong>de</strong> mudar<br />

o meu perfil. Eu gostaria que vocês soubessem<br />

que adoraria ser informado que Elomar<br />

lançou um novo CD. Que Massimo Montanari<br />

acaba <strong>de</strong> lançar um livro chamado Histórias<br />

da Mesa, que eu <strong>de</strong>scobri por acaso<br />

numa livraria e é um <strong>de</strong>slumbrante relato<br />

dos hábitos à mesa. Contem-me, por favor,<br />

que Philip Roth está nas lojas com o livro Os<br />

Fatos, sua biografia.<br />

O maior autor americano vivo falando <strong>de</strong><br />

si mesmo. Contem-me bobagens, bobagens<br />

mesmo, como, por exemplo, que o filme Cães<br />

<strong>de</strong> Guerra - uma das melhores coisas que o<br />

cinema produziu nos últimos anos – está nos<br />

cinemas. Acho que vocês não me conhecem.<br />

Ou, respeitando tudo que se escreve sobre essa<br />

enorme capacida<strong>de</strong> do pessoal que trabalha<br />

em mídias sociais em ter po<strong>de</strong>r e conhecimento,<br />

talvez quem não me conheça seja eu<br />

mesmo.<br />

Lula Vieira é publicitário, diretor da<br />

Mesa Consultoria <strong>de</strong> Comunicação,<br />

radialista, escritor, editor e professor<br />

lulavieira@grupomesa.com.br<br />

36 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


EspEcial livE maRkEting<br />

Eventos e ações promocionais<br />

movimentam R$ 44 bilhões<br />

Dado é <strong>de</strong> estudo realizado pela Ampro e pela SSK; levantamento revelou<br />

ainda as disciplinas do segmento que foram mais utilizadas pelas empresas<br />

Vinícius noVaes<br />

setor <strong>de</strong> live marketing no<br />

O Brasil movimentou, em<br />

um ano, <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2015 a julho<br />

<strong>de</strong> <strong>2016</strong>, R$ 43,9 bilhões.<br />

O estudo, encomendado pela<br />

Ampro (Associação <strong>de</strong> Marketing<br />

Promocional) e realizado<br />

pela SSK, ouviu 156 empresas<br />

ligadas ao setor – sendo<br />

81% consi<strong>de</strong>rada <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> e<br />

médio porte, e 59% do setor<br />

<strong>de</strong> serviços. O PIB (Produto<br />

Interno Bruto), no ano passado,<br />

foi <strong>de</strong> R$ 5,9 trilhões, sendo<br />

73% oriundo das médias e<br />

gran<strong>de</strong>s empresas, e 27% das<br />

pequenas empresas.<br />

Segundo Denise <strong>de</strong> Cássia,<br />

diretora do Comitê <strong>de</strong> Pesquisa,<br />

Inteligência e Inovação da<br />

Ampro, a recessão teve participação<br />

nos resultados. “Quando<br />

você percebe que o ponteiro do<br />

crescimento não está mexendo,<br />

está imóvel, a saída mais<br />

palpável é fazer um investimento<br />

em live marketing”, garantiu.<br />

A pesquisa sobre o setor<br />

revelou ainda as ferramentas<br />

mais utilizadas no último ano.<br />

Em primeiro lugar, Eventos,<br />

Feiras e Congressos (77%); em<br />

segundo, Ações Promocionais<br />

(62%); e em terceiro, Marketing<br />

<strong>de</strong> Incentivo (56%). Outras<br />

ações também fizeram parte<br />

do escopo <strong>de</strong> investimentos,<br />

como as ativações (47%) e o<br />

Tra<strong>de</strong> Marketing (38%).<br />

A especialista da Ampro falou<br />

sobre a importância da ferramenta<br />

chamada Marketing<br />

<strong>de</strong> Incentivo em um momento<br />

<strong>de</strong> crise econômica. “Porque<br />

se você não ven<strong>de</strong>, então o caminho<br />

é fazer incentivo para a<br />

equipe ven<strong>de</strong>r”, disse. “Esse<br />

número <strong>de</strong> investimento em<br />

Marketing <strong>de</strong> Incentivo se <strong>de</strong>ve<br />

muito à crise”, complementou.<br />

Denise vai além no raciocínio<br />

ao garantir que esse cenário<br />

<strong>de</strong>ve se manter ainda por um<br />

tempo. “Na Europa, quando<br />

houve a crise, notamos que,<br />

por alguns anos seguintes, investimentos<br />

foram mantidos”,<br />

exemplificou Denise <strong>de</strong> Cássia.<br />

Num mercado que vem sofrendo,<br />

há pelo menos dois<br />

anos, com a crise econômica,<br />

31% das empresas respon<strong>de</strong>ram<br />

que aumentaram o uso <strong>de</strong><br />

ações <strong>de</strong> live marketing, 29%<br />

mantiveram o investimento e<br />

40% <strong>de</strong>clararam que tiveram<br />

<strong>de</strong> diminuir.<br />

A pesquisa sobre a atual situação<br />

do live marketing no<br />

Brasil também quis saber das<br />

empresas do setor qual a tendência<br />

para os próximos três<br />

anos. A resposta po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada<br />

otimista: 62% <strong>de</strong>sejam<br />

investir mais, enquanto<br />

31% <strong>de</strong>verão manter e apenas<br />

7% têm o plano <strong>de</strong> diminuir.<br />

Para essas empresas, o fator <strong>de</strong><br />

maior impacto no investimento<br />

<strong>de</strong> ações <strong>de</strong> live marketing é<br />

o aumento das vendas, seguido<br />

do relacionamento que as<br />

marcas estabelecem com seus<br />

públicos e a imagem.<br />

EscOlHa<br />

Já em relação aos processos<br />

<strong>de</strong> concorrência e contratação<br />

<strong>de</strong> agências especializadas<br />

em live marketing, mais <strong>de</strong><br />

90% respon<strong>de</strong>u que convoca<br />

até quatro agências para os<br />

processos <strong>de</strong> contratação e,<br />

no geral, ranquearam fatores<br />

como a profissionalização da<br />

equipe, o tempo <strong>de</strong> atuação<br />

no mercado, a estrutura e os<br />

processos <strong>de</strong> suporte <strong>de</strong> ações<br />

como os mais relevantes para<br />

a contratação <strong>de</strong> uma agência.<br />

Por último, fazem a comparação<br />

dos preços.<br />

“quando você<br />

percebe que o<br />

ponteiro do<br />

crescimento<br />

não está<br />

mexendo, a<br />

saída mais<br />

palpável é<br />

investir em live<br />

marketing”<br />

Denise <strong>de</strong> Cássia:<br />

“Na Europa, quando<br />

houve a crise, notamos<br />

que, por anos seguidos,<br />

alguns investimentos<br />

foram mantidos”<br />

Divulgação<br />

38 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


31% das empresas<br />

aumentaram o uso <strong>de</strong><br />

ações no segmento<br />

29% mantiveram aporte no setor<br />

40% <strong>de</strong>clararam que<br />

tiveram <strong>de</strong> diminuir<br />

62% das companhias<br />

apostaram em ações<br />

promocionais<br />

77% das empresas<br />

investiram em eventos,<br />

feiras e congressos<br />

56% preferiram<br />

o marketing <strong>de</strong><br />

incentivo 47%<br />

optaram por<br />

ativações<br />

38% escolheram<br />

o tra<strong>de</strong> marketing<br />

O estudo também quis saber<br />

quais foram os fatores para a<br />

contratação <strong>de</strong> uma agência <strong>de</strong><br />

live marketing. Profissionalização<br />

da equipe, tempo <strong>de</strong> atuação<br />

no mercado, estrutura e<br />

processos <strong>de</strong> suporte as ações,<br />

conhecimento do mercado e<br />

prazo <strong>de</strong> entrega foram os principais<br />

quesitos levantados.<br />

Outros motivos também figuraram<br />

na lista, como expertise<br />

da agência, agilida<strong>de</strong>, criativida<strong>de</strong>,<br />

atendimento e preço.<br />

EXpEctativa<br />

Para o próximo ano, a expectativa<br />

é que o investimento<br />

aumente um pouco mais. “Baseado<br />

no dado que revelou que<br />

62% das empresas <strong>de</strong>verão aumentar<br />

o investimento em live<br />

marketing, esperamos que a<br />

movimentação, que neste ano<br />

foi <strong>de</strong> R$ 43,9 bilhões, aumente<br />

um pouco”, disse.<br />

De acordo com a especialista,<br />

o segundo semestre costuma,<br />

quase sempre, ser melhor<br />

que os primeiros seis meses do<br />

ano. “Geralmente o segundo<br />

semestre é mais ativo <strong>de</strong>vido<br />

ao fim do ano, on<strong>de</strong> você começa<br />

a ter mais ações”, contou.<br />

E por falar em ações, Denise<br />

citou ainda como um bom<br />

exemplo os Jogos Olímpicos do<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, que terminaram<br />

no último dia 21. “As Olimpíadas<br />

ajudaram muito o mercado<br />

brasileiro <strong>de</strong> live marketing,<br />

porque retrataram, entre outras<br />

coisas, a alma do Rio <strong>de</strong> Janeiro”,<br />

exemplificou.<br />

E Denise tem razão. A edição<br />

<strong>de</strong>ste ano dos Jogos Olímpicos<br />

foi palco <strong>de</strong> muitas ações<br />

<strong>de</strong> live marketing, como a Vila<br />

Skol, realizada pela BFerraz. A<br />

Vila funcionou no Museu <strong>de</strong><br />

Arte Mo<strong>de</strong>rna do Rio e teve várias<br />

atrações, como apresentações<br />

musicais.<br />

Outra marca que apostou<br />

nesse segmento <strong>de</strong> comunicação<br />

foi a P&G. Uma das apostas<br />

da marca foi a Casa da Família,<br />

montada em um hotel em São<br />

Conrado, on<strong>de</strong> as pessoas pu<strong>de</strong>ram,<br />

por exemplo, usufruir<br />

<strong>de</strong> tratamentos <strong>de</strong> beleza e higiene<br />

corporal, como Pantene e<br />

Gillette.<br />

“A diferença entre as ações<br />

<strong>de</strong> live marketing na Copa e nas<br />

Olimpíadas é que no Mundial<br />

<strong>de</strong> futebol elas eram realizadas<br />

<strong>de</strong>ntro dos estádios, enquanto<br />

nos Jogos do Rio <strong>de</strong> Janeiro era<br />

possível vê-las fora dos lugares<br />

on<strong>de</strong> ocorreram os jogos”, disse<br />

Denise <strong>de</strong> Cássia.<br />

jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 39


espeCial live marketing<br />

Consumidor cada vez mais centrado<br />

na experiência fortalece o setor<br />

Presi<strong>de</strong>nte da Ampro, Wilson Ferreira Jr., afirma que crescimento vem<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> os anos <strong>19</strong>90 e ten<strong>de</strong> a aumentar; ABA também valoriza segmento<br />

Wilson Ferreira Junior: o live marketing vem crescendo<br />

“As empresAs<br />

vivem momentos<br />

difíceis, mAs<br />

precisAmos<br />

pensAr que<br />

quAndo A<br />

crise AcAbAr<br />

teremos <strong>de</strong><br />

estAr sAudáveis<br />

pArA continuAr<br />

nossos negócios”<br />

Fotos: Divulgação<br />

Sandra Martinelli: vivência cria algo único, que fica na memória<br />

BÁRBARA BARBOSA<br />

Uma pesquisa divulgada recentemente<br />

pela Ampro (Associação<br />

<strong>de</strong> Marketing Promocional,<br />

leia mais na página 30)<br />

revela crescimento do mercado<br />

<strong>de</strong> live marketing no país - mesmo<br />

diante do famigerado “apesar<br />

da crise”. O saldo positivo,<br />

segundo a entida<strong>de</strong>, está muito<br />

relacionado à sustentatbilida<strong>de</strong><br />

dos relacionamentos com o<br />

mercado e a um trabalho muito<br />

próximo dos anunciantes. “As<br />

empresas vivem momentos difíceis,<br />

mas precisamos pensar que<br />

quando a crise acabar teremos<br />

<strong>de</strong> estar saudáveis para continuar<br />

nossos negócios. Por isso, um<br />

dos focos <strong>de</strong> atuação da Ampro<br />

é trabalhar as relações sustentáveis”,<br />

ressalta Wilson Ferreira<br />

Junior, presi<strong>de</strong>nte da Ampro.<br />

Ele <strong>de</strong>staca ainda o bom relacionamento<br />

da entida<strong>de</strong> com<br />

a ABA (Associação Brasileira <strong>de</strong><br />

Anunciantes): “É muito importante<br />

nosso relacionamento, pois<br />

é por meio <strong>de</strong>le que po<strong>de</strong>mos estar<br />

próximo dos clientes e dividir<br />

com eles nossos conhecimentos<br />

<strong>de</strong> negócio para sustentar a ca<strong>de</strong>ia<br />

<strong>de</strong> valor”.<br />

Diretamente ligada à sustentabilida<strong>de</strong><br />

da associação, outra<br />

área <strong>de</strong> atuação da Ampro é a<br />

catequização das novas gerações.<br />

Esse movimento é feito, essencialmente,<br />

por meio do GEA<br />

(Grupo <strong>de</strong> Estudos Acadêmicos),<br />

que atua como um hub <strong>de</strong> conhecimento<br />

<strong>de</strong>ntro da entida<strong>de</strong>.<br />

“Por meio do GEA temos feito<br />

programas para que estudantes e<br />

jovens profissionais se transformem<br />

em uma força <strong>de</strong> trabalho<br />

mais qualificada, com uma visão<br />

mais madura <strong>de</strong> live marketing”,<br />

explica Ferreira.<br />

De acordo com o executivo,<br />

esse trabalho já gera bons resultados<br />

e a tendência é melhorar.<br />

“O crescimento da área vem <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

os anos <strong>19</strong>90, um movimento<br />

histórico que vem dando resultados<br />

paulatinamente. O marketing<br />

<strong>de</strong> experiência, sem dúvida,<br />

é uma tendência: um marketing<br />

que promova sensações nas pessoas<br />

é cada vez mais importante”,<br />

diz. “Neste momento <strong>de</strong> crise,<br />

a Ampro sentiu, por meio <strong>de</strong><br />

seus associados, que alguns segmentos<br />

do live marketing se <strong>de</strong>stacaram<br />

mais que outros. A área<br />

<strong>de</strong> eventos sofreu mais do que<br />

<strong>de</strong> promoções e incentivos, por<br />

exemplo. Mas, pensando numa<br />

ótica histórica, o live marketing<br />

vem crescendo”, acrescenta.<br />

A presi<strong>de</strong>nte-executiva da<br />

ABA (Associação Brasileira <strong>de</strong><br />

Anunciantes), Sandra Martinelli,<br />

concorda que a experiência é o<br />

que difere o live marketing <strong>de</strong><br />

outras disciplinas. “Nos dias <strong>de</strong><br />

hoje, experiência com uma marca<br />

tem relevância fundamental<br />

para sua conexão com os consumidores<br />

e é papel do live marketing<br />

criar experiências variadas,<br />

criativas, importantes e encantadoras.<br />

A vivência cria algo único,<br />

que fica na memória do consumidor<br />

como um estimulo positivo<br />

e especial”, ressalta.<br />

Para a executiva, o aumento<br />

<strong>de</strong> interesse pelo live marketing<br />

é resultado <strong>de</strong> uma conta<br />

simples: mais do que ven<strong>de</strong>r, as<br />

marcas querem ser vistas como<br />

love brands. “A criação <strong>de</strong> experiências<br />

inesquecíveis para o consumidor<br />

tem se mostrado como<br />

uma boa estratégia para fi<strong>de</strong>lizar<br />

clientes. São fundamentais na<br />

estratégia <strong>de</strong> integração das ferramentas<br />

<strong>de</strong> marketing. O live<br />

marketing representa um bom<br />

investimento para manter vendas<br />

lucrativas”, diz.<br />

40 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


伀 䰀 椀 瘀 攀 䴀 愀 爀 欀 攀 琀 椀 渀 最 搀 攀 栀 漀 樀 攀 攀 猀 琀 <br />

洀 愀 椀 猀 挀 漀 渀 攀 挀 琀 愀 搀 漀 搀 漀 焀 甀 攀 渀 甀 渀 挀 愀 ⸀<br />

䄀 吀 栀 攀 䜀 爀 漀 甀 瀀 琀 愀 洀 戀 洀 ⸀<br />

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搀 椀 最 椀 琀 愀 氀 挀 甀 猀 琀 漀 洀 椀 稀 愀 搀 愀 瀀 愀 爀 愀 愀 最 攀 猀 琀 漀<br />

