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propmark.com.br<br />
cinema ganha<br />
homenagem da sky<br />
A sétima arte é tema<br />
<strong>de</strong> uma nova campanha<br />
da Sky, criada<br />
pela FCB Brasil, com<br />
Gisele Bündchen. A<br />
empresa também conta<br />
com o humorista<br />
Fábio Porchat. pág. 52<br />
newcomm queR<br />
ampliaR negócios<br />
O Newcomm, ligado<br />
a marcas como Y&R e<br />
Grey, do WPP, tem planos<br />
<strong>de</strong> buscar novos<br />
negócios em publicida<strong>de</strong>.<br />
A meta é <strong>de</strong> Marcos<br />
Quintela, presi<strong>de</strong>nte<br />
do grupo. pág. 26<br />
ano 52 - Nº 2614 - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> R$ 12,00<br />
ex-diRetoRa da vivo<br />
entRa na justiça<br />
Cris Duclos abriu<br />
processo contra a<br />
Telefônica pedindo<br />
reintegração do seu<br />
emprego. Ela também<br />
reivindica sindicância<br />
na área <strong>de</strong> marketing<br />
do anunciante. pág. 10<br />
live marketing<br />
movimenta<br />
R$ 44 bilhões<br />
estudo com 156 empresas da área <strong>de</strong><br />
eventos e <strong>de</strong> outras ações promocionais<br />
mostra dinâmica e perspectivas<br />
do segmento. pág. 38<br />
Kirillm/iStock
editorial<br />
Armando Ferrentini<br />
aferrentini@editorareferencia.com.br<br />
Confundir sem explicar<br />
Uma vez mais somos obrigados a abordar a política nacional<br />
e alguns dos seus protagonistas, neste editorial que <strong>de</strong>veria<br />
se ater mais aos fatos recentes da comunicação do marketing.<br />
Po<strong>de</strong>ríamos comemorar a melhora que já se verifica no mercado,<br />
embora ainda tímida, com a publicida<strong>de</strong> voltando a ser parte<br />
importante nos espaços e na secundagem das mídias, o que ainda<br />
não significa o fim da crise, mas já um bom aceno <strong>de</strong> que <strong>de</strong>le<br />
estamos nos aproximando.<br />
Temos, porém, <strong>de</strong> falar da política, combustão sem a qual a or<strong>de</strong>m<br />
econômica <strong>de</strong>sanda. E aqui queremos nos referir obviamente<br />
à boa política, a que proporciona a eficiente gestão da<br />
coisa pública, espalhando confiança na população e incentivando<br />
os investidores a confiar no país.<br />
me população, milhões <strong>de</strong> pessoas crédulas, que po<strong>de</strong>m não<br />
acreditar em papai-noel, mas, por ingenuida<strong>de</strong> ou necessida<strong>de</strong>,<br />
acreditam nesses biotipos <strong>de</strong> salvadores da pátria que com frequência<br />
têm aparecido na história do Brasil.<br />
E o que ele disse foi o mesmo <strong>de</strong> sempre: pobre e vencedor, <strong>de</strong>sperta<br />
a ira dos po<strong>de</strong>rosos, que não querem que outros pobres<br />
como ele an<strong>de</strong>m <strong>de</strong> avião. Bem a propósito, essa figura <strong>de</strong> retórica<br />
é mais uma das suas inverda<strong>de</strong>s, pois, muito antes <strong>de</strong>le<br />
aparecer no cenário político nacional, as empresas aéreas já trabalhavam,<br />
através <strong>de</strong> criativas campanhas publicitárias, as classes<br />
menos favorecidas da população brasileira a viajar em seus<br />
aviões, conce<strong>de</strong>ndo facilida<strong>de</strong>s como o crediário e outras situações<br />
vantajosas, como o uso da milhagem para a oportunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> viajar, algumas vezes até <strong>de</strong> graça.<br />
Todavia, <strong>de</strong>sgraçadamente, mesmo após o impeachment da então<br />
presi<strong>de</strong>nte da República Dilma Rousseff, seguido pela queda<br />
do in<strong>de</strong>sejável Eduardo Cunha, com seu mandato parlamentar<br />
cassado por esmagadora maioria dos seus pares, ainda temos <strong>de</strong><br />
conviver com o inconformismo do folclórico chefe da quadrilha<br />
que assaltou os cofres públicos do país.<br />
Fosse ele realmente patriota, sujeitar-se-ia a um silêncio obsequioso,<br />
na certeza <strong>de</strong> que assim contribuiria melhor com o povo<br />
que diz tanto ter amado e que, sem dúvida, boa parte <strong>de</strong>sse<br />
mesmo povo soube retribuir.<br />
Ocorre que a sua escassez cultural e consequente falta <strong>de</strong> discernimento<br />
sobre o valor das coisas e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r<br />
quando é hora <strong>de</strong> falar e hora <strong>de</strong> calar tumultuaram, uma<br />
vez mais, o país na última quinta-feira (15), quando discursou<br />
para uma plateia fechada em São Paulo, on<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ntre outros,<br />
sobressaíam como papagaios <strong>de</strong> pirata, se esforçando para aparecer<br />
nas fotos e telas, os senadores Gleise “cabelos black blocs”<br />
Hoffmann e o ex-presi<strong>de</strong>nte da UNE, Lin<strong>de</strong>nberg Farias.<br />
A plateia era realmente fechada e até mesmo os jornalistas presentes<br />
não pu<strong>de</strong>ram fazer perguntas ao principal e único orador,<br />
mas os meios que ele tanto acusa <strong>de</strong> tramarem contra si,<br />
por <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> ofício, <strong>de</strong>ram ampla cobertura a mais uma das suas<br />
bravatas <strong>de</strong> palanque.<br />
Então ele se sentiu à vonta<strong>de</strong>, chegando até mesmo a chorar um<br />
choro <strong>de</strong> jararaca ou crocodilo, como queiram os leitores. E isso<br />
foi visto e ouvido por todo o país, que possui, entre a sua enor-<br />
O curioso nessa história é que, coincidindo com o início do seu<br />
primeiro governo na Presidência da República e até muito recentemente,<br />
a classe operária e os <strong>de</strong>mais usuários dos assentos<br />
econômicos nos voos da aviação comercial passaram a pagar<br />
mais por isso.<br />
A consequência <strong>de</strong>ssa sua fala, que lembrou o talentoso Abelardo<br />
“Chacrinha” Barbosa, com o seu bordão “Não vim para<br />
explicar, vim para confundir”, foi um certo estremecimento na<br />
opinião pública brasileira, com gente importante como alguns<br />
formadores <strong>de</strong> opinião passando a criticar os corajosos integrantes<br />
do Ministério Público Fe<strong>de</strong>ral pelo “circo” que teriam<br />
armado para explicar a sua <strong>de</strong>núncia.<br />
Cada um enten<strong>de</strong> como quer. Nosso entendimento foi o <strong>de</strong> que<br />
estavam prestando contas à nação <strong>de</strong> um trabalho que envolve<br />
a culpabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um ex-presi<strong>de</strong>nte da República, que <strong>de</strong>ve ter<br />
sofrido todo o tipo <strong>de</strong> pressão para não ser concluído da forma<br />
como acabou sendo.<br />
Bem, se Lula quis confundir mais uma vez, conseguiu. Tomou-<br />
-se o direito <strong>de</strong> não explicar o que lhe havia sido imputado na<br />
<strong>de</strong>núncia, não permitindo inclusive, como já acima registramos,<br />
que jornalistas lhe fizessem perguntas.<br />
Não chegamos ao ponto <strong>de</strong> afirmar que o <strong>de</strong>nunciado virou o jogo.<br />
Muito longe disso, o juiz Sergio Moro vai <strong>de</strong>monstrar nos próximos<br />
dias. Mas, uma vez mais, atrapalhou o voo do país que tenta sair do<br />
chão, on<strong>de</strong> se encontra <strong>de</strong>vido aos estragos que o <strong>de</strong>nunciado e sua<br />
trupe têm lhe imposto durante muitos <strong>de</strong>stes últimos longos anos.<br />
FraSeS<br />
“tenho muitos medos.<br />
o maior <strong>de</strong>les é o <strong>de</strong>, algum dia,<br />
precisar lembrar às pessoas quem sou eu”.<br />
(Alex Periscinoto, no livro que leva o seu nome,<br />
em coautoria com Izabel Telles, Editora Best Seller)<br />
“Se não <strong>de</strong>rmos o golpe, eles o darão contra nós”.<br />
(Leonel Brizola, às vésperas do golpe militar <strong>de</strong> <strong>19</strong>64,<br />
narrado no livro A História do Brasil em frases,<br />
<strong>de</strong> Jaime Klintowitz, editado pela Texto Editores,<br />
do Grupo LeYa)<br />
“Não temos como provar, mas temos convicção”.<br />
(Frase não dita pelos Procuradores da República,<br />
explicando a <strong>de</strong>núncia <strong>de</strong> Lula da Silva na última quarta-feira<br />
(14) e, segundo consta, inventada por um blog)<br />
“Se esta obra fosse um disco, seria um álbum triplo.<br />
Se fosse um filme, seria um épico. Se fosse uma série <strong>de</strong><br />
tevê, seria sucesso por muitas temporadas. Uma história<br />
que, se não fosse real, seria difícil <strong>de</strong> acreditar”.<br />
(Washington Olivetto, sobre o livro Do vinil ao download,<br />
<strong>de</strong> André Midani, editado pela Nova Fronteira. A frase está<br />
impressa na quarta capa do livro)<br />
4 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
MeRcAdo<br />
Índice<br />
38<br />
Festival do clube <strong>de</strong><br />
criação foca na crise<br />
Expressão popular “tirar leite <strong>de</strong> pedra”, em<br />
referência ao cenário econômico do país,<br />
norteou palestras do evento que reuniu os<br />
principais nomes da criativida<strong>de</strong>. pág. 16<br />
MARcAS<br />
Sky investe<br />
em duas<br />
campanhas<br />
O cinema será o tema<br />
central da nova campanha<br />
<strong>de</strong> Sky. A ubermo<strong>de</strong>l Gisele<br />
Bündchen vai reviver<br />
personagens <strong>de</strong> filmes<br />
memoráveis. A campanha,<br />
criada pela FCB Brasil,<br />
estreia nesta segunda-feira<br />
(<strong>19</strong>). Fábio Porchat<br />
é a estrela <strong>de</strong> outra<br />
ação da marca. pág. 52<br />
cApA<br />
pesquisa mostra<br />
maior receptivida<strong>de</strong><br />
MMA Mobile Report garante que as pessoas<br />
estão dando mais atenção à propaganda<br />
no mobile. Hoje, os smartphones são<br />
indispensáveis para os brasileiros. pág. 12<br />
Live<br />
marketing<br />
cresce<br />
Setor movimentou em um ano<br />
R$ 44 bilhões, diz pesquisa<br />
encomendada pela Ampro. A Rio<br />
<strong>2016</strong> esteve recheada <strong>de</strong> ações que<br />
transformaram a Cida<strong>de</strong> Olímpica.<br />
pRêMioS<br />
Brasil tem 21<br />
troféus no clio<br />
O número <strong>de</strong> prêmios das agências brasileiras<br />
po<strong>de</strong> subir, já que no próximo dia 28 serão<br />
revelados os GPs, em Nova York. O Brasil também<br />
tem dois troféus na categoria Estudante. pág. 33<br />
epica Awards ganha<br />
mais uma categoria<br />
Premiação internacional <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong>, que<br />
será realizada em Berlim, agora tem a Olympic<br />
Games, que reconhecerá trabalhos realizados para<br />
Olimpíadas. Inscrições vão até dia 30. pág. 32<br />
<strong>de</strong>colar<br />
adota<br />
sitcom<br />
Campanha apresenta<br />
novo posicionamento:<br />
Decolar tem tudo para<br />
sua viagem, cujo formato<br />
privilegia o sitcom.<br />
A estratégia é mostrar<br />
que o site tem tudo<br />
o que uma família<br />
precisa para viajar.<br />
pág. 54<br />
Jor na lis ta res pon sá vel<br />
Ar man do Fer ren ti ni<br />
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Marcello Queiroz<br />
editores<br />
Neu sa Spau luc ci<br />
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Paulo Macedo<br />
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Vinícius Novaes (SP)<br />
Mariana Zirondi (SP)<br />
Claudia Penteado (RJ)<br />
assistente <strong>de</strong> redação<br />
Vanessa Franco <strong>de</strong> Bastos<br />
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Adu nias Bis po da Luz<br />
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as ma té rias as si na das não re pre sen tam ne ces sa riamen<br />
te a opi nião <strong>de</strong>s te jor nal, po <strong>de</strong>n do até mes mo ser<br />
con trá rias a ela.<br />
6 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
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conexões<br />
Fórum<br />
Que fantástica a cobertura <strong>de</strong> 16 páginas<br />
do Fórum <strong>de</strong> Marketing Empresarial.<br />
Ficou ótima! Cumprimentos à<br />
editora e a sua equipe.<br />
Ana Lucia Ventorim<br />
Grupo Doria<br />
São Paulo - SP<br />
Idèo<br />
Em meu nome e dos meus parceiros<br />
envolvidos na discussão <strong>de</strong> revisarmos<br />
a lei da publicida<strong>de</strong> exterior na<br />
cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, quero agra<strong>de</strong>cer<br />
o apoio do PROPMARK na cobertura<br />
e divulgação do lançamento do<br />
Idèo, nosso braço institucional que<br />
vai legitimar o <strong>de</strong>bate sobre este polêmico<br />
tema, que há 10 anos extinguiu<br />
uma ativida<strong>de</strong> lícita da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São<br />
Paulo. A repercussão tem sido muito<br />
satisfatória e nacional, repercutindo<br />
nas entida<strong>de</strong>s ligadas à arquitetura e<br />
ao urbanismo e nas entida<strong>de</strong>s ligadas<br />
ao nosso setor que lutam para legitimar<br />
suas legislações regionais, objetivando<br />
ter a publicida<strong>de</strong> integrada na<br />
paisagem urbana dos municípios, porém<br />
com regras <strong>de</strong>finidas e com contrapartidas<br />
para os municípios. Temos<br />
certeza que <strong>de</strong>mos um gran<strong>de</strong><br />
passo e foi bastante positivo o apoio<br />
<strong>de</strong> vocês todos do PROPMARK.<br />
Luiz Roberto Valente<br />
São Paulo - SP<br />
Neve<br />
A iniciativa <strong>de</strong> Neve <strong>de</strong> fabricar um<br />
papel higiênico com um pontilhado<br />
que sugere a quantida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> uso<br />
é genial! Prova <strong>de</strong> que gran<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>ias<br />
moram na simplicida<strong>de</strong>. Parabéns<br />
à marca pela iniciativa, que sirva <strong>de</strong><br />
exemplo para outras empresas produzirem<br />
<strong>de</strong> forma mais sustentável.<br />
Rosana D’angelo Souza<br />
São Paulo - SP<br />
Brahma<br />
“Muito boa a i<strong>de</strong>ia dos rótulos da<br />
Brahma, que contam a história <strong>de</strong><br />
eventos importantes, como a inauguração<br />
do Teatro Municipal <strong>de</strong> São<br />
Paulo. Parabéns à agência Africa”<br />
Guilherme Prado<br />
São Paulo - SP<br />
Waze<br />
Adorei a entrevista do PROPMARK<br />
com o diretor-geral <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong><br />
do Waze no Brasil, André Loureiro.<br />
O aplicativo veio para facilitar a vida<br />
dos motoristas e está <strong>de</strong> parabéns!<br />
André Luiz<br />
São Paulo - SP<br />
última Hora<br />
DESIGN<br />
Especialista em marketing<br />
cenográfico, a MChecon<br />
vai coor<strong>de</strong>nar o novo<br />
store planning <strong>de</strong> 26<br />
concessionárias da marca<br />
Jaguar em todo o país.<br />
O processo começou na<br />
unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alphaville, na<br />
Gran<strong>de</strong> São Paulo, e vai<br />
envolver as <strong>de</strong>mais nos<br />
próximos meses. O projeto<br />
tem a assinatura da The<br />
Market Store.<br />
CRESCIMENTO<br />
A agência Heads, do<br />
empresário Claudio<br />
Loureiro, contabilizou um<br />
crescimento, entre 2013 e<br />
2015, <strong>de</strong> 40%, com média<br />
anual <strong>de</strong> 18,31%, segundo<br />
pesquisa da Delloite que a<br />
listou entre as 100 maiores<br />
empresas <strong>de</strong> pequeno e<br />
médio portes do país.<br />
dorinHo<br />
TRÂNSITO<br />
Para celebrar a Semana<br />
Nacional do Trânsito, que<br />
se esten<strong>de</strong> até o próximo<br />
dia 25, a Castrol organiza<br />
nesta terça-feira (20) o<br />
fórum Trânsito: Problemas<br />
e Soluções, no Hotel Gol<strong>de</strong>n<br />
Tulip Paulista Plaza, em São<br />
Paulo.<br />
ABA MÍDIA<br />
Luiz Kroeff, que atuou<br />
nas agências Denison<br />
Bates, Ogilvy Brasil, 141<br />
SohoSquare, Possible e Grey<br />
e atualmente é consultor<br />
<strong>de</strong> negócios da Tomorro\\\<br />
para a América Latina, é<br />
um dos convidados do ABA<br />
Mídia, que será realizado<br />
no próximo dia 22, em São<br />
Paulo. Ele vai participar do<br />
painel Adblocling e adfrau<strong>de</strong>:<br />
prejuízo para as marcas e<br />
publishers.<br />
Post: “Enquanto procuram<br />
o novo o bom anda sumido”<br />
é tema no Festival do Clube<br />
“Perfeito, querido Rynaldo Labuto<br />
Gondim”<br />
Gustavo Bastos<br />
Post: Starbucks faz mudança<br />
no cardápio das lojas no Brasil<br />
“Tô tomando um churras latte enquanto<br />
leio isso”<br />
Clara Lopes<br />
Disqus (comentários no<br />
site <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> <strong>setembro</strong><br />
a 16 <strong>de</strong> <strong>setembro</strong>)<br />
“Godim é f...”<br />
Danilo Amorim<br />
Post: “Cai a rejeição à<br />
publicida<strong>de</strong> mobile no Brasil”<br />
“O leite das crianças agra<strong>de</strong>ce”<br />
Weuler Gomes<br />
“Amém”<br />
Wes Paranhos<br />
Post: Neymar se ‘lança’ como<br />
cantor para promoção <strong>de</strong> Snickers<br />
“Snickers queimou o filme!”<br />
Felippe H D <strong>de</strong> Castro<br />
Post: Segmentação <strong>de</strong><br />
público po<strong>de</strong> melhorar<br />
relacionamento com clientes<br />
“Ótimo conteúdo!”<br />
Luan Licidonio<br />
Post: Lew’Lara\TBWA <strong>de</strong>ixa<br />
a concorrência do Pão <strong>de</strong><br />
Açúcar<br />
“Quem ganhar, per<strong>de</strong>”<br />
Leão <strong>de</strong> Bronze<br />
8 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
merCaDo<br />
Cris Duclos recorre à Justiça contra<br />
a Vivo para recuperar sua reputação<br />
Executiva contratou o escritório Peixoto e Cury Advogados para<br />
reivindicar a reintegração <strong>de</strong> emprego e sindicância <strong>de</strong> dados<br />
Paulo Macedo<br />
Afastada da diretoria <strong>de</strong><br />
imagem e comunicação<br />
da marca Vivo há cerca <strong>de</strong> três<br />
meses, a executiva Cris Duclos<br />
ingressou com um processo<br />
contra a empresa no último dia<br />
13 na 33ª Vara <strong>de</strong> Trabalho, em<br />
São Paulo. O <strong>de</strong>sligamento da<br />
executiva foi acompanhado <strong>de</strong><br />
uma onda <strong>de</strong> especulações com<br />
acusações <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s irregulares<br />
em contratos da área <strong>de</strong><br />
marketing ligada à Vivo.<br />
Cris Duclos reivindica no<br />
pedido, com orientação do advogado<br />
Antonio Carlos Aguiar,<br />
do escritório Peixoto e Cury, a<br />
reintegração do seu emprego<br />
e abertura <strong>de</strong> uma sindicância<br />
para i<strong>de</strong>ntificar as prováveis<br />
irregularida<strong>de</strong>s na área <strong>de</strong> marketing<br />
do anunciante, que é<br />
atendido pela Africa, Y&R e<br />
DPZ&T. Ela alega que foi acusada<br />
publicamente, “mas sem<br />
nenhuma comprovação <strong>de</strong> <strong>de</strong>svios<br />
ou benefícios financeiros”.<br />
Ela <strong>de</strong>ixou a operadora <strong>de</strong><br />
serviços <strong>de</strong> telecomunicações<br />
no último dia 9 <strong>de</strong> junho, após<br />
oito anos na empresa, por iniciativa<br />
do empregador que,<br />
segundo ela, não externou nenhuma<br />
motivação relacionada<br />
a qualquer tipo <strong>de</strong> frau<strong>de</strong> na<br />
sua área, apenas uma reestruturação<br />
interna já prevista. A<br />
Telefônica, que controla a Vivo,<br />
assumiu na <strong>de</strong>missão os encargos<br />
do distrato com base na<br />
CLT (Consolidação das Leis do<br />
Trabalho). Ainda segundo Cris,<br />
a Vivo não fez objeção à opção<br />
<strong>de</strong> compra do automóvel que<br />
usava na empresa.<br />
Com sua imagem comprometida,<br />
Cris quer com a iniciativa<br />
judicial que a Telefônica<br />
abra os documentos internos<br />
que po<strong>de</strong>riam comprovar seu<br />
envolvimento com ativida<strong>de</strong>s<br />
ilícitas, que teriam sido <strong>de</strong>tectadas<br />
por uma auditoria na área<br />
solicitada pelo atual presi<strong>de</strong>nte<br />
da empresa, Amos Genish.<br />
Cris Duclos quer comprovar que não teve participação em <strong>de</strong>svios financeiros durante sua gestão no marketing da Vivo<br />
Questionada pela CVM (Comissão<br />
<strong>de</strong> Valores Mobiliários),<br />
diante do noticiário que <strong>de</strong>u<br />
conta <strong>de</strong>sse procedimento e<br />
apontava Cris Duclos como pivô<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>svios <strong>de</strong> até R$ 27 milhões<br />
e compra <strong>de</strong> imóveis como uma<br />
proprieda<strong>de</strong> na Fazenda Boa<br />
Vista, no interior <strong>de</strong> São Paulo,<br />
a empresa negou que tivesse<br />
feito sindicância para apurar as<br />
irregularida<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>ntificadas e<br />
apontadas no noticiário (blogs,<br />
rádios, TVs e sites apontaram<br />
Cris Duclos como pivô do<br />
problema). A profissional disse<br />
que alugou durante um ano um<br />
imóvel na área conhecida como<br />
vila da Fazenda Boa Vista período<br />
que sua mãe, já falecida,<br />
permaneceu durante tratamento<br />
médico.<br />
“O presi<strong>de</strong>nte da Telefônica<br />
tem casa no local e nos encontramos<br />
várias vezes no lá. Abri<br />
mão <strong>de</strong> viagens que fazíamos<br />
regularmente para manter a<br />
locação do imóvel. Depois,<br />
como temos muito amigos no<br />
condomínio, continuamos frequentando.<br />
Troquei muitos<br />
emails com toda a diretoria da<br />
empresa. Algumas vezes obtive<br />
resposta, mas na maioria das<br />
vezes não. Fui acusada <strong>de</strong> algo<br />
que não tem nenhum fato concreto.<br />
Por isso, <strong>de</strong>cidi ingressar<br />
na Justiça porque, se há algo<br />
contra mim, a empresa tem <strong>de</strong><br />
comprovar e, se não, também.<br />
Preciso trabalhar e é o que quero<br />
<strong>de</strong> volta à minha vida. Minha<br />
intenção não é uma in<strong>de</strong>nização,<br />
apenas comprovar que não<br />
tenho nada a ver com essa história”,<br />
disse Cris.<br />
“Temos uma carreira sólida<br />
no mercado e condições <strong>de</strong><br />
ter o patrimônio que construímos.<br />
Compramos um terreno<br />
em uma área secundária <strong>de</strong>sse<br />
condomínio. O valor divulgado<br />
não é o que pagamos. No início<br />
nem <strong>de</strong>i conta da gravida<strong>de</strong> do<br />
Alê Oliveira<br />
assunto, estava <strong>de</strong> férias. Quando<br />
retornamos é que vimos a<br />
dimensão do problema”, prosseguiu<br />
Ricardo Chester, marido<br />
<strong>de</strong> Cris.<br />
A reação passiva da Telefônica<br />
<strong>de</strong> não retrucar às informações<br />
veiculadas nos canais <strong>de</strong><br />
mídia teve impacto sintomático<br />
na carreira <strong>de</strong> Cris Duclos.<br />
A executiva relatou, no último<br />
dia 14, que reivindicava uma<br />
promoção para a posição <strong>de</strong><br />
vice-presi<strong>de</strong>nte com Christian<br />
Gebara, CRO (Chief Revenue<br />
Officer) e seu superior na empresa.<br />
No último mês <strong>de</strong> maio<br />
recebeu a notícia, nas suas palavras,<br />
<strong>de</strong> que o empregador<br />
tinha outros planos para a área<br />
mercadológica e ela não fazia<br />
mais parte do projeto.<br />
Representante brasileira no<br />
júri da competição Creative<br />
Effectiveness Lions do Festival<br />
Internacional <strong>de</strong> Criativida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>2016</strong>, em Cannes, Cris tentou<br />
10 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
negociar sua saída para uma data posterior<br />
à sua participação no evento, para o qual<br />
foi indicada e atuou como representante da<br />
Vivo, pedido que lhe foi negado.<br />
Após o seu <strong>de</strong>sligamento, Cris passou a<br />
viver um inferno astral que comprometeu<br />
a negociação que estava mantendo com um<br />
novo empregador. O headhunter lhe informou<br />
que, diante do cenário, não teria como<br />
prosseguir com a negociação. Cris não revela<br />
o nome da empresa, mas afirma que tem<br />
a confiança <strong>de</strong> retomar a conversa após o<br />
<strong>de</strong>sfecho do caso. Segundo fontes, uma das<br />
empresas que Cris estava negociando era o<br />
Google.<br />
O imbróglio também envolveu o seu marido,<br />
que é um profissional <strong>de</strong> criação da<br />
publicida<strong>de</strong> brasileira. No auge do noticiário<br />
especulativo, ele estava na equipe <strong>de</strong><br />
criação da AlmapBBDO, após passagem pela<br />