搀 攀 挀 愀 洀 瀀 愀 渀 栀 愀 猀 搀 攀 爀 攀 氀 愀 挀 椀 漀 渀 愀 洀 攀 渀 琀 漀 Ⰰ<br />

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䜀 爀 漀 甀 瀀 匀 琀 漀 爀 攀 ⸀<br />

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EspECial livE MaRkEting<br />

MChecon propõe cenografia 360° e<br />

projeta faturamento <strong>de</strong> R$ 120 mi<br />

Com 12 anos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s, empresa é uma das principais fornecedoras do<br />

mercado <strong>de</strong> marketing promocional como stands e ambientes <strong>de</strong> eventos<br />

Marcelo Checon e Juliana Ferraz estão ampliando os negócios da MChecon, mas sem sair do foco original<br />

“MesMo quando<br />

soMos solicitados<br />

pelo cliente,<br />

sugeriMos<br />

agências<br />

coM as quais<br />

trabalhaMos<br />

para a execução<br />

porque não é a<br />

intenção sair da<br />

nossa expertise.<br />

a tudo e a saMba<br />

já realizaraM<br />

projetos cuja<br />

origeM foi<br />

na eMpresa”<br />

Paulo Macedo<br />

Criada há 12 anos pelo empreário<br />

Marcelo Checon, a<br />

MChecon está diversificando<br />

sua operação <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a chegada<br />

da executiva Juliana Ferraz para<br />

comandar as estruturas <strong>de</strong><br />

marketing e comercialização,<br />

mas sem sair do core business<br />

original, que é fornecer serviços<br />

<strong>de</strong> cenografia. A i<strong>de</strong>ia é ter<br />

uma atuação 360° para contemplar<br />

ativida<strong>de</strong>s antes não relacionadas<br />

ao portfólio da empresa<br />

sem gerar conflitos com<br />

as agências <strong>de</strong> marketing promocional,<br />

que impactam em<br />

cerca <strong>de</strong> 70% o seu faturamento,<br />

que em 2015 chegou a R$ 80<br />

milhões, com a expectativa<br />

<strong>de</strong> atingir R$ 120 milhões este<br />

ano. O caminho para materializar<br />

o objetivo já está traçado:<br />

apenas com as Olimpíadas do<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, on<strong>de</strong> construiu<br />

o badalado Hotel Nissan sob<br />

encomenda da Dream Factory,<br />

contabilizou R$ 40 milhões.<br />

A Rio <strong>2016</strong> também envolveu<br />

a edificação da Casa Holanda,<br />

em parceria com a agência inglesa<br />

CSM, especializada em<br />

Olimpíadas, que já está estruturando<br />

escritório em Tóquio<br />

para atuar nos jogos <strong>de</strong> 2020.<br />

“Esse é um mercado movido a<br />

eventos. Cada um <strong>de</strong>les exige<br />

algum tipo <strong>de</strong> estrutura cenográfica,<br />

das mais simples às<br />

mais sofisticadas. Temos uma<br />

estrutura <strong>de</strong> produção em Osasco,<br />

na região metropolitana <strong>de</strong><br />

São Paulo, capaz <strong>de</strong> suprir qualquer<br />

<strong>de</strong>manda das agências”,<br />

explica Checon, que conta com<br />

o olhar do diretor <strong>de</strong> operações<br />

Joel <strong>de</strong> Souza para buscar soluções<br />

criativas. “Usamos muito<br />

a tecnologia para <strong>de</strong>finir nossos<br />

projetos. Recentemente mandamos<br />

uma equipe para o Salão<br />

do Automóvel da Rússia para<br />

observar tendências que po<strong>de</strong>rão<br />

ter relevância no Brasil”.<br />

E o Salão Internacional do<br />

Automóvel, <strong>de</strong> 10 a 20 <strong>de</strong> novembro<br />

no São Paulo Expo, já<br />

está movimentando a MChecon<br />

encarregada <strong>de</strong> montar os<br />

stands da Merce<strong>de</strong>s-Benz e da<br />

Fiat. O Natal também já está<br />

na pauta. Os shoppings da re<strong>de</strong><br />

Iguatemi já estão em fase <strong>de</strong><br />

produção. Checon afirma que<br />

a cenografia será inovadora e<br />

está sendo feita diretamente<br />

com o cliente.<br />

Porém, é um caso único. A<br />

MChecon não quer ocupar o lugar<br />

das agências, mesmo com o<br />

plano <strong>de</strong> ter um mo<strong>de</strong>lo 360°.<br />

“Mesmo quando somos solicitados<br />

pelo cliente, sugerimos<br />

agências com as quais trabalhamos<br />

para a execução porque<br />

não é a intenção sair da nossa<br />

expertise. A Tudo e a Samba já<br />

realizaram projetos cuja origem<br />

Divulgação<br />

foi na empresa. Como somos<br />

um hub comercial que age em<br />

muitos clientes, muitas vezes<br />

recebemos consultas”, afirma<br />

Checon, explicando que tem<br />

equipes especializadas para<br />

execuções em pontos <strong>de</strong> venda,<br />

stands, palcos e camarotes.<br />

O Camarote Salvador é uma<br />

das apostas da MChecon no Carnaval<br />

2017. Juliana está estruturando<br />

um plano com a prefeitura<br />

soteropolitana para ativar eventos<br />

e buscar patrocinadores.<br />

Também vai envolver títulos da<br />

Condé Nast, como Glamour e<br />

Quem Acontece. “Percebemos<br />

que há muitas oportunida<strong>de</strong>s na<br />

maior festa brasileira. E vamos<br />

explorar o Carnaval com outras<br />

possibilida<strong>de</strong>s, mas <strong>de</strong>ntro do<br />

nosso core <strong>de</strong> negócios. Se houver<br />

chance, chamamos alguma<br />

agência para nos ajudar na criação”,<br />

finaliza Juliana.<br />

42 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


STRATEGY<br />

+<br />

CREATIVITY<br />

+<br />

TOP PRODUCTION<br />

+<br />

EVENTOS CORPORATIVOS<br />

lANçAMENTO DE PRODuTOS<br />

EVENTOS ESPORTIVOS<br />

MARkETINg DIRETO<br />

TRADE MARkETINg<br />

CONVENçõES<br />

ATIVAçõES<br />

guERRIlhA<br />

ShOwS<br />

ENDOMARkETINg<br />

ExPOSIçõES<br />

CONgRESSOS<br />

FESTIVAIS<br />

DIgITAl<br />

DESIgN<br />

BRANDINg<br />

PDV<br />

FEIRAS<br />

INCENTIVO<br />

MíDIAS SOCIAIS<br />

A Attach Live Marketing é uma agência jovem, que pensa<br />

<strong>de</strong> forma inovadora para <strong>de</strong>senvolver estratégias criativas<br />

baseadas em três pilares: inteligência, agilida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong>.<br />

Porque fazer diferente é criar experiências relevantes para<br />

as pessoas e impactar positivamente o negócio <strong>de</strong> nossos<br />

clientes. Afinal, fazer parte <strong>de</strong> diferentes histórias <strong>de</strong> sucesso<br />

significa que estamos no caminho certo.<br />

SAIBA MAIS EM ATTACHLIVE.COM.BR<br />

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SP R. Arizona, 1.349 • 110 - andar<br />

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Brooklin Novo • São Paulo - SP<br />

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EspEcIal lIvE markEtIng<br />

Fotos: Divulgação<br />

Um dos eventos <strong>de</strong> ativação da Oito para Nike foi a implementação do primeiro serviço <strong>de</strong> limpeza <strong>de</strong> sneakers do Brasil, entre 2015 e <strong>2016</strong>, na loja <strong>de</strong> Copacabana (RJ)<br />

Investimento po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong> risco, mas<br />

resultado costuma ser bom e rápido<br />

No Brasil o setor cresce ano a ano, e consolida sua força. Pesquisa da<br />

Ampro aponta que 60% das empresas investiram em ações em 2015<br />

Claudia Penteado<br />

Live marketing é sinônimo <strong>de</strong><br />

risco. Qualquer experiência<br />

<strong>de</strong> marca é sempre uma aposta<br />

e, por isso mesmo, o retorno<br />

e a performance <strong>de</strong> cada ação é<br />

algo imprevisível, mas o efeito<br />

em vendas é <strong>de</strong>vastadoramente<br />

mais rápido do que na maioria<br />

das outras ações do marketing<br />

mix. Mas os resultados costumam<br />

ser muito bons, o que<br />

explica porque, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

da crise político/econômica,<br />

no Brasil o live marketing<br />

cresce ano a ano e consolida sua<br />

força. A pesquisa realizada pela<br />

Associação <strong>de</strong> Marketing Promocional<br />

(veja matéria nas páginas<br />

38 e 39) comprova isso: 60%<br />

das empresas respon<strong>de</strong>ram que<br />

mantiveram ou aumentaram o<br />

uso <strong>de</strong> ações durante o ano <strong>de</strong><br />

2015 e 93% preten<strong>de</strong>m manter<br />

ou aumentar o investimento nos<br />

próximos três anos.<br />

Celio Ashcar Jr., chairman da<br />

Ampro, afirma que este tem sido<br />

um ano produtivo, mas a entida<strong>de</strong><br />

ainda busca a regulamentação<br />

junto ao governo. Segundo<br />

ele, o projeto Princípios <strong>de</strong> Valor,<br />

uma série <strong>de</strong> encontros entre<br />

clientes, agências e fornecedores<br />

tem como objetivo construir<br />

uma relação mais sustentável e<br />

conta com a contribuição da ABA<br />

(Associação Brasileira <strong>de</strong> Anunciantes).<br />

“Várias iniciativas também<br />

estão sendo realizadas por todo<br />

Brasil no intuito <strong>de</strong> aumentar<br />

a percepção e a valorização do<br />

live marketing. Lançamos a<br />

campanha #somoslivemkt para<br />

que todos os que produzem ou<br />

vivenciam uma experiência <strong>de</strong><br />

live marketing possam compartilhar<br />

através das re<strong>de</strong>s sociais.<br />

Está sendo um enorme sucesso”,<br />

conclui Ashcar Jr.<br />

A falta <strong>de</strong> reconhecimento financeiro<br />

– ou garantia financeira<br />

no médio prazo, por exemplo<br />

– ainda é um problema na opinião<br />

<strong>de</strong> diversos players, embora<br />

tenha melhorado nos últimos<br />

anos. As concorrências são vistas<br />

como um gran<strong>de</strong> risco – pois<br />

“Nosso graN<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>safio Nesse<br />

Negócio é gerar<br />

valor para os<br />

clieNtes”<br />

44 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


<strong>de</strong>mandam uma equação injusta<br />

entre investimentos e retorno.<br />

A escolha pelo menor preço<br />

como consequência da ditadura<br />

da área <strong>de</strong> suprimentos, o leilão,<br />

ainda ocorre. A diversida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> empresas com diferentes padrões<br />