Africa. Chester estava <strong>de</strong> férias quando foi<br />
informado por um colega <strong>de</strong> agência sobre<br />
os boatos. Ele foi citado pelas fontes dos jornalistas<br />
como sendo o agente que emitia as<br />
notas fiscais das comissões ilícitas.<br />
Chester nega e exibiu ao PROPMARK as<br />
notas fiscais emitidas contra as agências<br />
para as quais trabalhou e trabalha, além dos<br />
recibos <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitos referentes aos seus<br />
pró-labores. Chester também fez questão<br />
<strong>de</strong> apresentar o contrato <strong>de</strong> compra do terreno<br />
<strong>de</strong> três mil metros quadrados na Fazenda<br />
Boa Vista, que custou R$ 1,6 milhão.<br />
O marido <strong>de</strong> Cris solicitou uma licença da<br />
AlmapBBDO, mas retornou ao trabalho no<br />
último dia 10, segundo sua expressão, mas<br />
a agência afirma que ele continua afastado<br />
das suas funções.<br />
“Vou reaver o cargo para que a empresa<br />
explique com todas as linhas se a auditoria<br />
existiu ou não. Tornarei transparente também<br />
os contratos com as agências <strong>de</strong> propaganda.<br />
Tenho certeza que as agências não<br />
têm nada a escon<strong>de</strong>r. Só assim terei <strong>de</strong> volta<br />
minha reputação e a do meu marido, vítima<br />
também <strong>de</strong>ssa situação”, disse Cris no comunicado<br />
à imprensa elaborado pela Giusti<br />
Comunicação, do empresário Edson Giusti,<br />
que está coor<strong>de</strong>nando a gestão da crise.<br />
O advogado Antonio Carlos Aguiar, com<br />
base no Artigo 5º da Constituição Fe<strong>de</strong>ral,<br />
no Inciso XIV, também explicou no comunicado<br />
que “todo e qualquer tipo <strong>de</strong> ataque<br />
ao patrimônio jurídico do cidadão somente<br />
po<strong>de</strong> ser levado a efeito após lhe ser fraqueado<br />
o direito <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa. O que ela preten<strong>de</strong><br />
é justamente exercer esse direito, reconhecido<br />
como direito laboral inespecífico”. Cris<br />
Duclos e Ricardo Chester também contrataram<br />
a auditoria financeira Grant Thornton<br />
para uma análise dos seus ganhos nos últimos<br />
cinco anos.<br />
“Abrimos todo o nosso sigilo bancário e<br />
fiscal. Abrimos nossa vida. Tudo o que conquistamos<br />
foi através <strong>de</strong> nosso trabalho.<br />
Falamos isso <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o o primeiro momento.<br />
Vários amigos nos disseram: abram tudo.<br />
Mostrem. Para isso, então, contratamos<br />
uma das melhores auditorias do mercado<br />
para fazer um levantamento minucioso <strong>de</strong><br />
todo o nosso patrimônio. Não temos nada a<br />
escon<strong>de</strong>r”, <strong>de</strong>clararam Cris e Chester através<br />
do comunicado oficial.<br />
Consultada, a assessoria <strong>de</strong> imprensa do<br />
Grupo Telefônica disse que ainda não fora notificada<br />
pelo Ministério Público sobre a questão<br />
e, portanto, não po<strong>de</strong>ria se manifestar.<br />
jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 11
merCado<br />
Pesquisa mostra que aumentou a<br />
receptivida<strong>de</strong> à publicida<strong>de</strong> mobile<br />
Estudo da Millward Brown e NetQuest para MMA aponta que, em 2015,<br />
41% das pessoas não clicavam em anúncios, sendo que agora são 32%<br />
KELLY DORES<br />
Recentemente, o IBGE (Instituto<br />
Brasileiro <strong>de</strong> Geografia<br />
e Estatística) mostrou que<br />
80% das casas no país acessam<br />
a internet pelo celular, que ultrapassou<br />
pela primeira vez o<br />
<strong>de</strong>sktop. Se o aparelho hoje é<br />
indispensável para os brasileiros<br />
– estamos perto <strong>de</strong> chegar ao<br />
mesmo número <strong>de</strong> smartphones<br />
e habitantes, a proporção atual<br />
é <strong>de</strong> 168 milhões X 206 milhões<br />
–, agora só falta <strong>de</strong>colar a propaganda<br />
nos dispositivos móveis.<br />
A boa notícia é que caiu a rejeição<br />
à publicida<strong>de</strong> mobile.<br />
A Millward Brown do Brasil e<br />
a NetQuest realizaram a pesquisa<br />
MMA Mobile Report Brasil <strong>2016</strong>:<br />
números do mercado mobile, que<br />
aponta que, se no ano passado<br />
41% das pessoas diziam que não<br />
clicavam em nenhuma propaganda,<br />
em <strong>2016</strong> este número caiu<br />
para 32%.<br />
Elas também afirmaram que<br />
dão mais atenção à publicida<strong>de</strong><br />
na internet. “As pessoas passaram<br />
a ver muito mais publicida<strong>de</strong><br />
no meio online em relação ao ano<br />
passado. Isso praticamente dobra<br />
em todos os segmentos e plataformas.<br />
A publicida<strong>de</strong> online<br />
começa a se transformar em uma<br />
forma <strong>de</strong> propaganda em que as<br />
pessoas vão se tornando mais<br />
receptivas. O Brasil e a Colômbia<br />
são mais receptivos à publicida<strong>de</strong><br />
quando comparamos com a<br />
Argentina”, <strong>de</strong>stacou Mauro Fusco,<br />
Innovation and Planning Director<br />
da Millward Brown Brasil.<br />
O estudo foi realizado com<br />
1.200 homens e mulheres, <strong>de</strong> 14<br />
a 55 anos, que possuem um aparelho<br />
celular ou tablet com acesso<br />
à internet para a MMA (Mobile<br />
Marketing Association). A apresentação<br />
da pesquisa foi feita no<br />
MMA Mobile AdTech Brasil, que<br />
foi realizado na semana passada,<br />
em São Paulo, com realização da<br />
MMA Latam, que tem Fabiano<br />
Destri Lobo como managing director.<br />
Outro dado <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque é que<br />
os tablets estão per<strong>de</strong>ndo cada<br />
vez mais espaço para os smartphones<br />
<strong>de</strong> telas gran<strong>de</strong>s. Hoje<br />
66% preferem usar celulares,<br />
contra 34% em 2015. Apesar <strong>de</strong><br />
o brasileiro estar mais crítico em<br />
relação ao serviço das operadoras,<br />
também aumentou o número<br />
<strong>de</strong> pessoas que possuem um plano<br />
<strong>de</strong> dados: <strong>de</strong> 60% para 67%.<br />
A pesquisa avaliou o comportamento<br />
digital <strong>de</strong> todas as gerações<br />
e, como era <strong>de</strong> se esperar,<br />
os millennials são os que têm<br />
uma relação muito mais assídua<br />
com os celulares, presentes em<br />
todos os momentos <strong>de</strong> ócio <strong>de</strong>les.<br />
Enquanto o brasileiro passa,<br />
em média, 3 horas e 14 minutos<br />
navegando no celular todos os<br />
dias, os millennials ficam 4 horas<br />
por dia conectados à internet<br />
por meio <strong>de</strong> um dispositivo móvel.<br />
No entanto, o executivo da<br />
Millward Brown Brazil <strong>de</strong>stacou<br />
que o acesso à internet é indispensável<br />
entre todas as gerações.<br />
“Navegar na web é uma ativida<strong>de</strong><br />
realizada todos os dias pelos brasileiros”,<br />
disse ele.<br />
Um dado importante é que<br />
usar aplicativos é cada vez mais<br />
comum entre as pessoas. Atualmente,<br />
os brasileiros usam, em<br />
média, oito aplicativos por semana,<br />
contra seis em 2015. Já 83%<br />
respon<strong>de</strong>ram que fazem download<br />
<strong>de</strong> novos apps e 34% possuem<br />
até <strong>de</strong>z apps em seus aparelhos.<br />
Também cresceu todo e qualquer<br />
tipo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> feita pelo<br />
celular: acessar e-mails (85%);<br />
navegar na internet (87%); buscar<br />
notícias, empregos e viagens<br />
(71%) e fazer chamadas (89%).<br />
“A interativida<strong>de</strong> é a gran<strong>de</strong> alavanca<br />
para os meios <strong>de</strong> comunicação.<br />
Quanto mais interativo,<br />
mais indispensável esse meio se<br />
torna”, falou Fusco.<br />
Celular e sexo<br />
“Na cama você prefere celular<br />
toda noite, sexo às vezes<br />
ou sexo toda noite, celular às<br />
vezes”? A pergunta foi feita<br />
pelo publicitário Mentor Muniz<br />
Neto, senior partner e CCO<br />
do Bullet Group, aos seus cerca<br />
<strong>de</strong> 200 mil seguidores nas re<strong>de</strong>s<br />
sociais para reforçar sua tese<br />
<strong>de</strong> que o celular virou uma extensão<br />
da vida das pessoas. E,<br />
surpreen<strong>de</strong>ntemente, a maioria<br />
respon<strong>de</strong>u que prefere celular<br />
toda noite, sexo às vezes.<br />
Neto explicou que colocou<br />
uma interrogação na apresentação<br />
<strong>de</strong> sua palestra Disrupted<br />
(?) by mobile, porque acha que<br />
disrupção não é mais a palavra<br />
certa para <strong>de</strong>screver o momento.<br />
Assim como fazem vários espe-<br />
Divulgação<br />
Mauro Fusco, da Millward<br />
Brown Brasil: “os brasileiros<br />
passaram a ver muito mais<br />
publicida<strong>de</strong> no meio online”<br />
cialistas, o publicitário analisou<br />
o comportamento <strong>de</strong> suas filhas<br />
adolescentes para enten<strong>de</strong>r que<br />
“não é mais uma disrupção, é<br />
uma integração”.<br />
Ele contou que <strong>de</strong>ntro da própria<br />
casa uma <strong>de</strong> suas filhas mandou<br />
um WhatsApp para pedir<br />
água. “Quando aconteceu isso,<br />
parei para pensar: alguma coisa<br />
está ocorrendo para ela se comunicar<br />
comigo pelo WhatsApp<br />
<strong>de</strong>ntro da mesma casa”, questionou<br />
Neto.<br />
O publicitário, que escreve<br />
crônicas na internet e é autor <strong>de</strong><br />
dois livros, acredita que o mercado<br />
vive um segundo ciclo com os<br />
dispositivos móveis. “Começamos<br />
com o ciclo da disrupção e<br />
hoje claramente estamos vivendo<br />
uma outra situação, em que o<br />
celular é complementar”, falou.<br />
Entre os palestrantes do MMA<br />
Mobile AdTech Brasil, também<br />
estavam Chico Baldini, CRO da<br />
W3haus, que falou sobre o papel<br />
da geolocalização no sucesso da<br />
premiada campanha Espelhos do<br />
Racismo; Flavia Rosário, head of<br />
marketing do Waze Brazil; e Julien<br />
Houdayer, VP Sales Latam da<br />
S4M, que abordou como o marketing<br />
programático po<strong>de</strong> melhorar<br />
a experiência publicitária<br />
mobile.<br />
12 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
Pense num<br />
banco que<br />
sempre teve<br />
cara <strong>de</strong> app_
mercado<br />
em maior aquisição do ano, Bayer<br />
compra a monsanto por us$ 66 bi<br />
Com a negociação bilionária que levou meses, empresa vai dominar mais<br />
<strong>de</strong> um quarto do mercado mundial combinado para sementes e pesticidas<br />
Bayer comprou a produtora americana<br />
<strong>de</strong> sementes Monsanto, por<br />
A<br />
US$ 66 bilhões. Depois <strong>de</strong> três ofertas,<br />
a companhia aceitou a negociação,<br />
que se <strong>de</strong>senrolava há alguns meses.<br />
O negócio, <strong>de</strong> US$ 128 por ação, é a<br />
maior aquisição do ano e a maior oferta<br />
em dinheiro registrada. Com esse<br />
negócio, a empresa vai dominar mais<br />
<strong>de</strong> um quarto do mercado mundial<br />
combinado para sementes e pesticidas.<br />
Combinando as vendas <strong>de</strong> Bayer e<br />
Monsanto para o setor agrícola, foram<br />
23 bilhões <strong>de</strong> euros em 2015. Segundo<br />
a Bayer, a sinergia proporcionada pela<br />
fusão das duas companhias <strong>de</strong>ve<br />
somar, aproximadamente, a partir do<br />
terceiro ano após o acordo realizado,<br />
US$ 1,5 bilhão.<br />
“Temos o prazer <strong>de</strong> anunciar a combinação<br />
<strong>de</strong> nossas duas gran<strong>de</strong>s organizações.<br />
Isso representa um enorme<br />
Divulgação<br />
Werner Baumann, CEO da Bayer, e Hugh Grant, chairman da Monsanto<br />
passo para nosso negócio Crop Science<br />
e reforça a posição <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança global<br />
da Bayer como empresa <strong>de</strong> Ciências da<br />
Vida, impulsionada pela inovação, que<br />
ocupa posições <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança em seus<br />
principais segmentos, entregando valor<br />
substancial aos seus acionistas, aos<br />
clientes, aos funcionários e à socieda<strong>de</strong><br />
em geral”, disse Werner Baumann,<br />
CEO da Bayer AG.<br />
“O anúncio <strong>de</strong> hoje é prova <strong>de</strong> tudo<br />
que conseguimos realizar e do valor<br />