<strong>de</strong> entrega e compromisso<br />

que disputam trabalhos com<br />

empresas consagradas também<br />

é vista como um problema. “É<br />

importante saber dividir produtoras<br />

<strong>de</strong> evento <strong>de</strong> agências <strong>de</strong><br />

live marketing”, argumenta Gui<br />

Salles, sócio da Oito, que <strong>de</strong>staca<br />

como <strong>de</strong>safio manter uma agência<br />

com os melhores profissionais<br />

e justificar budgets consi<strong>de</strong>rados<br />

“caros” para garantir 100%<br />

<strong>de</strong> entrega para os clientes.<br />

O ano não foi excepcional, mas<br />

para a AktuellMix, por exemplo,<br />

os Jogos Olímpicos levaram a<br />

empresa a crescer até 20% este<br />

ano. Ela foi responsável pela estratégia,<br />

criação e execução das<br />

ações do COI (Comitê Olímpico<br />

Internacional), com foco em hospitality.<br />

“Foi um projeto grandioso,<br />

que uniu todos os setores da<br />

agência, com o envolvimento<br />

direto <strong>de</strong> 150 pessoas <strong>de</strong> nossa<br />

equipe e mais <strong>de</strong> mil colaboradores<br />

indiretos”, disse Rodrigo Rivellino,<br />

presi<strong>de</strong>nte da empresa.<br />

No caso da The Marketing Store,<br />

o CEO Britto Junior afirma que a<br />

migração <strong>de</strong> ações institucionais<br />

para ações promocionais <strong>de</strong> vendas<br />

contribui para o crescimento<br />

e a relevância do live marketing<br />

na priorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investimentos<br />

no curto prazo. “Em tempos <strong>de</strong><br />

crise <strong>de</strong>vemos focar no que produzimos<br />

<strong>de</strong> melhor, com menos<br />

custos e mais retorno sobre investimentos”.<br />

promEssa<br />

Assim como a situação do Brasil<br />

mudou, os perfis dos clientes<br />

se transformaram: é preciso fazer<br />

mais com menos, e há também<br />

mais clientes dispostos e abertos<br />

a trabalhar <strong>de</strong> maneira conjunta,<br />

sem barreiras. “Não existe mais<br />

lugar para pensamento tático ou<br />

<strong>de</strong> execução. Da oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> aumentar o budget dos clientes<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> agências <strong>de</strong> live<br />

marketing, 50% está nas mãos<br />

das próprias agências. Cada vez<br />

mais os clientes esperam que<br />

apontemos os caminhos. Que<br />

nós possamos gerar as <strong>de</strong>mandas,<br />

enten<strong>de</strong>ndo os movimentos<br />

das marcas”, diz Britto Junior.<br />

Segundo ele, o digital ainda<br />

é a ferramenta que mais<br />

vem transformando o negócio<br />

e há um universo imenso a ser<br />

Marcio Esher, diretor-geral do Banco <strong>de</strong> Eventos: cliente busca oportunida<strong>de</strong><br />

percorrido. Para a maioria dos<br />

players, a multidisciplinarida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> equipes e o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> comunicação<br />

integrado são o ponto <strong>de</strong><br />

partida para resolver o problema<br />

dos clientes.<br />

“Não conseguimos mais enxergar<br />

um mo<strong>de</strong>lo fragmentado<br />

para as agências. Nos sentimos<br />

confortáveis para encarar qualquer<br />

<strong>de</strong>safio <strong>de</strong> nossos clientes.<br />

Existem muitas oportunida<strong>de</strong>s<br />

para as agências focadas nos objetivos<br />

<strong>de</strong> negócios das marcas”,<br />

afirma Rivelino.<br />

Pesquisa e planejamento estão<br />

na or<strong>de</strong>m do dia e serão,<br />

para empresas como a Oito, foco<br />

dos maiores investimentos no<br />

futuro próximo. “Os clientes<br />

buscam por oportunida<strong>de</strong>s que<br />

agreguem valor às suas marcas<br />

<strong>de</strong> maneira proativa, sem a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> existência <strong>de</strong> um<br />

briefing. A consequência natural<br />

<strong>de</strong>ssa maneira <strong>de</strong> atuar é a<br />

consolidação da parceria, numa<br />

clara relação ganha-ganha”, diz<br />

Marcio Esher, diretor-geral do<br />

Banco <strong>de</strong> Eventos.<br />

Rivelino afirma que as agências,<br />

<strong>de</strong> uma maneira geral,<br />

precisam ter um discurso mais<br />

voltado para a estratégia <strong>de</strong> negócios,<br />

pois basicamente têm<br />

duas questões a resolver: construir<br />

marca ou aumentar vendas.<br />

“Nosso gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio nesse<br />

negócio é gerar valor para os<br />

clientes”, conclui.<br />

O ano <strong>de</strong> 2017 é visto como<br />

promissor – melhor do que <strong>2016</strong>.<br />

Flavio Machado, da SRCOM,<br />

afirma que os gran<strong>de</strong>s eventos<br />

que passaram recentemente<br />

no Brasil <strong>de</strong>ixaram um legado<br />

imaterial importante, levando<br />

clientes mais conservadores<br />

a começarem a enten<strong>de</strong>r que<br />

“experiências incríveis” valem<br />

o preço. A SRCOM formou com<br />

a italiana Film Master Group<br />

uma empresa para produzir as<br />

cerimônias olímpicas e paralímpicas<br />

dos Jogos Rio <strong>2016</strong>. “Os<br />

clientes mais inteligentes buscam<br />

se <strong>de</strong>stacar criando experiências<br />

únicas e <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong>.<br />

Não se pren<strong>de</strong>m a pesquisas<br />

e conseguem enten<strong>de</strong>r o valor<br />

imensurável não só da experiência<br />

que proporcionam, mas<br />

do conteúdo relevante que geram”,<br />

conclui Machado.<br />

tecnologia cria<br />

vínculo com<br />

consumidores<br />

em ações<br />

interativas<br />

Mariana Zirondi*<br />

tecnologia é uma das gran<strong>de</strong>s<br />

aliadas do live marke-<br />

A<br />

ting. As possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> rápida<br />

produção e repercussão são uma<br />

boa saída para ações que buscam<br />

interativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma instantânea.<br />

A construção <strong>de</strong> sites promocionais<br />

exclusivos, jogos e<br />

ativida<strong>de</strong>s para as marcas ajuda<br />

a criar vínculos e estar na lembrança<br />

dos consumidores. “As<br />

ferramentas <strong>de</strong>vem ser, cada vez<br />

mais, conectadas”, explica Sandra<br />

Martinelli, presi<strong>de</strong>nte-executiva<br />

da ABA. “Muitas vezes, as estratégias<br />

para gerar visibilida<strong>de</strong><br />

atuam em várias frentes diferentes.<br />

Com o cenário digital, as pessoas<br />

ficaram mais próximas das<br />

marcas e a comunicação tem <strong>de</strong><br />

ser cada vez mais encantadora”.<br />

Além disso, o digital ajuda a gerar<br />

interesse das pessoas em participar<br />

das ações, analisa Alexandre<br />

Mutran, professor da ESPM. “A<br />

tecnologia ajuda na reverberação<br />

da ação quando, nas re<strong>de</strong>s<br />

sociais, pessoas que não foram<br />

impactadas, mas ficam sabendo<br />

do que aconteceu”.<br />

Adriano Cerillo, professor da<br />

FAAP, também <strong>de</strong>staca a interativida<strong>de</strong>.<br />

“Os óculos VR e a febre do<br />

Pokemon GO são iniciativas que<br />

trazem para o mundo físico possibilida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> interação, engajamento<br />

e compartilhamento que<br />

não ocorreriam sem a tecnologia.<br />

Cada vez mais, as marcas po<strong>de</strong>m<br />

transitar com flui<strong>de</strong>z entre o<br />

mundo real e o virtual - essa é a<br />

missão do live marketing”. Com<br />

sete prêmios no Ampro Globes<br />

Awards <strong>2016</strong>, a Heineken Green<br />

Ri<strong>de</strong> é um exemplo <strong>de</strong> uma ação<br />

impulsionada pelo digital. A marca<br />

trouxe para São Paulo sete dos<br />

mo<strong>de</strong>los mais famosos <strong>de</strong> táxis<br />

vindos <strong>de</strong> países como Estados<br />

Unidos, Itália, Alemanha, Inglaterra,<br />

Tailândia e China. A ação<br />

foi realizada em parceria com o<br />

aplicativo Easy Táxi e o objetivo<br />

foi proporcionar experiências<br />

culturais e conscientizar as pessoas<br />

<strong>de</strong> que não se <strong>de</strong>ve dirigir e<br />

consumir álcool.<br />

*Colaborou Bárbara Barbosa<br />

jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 45


ESpEcial livE markEtinG<br />

Group Store é ferramenta para<br />

gestão <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> incentivo<br />

Plano é customizar premiações às forças <strong>de</strong> vendas das empresas,<br />

que po<strong>de</strong>m escolher itens mais a<strong>de</strong>quados para suas necessida<strong>de</strong>s<br />

reflexo na boca do caixa<br />

O é sintomático quando as<br />

empresas entregam premiações<br />

sob medida para suas<br />

equipes <strong>de</strong> vendas, cada vez<br />

mais pressionadas por resultados.<br />

Mas não po<strong>de</strong> ser um<br />

item qualquer. A a<strong>de</strong>quação<br />

é essencial, como enfatiza o<br />

empresário Fernando Guntovitch,<br />

presi<strong>de</strong>nte da The<br />

Group Comunicação, que vem<br />

observando nesses tempos <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>pressão econômica que os<br />

valores dos prêmios <strong>de</strong> incentivo<br />

estão em constante mutação.<br />

E para tornar essa <strong>de</strong>manda<br />

eficaz, a agência investiu<br />

na criação da ferramenta estratégica<br />

Group Store, uma<br />

espécie <strong>de</strong> prateleira online<br />

que permite a customização<br />

em tempo real <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong><br />

incentivo que precisa ter uma<br />

rota corrigida. Por exemplo,<br />

se a oferta for alimentação e<br />

o usuário optar por uma viagem,<br />

não há nenhum impedimento<br />

para exercer a opção.<br />

“Trata-se <strong>de</strong> uma interface<br />

B2B e também B2C capaz <strong>de</strong><br />

abrigar diversas campanhas<br />

simultaneamente, através<br />

<strong>de</strong> áreas restritas e mecânicas<br />

diferencidas, <strong>de</strong>stinada<br />

ao projeto <strong>de</strong> um dos nossos<br />

clientes, entre os quais MAN,<br />

Samsung, Volkswagen e Banco<br />

Santan<strong>de</strong>r, por exemplo.<br />

O mundo está cada vez mais<br />

concentrado e as marcas,<br />

produtos e serviços estão em<br />

busca <strong>de</strong> soluções digitais<br />

para disgnosticar, solucionar<br />

e executar suas questões. A<br />

The Group tem uma área <strong>de</strong><br />

big data que consolida o CRM<br />

com muita precisão e ética. A<br />

nova plataforma é uma proposta<br />

criativa em prol do valor<br />

estratégico para a motivação<br />

das equipes <strong>de</strong> vendas, principalmente<br />

nesse momento no<br />

Fernando Guntovitch enfatiza a importância <strong>de</strong> marcas, produtos e serviços estimularem suas equipes <strong>de</strong> vendas em tempos <strong>de</strong> crise<br />

“A The Group<br />

Tem umA áreA<br />

<strong>de</strong> biG dATA que<br />

consolidA o crm<br />

com precisão. A<br />

novA plATAformA<br />

é umA solução<br />

criATivA em<br />

prol do vAlor<br />

esTrATéGico pArA<br />

A moTivAção dAs<br />

equipes <strong>de</strong> vendAs”<br />

qual o consumidor está mais<br />

seletivo na hora <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir a<br />

sua cesta <strong>de</strong> compras”, disse<br />

Guntovitch.<br />

O marketing promocional<br />

vem conseguindo manter o<br />

volume <strong>de</strong> verbas comprometidas<br />

nos budgets dos<br />

anunciantes. Segundo a Ampro<br />

(Associação <strong>de</strong> Marketinbg<br />

Promocional), o volume<br />

<strong>de</strong> negócios do tra<strong>de</strong> foi,<br />

em 2015, <strong>de</strong> R$ 43,9 bilhões,<br />

incluindo todas as disciplinas<br />

do live marketing, como<br />

eventos, convenções, feiras,<br />

promoções e ativações. “Claro<br />

que estamos trabalhando<br />

com uma intensida<strong>de</strong> inédita.<br />

Os clientes estão buscando<br />

i<strong>de</strong>ias para formalizar as vendas,<br />

algo que não está sendo<br />

muito fácil. Alguns segmentos<br />

foram afetados <strong>de</strong> forma<br />

contun<strong>de</strong>nte, mas nós não<br />

Divulgação<br />

po<strong>de</strong>mos parar. As ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong><br />

vendas precisam ser incentivadas<br />

para não per<strong>de</strong>rem a<br />

motivação necessária para interagir<br />

com os consumidores.<br />

Nosso crescimento este ano é<br />

<strong>de</strong> 18%, que reflete uma motivação<br />

interna, afinal também<br />

usamos os antídotos que recomendamos”,<br />

disse o presi<strong>de</strong>nte<br />

da The Group.<br />

A busca pela assertivida<strong>de</strong><br />

não é apenas uma meta. Guntovitch<br />

explica que os processos<br />

precisam <strong>de</strong> análises<br />

e planejamento mais sofisticados<br />

que exigem pesquisas<br />

<strong>de</strong> campo e ad-hoc para não<br />

haver <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> orçamento.<br />

“Mantemos um olhar<br />

pragmático para todos os movimentos<br />

para termos uma<br />

criação holística e capaz <strong>de</strong><br />

resolver problemas”, finalizou<br />

o empresário.<br />

46 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


especial live Marketing<br />

Marcas buscam engajamento em<br />

tempo real com os consumidores<br />

As ativações estão na pauta dos anunciantes e durante eventos como os<br />

Jogos Olímpicos, Rock in Rio e Lollapalooza lançam projetos interativos<br />

Fotos: Divulgação<br />

Marca do porfólio da Pepsico, o salgadinho Doritos teve um estúdio <strong>de</strong> fotografia na edição 2015 do Rock in Rio na ação batizada <strong>de</strong> “Gigantes do Rock”, criação da Bullet<br />

Paulo Macedo<br />

Criado pela Artplan, do empresário<br />

Roberto Medina,<br />

nos anos <strong>19</strong>80, o Rock in Rio é<br />

o primeiro evento proprietário<br />

do país e se tornou em todas<br />

suas edições, as nacionais e as<br />

internacionais, um palco para<br />

as marcas estabelecerem interação<br />

com os consumidores. A<br />

primeira edição foi marcada pelo<br />

lançamento da cerveja Malt<br />

90, que induziu a organização<br />

a fazer a associação 90 horas<br />

<strong>de</strong> música e som. A Pepsi e o<br />

McDonald’s também aproveitaram<br />

a oportunida<strong>de</strong>. O objetivo<br />

é gerar interativida<strong>de</strong>.<br />

No ano passado, Doritos<br />

aproveitou o tráfego <strong>de</strong> 1 milhão<br />

<strong>de</strong> espectadores para montar o<br />

“Não adiaNta Nada<br />

gritar duraNte<br />

todo o eveNto<br />

com algo que<br />

o coNsumidor<br />

Não vai levar<br />

para casa, que<br />

Não gerará uma<br />

lembraNça”<br />

estúdio fotográfico “Gigantes<br />

do Rock”, <strong>de</strong>corado como se<br />

fosse um palco e com o recurso<br />

da ilusão <strong>de</strong> ótica para ampliar<br />

a percepção dos usuários como<br />

se fossem habitantes da terra <strong>de</strong><br />

gigantes. Fernando Figueiredo,<br />

sócio e CEO da Bullet, agência<br />

que i<strong>de</strong>alizou a ação, explica<br />

que os gran<strong>de</strong>s eventos têm o<br />

propósito <strong>de</strong> atrair audiência<br />

qualificada, transferir valores<br />

para as marcas e ser um potente<br />

gerador <strong>de</strong> conteúdo. “Desta<br />

forma, se a marca tem a competência<br />

<strong>de</strong> escolher os festivais<br />

certos para se trabalhar, e ativar<br />

corretamente nesses festivais<br />

- para não ser apenas um logo<br />

numa paisagem -, certamente<br />

ganharão com isso”, explicou<br />

Figueiredo.<br />

E para não ser mais uma, a<br />

busca do inédito exige pesquisas<br />

e criativida<strong>de</strong> para fazer a<br />

diferença. Figueiredo explica:<br />

“Fazer o que todos sempre fazem<br />

fará a marca ser mais uma<br />

num mar <strong>de</strong> marcas. É preciso<br />

gerar residual. Não adianta<br />

nada gritar durante todo o evento<br />

com algo que o consumidor<br />

não vai levar para casa, que não<br />

gerará uma lembrança. Invista<br />

certo. Se gastar R$ 1 milhão para<br />

patrocinar o festival e mais R$<br />

100 mil para ativar, certamente<br />

alguém jogou fora esse R$ 1,1<br />

milhão”.<br />

A Bullet tem planos para<br />

eventos proprietários, mas<br />

po<strong>de</strong> ser um risco, na opinião<br />

<strong>de</strong> Figueiredo. “Investir em algo<br />

próprio é mais caro, e é preciso<br />

48 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


trabalhar não só a marca, mas<br />

o evento como um todo, o qual<br />

po<strong>de</strong> não ter a repercussão esperada.<br />

Por isso, entrar em eventos<br />

com histórico e já consagrados<br />

permite às marcas dividirem o<br />

risco e ter uma boa noção do que<br />

virá pela frente”.<br />

Gabriel Vallejo, vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

da Momentum, acredita<br />

que o trabalho <strong>de</strong> construção <strong>de</strong><br />

marca é <strong>de</strong> longo prazo e multidisciplinar<br />

que, somados, conseguem<br />

fazer a tão almejada entrega<br />

nos chamados pontos <strong>de</strong><br />

contato com os consumidores.<br />

“Todo patrocínio parte <strong>de</strong> um<br />

objetivo <strong>de</strong> negócio. Seja um<br />

objetivo <strong>de</strong> tornar a marca mais<br />

próxima e querida, construir<br />

conhecimento <strong>de</strong> marca ou produto,<br />

estreitar relacionamento<br />

com o tra<strong>de</strong> e distribuidores ou<br />

até construção <strong>de</strong> orgulho e pertencimento<br />

<strong>de</strong> colaboradores.<br />

Quando olho para uma oportunida<strong>de</strong><br />

como um show dos<br />

Rolling Stones, vejo diversas<br />

possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> soluções que<br />

necessariamente precisam ter<br />

como premissa o que queremos<br />

atingir e transformar no negócio<br />

dos nossos clientes. Além disso,<br />

pensar nos valores da marca e<br />

na história da marca em relação<br />

a patrocínios e eventos para garantir<br />

que a associação da marca<br />

seja pertinente não só ao target,<br />

mas ao assunto a ser patrocinado.<br />

Criativamente seria uma<br />

<strong>de</strong>lícia. O evento <strong>de</strong> uma banda<br />

consagrada com fãs <strong>de</strong> diferentes<br />

gerações po<strong>de</strong> ser uma ótima<br />

oportunida<strong>de</strong> para as marcas”,<br />

disse Vallejo.<br />

A Momentum teve a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> atuar na Copa do<br />

Mundo <strong>de</strong> 2014 no Brasil e nas<br />

Olimpíadas com Bra<strong>de</strong>sco, Nissan<br />

e Latam. O revezamento da<br />

Tocha Olímpica por 323 cida<strong>de</strong>s<br />

com o Bra<strong>de</strong>sco e Nissan que<br />

Vallejo consi<strong>de</strong>ra “um marco<br />

<strong>de</strong> brand experience”. Ele diz<br />

mais: “Todo patrocínio parte <strong>de</strong><br />

um objetivo <strong>de</strong> negócio. Seja um<br />

objetivo <strong>de</strong> tornar a marca mais<br />

próxima e querida, construir<br />

conhecimento <strong>de</strong> marca e produto,<br />

estreitar relacionamento<br />

com o tra<strong>de</strong> e distribuidores, ou<br />

até construção <strong>de</strong> orgulho e pertencimento<br />

<strong>de</strong> colaboradores.<br />

Quando olho para uma oportunida<strong>de</strong>,<br />

como um show dos<br />

Rolling Stones, vejo diversas<br />

possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> soluções que<br />

necessariamente precisam ter<br />

como premissa o que queremos<br />

Figueiredo: “Se gastar R$ 1 milhão para patrocinar o festival e mais R$ 100 mil para ativar, certamente alguém jogou fora esse R$ 1,1 mi”<br />

Vallejo: “Pensar nos valores da marca e na história da marca para garantir que a associação não seja pertinente não só ao target”<br />

atingir e transformar no negócio<br />

<strong>de</strong> nossos clientes. Além disso,<br />

pensar nos valores da marca e<br />

na história da marca em relação<br />

a patrocínios e eventos para garantir<br />

que a associação da marca<br />

seja pertinente não só ao target,<br />

mas ao assunto a ser patrocinado.<br />

Criativamente seria uma<br />

<strong>de</strong>lícia. O evento <strong>de</strong> uma banda<br />

consagrada com fãs <strong>de</strong> diferentes<br />

gerações po<strong>de</strong> ser uma ótima<br />

oportunida<strong>de</strong> para as marcas”.<br />

A Mood organiza os camarotes<br />

da Devassa no Carnaval do<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, a participação<br />

da Eisenbahn na Oktoberfest e o<br />

stand da Adidas no Lollapalooza.<br />

Márcio Nicolini, head <strong>de</strong> live<br />

marketing da agência, explica:<br />

“Cada vez mais as marcas estão<br />

buscando trazer experiências<br />

únicas para o relacionamento<br />

com seu público, se aproximando<br />

mais <strong>de</strong> suas preferências, sejam<br />

elas gastronômicas, esportivas<br />

ou musicais. Para as marcas,<br />

estar <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sses shows é proporcionar<br />

ao público a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> estarem próximos <strong>de</strong><br />

seus artistas preferidos, unindo<br />

isso a uma experiência única<br />

que faz com que o público se<br />

lembre que <strong>de</strong>terminada marca<br />

lhe proporcionou uma experiência<br />

verda<strong>de</strong>ira e positiva”.<br />

jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 49


EspEcial livE MarkEting<br />

Marcas procuram oferecer<br />

experiências memoráveis<br />

Anunciantes querem dar vida aos seus atributos; alguns exemplos <strong>de</strong><br />

ações bem-sucedidas conquistaram Leões no Festival <strong>de</strong> Cannes este ano<br />

Fotos: Divulgação<br />

Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> lojas REI manteve as portas fechadas no Black Friday, gerou 6,7 bilhões <strong>de</strong> impressões <strong>de</strong> mídia e levou 1,4 milhão <strong>de</strong> pessoas para fora na sexta-feira<br />

“Depois De<br />

conceDiDo o Leão,<br />

o presiDente Do<br />

júri, rob reiLLy,<br />

que LiDera<br />

gLobaLmente a<br />

criação Do mccann<br />

WorLDgroup,<br />

DecLarou que<br />

a marca (rei)<br />

‘DeciDiu viver seu<br />

propósito’”<br />

Cristiane Marsola<br />

objetivo principal dos<br />

O anunciantes quando investem<br />

numa ação <strong>de</strong> live marketing<br />

é associar suas marcas a<br />

experiências positivas. Melhor<br />

ainda, memoráveis. Para que o<br />

case seja bem-sucedido é preciso<br />

que, além <strong>de</strong> ser bastante<br />

criativo, ele esteja alinhado<br />

com os atributos da marca.<br />

Foi assim que a agência Venables<br />

Bell & Partners, <strong>de</strong> São<br />

Francisco (CA), conquistou o<br />

GP <strong>de</strong> Promo&Activation no<br />

Festival <strong>de</strong> Cannes este ano,<br />

com um trabalho para a re<strong>de</strong><br />

norte-americana <strong>de</strong> produtos<br />

esportivos REI. A loja manteve<br />

as portas fechadas durante<br />

a Black Friday, sexta-feira que<br />

suce<strong>de</strong> o feriado <strong>de</strong> Ação <strong>de</strong><br />

Graças e consi<strong>de</strong>rada uma das<br />

datas mais importantes para o<br />

comércio nos Estados Unidos.<br />

Nesse dia, as promoções arrastam<br />

multidões para lojas atrás<br />

<strong>de</strong> promoções imperdíveis.<br />

Por ser uma loja que comercializa<br />

artigos para esportes ao<br />

ar livre, a empresa sugeriu que<br />

os consumidores aproveitassem<br />

o fim <strong>de</strong> semana do feriado<br />

para, em vez <strong>de</strong> gastar horas filas<br />

<strong>de</strong> compras, fossem viver a<br />

vida lá fora. A iniciativa teve sucesso.<br />

A ação gerou 6,7 bilhões<br />

<strong>de</strong> impressões <strong>de</strong> mídia e levou<br />

1,4 milhão <strong>de</strong> pessoas para ativida<strong>de</strong><br />

fora <strong>de</strong> casa e longe das<br />

lojas.<br />

Depois <strong>de</strong> concedido o Leão,<br />

o presi<strong>de</strong>nte do júri, Rob Reilly,<br />

que li<strong>de</strong>ra globalmente a criação<br />

do McCann Worldgroup,<br />

<strong>de</strong>clarou que a marca (REI) “<strong>de</strong>cidiu<br />

viver seu propósito”.<br />

O Brasil conquistou três Leões<br />

na mesma categoria neste<br />

ano. A Vacina Antirrival, da<br />

Ogilvy para BandSport, ficou<br />

com uma prata, e WordstoWatch,<br />

da LDC para o curso <strong>de</strong> inglês<br />

Easy Way, ficou com dois<br />

Leões, um <strong>de</strong> prata e outro <strong>de</strong><br />

bronze. A criação da Ogilvy<br />

uniu no mesmo case a paixão<br />

das crianças pelo futebol e a<br />

rivalida<strong>de</strong> entre times para in-<br />

50 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


centivar a vacinação contra<br />

H1N1. Ao chegar para tomar a<br />

vacina, os pequenos eram recebidos<br />

em uma sala temática,<br />

<strong>de</strong>corada com cores e símbolos<br />

<strong>de</strong> seu time rival. As enfermeiras<br />

diziam que, além <strong>de</strong> se proteger<br />

contra a gripe, as crianças<br />

também ficariam imunizados<br />

contra o rival. O BandSport,<br />

nessa ação, conseguiu unir utilida<strong>de</strong><br />

pública ao tema principal<br />

<strong>de</strong> seu negócio: o esporte.<br />

Já o case assinado pela LDC<br />

usou uma i<strong>de</strong>ia simples, mas<br />

muito eficiente, para o ensino<br />

<strong>de</strong> língua estrangeira. Para ser<br />

fluente em qualquer idioma é<br />

essencial que as pessoas saibam<br />

como as palavras e expressões<br />

<strong>de</strong>vem ser colocadas no<br />

contexto. O WordstoWatch tinha<br />

um algoritmo que buscava<br />

a palavra procurada nas legendas<br />

do YouTube e assim gerava<br />

pequenos ví<strong>de</strong>os com a aplicação<br />

da expressão. Uma escola<br />

<strong>de</strong> inglês ajudando as pessoas a<br />

apren<strong>de</strong>rem a língua da melhor<br />

maneira.<br />

grandEs EvEntos<br />

Outra chance <strong>de</strong> as marcas<br />

permitirem que os consumidores<br />

vivam seus atributos é em<br />

gran<strong>de</strong>s eventos. A Rio <strong>2016</strong><br />

trouxe uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> ações<br />

que transformaram a Cida<strong>de</strong><br />

Olímpica.<br />

O Boulevard Olímpico, no<br />

centro do Rio, abrigou cases <strong>de</strong><br />

algumas marcas patrocinadoras<br />

do evento. A Nissan, por exemplo,<br />

materializou o conceito<br />

#QuemSeAtrevecom na montagem<br />

<strong>de</strong> um bungee jump, que<br />

funcionou entre 6 e 21 <strong>de</strong> agosto,<br />

realizando mais <strong>de</strong> mil saltos<br />

no período. A ação, assinada<br />

pela Momentum, impactou<br />

mais <strong>de</strong> 375 mil pessoas direta<br />

e indiretamente, em um espaço<br />

que arrastou multidão durante<br />

o evento esportivo.<br />

A Mood criou para o SporTV<br />

alguns backdrops em que visitantes<br />

das áreas que receberam<br />

disputas e ações olímpicas,<br />

como Barra da Tijuca, Deodoro,<br />

Parque Madureira e Porto Maravilha,<br />

pu<strong>de</strong>ssem se sentir atletas.<br />

Promotores uniformizados<br />

do canal ajudavam os participantes<br />

a tirarem fotos, que podiam<br />

ser enviadas por e-mail.<br />

Em 16 dias <strong>de</strong> ação, mais <strong>de</strong> 15<br />

mil imagens foram registradas.<br />

Vacina antirrival, da Ogilvy para BandSport, conquistou Leão <strong>de</strong> prata em Cannes<br />

Nissan materializou o conceito #Quemseatrevecom na montagem <strong>de</strong> um bungee jump, na Cida<strong>de</strong> Olímpica<br />

A Giz Propaganda também<br />

se aproveitou <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong><br />

evento para divulgar o trabalho<br />

da Braskem. A ativação Pare<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> escalada – Encare os Desafios<br />

das Mudanças Climática foi realizada<br />

durante a Virada Sustentável,<br />

no último fim <strong>de</strong> semana<br />

<strong>de</strong> agosto. Com a missão<br />

<strong>de</strong> mostrar que o plástico po<strong>de</strong><br />

ajudar a minimizar os impactos<br />

da emissão <strong>de</strong> CO2, já que é leve<br />

e po<strong>de</strong> ser reciclado, a agência<br />

construiu uma pare<strong>de</strong> <strong>de</strong> escalada<br />

ao lado do auditório do Ibirapuera,<br />

em São Paulo.<br />

União<br />

A Bullet juntou três marcas<br />

em um mesmo case. Conectando<br />

a felicida<strong>de</strong> foi uma parceria<br />

entre a Latam (na ocasião ainda<br />

com as marcas TAM e LAN) e a<br />

Coca-Cola para mudar o Natal<br />

<strong>de</strong> algumas pessoas. Nos aeroportos<br />

<strong>de</strong> Guarulhos, em São<br />

Paulo, e <strong>de</strong> Santiago, no Chile,<br />

passageiros foram convidados a<br />

contar suas histórias. Três <strong>de</strong>las<br />

foram selecionadas e, enquanto<br />

os <strong>de</strong>stinatários recebiam as<br />

mensagens, eram surpreendidos<br />

com um encontro surpresa<br />

com o remetente. A ação teve<br />

mais <strong>de</strong> 1 milhão <strong>de</strong> views em<br />

apenas três dias.<br />

jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 51


marcaS<br />

Sky mantém humor e resgata<br />

filmes memoráveis do cinema<br />

São duas campanhas criadas pela FCB Brasil, uma <strong>de</strong>las, Zapping,<br />