que criamos para os nossos stakehol<strong>de</strong>rs<br />
na Monsanto. Acreditamos que<br />
a fusão com a Bayer traz muito valor<br />
aos nossos acionistas, principalmente<br />
por conta da contraprestação à vista”,<br />
disse Hugh Grant, presi<strong>de</strong>nte e CEO da<br />
Monsanto.<br />
A aquisição da companhia está sujeita<br />
à aprovação <strong>de</strong> órgãos reguladores,<br />
mas <strong>de</strong>ve ser concluída até 2017.<br />
curtas<br />
Fotos: Divulgação<br />
Até o início <strong>de</strong> outubro, o Shopping Villa Lobos, em São Paulo,<br />
é palco da ação Doe Vivo, criação da agência <strong>de</strong> shopper marketing<br />
Arc do grupo Leo Burnett para a ONG Atados e com participação<br />
das coirmãs Flor Gentil, Abraço Cultural, Pimp My Carroça + Giral<br />
e Um Litro <strong>de</strong> Luz, com o propósito <strong>de</strong> incentivar o trabalho voluntário.<br />
Ação busca envolvimento do público numa simbólica doação<br />
<strong>de</strong> órgãos em vida, representada através <strong>de</strong> oficinas, cada qual<br />
relacionada ao órgão a ser doado. Já foram realizadas as oficinas<br />
Doe suas mãos e Doe seu coração. De 22 a 25 <strong>de</strong> <strong>setembro</strong>, ocorre a<br />
oficina Doe seus ouvidos, organizada pela ONG Pimp My Carroça +<br />
Giral. A última oficina será Doe seus olhos, que ocorre entre os dias<br />
29 <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> e 2 <strong>de</strong> outubro, em que o público po<strong>de</strong> construir<br />
um circuito <strong>de</strong> lâmpadas em garrafas PET com o auxílio da ONG<br />
Um Litro <strong>de</strong> Luz. Todas as oficinas têm duração <strong>de</strong> até 1h, capacida<strong>de</strong><br />
para 20 vagas em cada horário e sempre ocorrem nas quintas<br />
às 15h, sextas às <strong>19</strong>h, sábados às 15h e <strong>19</strong>h e aos domingos, às 15h.<br />
A cerveja Antarctica vai promover a segunda edição do Batuque<br />
da Boa, nos dias 8 e 9 <strong>de</strong> outubro, com criação e produção<br />
da agência BFerraz. Neste ano, serão <strong>de</strong>z rodas <strong>de</strong> samba, duas<br />
quadras, 40 bares, bate-papo com os bambas do samba e ativida<strong>de</strong>s<br />
gastronômicas na Feira das Yabás e a tradicional Feijoada da<br />
Mangueira, em um circuito cultural aberto ao público e gratuito.<br />
O projeto prevê exposição <strong>de</strong> capas <strong>de</strong> discos <strong>de</strong> samba assinadas<br />
pelo artista plástico Elifas Andreato. Estão confirmados nomes<br />
como Xan<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pilares, Mariene <strong>de</strong> Castro, Leandro Sapucahy,<br />
João Bosco, Nei Lopes e Pretinho da Serrinha. “Nos inspiramos<br />
na autenticida<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro e no compasso que traduz tão<br />
bem o seu ritmo e as suas histórias. É o nosso presente aos 100<br />
anos <strong>de</strong> samba, por isso nos <strong>de</strong>dicamos em organizar dois dias <strong>de</strong><br />
festa para que todos sintam o coração batucar durante 48 horas”,<br />
explicou a executiva Maria Fernanda <strong>de</strong> Albuquerque, diretora<br />
<strong>de</strong> marketing <strong>de</strong> Antarctica.<br />
14 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
merCaDo<br />
Festival do Clube <strong>de</strong> Criação<br />
“tira leite <strong>de</strong> pedra” em ano <strong>de</strong> crise<br />
Expressão popular foi tema da edição <strong>2016</strong> do evento que reuniu,<br />
em São Paulo, gran<strong>de</strong>s nomes da criativida<strong>de</strong> do Brasil e do mundo<br />
BárBara BarBosa<br />
expressão “tirar leite <strong>de</strong><br />
A pedra” foi adotada como<br />
tema para o Festival do Clube<br />
<strong>de</strong> Criação <strong>2016</strong>, realizado na<br />
Cinemateca Brasileira, em São<br />
Paulo, nos últimos dias 10, 11<br />
e 12. O VP do Clube, Fernando<br />
Nobre, diretor da Berry Company,<br />
fez a abertura do evento<br />
e justificou o conceito ao falar<br />
da curadoria, que teve um “trabalho<br />
incansável” e conseguiu<br />
“tirar leite <strong>de</strong> pedra”.<br />
Para Nobre, a curadoria do<br />
festival, <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> da<br />
jornalista Laís Padro, conseguiu<br />
resgatar o propósito do Clube<br />
<strong>de</strong> Criação ao abranger temas<br />
pertinentes à comunicação. “O<br />
lineup do festival, por exemplo,<br />
traz não só criativos ou profissionais<br />
<strong>de</strong> negócios <strong>de</strong> agência.<br />
Buscamos diversida<strong>de</strong>, tem<br />
arquiteto, <strong>de</strong>signer, artistas,<br />
gente <strong>de</strong> todo espectro da criativida<strong>de</strong>”.<br />
Durante a abertura,<br />
Nobre leu uma mensagem <strong>de</strong><br />
Fernando Campos, presi<strong>de</strong>nte<br />
do Clube, que não pô<strong>de</strong> participar<br />
do encontro por motivos<br />
particulares. “Poucas coisas me<br />
tirariam o prazer e o orgulho <strong>de</strong><br />
estar aí, abrindo mais uma vez<br />
nosso festival. Uma emergência<br />
médica na família sem dúvida é<br />
uma <strong>de</strong>las. Fico triste por não<br />
estar presente, mas feliz <strong>de</strong> me<br />
sentir seguro quanto ao sucesso<br />
crescente <strong>de</strong>sse evento”, dizia o<br />
texto <strong>de</strong> Campos.<br />
DiversiDaDe<br />
A diversida<strong>de</strong> mencionada<br />
por Nobre na abertura foi tema<br />
do painel Inclusão <strong>de</strong> gênero e<br />
diversida<strong>de</strong> na propaganda - assunto<br />
que vem ganhando cada<br />
vez mais a atenção do mercado,<br />
embora ainda <strong>de</strong>safiador. André<br />
Fischer, fundador do Mix<br />
Brasil, festival <strong>de</strong> cultura e <strong>de</strong><br />
diversida<strong>de</strong>, foi o mediador do<br />
Fernando Nobre, VP do Clube <strong>de</strong> Criação, ressaltou curadoria durante a abertura<br />
“ComuniCação é<br />
uma Coisa muito<br />
simples: uma<br />
pessoa falando<br />
Com outra. e<br />
a gente tenta<br />
CompliCar muito”<br />
encontro que reuniu Marcos<br />
Me<strong>de</strong>iros, CCO da CP+B; Assucena,<br />
vocalista da banda As<br />
Bahias e a Cozinha Mineira; André<br />
Lopes, diretor <strong>de</strong> Marca da<br />
Ben&Jerry’s; Denise Gallo, diretora<br />
<strong>de</strong> criação da DPZ&T; e Isabel<br />
Clavelin, da Onu Mulheres.<br />
Sob o tema empo<strong>de</strong>ramento<br />
em alta, muitos anunciantes<br />
passaram a adotar discursos a<br />
favor da diversida<strong>de</strong> e inclusão<br />
na propaganda. O que se observa,<br />
entretanto, é o propósito<br />
das marcas. O ponto central <strong>de</strong><br />
Alê Oliveira<br />
<strong>de</strong>bate, portanto, foi se as ações<br />
pautadas na igualda<strong>de</strong> fazem<br />
parte da cultura da empresa ou<br />
apenas pegam carona no momento.<br />
André Lopes usou como<br />
exemplo um episódio ocorrido<br />
logo na chegada da Ben&Jerry’s<br />
ao Brasil. A empresa, que sempre<br />
apoiou o casamento entre<br />
duas pessoas do mesmo sexo,<br />
inclusive com uma política interna<br />
sobre o tema para aten<strong>de</strong>r<br />
aos funcionários que optam<br />
pela união, foi procurada por<br />
um cliente brasileiro que queria<br />
se casar com o namorado em<br />
uma sorveteria da marca. “Nosso<br />
questionamento nunca foi<br />
‘será?’, mas sim ‘como e on<strong>de</strong><br />
vamos fazer?’. Isso é da marca.<br />
E apoiamos também outras<br />
causas, é algo muito verda<strong>de</strong>iro”,<br />
comentou Lopes.<br />
olhar<br />
Do lado das agências, Marcos<br />
Me<strong>de</strong>iros <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> um olhar<br />
mais atento para a socieda<strong>de</strong>.<br />
“É preciso olhar o que está<br />
ocorrendo e ser o mais fiel possível<br />
a isso. No fim do dia, é isso<br />
que vai gerar conversas e fazer<br />
com que as pessoas se i<strong>de</strong>ntifiquem<br />
com as marcas”.<br />
O executivo da CP+B também<br />
ressaltou a importância<br />
do propósito. “O casamento<br />
em Ben&Jerry’s é um exemplo<br />
maravilhoso <strong>de</strong> marca que sabe<br />
por que existe. Não foi algo comercial,<br />
foi o ‘porque eu existo’”,<br />
<strong>de</strong>stacou. Ainda no último<br />
dia 12, o festival teve a participação<br />
<strong>de</strong> Rynaldo Gondim,<br />
diretor <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> Grupo da<br />
AlmapBBDO, que falou sobre<br />
a equação criativida<strong>de</strong> versus<br />
tecnologia na palestra Enquanto<br />
procuram o novo, o bom anda<br />
sumido. “Comunicação é uma<br />
coisa muito simples: uma pessoa<br />
falando com outra. E a gente<br />
tenta complicar muito. Acho<br />
que existem razões para essa<br />
crise <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> que a gente<br />
está passando”, disse.<br />
Para Gondim, a “crise” da<br />
área <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong> tem raiz na<br />
intenção da comunicação. “Em<br />
algum momento, as agências<br />
começaram a se preocupar mais<br />
com o que os clientes queriam<br />
ouvir do que o que elas tinham<br />
mesmo que falar”, pontuou, ao<br />
mesmo tempo em que criticou<br />
a forma como a tecnologia vem<br />
sendo usada para comunicar.<br />
“Se a tecnologia ajuda, muitas<br />
vezes também atrapalha. Está<br />
na hora <strong>de</strong> o anunciante falar<br />
o que ele quer dizer e não o<br />
que o cliente quer ouvir. Ao falar<br />
na internet, tem gente que<br />
vai amar e tem gente que vai<br />
odiar”, acrescentou.<br />
O executivo <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u ainda<br />
a importância da mensagem,<br />
não tanto dos recursos tecnológicos.<br />
Para ele, é preciso ter<br />
cuidado com os conflitos na comunicação.<br />
16 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
Empresa retranqueira<br />
Dica <strong>de</strong> futebol para<br />
as empresas:<br />
Quer vencer<br />
ou vai escalar<br />
10 zagueiros?<br />
A comparação po<strong>de</strong> ser simplória, mas a crise é como<br />
um jogo <strong>de</strong> futebol. Um jogo que ficou muito mais<br />
duro do que você esperava. O gol adversário<br />
parece menor que o seu, o outro time parece<br />
ter mais jogadores. E, para piorar, você está<br />
per<strong>de</strong>ndo. Mas lembre-se: você é o técnico.<br />
E já venceu várias outras partidas. E tem mais:<br />
continua sendo uma partida <strong>de</strong> futebol.<br />
O que você vai fazer? Vai tirar todos os atacantes<br />
e montar o time com 10 zagueiros, todo mundo<br />
lá atrás, esperando? Se fizer isso, a certeza que<br />
resta é uma só: você vai per<strong>de</strong>r.<br />
Se você quer aumentar a sua chance <strong>de</strong> vencer, continue<br />
jogando. Mu<strong>de</strong> a tática da sua empresa, repense os<br />
jogadores – mas nunca pare <strong>de</strong> jogar.<br />
A história comprova que anunciar em tempos difíceis<br />
reforça sua posição <strong>de</strong> negócio e ajuda a per<strong>de</strong>r menos<br />
vendas – até porque seus concorrentes po<strong>de</strong>m estar<br />
parados e há menos disputa pela atenção do consumidor.<br />
Ou seja, há ainda mais espaço para seu investimento trazer<br />
maior retorno.<br />
Em todas as recessões que o Brasil enfrentou, sempre<br />
houve empresas que ganharam mercado e vendas.<br />
Empresa<br />
que vai<br />
para cima.<br />
Nenhuma <strong>de</strong>las fez isso ficando lá atrás.<br />
Veja os cases <strong>de</strong> quem não temeu a crise em:<br />
Anuncie.<br />
E <strong>de</strong>ixe a crise para os outros.<br />
uma iniciativa<br />
www.facebook.com/abapnacional
Mercado<br />
Mulheres tentam <strong>de</strong>scobrir por que<br />
ainda são tão poucas na criação<br />
Debate no festival realizado em SP discute diferenças entre gêneros<br />
no ambiente <strong>de</strong> trabalho, que começam já na formação profissional<br />
Fotos: Eugenio Goulart/Divulgação<br />
Andreia Barion, diretora <strong>de</strong> criação da WMcCann: “o que o homem tem mais que nós, mulheres, é músculo”<br />
Vinícius noVaes<br />
rie suas filhas para que<br />
“Celas possam fazer as<br />
mesmas coisas que os homens”.<br />
A frase é <strong>de</strong> autoria <strong>de</strong><br />
Andreia Barion, diretora <strong>de</strong><br />
criação da WMcCann, uma das<br />
participantes do painel Por que<br />
somos tão poucas na criação das<br />
agências?. A criativa ainda completou<br />
sua frase, brincando: “o<br />
que o homem tem mais que<br />
nós, mulheres, é músculo”.<br />
Mediado por Joanna Monteiro,<br />
CCO da FCB Brasil, o <strong>de</strong>bate<br />
foi ainda além e discutiu as<br />
diferenças <strong>de</strong> gênero no ambiente<br />
<strong>de</strong> trabalho e na própria<br />
“A históriA do<br />
BrAsil é pródigA<br />
quAndo o<br />
Assunto é crise.<br />
nós somos Bons<br />
em sAir dA crise”<br />
formação profissional. Juliana<br />
Constantino, creative strategist<br />
do Instagram, falou sobre<br />
as diferenças que existem, por<br />
exemplo, nas universida<strong>de</strong>s.<br />
“O mo<strong>de</strong>lo das faculda<strong>de</strong>s,<br />
das universida<strong>de</strong>s, ainda é masculino,<br />
e tudo começa lá”, disse.<br />
“A maioria dos professores,<br />
por exemplo, é homem”.<br />
Gabriella Marcatto, assistente<br />
<strong>de</strong> arte na J. Walter Thompson,<br />
endossou o discurso. Ela,<br />
que <strong>de</strong>ixou recentemente a<br />
faculda<strong>de</strong>, disse que precisou<br />
buscar referências femininas<br />
no mercado. “No fundo, o que<br />
existe, na minha opinião, é<br />
uma briga interna da mulher,<br />
<strong>de</strong> você buscar um crescimento<br />
sabendo das adversida<strong>de</strong>s que<br />
temos pelo caminho”, afirmou.<br />
Já Laura Esteves, diretora<br />
<strong>de</strong> criação da Y&R, levantou a<br />
questão da diferença nas tarefas<br />
domésticas, como a criação<br />
dos filhos. “Eu preciso me<br />
policiar para sair do trabalho a<br />
tempo <strong>de</strong> chegar em casa e ver<br />
minha filha ainda acordada”.<br />
Andreia Barion, por sua vez,<br />
contou que ficou nove anos<br />
longe do mercado. “E um dos<br />
motivos para isso foi que eu<br />
queria educar minhas filhas <strong>de</strong><br />
perto”, revelou. Ela ainda citou<br />
como exemplo as leis da Suécia,<br />
cujo país dá ao homem o mes-<br />
18 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
Juliana Constantino: diferenças entre gêneros começam na universida<strong>de</strong><br />
Gabriella Marcatto: “crescimento, apesar das adversida<strong>de</strong>s”<br />
André Kassu: o brasileiro sabe driblar a crise<br />
Ricardo John: “temos <strong>de</strong> nos acostumar com outro ritmo”<br />
mo tempo <strong>de</strong> licença paternida<strong>de</strong><br />
que tem a mulher.<br />
Juliana Constantino acredita<br />
que essa é uma das saídas para<br />
a situação: “A licença obrigatória<br />
seria uma forma para garantir<br />
a igualda<strong>de</strong> dos gêneros”.<br />
crISe<br />
Em um outro painel, a crise<br />
foi uma das palavras mais<br />
pronunciadas. Também pu<strong>de</strong>ra,<br />
afinal, o nome do painel foi<br />
<strong>2016</strong>. Tranquilo ou <strong>de</strong>sfavorável?.<br />
André Kassu, sócio e diretor<br />
<strong>de</strong> criação da CP+B, afirmou<br />
que o brasileiro sabe driblar<br />
a crise. “A história do Brasil é<br />
pródiga quando o assunto é crise,<br />
nós somos bons em sair da<br />
crise. Muitas agências não fecharam<br />
na época do (Fernando)<br />
Collor”, lembrou.<br />
Já Ricardo John, CCO da J.<br />
Walter Thompson, disse que a<br />
crise trouxe outras lições. “Nos<br />
últimos nove anos não houve<br />
crise no Brasil, muito pelo<br />
contrário, foram anos muitos<br />
bons”, disse. “Hoje, nós temos<br />
<strong>de</strong> nos acostumar com outra<br />
velocida<strong>de</strong>, outro ritmo”.<br />
Outro participante do painel,<br />
Theo Rocha, diretor <strong>de</strong> criação<br />
da F/Nazca Saatchi & Saatchi,<br />
complementou a fala <strong>de</strong> John<br />
e comentou sobre outras lições<br />
que a crise po<strong>de</strong> trazer. “Eu<br />
aproveito a crise para apren<strong>de</strong>r<br />
coisas e para explorar outras.<br />
Eu acho legal você transformar<br />
o post do Instagram na coisa<br />
mais importante do seu dia”,<br />
<strong>de</strong>stacou. Ele ainda foi além,<br />
dizendo que “não gosta da i<strong>de</strong>ia<br />
<strong>de</strong> que é preciso fazer um filme<br />
<strong>de</strong> 30 segundos para ser alguém<br />
<strong>de</strong>ntro uma agência”. “E a crise<br />
veio para mudar isso”, garantiu<br />
Rocha.<br />
De acordo com João Livi,<br />
CEO da Talent Marcel, a crise<br />
trouxe outros movimentos.<br />
“Temos mudanças <strong>de</strong> contextos<br />
e culturais muito maiores<br />
que mudanças <strong>de</strong> mercado”,<br />
disse, acrescentando: “As pessoas<br />
não querem mais trabalhar<br />
até <strong>de</strong> noite numa agência. Por<br />
outro lado, tem outra geração<br />
que está pensando em coisas<br />
que serão benéficas para gente<br />
no futuro. Os jovens é que sabem<br />
trabalhar hoje, mas eles<br />
precisam da gente”.<br />
Já Luciana Haguiara, diretora<br />
<strong>de</strong> criação da AlmapBB-<br />
DO, <strong>de</strong>clarou que a principal<br />
mudança <strong>de</strong>ste período é o<br />
jeito <strong>de</strong> trabalhar. “Hoje as<br />
i<strong>de</strong>ias têm <strong>de</strong> ser melhores<br />
construídas, elas precisam ser<br />
simples e brilhantes”, disse.<br />
“Você precisa <strong>de</strong> uma orquestra<br />
para colocar a i<strong>de</strong>ia em<br />
pé”, complementou.<br />
jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> <strong>19</strong>
mercado<br />
Geração <strong>de</strong> diretores enfrenta<br />
<strong>de</strong>safios com novo cenário<br />
Criativos da Neogama, Publicis, AlmapBBDO, FCB Brasil, Africa<br />
e DM9DDB participaram <strong>de</strong> painel no Festival do Clube <strong>de</strong> Criação<br />
Mariana Zirondi<br />
nova geração <strong>de</strong> diretores<br />
A <strong>de</strong> criação está assumindo<br />
suas funções em um cenário<br />
completamente diferente do<br />
que há cinco anos. A discussão<br />
sobre os <strong>de</strong>safios enfrentados<br />
por esses profissionais foi tema<br />
do painel Sob nova direção <strong>de</strong><br />
criação, durante o Festival do<br />
Clube <strong>de</strong> Criação <strong>2016</strong>.<br />
Participaram das discussões<br />
Fabio Mozeli, diretor <strong>de</strong> criação<br />
da Neogama; Juliana Patera,<br />
diretora <strong>de</strong> criação associada<br />
da Publicis Brasil; Romero Cavalcanti,<br />
diretor <strong>de</strong> criação da<br />
FCB Brasil; Marcelo Nogueira,<br />
diretor <strong>de</strong> criação da Almap-<br />
BBDO; Adriano Alarcon, diretor<br />
<strong>de</strong> criação da DM9DDB; Fabiano<br />
Pinel, diretor <strong>de</strong> criação da<br />
Africa.<br />
Sair da criação e assumir uma<br />
função executiva como a <strong>de</strong> direção<br />
foi apontada pela maioria<br />
dos profissionais como uma<br />
transição <strong>de</strong>safiadora tanto<br />
para quem sobe <strong>de</strong>ntro da mesma<br />
agência quanto para aqueles<br />
que são contratados em equipes<br />
completamente novas. Marcelo<br />
Nogueira, diretor <strong>de</strong> criação da<br />
AlmapBBDO, afirma que a nova<br />
função, que se torna mais burocrática,<br />
não po<strong>de</strong> contaminar a<br />
essência criativa. “É muito fácil<br />
ser movido pelas novas responsabilida<strong>de</strong>s<br />
e se afastar do ambiente<br />
criativo. Você continua<br />
sendo a mesma coisa, mas agora<br />
passa a <strong>de</strong>senvolver projetos<br />
e mexer no trabalho dos outros,<br />
modificando a forma como usa<br />
a criativida<strong>de</strong> no dia a dia”.<br />
Romero Cavalcanti, diretor<br />
<strong>de</strong> criação da FCB Brasil, <strong>de</strong>clara<br />
que, ao passar por muitos<br />
chefes, é possível se tornar um<br />
bom lí<strong>de</strong>r. “Ao ter <strong>de</strong> avaliar o<br />
trabalho da sua equipe, não é<br />
necessário modificar algo para<br />
que aquilo também seja trabalho<br />
seu. É mais para dar o aval,<br />
para fazer sugestão ou só para<br />
reconhecer que ficou muito<br />
Romero Cavalcanti: “Antes eu era o pai da i<strong>de</strong>ia, agora eu sou o avô. Estou numa posição mais tranquila, não tenho tanto medo”<br />
bom. Antes eu era o pai da i<strong>de</strong>ia,<br />
agora eu sou o avô. Estou numa<br />
posição mais tranquila, não tenho<br />
tanto medo e só fico dando<br />
pitaco na criação dos outros”.<br />
Adriano Alarcon, diretor <strong>de</strong><br />
criação da DM9DDB, afirma que<br />
gosta da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lutar<br />
pelas boas i<strong>de</strong>ias. “Minhas brigas<br />
como diretor são maiores,<br />
porque aposto naquilo que vale<br />
realmente a pena. Por isso me<br />
sento com a galera e crio junto,<br />
acho que essa tem <strong>de</strong> ser a nossa<br />
li<strong>de</strong>rança”. Cavalcanti concorda<br />
e vê nos processos a oportunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> plantar sementes<br />
durante as reuniões que as duplas<br />
<strong>de</strong> criação po<strong>de</strong>m colher lá<br />
na frente.<br />
Os Millennials compõem a<br />
gran<strong>de</strong> parte das equipes <strong>de</strong><br />
criação <strong>de</strong> agências e esse ponto<br />
foi <strong>de</strong>stacado por Juliana Patera,<br />
diretora <strong>de</strong> criação associada<br />
da Publicis Brasil. “É interessante<br />
porque essa geração quer<br />
crescer muito rápido, quer resultados<br />
<strong>de</strong> forma instantânea<br />
e, às vezes, muita repercussão<br />
trabalhando e realizando muito<br />
pouco. Quando percebo que<br />
existem pessoas interessadas<br />
em crescer, em se concentrar,<br />
eu me apego a esses profissionais<br />
para caminharmos juntos”.<br />
Há alguns anos, os criativos<br />
trabalhavam essencialmente<br />
para print e filme. Hoje, explica<br />
o mediador do <strong>de</strong>bate Fabio<br />
Mozeli, diretor <strong>de</strong> criação da<br />
Neogama, o digital mudou a forma<br />
como as equipes pensam as<br />
campanhas, porque existe uma<br />
infinida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conteúdos que,<br />
muitas vezes, são bem mais<br />
interessantes do que a propaganda.<br />
Os ‘haters’, pessoas que<br />
postam comentários <strong>de</strong> ódio ou<br />
crítica sem muito critério, amedrontam<br />
muitos criativos.<br />
Juliana afirma que ao lançar<br />
uma campanha muito planejada<br />
por toda a equipe, as re<strong>de</strong>s<br />
sociais da marca e da agência<br />
foram agredidas e sofreram<br />
Divulgação<br />
ameaças <strong>de</strong> pessoas que estavam<br />
manifestando suas opiniões<br />
sobre o conteúdo. “Eu tenho<br />
pesa<strong>de</strong>los com os ‘haters’”,<br />
brinca.<br />
Fabiano Pinel, diretor <strong>de</strong><br />
criação da Africa, afirma que<br />
com as tecnologias, a TV e a<br />
internet passam a ter a mesma<br />
relação do cinema e do teatro.<br />
“No cinema, a resposta precisa<br />
ser verificada com os críticos,<br />
com o sucesso da bilheteria. No<br />
teatro, é instantâneo. Com as<br />
tecnologias, tudo é imediato,<br />
ninguém mais espera para ver<br />
as notícias no jornal da noite.<br />
A internet <strong>de</strong>sperta os lados <strong>de</strong><br />
quem não teria lado nenhum”.<br />
O diretor Cavalcanti ressalta<br />
que hoje mais do que<br />
nunca é importante ter quem<br />
li<strong>de</strong> com a gestão <strong>de</strong> crise.<br />
“Precisamos mudar a nossa<br />
cabeça <strong>de</strong> pensar e já <strong>de</strong>senvolver<br />
as possíveis interpretações<br />
e crises que aquela<br />
i<strong>de</strong>ia po<strong>de</strong> gerar”, comenta.<br />
20 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
executivo da La comunidad dá dicas<br />
para quem quer abrir a própria agência<br />
José Molla, fundador e CCO<br />
da La Comunidad, nos Estados<br />
Unidos, compartilhou<br />
alguns conselhos sobre abrir<br />
uma agência durante o Festival<br />
do Clube <strong>de</strong> Criação <strong>2016</strong>.<br />
A palestra teve como título<br />
Things I wish someone had told<br />
me before opening an agency.<br />
O primeiro fator ressaltado<br />
por ele é que muitas pessoas<br />
pensam em abrir uma agência,<br />
mas não o fazem. Segundo<br />