é protagonizada por Gisele Bündchen, e a outra por Fábio Porchat<br />

Vinícius noVaes<br />

cinema será o tema central<br />

O da nova campanha <strong>de</strong> Sky.<br />

A ubermo<strong>de</strong>l Gisele Bündchen,<br />

<strong>de</strong>sta vez, vai reviver personagens<br />

<strong>de</strong> filmes memoráveis. A<br />

campanha, criada pela FCB Brasil,<br />

estreia nesta segunda-feira<br />

(<strong>19</strong>), durante o intervalo do Jornal<br />

Nacional.<br />

Concebidos como paródia aos<br />

filmes originais, os comerciais<br />

trazem Gisele como protagonista<br />

<strong>de</strong> clássicos do cinema. Ao final<br />

<strong>de</strong>ssa releitura livre, a mo<strong>de</strong>lo<br />

aparece na sala <strong>de</strong> sua casa zapeando<br />

a programação da Sky – daí<br />

o nome da campanha, Zapping.<br />

As peças com Gisele comunicam<br />

o produto pós-pago, com<br />

dois filmes <strong>de</strong> 30 segundos que<br />

reforçam a marca como especialista<br />

em conteúdo. Cada um<br />

<strong>de</strong>les faz referência a clássicos<br />

do cinema. Em uma das peças,<br />

a mo<strong>de</strong>lo interpreta papéis dos<br />

icônicos dos filmes 007, O Iluminado<br />

e Star Wars. Em outra, aparece<br />

em cenas <strong>de</strong> Beleza Americana,<br />

Popeye, De Volta para o<br />

Futuro e ET.<br />

Além <strong>de</strong>sses, também há outros<br />

três filmes, com duração<br />

<strong>de</strong> 15 segundos cada, voltados<br />

para a comunicação <strong>de</strong> varejo,<br />

que resgatam as cenas exibidas<br />

nas peças <strong>de</strong> 30 segundos, com<br />

a adição <strong>de</strong> um lettering que<br />

reforça os atributos do produto<br />

pós-pago como usabilida<strong>de</strong> do<br />

HD, possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gravação,<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pontos e preço,<br />

entre outros.<br />

“Essa campanha é uma homenagem<br />

ao cinema e também é<br />

um link da experiência <strong>de</strong> entretenimento<br />

que a televisão po<strong>de</strong><br />

trazer para o consumidor final”,<br />

contou Alex Rocco, diretor <strong>de</strong><br />

marketing da Sky.<br />

Ainda <strong>de</strong> acordo com o executivo,<br />

essa nova campanha tem<br />

como objetivo resgatar o posicionamento<br />

da Sky como uma marca<br />

<strong>de</strong> excelência, além <strong>de</strong> enaltecer<br />

o valor agregado da categoria<br />

Fotos: Divulgação<br />

Fábio Porchat, que interpreta personagens como um avô em ação para plano pré-pago<br />

<strong>de</strong> TV paga e da experiência <strong>de</strong><br />

assistir à televisão. “Além disso,<br />

temos Gisele, que traduz a imagem<br />

<strong>de</strong> perfeição e carrega muitos<br />

atributos para a Sky e o produto”,<br />

garante Rocco.<br />

A O2 Filmes assina a produção<br />

com direção <strong>de</strong> Nando Olival.<br />

Para a campanha, foram construídos<br />

oito cenários, alugados<br />

494 objetos <strong>de</strong> cena, entre eles<br />

40 aparelhos <strong>de</strong> TVs antigas e<br />

<strong>de</strong>z rádios-vitrola.<br />

pré-pago<br />

Já no universo pré-pago, que<br />

também ganhará uma campanha,<br />

o protagonista é o humorista,<br />

roteirista e apresentador da<br />

Re<strong>de</strong> Record Fábio Porchat. Esta<br />

é a primeira vez que ele faz campanha<br />

para a operadora.<br />

Em cada um dos filmes, Porchat<br />

interpreta, <strong>de</strong> maneira divertida<br />

e carismática, um personagem<br />

diferente, como uma mãe<br />

<strong>de</strong> família, um adolescente e um<br />

avô à moda antiga, entre outros.<br />

Em situações e ambientes variados,<br />

ele explica as vantagens<br />

do plano Sky Pré-Pago, falando<br />

<strong>de</strong> preço, usabilida<strong>de</strong> e recarga.<br />

No final <strong>de</strong> cada peça é exibida<br />

a assinatura da campanha para<br />

essa modalida<strong>de</strong>: Sky Pré-Pago.<br />

Você no controle.<br />

“O plano pré-pago é um mo<strong>de</strong>lo<br />

que a Sky criou para trazer<br />

flexibilida<strong>de</strong> para o consumidor<br />

final. Com ele, as pessoas que<br />

não possuem recorrência <strong>de</strong><br />

receita terão flexibilida<strong>de</strong> para<br />

“essa campanha é<br />

uma homenagem<br />

ao cinema e<br />

também é um link<br />

da experiência <strong>de</strong><br />

entretenimento<br />

que a televisão<br />

po<strong>de</strong> trazer para<br />

o consumidor<br />

final”<br />

52 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


A ubermo<strong>de</strong>l Gisele Bündchen e Alex Rocco, diretor <strong>de</strong> marketing da Sky: ví<strong>de</strong>os, que têm direção assinada por Nando Olival, da O2, homenageiam clássicos do cinema, como eT<br />

comprar o receptor e fazer a recarga <strong>de</strong> acordo<br />

com o bolso <strong>de</strong>le”, explica Alex Rocco.<br />

Em relação à escolha do nome <strong>de</strong> Fábio<br />

Porchat para a campanha, o diretor <strong>de</strong> marketing<br />

da Sky revela que existe uma i<strong>de</strong>ntificação<br />

muito gran<strong>de</strong> do humorista com o público<br />

do produto. “Ele incorpora personagens<br />

do cotidiano, através dos quais a gente vai<br />

mostrar os principais atributos daquilo que<br />

estamos oferecendo”, diz. “O Porchat carrega<br />

uma riqueza muito gran<strong>de</strong> para gente por<br />

conta <strong>de</strong> uma credibilida<strong>de</strong>”, completa.<br />

Ainda <strong>de</strong> acordo com o diretor <strong>de</strong> marketing<br />

da operadora, a expectativa é que o<br />

ritmo <strong>de</strong> vendas dos pacotes pré-pagos continue<br />

e haja um aumento <strong>de</strong> market share<br />

nesse segmento. “O produto pré-pago vem<br />

tendo boa recepção e essa campanha vem<br />

para catalisar, para acelerar esse processo”,<br />

afirma o executivo.<br />

Já em relação à campanha, Rocco fala que<br />

ela traduz <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>scontraída o conceito<br />

e as vantagens <strong>de</strong>sse produto, que ainda é<br />

muito novo e tem um enorme espaço <strong>de</strong> crescimento<br />

no Brasil. “Apostamos em Fábio Porchat,<br />

uma personalida<strong>de</strong> com total sinergia<br />

com o nosso DNA <strong>de</strong> entretenimento e forte<br />

i<strong>de</strong>ntificação com o público”, diz.<br />

Joanna Monteiro, CCO da FCB Brasil,<br />

contou que a campanha trabalha em duas<br />

frentes, ambas com apelo emocional forte<br />

e muito ligado ao entretenimento. “Com a<br />

Gisele, investimos em parodiar cenas antológicas<br />

da história do cinema. Já para<br />

o pré-pago, produto exclusivo da marca,<br />

criamos uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e uma linguagem<br />

próprias”, <strong>de</strong>staca a criativa. As campanhas<br />

contam ainda com anúncios online, rádio e<br />

peças <strong>de</strong> ponto <strong>de</strong> venda.<br />

jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 53


marcas<br />

Decolar aposta no sitcom em<br />

nova campanha para TV e internet<br />

Criada pela REF+T, ação afirma que site "tem tudo para sua viagem";<br />

filmes mostram o dia a dia <strong>de</strong> uma família que gosta <strong>de</strong> viajar<br />

Divulgação<br />

Cena da campanha da Decolar.com mostra o dia a dia <strong>de</strong> uma família, com dois filhos, que adora viajar; foco da ação é no universo digital<br />

“somos uma<br />

empresa <strong>de</strong><br />

tecnologia que<br />

ven<strong>de</strong> viagens.<br />

temos tudo que<br />

o consumidor<br />

precisa. essa<br />

é a nossa<br />

mensagem<br />

principal”<br />

tretenimento, além do melhor<br />

preço do mercado”, diz. “Somos<br />

uma empresa <strong>de</strong> tecnologia<br />

que ven<strong>de</strong> viagens. Temos<br />

tudo que o consumidor precisa.<br />

Essa é a nossa mensagem<br />

principal”, complementa.<br />

O executivo contou ainda<br />

que o foco digital da campanha<br />

segue como priorida<strong>de</strong>. “Mas<br />

mantemos a divulgação na TV<br />

porque isso chega a todo pú-<br />

Vinícius noVaes<br />

Decolar.com aposta no formato<br />

sitcom em sua nova<br />

A<br />

campanha para internet e TV.<br />

Sob o novo posicionamento<br />

Decolar tem tudo para sua viagem,<br />

a ação é assinada pela<br />

REF+T.<br />

Os comerciais mostram o dia<br />

a dia <strong>de</strong> uma família – mãe, pai<br />

e dois filhos – inserindo um formato<br />

<strong>de</strong> sitcom na comunicação<br />

da Decolar.<br />

Os ví<strong>de</strong>os contam a história<br />

da família <strong>de</strong> Sergio e Laura,<br />

que gostam bastante <strong>de</strong> viajar.<br />

Diego, por exemplo, o filho caçula<br />

do casal, tem o sonho <strong>de</strong><br />

viajar para os Estados Unidos e<br />

conhecer os museus da Nasa e<br />

o <strong>de</strong> História Natural.<br />

André Alves, country manager<br />

do Decolar.com, conta que<br />

o ponto principal da campanha<br />

é mostrar que o site tem tudo<br />

que uma família precisa para<br />

viajar. “E que cada pessoa, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

da ida<strong>de</strong>,<br />

po<strong>de</strong>rá encontrar na nossa plataforma<br />

todas as opções <strong>de</strong> enblico<br />

e alavanca todo o setor,<br />

mostrando que há opções <strong>de</strong><br />

viagem com preços diversos,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do investimento<br />

que o consumidor po<strong>de</strong>rá<br />

fazer para isso”, afirma.<br />

Alves falou ainda sobre o<br />

foco “one stop shop”, que, segundo<br />

ele, é relevante porque<br />

está em linha com a estratégia<br />

<strong>de</strong> negócio da companhia.<br />

“A Decolar.com é pioneira em<br />

‘Pacotes Dinâmicos’, em que o<br />

consumidor po<strong>de</strong> customizar<br />

sua viagem <strong>de</strong> acordo com suas<br />

necessida<strong>de</strong>s. Este mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

compra cresceu bastante em<br />

relação ao <strong>de</strong> pacotes tradicionais<br />

em <strong>2016</strong>”, afirma.<br />

Já para Marcelo Tripoli, sócio<br />

e CCO da REF+T, a linguagem<br />

criativa adotada representa<br />

inovação no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

publicida<strong>de</strong> utilizado pelos<br />

anunciantes varejistas do país,<br />

em especial do segmento <strong>de</strong><br />

turismo. “São filmes sob o conceito<br />

‘brandformance’, brand<br />

com performance, que mostram<br />

uma história além das<br />

ofertas, com tom emocional<br />

para conectar a marca ao consumidor”,<br />

diz.<br />

Os comerciais trazem histórias<br />

para apresentar os personagens<br />

ao público. “Com o<br />

tempo, a campanha contará<br />

com <strong>de</strong>sdobramentos e incluirá<br />

no seu conteúdo temas que<br />

estiverem ocorrendo no Brasil,<br />

como eventos e assuntos mais<br />

comentados na socieda<strong>de</strong>. A<br />

família será inserida nos principais<br />

contextos reais”, acrescenta<br />

Tripoli. O objetivo é que<br />

essa família represente a Decolar<br />

na comunicação da marca<br />

nos próximos anos.<br />

O planejamento da ação durou<br />

seis meses e contemplou<br />

uma ampla análise e estudo do<br />

segmento para <strong>de</strong>finir o conceito,<br />

o posicionamento e, por<br />

fim, os perfis dos personagens.<br />

“Seguramente é um dos<br />

maiores investimentos da Decolar<br />

em comunicação nos últimos<br />

anos, além <strong>de</strong> explorar um<br />

conceito nunca antes adotado<br />

pelas marcas do segmento <strong>de</strong><br />

turismo”, diz Ricardo Calfat,<br />

sócio e COO da REF+T.<br />

54 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


mArcAs<br />

Activia adota novo posicionamento<br />

global e investe em dois comerciais<br />

Campanha voltada para a autoestima feminina convida<br />

mulheres a viverem "InSync", em sintonia com seus potenciais<br />

Claudia Penteado<br />

marca <strong>de</strong> iogurtes funcionais<br />

Activia tem nova cam-<br />

A<br />

panha global, criada pela Y&R,<br />

que convida as mulheres a viverem<br />

“InSync” (em sintonia),<br />

incentivando-as a manterem<br />

o corpo e a mente em equilíbrio,<br />

e buscarem o seu potencial<br />

máximo. Dois comerciais,<br />

que terão veiculação nacional,<br />

estão sendo lançados este mês:<br />

o primeiro apresenta as novas<br />

embalagens do produto, já o<br />

segundo, que entra no ar no<br />

próximo dia 26, apresenta o<br />

Cena da campanha protagonizada por Paola Carosella, Zica Assis e Ingrid Silva<br />

Divulgação<br />

novo posicionamento - Vivendo<br />

InSync.<br />

A Activia ouviu 15 mil mulheres,<br />

<strong>de</strong> diversos países. A<br />

pesquisa apontou como a autocrítica<br />

po<strong>de</strong> influenciar diferentes<br />

aspectos da vida. Mais<br />

da meta<strong>de</strong> (58%) acreditam<br />

que a autocrítica as <strong>de</strong>smotiva<br />

a tentar algo novo. Sob a nova<br />

ótica feminina, a marca adota<br />

conexão mais emocional com<br />

as mulheres. A campanha é<br />

protagonizada pela cozinheira<br />

argentina Paola Carosella, a<br />

empresária Zica Assis e a bailarina<br />

Ingrid Silva.<br />

jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 55


marcas<br />

snickers reitera conceito global<br />

com craque do Barcelona<br />

Neymar se lança como "cantor" para reforçar Você não é você quando<br />

está com fome; ação no Facebook exigiu parceria entre diversas agências<br />

A<br />

“notícia” <strong>de</strong> Neymar se lançando como cantor nas<br />

re<strong>de</strong>s sociais é mais uma jogada <strong>de</strong> marketing. A<br />

ação é para a Snickers, marca <strong>de</strong> chocolate da Mars, reiterando<br />

o conceito global Você não é você quando está<br />

com fome e mostra como até mesmo um dos maiores<br />

atletas do mundo po<strong>de</strong> se transformar por causa da fome.<br />

Em ví<strong>de</strong>o, Neymar se lança como “cantor” com performance<br />

engraçada e “fora do tom”, <strong>de</strong>monstrando<br />

claramente que algo estava errado. O ví<strong>de</strong>o com o “single”<br />

do jogador do Barcelona atingiu mais <strong>de</strong> 12 milhões<br />

<strong>de</strong> visualizações em um dia e tem gerado milhares <strong>de</strong><br />

memes e interações dos usuários.<br />

Ao revelar, no Facebook, que tudo não passava, <strong>de</strong><br />

fato, <strong>de</strong> um momento <strong>de</strong> fome, Neymar convida todos<br />

a participarem da nova promoção Snickers - Mata sua<br />

fome <strong>de</strong> bola. A ação foi realizada em parceria com as<br />

agências Bold, AlmapBBDO, In Press Porter Novelli e<br />

Integer\Outpromo.<br />

Uma das peças da campanha da Gol, que po<strong>de</strong> gerar processo no Conar<br />

Neymar em ví<strong>de</strong>o se lança como cantor e gera mais <strong>de</strong> 12 milhões <strong>de</strong> visualizações<br />

Gol compara espaços entre<br />

assentos e <strong>de</strong>sagrada concorrente<br />

Ação assinada pela AlmapBBDO mostra números entrelaçados nas<br />

cores da logomarca da Latam, que ainda estuda "medidas cabíveis"<br />

Divulgação<br />

Divulgação<br />

Peças criadas pela AlmapBBDO para a Gol não<br />

agradaram a Latam. Isso porque a ação do produto<br />

Gol + Conforto, que divulga as poltronas da companhia,<br />

insinua comparação com as poltronas da<br />

concorrente. O objetivo da campanha é mostrar que<br />

a Gol tem “o melhor espaço entre as poltronas das<br />

companhias aéreas brasileiras e quer mostrar isso<br />

para o consumidor, <strong>de</strong> forma bem objetiva e direta”.<br />

A Latam, no entanto, disse que estuda junto à<br />

agência Graphene as medidas cabíveis com relação<br />

à campanha do produto Gol + Conforto. “As empresas<br />

consi<strong>de</strong>ram a comunicação contrária às normas<br />

do Conar por não utilizar critérios objetivos <strong>de</strong> comparação.<br />

Reiteramos o nosso compromisso em manter<br />

uma comunicação transparente, em respeito aos<br />

consumidores”, diz em comunicado a companhia.<br />

A AlmapBBDO informou que a campanha criada<br />

para a Gol tem, além do anúncio com os números<br />

entrelaçados nas cores da logomarca da Latam, um<br />

encarte especial com veiculação nas revistas Veja,<br />

Exame e Forbes. As peças também foram para mídia<br />

exterior e a online.<br />

O Conar (Conselho Nacional <strong>de</strong> Autorregulamentação<br />

Publicitária) informou que ainda tinha recebido,<br />

até o último dia 16, nenhuma notificação da Latam<br />

relativa à Gol.<br />

56 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


marCaS<br />

Sagatiba muda posicionamento<br />

e assume que é cachaça<br />

Exportação é <strong>de</strong>safio para a marca do Gruppo Campari, que lança<br />

garrafas mais coloridas e passa a comunicar a brasilida<strong>de</strong> da bebida<br />

BÁRBARA BARBOSA<br />

Atualmente, o Brasil tem<br />

quatro mil marcas formalizadas<br />

<strong>de</strong> cachaça. Se contar<br />

o mercado informal, esse número<br />

sobe para 40 mil. A geração<br />

total <strong>de</strong> receita é <strong>de</strong> US$ 2<br />

bilhões por ano e o <strong>de</strong>stilado é<br />

o quarto mais vendido do mundo.<br />

No último dia 13, Dia da Cachaça,<br />

o país celebrou os 500<br />

anos da bebida e os números<br />

impressionam, mas com uma<br />

lacuna ainda em vista: a exportação,<br />

que hoje representa<br />

apenas 1% do volume do que é<br />

produzido.<br />

De acordo com Felipe Jannuzzi,<br />

i<strong>de</strong>alizador do Projeto<br />

Mapa da Cachaça, que já percorreu<br />

inúmeros alambiques<br />

por diversas partes do Brasil<br />

mapeando a ativida<strong>de</strong>, a exportação<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> alguns fatores.<br />

Um <strong>de</strong>les, sem dúvida, é o<br />

reconhecimento da bebida pelo<br />

próprio brasileiro.<br />

Para se ter uma i<strong>de</strong>ia, a cachaça<br />

só passou a ser reconhecida<br />

como algo típico do país e<br />

parte da cultura em 2001. Até<br />

então, era vista <strong>de</strong> forma estritamente<br />

pejorativa – a pinga, a<br />

marvada, coisa <strong>de</strong> cachaceiro. E<br />

ainda hoje não é escolha unânime<br />

na hora do preparo da brasileiríssima<br />

caipirinha, por exemplo.<br />

“Tem caipirinha <strong>de</strong> saquê,<br />

que nem <strong>de</strong>stilado é”, lembra<br />

Jannuzzi, que acredita no potencial<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da<br />

bebida para os próximos anos.<br />

ConSolidação<br />

Diante do potencial da cachaça,<br />

algumas marcas conhecidas<br />

dos brasileiros foram, nos<br />

últimos anos, adquiridas por<br />

multinacionais e tidas como<br />

apostas para exportação. É o<br />

caso, por exemplo, da Sagatiba,<br />

que em 2011 foi adquirida pelo<br />

italiano Gruppo Campari.<br />

Novas embalagens <strong>de</strong> Sagatiba foram <strong>de</strong>senvolvidas pela Casa Rex e estarão disponíveis nos pontos <strong>de</strong> venda a partir <strong>de</strong> outubro<br />

Marina Santos: primeiro passo é consolidar Sagatiba como autêntico produto brasileiro<br />

Segundo Marina Santos, diretora<br />

<strong>de</strong> marketing da Campari<br />

no Brasil, o primeiro passo, no<br />

entanto, é consolidar Sagatiba<br />

como um autêntico produto<br />

brasileiro. Nesse sentido, a<br />

marca lançou no último dia 12<br />

uma embalagem re<strong>de</strong>senhada<br />

e com mais apelo para a cultura<br />

brasileira.<br />

A garrafa, antes minimalista<br />

e mais parecida com a <strong>de</strong> uma<br />

Fotos: Divulgação<br />

vodca, ganhou cores e novos<br />

nomes: a Sagatiba Pura, passa a<br />

ser Sagatiba Cristalina; a Sagatiba<br />

Velha, começa a se chamar<br />

Sagatiba Envelhecida.<br />

A i<strong>de</strong>ia, <strong>de</strong> acordo com Marina,<br />

é reafirmar o produto, consi<strong>de</strong>rado<br />

premium <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua<br />

criação há 12 anos, como uma<br />

cachaça. A executiva lembra<br />

que, ainda hoje, em muitas cartas<br />

<strong>de</strong> drinks do Brasil, a bebida<br />

não é classificada nem como<br />

cachaça e nem como vodca.<br />

“Somos cachaça e a partir <strong>de</strong><br />

agora vamos trabalhar muito<br />

em cima isso”, disse.<br />

Para comunicar o novo posicionamento,<br />

a marca passa<br />

a investir forte no digital, com<br />

ações no Facebook e Instagram<br />

coor<strong>de</strong>nadas pela Purple Cow.<br />

O ponto <strong>de</strong> venda e o trabalho<br />

dos barten<strong>de</strong>rs também fazem<br />

parte da estratégia. Nas gôndolas,<br />

a nova Sagatiba, que teve<br />

embalagem <strong>de</strong>senvolvida pela<br />

Casa Rex, chega na primeira<br />

quinzena <strong>de</strong> outubro.<br />

jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 57


Marcas & Produtos<br />

Neusa Spaulucci nspaulucci@propmark.com.br<br />

auxiliar<br />

Para otimizar o tempo do consumidor na cozinha, a Arno colocou no<br />

mercado o Soup+Stile, com oito funções para ajudar no preparo das<br />

refeições <strong>de</strong> forma rápida e prática. Com quatro funções automáticas para<br />

pratos quentes, ele elabora sopas em creme ou em pedaços, molhos e ferve,<br />

segundo a empresa, o alimento em minutos. Já para os pratos frios, como<br />

smoothies, sucos e milkshakes, tem três funções automáticas: triturar gelo,<br />

rotação alta e baixa e função manual, que controla o preparo.<br />

Goma<br />

A Mentos, da Perfetti Van Melle,<br />

lançou o sabor Pure Fresh<br />

Cherry, sem adição <strong>de</strong> açúcar.<br />

A novida<strong>de</strong> segue o mesmo<br />

propósito da linha <strong>de</strong> garrafas.<br />

Segundo dados fornecidos<br />

pela empresa, esse tipo <strong>de</strong><br />

embalagem “cresceu 8% em<br />

valor, em um mercado que<br />

apresenta queda <strong>de</strong> -2% no<br />

mesmo período (dados Nielsen)”.<br />

“A garrafa é uma embalagem<br />

ícone em inovação e é apreciada<br />

pelos consumidores pela<br />

praticida<strong>de</strong>, disponibilida<strong>de</strong><br />

ao longo do dia”, diz Elzilene <strong>de</strong><br />

Moraes, diretora <strong>de</strong> marketing<br />

da Perfetti Van Melle.<br />

Saudável<br />

A Natue, e-commerce <strong>de</strong><br />

produtos naturais, que faz<br />

parte <strong>de</strong> um dos maiores<br />

grupos mundiais <strong>de</strong> loja online,<br />

a Nu3, apresenta diversos<br />

produtos funcionais, como<br />

as barras <strong>de</strong> chocolate e<br />

<strong>de</strong> proteínas, i<strong>de</strong>ais para o<br />

intervalo entre as refeições<br />

e a sobremesa. São livres<br />

<strong>de</strong> adoçantes, corante e<br />

aromatizantes artificiais, glúten<br />

e lactose. A marca também<br />

tem o açúcar <strong>de</strong> coco, boa<br />

opção para quem quer abrir<br />

mão do açúcar branco.<br />

Cozido<br />

A Oster traz panelas elétricas que vão além do preparo do arroz. A empresa afirma<br />

que é possível preparar diversos pratos com o aparelho, como massas, ensopados,<br />

risotos e até doces. Com tampa <strong>de</strong> vidro refratária transparente com visor e cabo<br />

arqueado, é possível visualizar o aquecimento do alimento. O recipiente interno é<br />

antia<strong>de</strong>rente, com sistema <strong>de</strong> aquecimento, mantendo os alimentos quentes, mesmo<br />

após o término do preparo. Por fora, o acabamento é <strong>de</strong> alumínio e conta com sistema<br />

termostato, que mantém a temperatura das receitas prontas para serem servidas.<br />

58 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


A COMUNICAÇÃO IMPRESSA<br />

É SURPREENDENTE DESDE SEMPRE<br />

VOCÊ VAI SE SURPREENDER COM O QUE<br />

AGÊNCIAS E CLIENTES IRÃO TE CONTAR.<br />

WALTER LONGO<br />

GRUPO ABRIL<br />

JANAÍNA BRIZANTE<br />

NIELSEN<br />

FABIO MESTRINER<br />

ESPM<br />

FLAVIO WAITEMAN<br />

ESCALA COMUNICAÇÃO<br />

FELIPE LUCHI<br />

LEW LARA / TBWA<br />

ELIANA CASSANDRE<br />

GRUPO PETRÓPOLIS<br />

ANDRÉA COSTA<br />

CONSULTORA<br />

RENATO CAMARGO<br />

GPA<br />

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Co Patrocínio<br />

Apoio<br />

Apoio <strong>de</strong> Mídia


Mídia<br />

Grupo Folha ven<strong>de</strong> participação<br />

no jornal Valor Econômico<br />

Globo, que já era dono <strong>de</strong> 50% do jornal lançado em 2000, <strong>de</strong>ve<br />

assumir a totalida<strong>de</strong> do veículo; Ca<strong>de</strong> precisa analisar a compra<br />

Claudia Penteado<br />

Depois <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 15 anos <strong>de</strong><br />

parceria, o Grupo Globo comprou<br />

do Grupo Folha os 50% da<br />

empresa Valor Econômico S.A.,<br />

jornal criado em maio <strong>de</strong> 2000.<br />

Em uma época difícil para os jornais<br />

impressos <strong>de</strong> uma maneira<br />

geral e poucos negócios ocorrendo<br />

no setor, a Globo optou por<br />

tornar-se a única controladora do<br />

jornal, negócio que ainda <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />

da aprovação do Ca<strong>de</strong> (Conselho<br />

Administrativo <strong>de</strong> Deesa<br />

Econômica). Por isso mesmo,<br />

nenhuma das partes comenta<br />

a negociação. Sabe-se que, por<br />

força <strong>de</strong> contrato, caso uma das<br />

empresas oferecesse uma oferta<br />

pela parte da outra, a que cobrisse<br />

a oferta ficaria com o jornal.<br />

Especula-se que a Folha teria<br />

feito uma oferta, mas não conseguido<br />

superar a da Globo, que estaria<br />

avaliada em R$ 20 milhões.<br />

Especula-se também que um dos<br />

dois parceiros tinha mesmo <strong>de</strong><br />

sair do negócio, pois haveria impasses<br />

<strong>de</strong>mais entre eles.<br />

“O movimento é positivo, porque<br />

com um acionista só os processos<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão ten<strong>de</strong>m a ficar<br />

mais ágeis. O mercado <strong>de</strong> jornal<br />

premium me parece com potencial”,<br />

comenta Daniel Chalfon,<br />

presi<strong>de</strong>nte do Grupo <strong>de</strong> Mídia <strong>de</strong><br />