Molla, não importa o que<br />
foi feito antes, qual o currículo<br />
ou a carreira. O que faz realmente<br />
diferença é a convicção<br />
e as intuições. “Você não precisa<br />
<strong>de</strong> um plano <strong>de</strong>talhado,<br />
você precisa <strong>de</strong> uma missão<br />
e acreditar no que você está<br />
fazendo. Eu só trabalhei em<br />
duas agências antes <strong>de</strong> abrir<br />
a minha e po<strong>de</strong> crer: gran<strong>de</strong>s<br />
trabalhos do passado são tão<br />
úteis quanto os regulares”.<br />
Molla afirmou que “as três<br />
primeiras campanhas vão <strong>de</strong>finir<br />
os próximos <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong><br />
uma agência”, isso porque o dinheiro<br />
segue os bons trabalhos.<br />
Ele ainda disse que não se po<strong>de</strong><br />
pensar em abrir uma agência,<br />
mas sim em criar uma cultura.<br />
“A essência é crucial para fazer<br />
a empresa ser gran<strong>de</strong>. A equipe<br />
<strong>de</strong>ve estar em sintonia com<br />
José Molla é argentino, fundador e CCO da agência La Comunidad, que fica em Miami<br />
almapBBdo é a mais premiada no 41º anuário<br />
e c&a conquista título <strong>de</strong> anunciante do ano<br />
festival revelou os vencedores<br />
do 41º Anuário do<br />
O<br />
Clube <strong>de</strong> Criação durante a cerimônia<br />
<strong>de</strong> encerramento do<br />
evento, no último dia 12, em<br />
São Paulo.<br />
A AlmapBBDO foi a agência<br />
mais premiada nas categorias<br />
<strong>de</strong> criação, seguida da F/Nazca<br />
S&S. O Anunciante do Ano<br />
foi a C&A, que é cliente da<br />
AlmapBBDO. Além dos vencedores<br />
das áreas técnicas e<br />
<strong>de</strong> criação do 41º Anuário, foram<br />
homenageados este ano<br />
com o Hall da Fama Sérgio W.<br />
Muniz “Mineiro” (homenagem<br />
póstuma), Julio Xavier e<br />
Newton Pacheco.<br />
“Foi uma emoção muito<br />
gran<strong>de</strong> ser lembrado pelo Clube<br />
<strong>de</strong> Criação e entrar para o Hall<br />
da Fama. Eu participei das primeiras<br />
reuniões que discutiram<br />
a fundação do Clube, em <strong>19</strong>75.<br />
você e com as suas i<strong>de</strong>ias. Ela<br />
<strong>de</strong>ve ‘sentir’ a agência”.<br />
Sendo assim, o ambiente <strong>de</strong><br />
trabalho agradável é outro fator<br />
ressaltado por Molla como<br />
indispensável para o sucesso<br />
Luiz Sanches, da AlmapBBDO, que se <strong>de</strong>stacou na premiação ao lado da C&A<br />
Alê Oliveira<br />
da agência. “Festas, ações,<br />
premiações, interação fazem<br />
total diferença. Quer construir<br />
confiança em sua equipe?<br />
Leve todos no karaokê”,<br />
comenta.<br />
Alê Oliveira<br />
A experiência dos funcionários<br />
nem sempre é o mais<br />
importante, porque ela po<strong>de</strong><br />
ser superestimada. Quando as<br />
pessoas não têm experiências,<br />
por exemplo, elas vêm com<br />
i<strong>de</strong>ias frescas, pensamentos<br />
sem vícios. “Precisamos ter<br />
pessoas brilhantes em volta<br />
<strong>de</strong> nós. Quando você contrata<br />
alguém que pensa como você,<br />
existe uma perda enorme <strong>de</strong><br />
diversida<strong>de</strong>. Tenha a sua mente<br />
aberta”. As contratações, <strong>de</strong><br />
acordo com Molla, não po<strong>de</strong>m<br />
ser baseadas nas necessida<strong>de</strong>s<br />
que a agência tem, mas sim<br />
na agência que se <strong>de</strong>seja ter.<br />
“Não contrate gente que po<strong>de</strong><br />
fazer trabalho, contrate gente<br />
que acredita no que faz”.<br />
Os lucros <strong>de</strong>vem ser consequência<br />
<strong>de</strong> um trabalho bem<br />
feito. Não se compra motivação,<br />
segundo Molla, e, sem<br />
ela, a agência vira um escritório.<br />
“Apren<strong>de</strong>r a dizer não<br />
também é importante, porque<br />
não se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar que<br />
a cultura do cliente invada a<br />
sua. Confronte o conforto, se<br />
mantenha experimentando e<br />
mudando sempre. Abra sua<br />
agência, morra <strong>de</strong> fome agora<br />
e faça milhões <strong>de</strong>pois. O mundo<br />
precisa <strong>de</strong> mais agências<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes”.<br />
MZ<br />
Eu tinha só 22 anos e estava começando<br />
a minha carreira. Tive<br />
a honra <strong>de</strong> ser vice-presi<strong>de</strong>nte<br />
do Clube em <strong>19</strong>82 e <strong>19</strong>83. Enfim,<br />
estou muito feliz”, afirma<br />
Pacheco.<br />
O 40º Anuário do Clube <strong>de</strong><br />
Criação foi lançado durante o<br />
festival, com capa confeccionada<br />
em ouro. As fotos do ensaio<br />
foram produzidas utilizando<br />
20 quilos <strong>de</strong> pó <strong>de</strong> ouro. A edição<br />
foi assinada pelo diretor <strong>de</strong><br />
criação da Neogama, Márcio Ribas.<br />
O Anuário reúne as peças<br />
<strong>de</strong> maior <strong>de</strong>staque da publicida<strong>de</strong><br />
veiculadas no último ano.<br />
“A i<strong>de</strong>ia era refletir na forma<br />
do livro o conteúdo <strong>de</strong>le: i<strong>de</strong>ias<br />
e insights preciosos”, conta Ribas.<br />
O livro conta, também, com<br />
fotos <strong>de</strong> Gustavo Zylbersztajn,<br />
que retratam a busca pela excelência,<br />
e seguem o tema “O<br />
bom é inimigo do ouro”. MZ<br />
jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 21
we<br />
mkt<br />
Orquestra e empresa<br />
“A música é o barulho colorido”.<br />
Fralber Saidam<br />
Francisco alberto Madia <strong>de</strong> souza<br />
Um dia perguntaram a Peter Drucker<br />
qual a melhor referência para uma organização<br />
verda<strong>de</strong>iramente mo<strong>de</strong>rna. No<br />
ato, ele respon<strong>de</strong>u: “O protótipo da organização<br />
mo<strong>de</strong>rna é a orquestra sinfônica.<br />
Cada um <strong>de</strong> seus 200 músicos é um especialista<br />
<strong>de</strong> alto nível. Contudo, sozinha, a<br />
tuba não faz a música; só a orquestra po<strong>de</strong><br />
fazê-lo. E isso só ocorre porque todos os<br />
músicos têm a mesma partitura. E todos<br />
tocam uma peça musical <strong>de</strong> cada vez”. É<br />
isso! A empresa mo<strong>de</strong>rna refere-se a uma<br />
orquestra.<br />
Sob o comando ou regência <strong>de</strong> um maestro<br />
ou CEO capaz <strong>de</strong> tirar o máximo e o<br />
melhor <strong>de</strong> cada um dos músicos. Tocando,<br />
sempre, uma música <strong>de</strong> cada vez e todos<br />
seguindo a mesma partitura, mapa, planejamento.<br />
Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pensamento e ação.<br />
Domingos atrás a Revista São Paulo da<br />
Folha entrevistou sete dos principais maestros<br />
da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo. E cada um<br />
<strong>de</strong>les valorizou o que julgava mais importante<br />
na direção <strong>de</strong> uma orquestra. Ou, seguindo<br />
Drucker, no comando <strong>de</strong> uma empresa.<br />
Vamos conferir.<br />
João Carlos Martins, 76, Bachiana Filarmônica<br />
Sesi SP: “Para mim cada integrante<br />
da orquestra é como uma tecla do piano. E<br />
a partitura é sagrada, mas como condutor<br />
você tem <strong>de</strong> dar sua opinião, imprimir seu<br />
estilo e personalida<strong>de</strong>”.<br />
Isaac Karabtchevsky, 81, Orquestra Sinfônica<br />
Heliópolis: “É a respiração que dá a<br />
especialização do gesto. Sem a respiração,<br />
você tem uma bateção <strong>de</strong> compasso sem<br />
propósito”.<br />
Claudio Cruz, 49, Orquestra Jovem do<br />
Estado: “Gosto <strong>de</strong> relacionamentos longos.<br />
Com pouco tempo não se constrói muito,<br />
tanto no âmbito pessoal quanto no profissional”.<br />
João Maurício Galindo, 55, Orquestra Jazz<br />
Sinfônica: “Quando você sente que sua<br />
orquestra está com vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> tocar, com<br />
energia – e não apenas pelo salário – você<br />
chegou ao topo”.<br />
Luiz Fernando Malheiro, 58, Orquestra<br />
do Theatro São Pedro: “O fazer cantar dos<br />
instrumentos é importante e a formação do<br />
maestro <strong>de</strong>ve levar isso em consi<strong>de</strong>ração.<br />
No fundo, tudo é canto”.<br />
Carlos Moreno, 48, Orquestra Experimental<br />
<strong>de</strong> Repertório: “Para reger, você<br />
precisa enten<strong>de</strong>r que está a serviço <strong>de</strong> pessoas.<br />
Eu existo para o outro, não para mim.<br />
Essa é a crença que me faz ser um artista<br />
melhor”.<br />
Marin Alsop, 60, Orquestra Sinfônica <strong>de</strong><br />
São Paulo, a quem tive a felicida<strong>de</strong> e a honra<br />
<strong>de</strong> assistir regendo em janeiro <strong>de</strong>ste ano,<br />
no Carnegie Hall, a Orquestra <strong>de</strong> Baltimore,<br />
na 5ª <strong>de</strong> Mahler: “No final das contas, temos<br />
uma responsabilida<strong>de</strong> é com o compositor.<br />
Como regente você é um mensageiro<br />
do compositor”.<br />
Deu pra enten<strong>de</strong>r? Assim como nas<br />
melhores orquestras, nas melhores empresas,<br />
como ensina João Carlos, o que<br />
prevalece é o estilo e a personalida<strong>de</strong> que<br />
os clientes percebem, reconhecem e valorizam.<br />
Todo o capital humano da empresa<br />
respirando <strong>de</strong> forma organizada e no ritmo<br />
a<strong>de</strong>quado, Isaac. Quanto mais as pessoas<br />
trabalham juntas, melhor, porque tocam<br />
por música, Claudio. Equipes empolgadas<br />
e comprometidas performam melhor,<br />
Galindo. Cada colaborador precisa<br />
“cantar” porque na vida, na música e no<br />
trabalho tudo é canto, Malheiro. Encantar<br />
o público e não a mim mesmo, Moreno.<br />
Jamais per<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vista que o profissional<br />
no comando é o mensageiro do empreen<strong>de</strong>dor<br />
e visionário que <strong>de</strong>cidiu dar vida a<br />
seu sonho, Alsop.<br />
Termino com o maior dos maestros da<br />
administração mo<strong>de</strong>rna e do marketing,<br />
Peter Drucker: “Nem todos os maestros sabem<br />
tocar violino, mas sabem exatamente<br />
qual o <strong>de</strong>sempenho esperam <strong>de</strong> todos os<br />
instrumentos e <strong>de</strong> todos os seus músicos”.<br />
Po<strong>de</strong>m aplaudir!<br />
Francisco Alberto Madia <strong>de</strong> Souza<br />
é consultor <strong>de</strong> marketing<br />
famadia@madiamm.com.br<br />
22 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
5-7 Outubro <strong>2016</strong><br />
Turnberry Isle Miami<br />
#FOMLA16<br />
TRANSFORMANDO OS DESAFIOS<br />
EM SOLUÇÕES<br />
APRESENTAMOS:<br />
CO-APRESENTADOR:<br />
Marcelo Tas<br />
Apresentador TV<br />
PALESTRA DE<br />
ABERTURA DE:<br />
Claudia Ruiz<br />
Massieu Salinas<br />
Secretaria <strong>de</strong> Relações<br />
Exteriores do México<br />
COM UM<br />
DISCURSO DE:<br />
Jennelle Tilling<br />
CMO, KFC Global<br />
COM UM<br />
DISCURSO DE:<br />
Claudia Colaferro<br />
Presi<strong>de</strong>nta, Dentsu Aegis<br />
Network Latin America<br />
ASSUNTOS INCLUSOS NA AGENDA:<br />
Adblocking | Ad Fraud | Celebrida<strong>de</strong>s | Criativida<strong>de</strong> | Conteúdo | Criadores De Conteúdo /<br />
Infl uencers | E-ecommerce | Medição / Visibilida<strong>de</strong> | Mobile | Novo Mo<strong>de</strong>lo De Agência De Mídia<br />
OOH | Política | Programmatic | Sport | Social | TV | Ví<strong>de</strong>o<br />
COMPRE SEU INGRESSO EM: festivalofmedia.com/latam<br />
PARCEIROS FUNDADORES:<br />
PARCEIROS DO EVENTO:<br />
20%<br />
DESCONTO<br />
Código:<br />
PRO20MPX
eyond the line<br />
Caros futuros prefeitos<br />
Temos exemplos excelentes <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s que<br />
conseguem se <strong>de</strong>stacar e gerar movimentação<br />
Alexis Thuller PAgliArini<br />
Estamos em plena campanha para prefeituras<br />
e vereanças em todo o Brasil. No<br />
próximo mês <strong>de</strong> outubro teremos a chance<br />
<strong>de</strong> escolher prefeito(a) e vereadores para o<br />
nosso município. No meio <strong>de</strong> tantas propostas<br />
e promessas dos candidatos, fica difícil<br />
conhecermos a posição dos candidatos<br />
quanto à importância <strong>de</strong> uma boa comunicação.<br />
Sabemos que o que ren<strong>de</strong> voto é falar <strong>de</strong><br />