São Paulo e vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />

mídia da LDC. O Valor Econômico<br />

é o maior jornal <strong>de</strong> economia<br />

e negócios do país e registrou circulação<br />

paga <strong>de</strong> 61.184 em julho<br />

<strong>de</strong>ste ano, segundo dados do IVC.<br />

No digital, sua audiência chegou<br />

a 50 milhões <strong>de</strong> page views e 2<br />

milhões <strong>de</strong> visitantes únicos. O<br />

veículo é lí<strong>de</strong>r em publicida<strong>de</strong><br />

legal, tem se<strong>de</strong> em São Paulo e<br />

sucursais no Rio <strong>de</strong> Janeiro e em<br />

Brasília, além <strong>de</strong> correspon<strong>de</strong>ntes<br />

em Belo Horizonte, Recife,<br />

Genebra (Suíça) e Washington<br />

(EUA). Mantém parceria com o<br />

britânico Financial Times, o americano<br />

The Wall Street Journal e o<br />

japonês Nikkei.<br />

De acordo com a pesquisa<br />

da Kantar Ibope Media, em um<br />

Valor Econômico, que, se o Ca<strong>de</strong> aprovar a compra, pertencerá ao Grupo Globo<br />

“As empresAs<br />

<strong>de</strong> porte médio<br />

ten<strong>de</strong>m A<br />

<strong>de</strong>sApArecer,<br />

ficAndo ApenAs<br />

grAn<strong>de</strong>s<br />

conglomerAdos<br />

ou pequenAs<br />

empresAs com<br />

negócios locAis”<br />

Alê Oliveira<br />

ranking dos maiores jornais entre<br />

janeiro e junho <strong>de</strong>ste ano, o Valor<br />

aparece na 15ª posição, com share<br />

<strong>de</strong> 1,65%. No mesmo ranking,<br />

a Folha <strong>de</strong> S.Paulo li<strong>de</strong>ra, seguida<br />

<strong>de</strong> O Globo.<br />

Des<strong>de</strong> 2013, o Valor possui um<br />

serviço <strong>de</strong> informações em tempo<br />

real chamado Valor Pro, criado<br />

para assinantes, principalmente<br />

empresas do setor financeiro. Na<br />

época, o investimento no projeto<br />

foi da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> R$ 100 milhões.<br />

Em matéria no próprio jornal O<br />

Globo, o diretor-geral da Infoglobo,<br />

Fre<strong>de</strong>ric Kachar, afirmou<br />

que os planos são continuar investindo<br />

“no melhor jornalismo<br />

econômico do país” e vê o Valor<br />

como um case <strong>de</strong> sucesso. De<br />

fato, o jornal tem um portal bem-<br />

-sucedido e uma série <strong>de</strong> produtos<br />

<strong>de</strong> sucesso como o anuário<br />

Valor 1000 (<strong>de</strong>dicado a eleger os<br />

melhores <strong>de</strong>sempenhos <strong>de</strong> empresas<br />

<strong>de</strong> 25 setores da economia),<br />

Executivos <strong>de</strong> Valor (com o<br />

perfil <strong>de</strong> executivos eleitos como<br />

<strong>de</strong>staque em seus setores) e Valor<br />

Carreira (lista das melhores empresas<br />

em gestão <strong>de</strong> pessoas), e<br />

ainda eventos como o “Maratona<br />

Valor PME”. O consultor e coor<strong>de</strong>nador<br />

das graduações <strong>de</strong> jornalismo<br />

e publicida<strong>de</strong> do Ibmec,<br />

Eduardo Murad, analisa o movimento<br />

como parte da tendência<br />

<strong>de</strong> fortalecimento dos gran<strong>de</strong>s<br />

conglomerados, que ocorre não<br />

só na comunicação, mas em diversas<br />

áreas. “As empresas <strong>de</strong><br />

porte médio ten<strong>de</strong>m a <strong>de</strong>saparecer,<br />

ficando apenas gran<strong>de</strong>s conglomerados<br />

ou pequenas empresas<br />

com negócios locais”, prevê.<br />

Murad analisa que a compra<br />

indica uma óbvia percepção <strong>de</strong><br />

forte valor em relação ao mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> negócios do jornal Valor – que<br />

certamente possui uma base <strong>de</strong><br />

informações importante e útil<br />

para um grupo <strong>de</strong> comunicação<br />

como Globo, sempre em busca <strong>de</strong><br />

novas formas <strong>de</strong> gerar produtos e<br />

serviços e se fortalecer.<br />

“O que precisamos observar é<br />

se com esse movimento o mercado<br />

em geral não per<strong>de</strong> em diversida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> opiniões e olhares.<br />

Como fica o <strong>de</strong>bate público sobre<br />

política, economia, finanças.<br />

Torço também para que a venda<br />

aju<strong>de</strong> a Folha a se reinventar, se<br />

fortalecer, e não encolher, como<br />

ocorreu com gran<strong>de</strong>s jornais do<br />

mercado”, comentou.<br />

60 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 61<br />

mídia<br />

Creative Shop reforça<br />

potencial do mobile<br />

VP da área no Facebook esteve no<br />

Brasil e falou do potencial do meio<br />

Alê Oliveira<br />

BÁRBARA BARBOSA<br />

Na semana passada, Mark<br />

D’arcy, VP do Creative Shop,<br />

área do Facebook que trabalha<br />

próxima às agências na criação,<br />

visitou o Brasil e falou com o<br />

PROPMARK, reforçando o potencial<br />

do mobile e a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> criações específicas para<br />

o meio. “Mobile é a principal<br />

oportunida<strong>de</strong>, nós vivemos no<br />

mobile. Para as marcas se conectarem<br />

com as pessoas, precisam<br />

viver no mobile. De longe, o<br />

mais emocionante do Facebook<br />

e do Instagram é que eles têm a<br />

habilida<strong>de</strong>, não importa o quão<br />

gran<strong>de</strong> é uma i<strong>de</strong>ia, <strong>de</strong> caber na<br />

Mark D’arcy, VP do Creative Shop: mobile tem o maior potencial da indústria<br />

mão das pessoas. Por isso o mobile<br />

tem um gran<strong>de</strong> potencial, o<br />

maior da indústria. Mas precisamos<br />

<strong>de</strong> pessoas criativas para<br />

construir isso”, disse.<br />

D’arcy, que atua no Creative<br />

Shop há cerca <strong>de</strong> cinco anos,<br />

acredita que “a criativida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sbloqueia o valor da plataforma”,<br />

o que motiva toda a<br />

atuação da área. “A razão pela<br />

qual nós temos a criativida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ntro do Facebook é que<br />

pessoas criativas amam trabalhar<br />

com pessoas criativas.<br />

Pessoas <strong>de</strong> negócios muitas<br />

vezes vêm até você e perguntam<br />

‘o que po<strong>de</strong>mos fazer?’.<br />

Elas precisam <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias”, explica<br />

o executivo.<br />

No Brasil, o Creative Shop<br />

atua com uma equipe <strong>de</strong> criativos<br />

pequena, com menos<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>z colaboradores – algo<br />

similar em todo o mundo. Segundo<br />

Mauro Cavalletti, head<br />

da área no país, muitas agências<br />

já atuam em parceria com<br />

o Facebook. Um exemplo é a<br />

Africa, que no primeiro semestre<br />

criou para o Itaú uma<br />

coleção <strong>de</strong> livros infantis no<br />

formato Canvas. A série faz<br />

parte do bem-sucedido projeto<br />

Leia para uma Criança.<br />

O FUTURO<br />

É HOJE!<br />

TEMA:<br />

PLANEJAMENTO<br />

E PESQUISA<br />

PATROCÍNIO:<br />

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3<br />

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CONVIDADOS<br />

4<br />

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5b<br />

Dora Câmara<br />

Diretora Executiva<br />

Comercial Brasil da<br />

Kantar IBOPE Media<br />

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Hilda Caja<strong>de</strong><br />

Diretora<br />

<strong>de</strong> Informações<br />

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Sócio e Vice-Presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> Estratégia e Planejamento<br />

da LDC e Presi<strong>de</strong>nte do<br />

Grupo <strong>de</strong> Planejamento<br />

A<strong>de</strong>são:<br />

Associados da APP e<br />

alunos da FECAP: gratuito<br />

Não associados: R$ 140,00<br />

Data: 26/09/<strong>2016</strong><br />

Horário: <strong>19</strong>h00<br />

Local: Centro Universitário Fecap<br />

Avenida Liberda<strong>de</strong>, 532 - Liberda<strong>de</strong> - São Paulo/SP<br />

APOIO:<br />

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PROFISSIONAIS<br />

DE PROPAGANDA<br />

REALIZAÇÃO:<br />

ASSOCIAÇÃO DOS<br />

PROFISSIONAIS<br />

DE PROPAGANDA


opinião<br />

TarikVision/iStock<br />

Vamos investir no<br />

que vai para o ar<br />

Clovis Mello<br />

Mesmo em tempos bicudos, continuamos<br />

produzindo propaganda do jeito<br />

que sempre fizemos: com qualida<strong>de</strong>, pontualida<strong>de</strong><br />

e firmeza. Mas temos percebido,<br />

por parte das agências, <strong>de</strong>mandas bem<br />

mais complexas e <strong>de</strong>safiadoras.<br />

Ao mesmo tempo, por parte dos anunciantes,<br />

uma pressão muito forte por custos<br />

cada vez menores, o que a princípio é contraditório,<br />

pois agora temos muito mais coisas<br />

para fazer numa mesma diária e quase<br />

com a mesma verba: campanhas para web,<br />

skip ads, motivacionais, true view e mais<br />

uma série <strong>de</strong> peças que não<br />

existiam há dois ou três anos<br />

e hoje são tão ou mais importantes<br />

que o filme da TV.<br />

Antes, eu saía para filmar<br />

um comercial <strong>de</strong> Havaianas,<br />

fazia o filme <strong>de</strong> 30” e voltava<br />

para casa. Hoje, o cliente quer<br />

muito mais que isso. Atualmente,<br />

as campanhas digitais<br />

têm cada vez mais relevância,<br />

porém, nem sempre têm<br />

recebido o tratamento que<br />

merecem, pois, quase sempre, ocorrem na<br />

mesma diária, bem no finzinho, quando<br />

ninguém aguenta mais.<br />

Por isso, acho fundamental o mercado<br />

repensar os processos <strong>de</strong> produção e, mais<br />

importante ainda, colocar em prática novos<br />

mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atuação como o que estamos<br />

fazendo na Cine, que é montar uma<br />

equipe exclusiva para pensar o digital com<br />

a mesma relevância e <strong>de</strong>dicação que os filmes<br />

<strong>de</strong> TV, orçando o projeto como um todo,<br />

sem ficar muito amarrado em diárias,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que não seja uma campanha com celebrida<strong>de</strong>s<br />

que tenham uma agenda aper-<br />

“temos<br />

percebido,<br />

por parte<br />

das agências,<br />

<strong>de</strong>mandas<br />

bem mais<br />

complexas e<br />

<strong>de</strong>safiadoras”<br />

tada. Essa equipe extra po<strong>de</strong> fazer em outro<br />

dia ou no mesmo dia, porém em um set<br />

paralelo, simultâneo à filmagem principal,<br />

com a minha supervisão e com a criação se<br />

dividindo entre os dois sets.<br />

Isso faz com que a campanha digital tenha<br />

o mesmo tratamento e o mesmo tempo<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação que o offline. Claro que tudo<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada projeto. O fato é que estamos<br />

focados e, mais que isso, preparados e<br />

empenhados em acompanhar esse momento<br />

da nossa produção audiovisual, nessa<br />

transição <strong>de</strong>licada entre formatos tradicionais<br />

e as novas mídias. É uma mudança cultural<br />

muito gran<strong>de</strong>. As pessoas eram obrigadas<br />

a ver propaganda. Hoje<br />

não são mais. Agora estamos na<br />

era do conteúdo, e só vale aquele<br />

conteúdo que venha com verda<strong>de</strong>,<br />

originalida<strong>de</strong> e transparência.<br />

Por isso, temos <strong>de</strong> nos unir,<br />

criadores, produtores e diretores,<br />

para realizarmos, juntos,<br />

conteúdos extraordinários, sem<br />

se importar com a plataforma.<br />

Pesquisa divulgada recentemente<br />

revela que, dos cerca <strong>de</strong> 60%<br />

<strong>de</strong> brasileiros que utilizaram a<br />

internet em 2015, 90% <strong>de</strong>ram preferência<br />

aos celulares para acesso ao mundo digital.<br />

Consi<strong>de</strong>rando-se que o wi-fi grátis está<br />

se multiplicando em velocida<strong>de</strong> espantosa,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> em praças públicas até nos transportes<br />

coletivos, po<strong>de</strong>mos ter uma noção da<br />

dimensão do <strong>de</strong>safio. Repensamos mo<strong>de</strong>los<br />

e estamos trabalhando com os produtores<br />

das agências para viabilizar os projetos,<br />

a<strong>de</strong>quando-os às verbas do anunciante,<br />

tentando gastar menos com caminhões <strong>de</strong><br />

comida, equipes inchadas e gastando mais<br />

na produção propriamente dita, ou seja,<br />

com aquilo que vai para o ar.<br />

Clovis Mello é sócio e diretor <strong>de</strong> cena da Cine<br />

clovismello@cine.com.br<br />

62 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


curtas<br />

Fotos: Divulgação<br />

Composta <strong>de</strong> 15 filmes a partir <strong>de</strong> GIFs animados com referências<br />

a novelas, séries, <strong>de</strong>senhos animados e situações do cotidiano,<br />

a DM9DDB criou campanha do Itaú (foto ao lado) para promover<br />

o lançamento do aplicativo Abreconta, que permite a abertura<br />

<strong>de</strong> contas 100% no ambiente online. A agência se apropriou dos<br />