educação, segurança, saú<strong>de</strong>... Mas saibam<br />
os senhores ou senhoras futuros prefeitos<br />
que, para fazer uma boa gestão do seu município,<br />
será <strong>de</strong> fundamental importância<br />
uma boa gestão <strong>de</strong> comunicação. Sabe-se<br />
que mais <strong>de</strong> dois terços dos problemas <strong>de</strong><br />
qualquer ativida<strong>de</strong> humana são <strong>de</strong>correntes<br />
<strong>de</strong> uma má comunicação (ou da ausência<br />
<strong>de</strong>la).<br />
No caso da saú<strong>de</strong>, por exemplo, se não<br />
há um processo eficaz <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong><br />
doenças, os hospitais e os postos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
ficarão abarrotados e insuficientes para<br />
aten<strong>de</strong>r à <strong>de</strong>manda da população. E uma<br />
boa prevenção <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma excelente<br />
comunicação.<br />
Comunicar períodos <strong>de</strong> vacinação,<br />
orientar como se prevenir quanto a epi<strong>de</strong>mias,<br />
estimular hábitos saudáveis e mesmo<br />
<strong>de</strong>ixar claro o funcionamento do sistema<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da cida<strong>de</strong>... Tudo isso exige uma<br />
boa comunicação.<br />
O mesmo acontece nos setores da educação,<br />
segurança, limpeza e todos os <strong>de</strong>mais<br />
inerentes à administração pública. Mas é<br />
provável que esse tema não esteja na pauta<br />
dos senhores dirigentes municipais.<br />
Então, vale a pena levantarmos esse<br />
ponto para que não passe <strong>de</strong>spercebido dos<br />
candidatos. E uma boa gestão <strong>de</strong> comunicação<br />
começa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o momento <strong>de</strong> licitação<br />
para contratação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> boa<br />
qualida<strong>de</strong>.<br />
Não “quebrem o galho” nessa área, senhores<br />
prefeitos. Contratem uma agência<br />
realmente capaz <strong>de</strong> cuidar da comunicação<br />
do seu município. E não só para garantir<br />
uma gestão eficaz dos serviços públicos,<br />
mas, também, para posicionar o<br />
seu município e o diferenciá-lo perante os<br />
<strong>de</strong>mais. Pensar na sua cida<strong>de</strong> como uma<br />
empresa.<br />
Cuidar da imagem do município, tornando-o<br />
atraente para investimento e criação<br />
<strong>de</strong> novos negócios que po<strong>de</strong>rão gerar preciosos<br />
empregos. Tudo <strong>de</strong>manda serviços<br />
<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> na área <strong>de</strong> comunicação.<br />
Temos exemplos excelentes <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s<br />
que conseguem se <strong>de</strong>stacar e gerar movimentação<br />
econômica por intermédio <strong>de</strong><br />
uma boa estratégia <strong>de</strong> posicionamento e<br />
consequente comunicação. Para exemplificar,<br />
cito dois casos opostos. O exemplo positivo<br />
é o da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Gramado, do interior<br />
do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul.<br />
A bela cida<strong>de</strong>, com um bom turismo <strong>de</strong><br />
inverno, conseguiu quebrar a sazonalida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> baixa do verão criando o Natal Luz,<br />
transformando o município num <strong>de</strong>stino<br />
concorrido também no fim do ano, lotando<br />
hotéis e gerando empregos. O <strong>de</strong>staque<br />
negativo é para Barretos. Quando citamos<br />
a cida<strong>de</strong>, o que lhe vem à cabeça? Festa do<br />
Peão <strong>de</strong> Boia<strong>de</strong>iro, certo? Pois é lá que é realizada<br />
a maior festa <strong>de</strong> ro<strong>de</strong>io do Brasil e<br />
uma das maiores do mundo.<br />
Mas o que isso gera <strong>de</strong> riqueza para a cida<strong>de</strong>,<br />
fora da semana <strong>de</strong> agosto, quando ocorre<br />
a festa? Muito pouco, quase nada. A cida<strong>de</strong><br />
tem um potencial enorme <strong>de</strong> se posicionar<br />
como centro da cultura “country” do Brasil,<br />
mas não o faz, <strong>de</strong>ixando o município estagnado<br />
economicamente. É claro que não é<br />
tão simples. Não basta apenas uma boa i<strong>de</strong>ia<br />
e uma boa comunicação. É preciso ter capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> gestão e <strong>de</strong> articulação.<br />
Mas acredite, senhor e senhora prefeitos,<br />
uma boa agência po<strong>de</strong> ajudar muito. In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />
<strong>de</strong>sse aspecto estratégico<br />
<strong>de</strong> posicionamento, o povo que o(a) eleger<br />
tem o direito <strong>de</strong> ser informado quanto às<br />
suas ações e os serviços à comunida<strong>de</strong>. E<br />
isso não é trabalho para amadores.<br />
Adoraria que o primeiro ato dos prefeitos,<br />
após sua eleição, fosse reunir secretários<br />
e vereadores e se <strong>de</strong>dicarem a um planejamento<br />
estratégico que respon<strong>de</strong>sse às perguntas<br />
básicas <strong>de</strong> um bom briefing. Como<br />
nos posicionaremos? O que faremos e quando?<br />
E como comunicaremos e engajaremos?<br />
Respon<strong>de</strong>ndo a essas perguntas básicas, já<br />
se começa uma boa administração. Tomara!<br />
Alexis Thuller Pagliarini é superinten<strong>de</strong>nte<br />
da Fenapro (Fe<strong>de</strong>ração Nacional <strong>de</strong> Agências<br />
<strong>de</strong> Propaganda)<br />
alexis@fenapro.org.br<br />
24 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
“<br />
marcos quintela<br />
entrevista<br />
newcomm vai<br />
investir nas<br />
aquisições <strong>de</strong><br />
publicida<strong>de</strong><br />
“<br />
Maior grupo <strong>de</strong> comunicação do Brasil com<br />
as marcas Y&R, lí<strong>de</strong>r dos investimentos<br />
em mídia do país com um faturamento<br />
bruto anual <strong>de</strong> aproximadamente<br />
R$ 7 bilhões, Grey, Ação, VML e Wun<strong>de</strong>rman,<br />
o Newcomm está com planos <strong>de</strong> buscar novos<br />
negócios na área <strong>de</strong> propaganda. Essa é a meta do<br />
executivo Marcos Quintela, que assumiu, no fim <strong>de</strong><br />
2015, a presidência do grupo que é sócio da holding<br />
inglesa WPP. Nessa entrevista, ele se posiciona sobre<br />
o mo<strong>de</strong>lo brasileiro e a importância da criativida<strong>de</strong><br />
na gestão <strong>de</strong> marcas.<br />
Paulo Macedo<br />
Qual é a sua missão no Grupo<br />
Newcomm <strong>de</strong> Comunicação, que<br />
tem, entre outras agências, a lí<strong>de</strong>r<br />
Y&R do ranking do Kantar Ibope Media,<br />
que contabilizou faturamento<br />
bruto <strong>de</strong> R$ 7 bilhões em 2015?<br />
Ela acaba se diferindo um pouco<br />
do que o Roberto Justus fazia<br />
antes <strong>de</strong> assumir, no fim do ano<br />
passado, a posição <strong>de</strong> chairman<br />
do grupo, mas apenas por uma<br />
questão <strong>de</strong> estilo. O que tenho<br />
feito no meu discription job é<br />
<strong>de</strong>ixar as empresas que fazem<br />
parte do Newcomm mais próximas<br />
para enten<strong>de</strong>r os negócios<br />
com sinergia, principalmente entre<br />
a Wun<strong>de</strong>rman e a Y&R. Temos<br />
alguns clientes que já são atendidos<br />
pelas duas empresas, como<br />
LG, Cielo, Azul e Casas Bahia.<br />
Como é o seu contrato com a holding<br />
inglesa WPP, que é sócia do<br />
Newcomm?<br />
Tenho dois contratos: um<br />
como executivo, que já previa<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2009 a minha promoção à<br />
presidência da holding no fim <strong>de</strong><br />
2015 e que <strong>de</strong>ixasse minhas funções<br />
executivas na Y&R, em que<br />
eu era presi<strong>de</strong>nte; o compromisso<br />
também prevê a venda da minha<br />
parte acionária em um período <strong>de</strong><br />
sete a 10 anos. Roberto Justus fez<br />
essa opção no fim do ano passado,<br />
quando me foi transferido o<br />
comando do Newcomm.<br />
Qual é o foco do WPP?<br />
Quando alguém assume uma<br />
posição como essa, tem <strong>de</strong> ficar<br />
bem clara a agressivida<strong>de</strong> do<br />
WPP nas aquisições. O que está<br />
disponível no mercado com capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> impactar o nosso<br />
earn-out? É o que pergunto cotidianamente.<br />
Estamos olhando<br />
possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócios com e<br />
para o WPP. Era algo que, como<br />
presi<strong>de</strong>nte da Y&R, não me era<br />
permitido. Tenho realizado reuniões<br />
periódicas para ver as alternativas<br />
disponíveis, mesmo fora<br />
<strong>de</strong> São Paulo. Como sou um profissional<br />
focado no cliente, também<br />
estou fazendo uma imersão<br />
nas marcas atendidas pela<br />
Grey, Wun<strong>de</strong>rman, VML e Ação,<br />
esta última uma empresa <strong>de</strong> pré<br />
mídia. Os três pontos que vou<br />
<strong>de</strong>stacar na minha gestão são as<br />
sinergias entre as companhias,<br />
fusões e aquisições, aprofundamento<br />
das expertises e muito conhecimento<br />
estratégico.<br />
Quais as oportunida<strong>de</strong>s?<br />
Tudo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do cenário econômico<br />
e político. O otimismo já<br />
chegou, falta a reação tão esperada<br />
do PIB. Tenho certeza, porém,<br />
<strong>de</strong> que há oportunida<strong>de</strong>s e estamos<br />
olhando com carinho para alguns<br />
filhotes. Não pelo viés da crise,<br />
que muita gente fala que elas<br />
aparecem e ainda não consegui<br />
i<strong>de</strong>ntificá-las, mas pelo propósito.<br />
Uma opção é o crescimento nos próprios<br />
clientes?<br />
Sim. A evolução digital é algo<br />
que veio para adicionar e não para<br />
substituir. O Brasil é um país consumidor<br />
<strong>de</strong> televisão aberta com<br />
um market share consistente e<br />
em condições <strong>de</strong> ampliar essa fatia<br />
com o crescimento da população.<br />
Os meios impressos, o rádio<br />
e outras mídias não vão <strong>de</strong>saparecer,<br />
mas o mercado vai ter uma<br />
a<strong>de</strong>quação com o mo<strong>de</strong>lo digital.<br />
Quais segmentos que estão em foco<br />
para aquisições?<br />
Não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>scartar nenhum<br />
<strong>de</strong>les, mas vamos priorizar<br />
agências <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>. Outros<br />
grupos têm focado em relações<br />
públicas e digital, por exemplo,<br />
mas nós vamos seguir buscando<br />
negócios na área <strong>de</strong> propaganda.<br />
Po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>talhar esse projeto sinergético?<br />
A i<strong>de</strong>ia é ficar envolvido mais<br />
profundamente na propaganda<br />
e, com o grupo <strong>de</strong> agências que<br />
possuímos, não per<strong>de</strong>r negócios<br />
e evitar conflitos. Depen<strong>de</strong>ndo<br />
do cliente, muitas vezes o conflito<br />
envolve apenas uma parte do<br />
negócio. Sempre pedimos uma<br />
liberação do anunciante porque<br />
às vezes ele po<strong>de</strong> se incomodar<br />
com uma <strong>de</strong>cisão. Para evitar<br />
qualquer problema, nosso crité-<br />
rio ético é se orientar por or<strong>de</strong>m<br />
<strong>de</strong> chegada e não pelo valor do<br />
investimento. A sinergia é essencial<br />
na era do cross business. Hoje<br />
conseguimos casar interesses dos<br />
nossos clientes, como a Danone<br />
estar com seus produtos nos aviões<br />
da Azul ou a cerveja Itaipava<br />
estar num evento e assim por<br />
diante. E o Newcomm tem como<br />
premissa trazer a riqueza das sinergias<br />
para todos os clientes.<br />
As agências não sobrevivem mais <strong>de</strong><br />
mídia?<br />
Faz tempo que esse mo<strong>de</strong>lo<br />
<strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser a única fonte <strong>de</strong><br />
receita. Conteúdo, consultoria,<br />
inteligência, com mídia ou sem<br />
mídia, e performance do negócio<br />
do cliente. E temos <strong>de</strong> ser remunerados<br />
por cada solução apresentada.<br />
O cliente chega e fala<br />
que tem um produto estocado<br />