GIFs e do estilo Buzzfeed, linguagem popular na internet. “O<br />

assunto tecnologia está na pauta <strong>de</strong> muitas marcas, <strong>de</strong> diversos<br />

segmentos. O <strong>de</strong>safio é encontrar um jeito realmente inovador e<br />

surpreen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> contar nossas novida<strong>de</strong>s para as pessoas. Buscamos<br />

sempre caminhos criativos que sejam proprietários (que<br />

só a marca Itaú po<strong>de</strong>ria fazer) e <strong>de</strong>rivem da cultura popular, como<br />

foram os Emojis e agora os GIFs”, <strong>de</strong>staca Eduardo Tracanella,<br />

superinten<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> marketing do Itaú Unibanco. “Desenvolver<br />

campanhas que tenham flexibilida<strong>de</strong> criativa para se adaptar ao<br />

contexto das pessoas é fundamental”, acrescentou.<br />

O Canal GNT apresentou a segunda edição do estudo Colaborativas,<br />

cujo objetivo é mostrar como as transformações e habilida<strong>de</strong>s<br />

da esfera privada da mulher extrapolam e impactam a<br />

socieda<strong>de</strong>. O projeto teve como ponto <strong>de</strong> partida uma etnografia<br />

com 24 mulheres e 1.500 entrevistas em cinco capitais brasileiras<br />

e reflete a importância <strong>de</strong> o GNT estar em sintonia com as movimentações<br />

da mulher, como explica a executiva Daniela Mignani,<br />

diretora-geral do canal GNT, na foto ao lado com o apresentador<br />

Marcelo Tas. “Resiliência, colaboração e empatia é o tripé <strong>de</strong>sse<br />

estudo que fornece subsídios tanto para a programação como para<br />

os anunciantes”, sintetizou Daniela. Os segmentos que mais comparecem<br />

na gra<strong>de</strong> comercial da emissora da Globosat são beleza,<br />

culinária, serviços financeiros e higiene. O projeto Colaborativas<br />

teve argumento e texto coor<strong>de</strong>nado pela Vox (we study people)<br />

e consultoria da Troiano Branding. Os <strong>de</strong>staques do novo estudo<br />

estão em um ví<strong>de</strong>o, com roteiro <strong>de</strong> Eduardo Biz e Lena Maciel, e<br />

produção da Casa Violeta.<br />

O energético TNT, do portfólio <strong>de</strong> negócios<br />

do Grupo Petrópolis, está lançando o<br />

posicionamento Po<strong>de</strong> vir, criação da Y&R,<br />

que tem suporte da plataforma <strong>de</strong> conteúdo<br />

Corrente da resistência, documentário<br />

para contar histórias do rapper Thaí<strong>de</strong>, da<br />

cicloativista Renata Falzoni (foto), da bailarina<br />

Ingrid Silva, do vi<strong>de</strong>omaker Gustavo<br />

Horn e da jornalista Flavia Durante. Os minidocumentários<br />

serão exibidos no canal<br />

da marca. “Todos os protagonistas escolhidos<br />

para a campanha têm uma trajetória<br />

<strong>de</strong> luta na quebra <strong>de</strong> tabus e barreiras.<br />

Eles são a marca da resistência e contar<br />

suas histórias é conectar o público com os<br />

pilares valorizados”, disse Pedro Gravena,<br />

head digital da agência. A criação é <strong>de</strong> Daniel<br />

Groove, Marcos Lee, Lucas Arruda e<br />

Bruno Donadio, com direção <strong>de</strong> criação <strong>de</strong><br />

Celso Alfieri e Pedro Gravena como head<br />

<strong>de</strong> Digital e Inovação. Todos os filmes foram<br />

produzidos em parceria com o Niche,<br />

núcleo <strong>de</strong> conteúdo do Twitter. A aprovação<br />

é <strong>de</strong> Eliana Cassandre, gerente <strong>de</strong> propaganda<br />

da empresa <strong>de</strong> bebidas.<br />

jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 63


supercenas<br />

Marcello Queiroz mqueiroz@propmark.com.br<br />

O CCO global da J. Walter Thompson, Matt Eastwood (<strong>de</strong> preto, no centro), com os CCOs Ricardo John, abaixo <strong>de</strong> Eastwood, e Ricardo Grau, <strong>de</strong> camiseta preta à direita <strong>de</strong> John, e a equipe <strong>de</strong> cria<br />

TAKEDA DEVE DIVIDIR<br />

A Takeda Farmacêutica <strong>de</strong>ve dividir sua conta, estimada em pelo<br />

menos R$ 40 milhões, entre Santa Clara, com o anunciante <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

2012, e a Artplan. O resultado <strong>de</strong>ve ser divulgado nos próximos<br />

dias. A concorrência também contou com a participação da LDC e<br />

da Leo Burnett Tailor Ma<strong>de</strong>, em uma rodada <strong>de</strong> finalistas. A Takeda<br />

é dona <strong>de</strong> marcas como Dramin, Eparema, Nebacetin e Neosaldina.<br />

LENOVO NA HANDS<br />

A agência Hands venceu concorrência da Lenovo e vai <strong>de</strong>senvolver<br />

projetos para Gartner, vForum e Red Hat.<br />

BATE-VOLTA<br />

Matt Eastwood, o CCO global da J. Walter Thompson, fez uma função<br />

tipo jogo rápido no trecho JFK-GRU-JFK para uma visita ao escritório<br />

da agência em São Paulo semana passada. Ele se reuniu<br />

com os CCOs regionais Ricardo John e Rodrigo Grau, responsáveis<br />

por Brasil e América do Sul. Após cumprimentos pelo resultado <strong>de</strong><br />

campanhas premiadas, Eastwood fez foto com todo o time <strong>de</strong> criativos<br />

da unida<strong>de</strong> brasileira.<br />

MARATONA DE GIFs<br />

Acrônimo para Graphics Interchage Format, o GIF toma conta da<br />

nova campanha criada pela DM9DDB para o aplicativo Abreconta,<br />

do Itaú. Equipes da agência e da Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Filmes trabalharam<br />

em dois dias <strong>de</strong> gravação para 15 filmes com locações em Alphaville<br />

e Cotia, além <strong>de</strong> gravações nos estúdios da produtora. Criação<br />

tem participação do diretor-executivo Paulo Coelho, do redator<br />

Guigo Oliva e do diretor <strong>de</strong> arte Leonardo Rotundo.<br />

Profissionais da DM9DDB e da Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Filmes, com atores da campanha <strong>de</strong> GIFs do Itaú<br />

64 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Divulgação<br />

Régis Fernan<strong>de</strong>z/Divulgação<br />

Luiz Alfaya, Wagner Moura, Andrucha Waddington e Luciano Huck: <strong>de</strong>bate sobre cinema e TV no Instituto Criar<br />

ção da agência em São Paulo<br />

Anna Ferraz/Divulgação<br />

CRIAR OTIMIZA CURSOS<br />

O Instituto Criar <strong>de</strong> TV, Cinema e Novas Mídias, fundado pelo apresentador<br />

Luciano Huck em 2003, está com novida<strong>de</strong>s na formação<br />

<strong>de</strong> seus alunos. Antes havia a oferta <strong>de</strong> 10 oficinas técnicas diferentes<br />

como câmera, edição, cenografia ou maquiagem para obter os<br />

registros na DRT. Agora, investindo em uma estratégia mais multidisciplinar,<br />

com a turma número 13, que começou no último mês<br />

<strong>de</strong> agosto, a formação se dá por cinco núcleos: Arte, Fotografia,<br />

Produção, Som e Pós-Produção. Ao final do curso, os estudantes<br />

po<strong>de</strong>m obter até três registros. Semana passada, o Criar realizou<br />

uma sessão especial para os alunos formados da turma 12 e para os<br />

que chegaram com a 13: um <strong>de</strong>bate sobre cinema e TV com a participação<br />

<strong>de</strong> Huck; do superinten<strong>de</strong>nte do instituto, Luiz Alfaya; do<br />

ator Wagner Moura e <strong>de</strong> Andrucha Waddintgton, sócio, diretor e<br />

produtor da Conspiração Filmes.<br />

WISH NO TECHCRUNCH<br />

Com o objetivo <strong>de</strong> aproximar investidores a novos projetos <strong>de</strong><br />

tecnologia, foi realizado semana passada, em São Francisco, o<br />

TechCrunch Disrupt <strong>2016</strong>. A Wish Eventos, <strong>de</strong> Natasha De Caiado<br />

Castro e Bertrand Restivo, foi uma das patrocinadoras do encontro,<br />

com cerca <strong>de</strong> 70 palestrantes para falar sobre novida<strong>de</strong>s dos mais<br />

diversos segmentos <strong>de</strong> produtos e serviços. “O clima é <strong>de</strong> uma metamorfose<br />

radical”, sintetiza Natasha ao se referir aos projetos e<br />

tendências vistos por lá. “Patrocinamos o TechCrunch pois ele é o<br />

centro do ecossistema <strong>de</strong> inovação”, diz.<br />

Pierce Larick/Divulgação<br />

NBC<br />

A re<strong>de</strong> <strong>de</strong> TV norteamericana<br />

conseguiu um<br />

lucro publicitário superior<br />

a US$ 250 milhões com<br />

a Olimpíada do Rio.<br />

ÍNDIA<br />

Relatório da ONU<br />

confirma o país como o<br />

segundo maior mercado<br />

mundial <strong>de</strong> internet, com<br />

333 milhões <strong>de</strong> usuários,<br />

superando EUA (286<br />

milhões). China li<strong>de</strong>ra<br />

com 721 milhões<br />

SMARTPHONES<br />

Eles são o primeiro<br />

recurso <strong>de</strong> sete em cada<br />

<strong>de</strong>z americanos diante da<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> busca <strong>de</strong><br />

informações para o que<br />

querem saber, on<strong>de</strong> ir<br />

o que fazer e comprar.<br />

Dado é do Google<br />

PUBLICIDADE EM DESKTOP<br />

Com US$ 98,9 bilhões <strong>de</strong><br />

investimentos globais<br />

no ano passado, o share<br />

<strong>de</strong>ste segmento vai<br />

per<strong>de</strong>r US$ 10,7 bilhões<br />

até 2018. Previsão é <strong>de</strong><br />

um estudo da Zenith<br />

ANÚNCIOS ONLINE<br />

Pesquisa da Adobe<br />

mostra que 54% dos<br />

consumidores britânicos<br />

acham que eles são<br />

ineficientes e 27% avaliam<br />

que as peças estão “pior”<br />

hoje do que há três anos<br />

McDONALD’S NO YOUTUBE<br />

O anunciante <strong>de</strong>sativou<br />

o Channel Us no Reino<br />

Unido. Houve “baixo<br />

interesse” do target <strong>de</strong><br />

jovens entre 16 e 24 anos<br />

Natasha, da Wish Eventos: “metamorfose radical” no TechCrunch Disrupt<br />

jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 65


última página<br />

a saga do milk-shake<br />

que transcen<strong>de</strong>u<br />

sua marca<br />

Claudia Penteado<br />

Faz alguns anos que <strong>de</strong>ixei <strong>de</strong> consumir regularmente<br />

o milk-shake <strong>de</strong> Ovomaltine<br />

do Bob’s, uma experiência incomparável <strong>de</strong><br />

sabor e verda<strong>de</strong>ira mania na adolescência.<br />

Quem provou, sabe do que estou falando.<br />

Por isso o baita susto ao ler a notícia <strong>de</strong> que<br />

ele estava se “transferindo” para o concorrente<br />

McDonald’s. A novida<strong>de</strong> soou quase<br />

como se o Whopper passasse a ser vendido<br />

no McDonald’s, ou se a famosa cebola do Outback<br />

tivesse feito as malas e estivesse se mudando<br />

para o cardápio do Braseiro da Gávea.<br />

É inexplicável a ligação que <strong>de</strong>senvolvemos<br />

com alguns produtos e marcas,<br />

especialmente nós, criaturas <strong>de</strong><br />

hábitos.<br />

Uma fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> além da razão. O<br />

milk-shake <strong>de</strong> ovomaltine do Bob’s<br />

é uma <strong>de</strong>ssas “marcas <strong>de</strong> amor”<br />

<strong>de</strong>scritas em livros <strong>de</strong> marketing<br />

como o do Kevin Roberts, o polêmico<br />

ex-chairman da S&S. Pus-me<br />

a investigar sobre que forças teriam<br />

provocado uma mudança tão<br />

sem sentido (para mim) – e acompanhei<br />

com curiosida<strong>de</strong> a “onda”<br />

<strong>de</strong> protestos <strong>de</strong> fãs do produto originalmente<br />

criado e lançado pelo Bob’s em <strong>19</strong>59. Memes,<br />

anúncios <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> outras marcas,<br />

foi uma festa que provou a força <strong>de</strong> um case<br />

único <strong>de</strong> cobranding. No mundo.<br />

“Com ou sem o<br />

Cobranding, é<br />

possível que<br />

o milkshake<br />

do bob’s<br />

sobreviva<br />

muito bem,<br />

obrigado”<br />

João Branco, diretor <strong>de</strong> marketing do<br />

McDonald’s, disse que não houve “roubo”,<br />

conforme insinuei, passional, claro, e sim<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mercado. Ele garante que<br />

muitos clientes do McDonald’s pediram o<br />

produto e a <strong>de</strong>cisão foi fruto do famoso “aten<strong>de</strong>ndo<br />

a pedidos”. Marcello Farrel, diretor-<br />

-geral da marca Bob’s, explicou que não fazia<br />

mais sentido investir na exclusivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilização<br />

da marca, até porque o custo teria <strong>de</strong><br />

ser repassado ao consumidor. Silvia Amaral,<br />

diretora <strong>de</strong> marketing para a centenária marca<br />

Ovomaltine - certamente a maior beneficiária<br />

na “disputa” - reconheceu que a parceria<br />

da marca na categoria milk-shake é única no<br />

mundo, negou a existência <strong>de</strong> uma “guerra”<br />

(mais uma vez foi minha a insinuação catastrófica)<br />

e justificou a mudança com naturalida<strong>de</strong>,<br />

dizendo que o contrato <strong>de</strong> licença <strong>de</strong><br />

uso da marca expirou, optou-se pela não renovação<br />

e agora os direitos estão nas mãos do<br />

McDonald’s. Simples assim.<br />

Diante <strong>de</strong> tanta naturalida<strong>de</strong> das três partes,<br />

só me resta acreditar que nada é tão simples<br />

como se diz. Ainda que afirmem polidamente<br />

– ou polianamente - que há espaço para<br />

todo mundo, todos brigarão por<br />

seu espaço. O Bob’s já tratou <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r seu pedaço. Sua agência,<br />

a NBS, criou a #milkfake, referindo-se<br />

ao produto concorrente, e<br />

vem divulgando aos quatro ventos<br />

que o crocante continua com<br />

a mesma receita e quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Ovomaltine <strong>de</strong> sempre. Tem a seu<br />

lado consumidores apaixonados,<br />

o que é uma vantagem competitiva.<br />

E não se po<strong>de</strong> subestimar o<br />

po<strong>de</strong>r dos Arcos Dourados: um<br />

filme da DPZ&T já anunciou no<br />

intervalo do Fantástico a novida<strong>de</strong> como “o<br />

novo clássico do McDonald’s”. Essa é a magia<br />

do mundo das marcas.<br />

Com ou sem o cobranding, é possível<br />

que o milkshake do Bob’s sobreviva muito<br />

bem, obrigado. Porque clássico, nesse caso,<br />

tornou-se o produto – e não seu nome ou a<br />

marca que o acompanhou todos estes anos.<br />

Se assim for, seu vigor transcen<strong>de</strong>rá a marca,<br />

preservando seu lugar no coração das<br />

pessoas seja sob o novo nome Crocante – ou<br />

qualquer outro que o Bob’s imaginar. E <strong>de</strong>sconfio<br />

que, nas lojas do Bob’s, as pessoas<br />

continuarão pedindo, sempre, pelo milk-<br />

-shake <strong>de</strong> Ovomaltine, e os funcionários<br />

continuarão servindo, com um sorriso no<br />

canto da boca.<br />

Divulgação<br />

66 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark

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