<strong>de</strong>vido a uma análise <strong>de</strong> preço<br />
inconsistente e não tem verba <strong>de</strong><br />
mídia para resolver a questão. Se<br />
ele confia na agência, temos <strong>de</strong><br />
ajudá-lo.<br />
Como é o equilíbrio do Newcomm entre<br />
mídia e no media?<br />
A mídia ainda é a gran<strong>de</strong> fonte<br />
<strong>de</strong> receita das agências <strong>de</strong>ntro<br />
do mo<strong>de</strong>lo brasileiro <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>.<br />
Não temos o breakdown<br />
exato porque quando vira receita<br />
é indiferente se vem <strong>de</strong> mídia, fee<br />
<strong>de</strong> criação, consultoria, custos internos<br />
etc. Mas posso afirmar que<br />
mais da meta<strong>de</strong> da remuneração<br />
vem <strong>de</strong> mídia, com base no <strong>de</strong>sconto<br />
padrão.<br />
O mo<strong>de</strong>lo brasileiro precisa <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação?<br />
Precisamos discutir os problemas<br />
na raiz. Temos conversado<br />
muito com as li<strong>de</strong>ranças para<br />
fazermos algo, mas não sobre o<br />
escopo que existe hoje. A vonta<strong>de</strong><br />
é zerar e fazer do início. Por<br />
exemplo, quais são as faixas que<br />
se pagam <strong>de</strong> comissionamento às<br />
agências? O que mudou na mão<br />
<strong>de</strong> obra com o digital? Quais os<br />
valores que os clientes se sentem<br />
à vonta<strong>de</strong> para pagar? Qual é a<br />
nova tabela do Cenp? Temos <strong>de</strong><br />
apoiar as entida<strong>de</strong>s, mas escolher<br />
alguns temas e reiniciar essa história.<br />
Hoje, no Newcomm, tenho<br />
mais tempo para as ativida<strong>de</strong>s<br />
26 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
“Estamos<br />
Em uma Era<br />
marcada<br />
pElo<br />
‘nExialismo’,<br />
ou sEja,<br />
das coisas<br />
quE fazEm E<br />
tEnham nExo”<br />
Alê Oliveira<br />
corporativas e institucionais. O<br />
nosso mo<strong>de</strong>lo é campeão e não<br />
é ele que <strong>de</strong>ve ser mudado, apenas<br />
algumas premissas e bases <strong>de</strong><br />
condições, números e patamares.<br />
Mas <strong>de</strong>vemos seguir com o mo<strong>de</strong>lo<br />
<strong>de</strong> remuneração vigente.<br />
E as bonificações <strong>de</strong> volume, que<br />
muitos anunciantes questionam?<br />
Po<strong>de</strong>mos discutir sobre o mo<strong>de</strong>lo<br />
i<strong>de</strong>al, que também integra<br />
meu raciocínio <strong>de</strong> volta às bases.<br />
O ponto é que esse sistema existe<br />
há muito tempo e funciona<br />
para a maioria das agências. Temos<br />
<strong>de</strong> chamar os anunciantes<br />
para a discussão para reescrever<br />
esse mo<strong>de</strong>lo.<br />
“a idEia é ficar<br />
Envolvido mais<br />
profundamEntE<br />
na propaganda”<br />
Como agrega os valores da sua época<br />
como artista, on<strong>de</strong> você era o produto<br />
e ao mesmo tempo o agente?<br />
A pessoa nunca é uma foto,<br />
mas um filme. O Dominó, do qual<br />
fui integrante, fez shows para 50<br />
mil pessoas e esse contato com o<br />
público me passou muita verda<strong>de</strong><br />
sobre o que as pessoas consomem<br />
na sua essência mais pura,<br />
seja uma celebrida<strong>de</strong> ou um produto.<br />
Quando trabalhei como<br />
empresário da Eliana, atuei com<br />
vigor no setor <strong>de</strong> licenciamento,<br />
que me obrigou a compreen<strong>de</strong>r<br />
<strong>de</strong> vários segmentos <strong>de</strong> negócios.<br />
Quando fui licenciar a imagem<br />
<strong>de</strong>la para o mercado escolar,<br />
tive <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r as sutilezas<br />
<strong>de</strong>ssa área, que tem múltiplos<br />
interesses. Nosso licenciamento<br />
era para as tesouras da Mundial.<br />
Para a Estrela, me aprofun<strong>de</strong>i<br />
no universo dos brinquedos e<br />
sobre suas margens. A Maçã da<br />
Coopercotia exigiu conhecimento<br />
do setor <strong>de</strong> comida. E com a<br />
Shiseido, tive <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r sobre<br />
cosmética. Esse ambiente diversificado<br />
me proporcionou uma<br />
capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptabilida<strong>de</strong> e<br />
resiliência, que eu trouxe para a<br />
minha carreira na publicida<strong>de</strong>. O<br />
Grupo Newcomm aten<strong>de</strong> cerveja,<br />
iogurte, automóveis, higiene,<br />
bancos, cartões, seguros e varejo,<br />
o que exige ligar e <strong>de</strong>sligar muitas<br />
tomadas simultaneamente.<br />
O meu passado me ajudou muito<br />
na publicida<strong>de</strong>, embora ainda tenha<br />
muito a apren<strong>de</strong>r.<br />
Qual é papel do administrador?<br />
Estamos em uma era marcada<br />
pelo ‘nexialismo’, ou seja, das coisas<br />
que fazem e tenham nexo. Eu<br />
me consi<strong>de</strong>ro um ‘nexialista’. Não<br />
entendo profundamente <strong>de</strong> algumas<br />
coisas, mas o suficiente para<br />
po<strong>de</strong>r aconselhar com base naquilo<br />
que faz sentido. Entendo que o<br />
mundo está mais para os ‘nexialistas’<br />
do que para os especialistas<br />
porque eles conseguem administrar<br />
quem conhece profundamente<br />
uma ativida<strong>de</strong>. Temos gran<strong>de</strong>s<br />
especialistas no grupo, como o<br />
Eduardo Bicudo, presi<strong>de</strong>nte da<br />
Wun<strong>de</strong>rman, que enten<strong>de</strong> tudo sobre<br />
BI, performance, ROI digital e<br />
mídia programática.<br />
A atual geração <strong>de</strong> publicitários <strong>de</strong>ixou<br />
<strong>de</strong> lado a cena corporativa? Por<br />
quê?<br />
Não é que <strong>de</strong>ixou, mas ela teve<br />
mais pressa para prospectar do<br />
que ver as bases do nosso negócio.<br />
A nova geração já ficou visível. Ela<br />
é formada por profissionais que<br />
são verda<strong>de</strong>iros aviões, que po<strong>de</strong>m<br />
contribuir muito para o setor<br />
e, consequentemente, recuperar o<br />
tempo perdido.<br />
Como o WPP está observando o mercado<br />
brasileiro?<br />
De forma promissora e atento<br />
às oportunida<strong>de</strong>s. O grupo acredita<br />
no Brasil, que ele vai continuar<br />
crescendo.<br />
Qual o projeto do Newcomm para fortalecer<br />
o branding das suas marcas<br />
pelo viés da criativida<strong>de</strong>, afinal, do<br />
ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> negócios, contabiliza<br />
resultados indiscutíveis com a Y&R<br />
e vem dando suporte à reetruturação<br />
da Grey?<br />
Não conseguimos olhar todas as<br />
<strong>de</strong>mandas com a mesma priorida<strong>de</strong>.<br />
Mas, ganhar espaço nas premiações<br />
é uma meta que está na nossa<br />
pauta. A Grey é uma marca fantástica<br />
no mundo inteiro e queremos<br />
fazer que tenha a mesma pegada<br />
no Brasil. É uma oportunida<strong>de</strong><br />
que temos porque ela passou a ser<br />
uma ban<strong>de</strong>ira do guarda-chuva da<br />
Y&R há uns dois anos e, nesse período,<br />
ampliou sua percepção criativa.<br />
Promovemos uma alteração<br />
na gestão sob o comando do Sérgio<br />
Prandini (CEO), Rodrigo Jatene<br />
(CCO) e Marcia Esteves (COO), que<br />
é integralmente conjunta com um<br />
mo<strong>de</strong>lo focado em criativida<strong>de</strong>.<br />
O plano <strong>de</strong> negócios para a Grey é<br />
bem agressivo porque ela precisa<br />
aumentar seu tamanho <strong>de</strong> negócios.<br />
E é isso que estamos fazendo.<br />
Jatene já está dando a virada<br />
criativa planejada para ampliar a<br />
exposição da marca Grey. O primeiro<br />
reflexo foram os quatro Leões<br />
no Cannes Lions <strong>de</strong>ste ano. A<br />
priorida<strong>de</strong> do grupo envolve todas<br />
as agências, mas a atenção com a<br />
Grey é muito importante porque<br />
ela tem potencial ainda não <strong>de</strong>senvolvido<br />
e estrutura física e <strong>de</strong><br />
pessoal para isso.<br />
A criativida<strong>de</strong> alavanca negócios?<br />
Negócios são commodities, mas<br />
a criativida<strong>de</strong> não. O que diferencia<br />
o preço é a criação que vai tirar um<br />
produto do lugar comum. É bom<br />
lembrar que prêmio é um ponto <strong>de</strong><br />
prestígio, mas não é o que os anunciantes<br />
buscam. Na hora <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir<br />
uma agência, querem inteligência<br />
estratégica. E a criativida<strong>de</strong> faz<br />
parte <strong>de</strong>sse universo.<br />
jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 27
inspiração<br />
Fábulas, crianças e i<strong>de</strong>ias<br />
Publicitária escreve sobre a dimensão do universo infantil para gerar<br />
metáforas, histórias e i<strong>de</strong>ias. Conviver com crianças, segundo ela, faz com<br />
que os adultos voltem a experimentar e a per<strong>de</strong>r "um pouco" o medo <strong>de</strong> errar<br />
28 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
Joanna Monteiro é<br />
Chief Creative Officer<br />
da FCB Brasil<br />
piola/iStock<br />
JOANNA MONTEIRO<br />
Especial para o PROPMARK<br />
Imagina você ouvir uma opinião<br />
<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>, livre <strong>de</strong> preconceitos<br />
e sem travas na língua. Criança<br />
é assim. As crianças muitas<br />
vezes fazem do complicado algo<br />
simples. Porque elas vêm sem<br />
papas na língua, sem regras, sem<br />
hierarquia, sem política. O rei<br />
está nu e pronto. Crianças vêm<br />
abertas. Porque para elas tudo é<br />
novo e nada é anormal até que alguém<br />
diga que é. Adoro uma frase<br />
<strong>de</strong> Jean-Paul Sartre: “Existem<br />
dois tipos <strong>de</strong> pessoas que dizem a<br />
verda<strong>de</strong>: as crianças e os loucos.<br />
Os loucos são internados em hospícios.<br />
As crianças, educadas.”<br />
E a nossa chance <strong>de</strong> <strong>de</strong>seducar a<br />
mente é quando as crianças entram<br />
na nossa vida.<br />
Crianças são a chance <strong>de</strong> um<br />
restart para mães, pais, tios. A<br />
gente apren<strong>de</strong> a mudar <strong>de</strong> opinião,<br />
apren<strong>de</strong> a ouvir, apren<strong>de</strong> a<br />
ver que existem outros ângulos.<br />
São novos livros, novos filmes,<br />
novas viagens, novos problemas,<br />
novas pessoas, novas marcas,<br />
novos games, novas séries <strong>de</strong> TV<br />
(para elas novas séries <strong>de</strong> computador)<br />
e, mais <strong>de</strong>safiador, novos<br />
métodos <strong>de</strong> ensino da matemática.<br />
Crianças adoram metáforas<br />
e fábulas. Adoram histórias. Por<br />
isso a gente cria histórias para<br />
contar. E se elas são chatas, as<br />
crianças reclamam. E a gente tem<br />
<strong>de</strong> criar outra melhor.<br />
Crianças fazem a gente se<br />
manter jovem, tiram a preguiça,<br />
fazem a gente estudar, andar<br />
<strong>de</strong> patins, jogar Minecraft, caçar<br />
Pokemon, cantar Anitta, saber<br />
quem é Christian Figueiredo,<br />
apren<strong>de</strong>r a usar o Snapchat e<br />
passar horas discutindo por que<br />
celular próprio e Facebook só aos<br />
12 anos. A gente volta aos museus,<br />
volta às roupas coloridas,<br />
ao <strong>de</strong>senho, volta ao lápis, volta<br />
a experimentar. A gente per<strong>de</strong><br />
um pouco do medo <strong>de</strong> errar e se<br />
sente livre novamente para achar<br />
graça em coisas bobas, mas que<br />
são tão engraçadas. A gente fica<br />
menos vaidoso, mais tolerante, a<br />
empatia aumenta muito. O mais<br />
legal é que, com a mesma facilida<strong>de</strong><br />
com que dizem a verda<strong>de</strong>,<br />
as crianças inventam. Amigos<br />
imaginários, brócolis malvados,<br />
avós com superpo<strong>de</strong>res, chuteiras<br />
mágicas e foguetes ma<strong>de</strong> in<br />
quintal <strong>de</strong> casa.<br />
E como se não bastasse dizer<br />
a verda<strong>de</strong> e inventar coisas incríveis,<br />
elas vivem perguntando.<br />
Quer coisa mais difícil que viver<br />
respon<strong>de</strong>ndo? Logo a gente<br />
apren<strong>de</strong> a dizer “não sei”. E dizer<br />
que não sabe é o primeiro passo<br />
para diminuir novamente a preguiça,<br />
estudar, ser menos vaidoso,<br />
aquilo tudo. Mais inspirador<br />
que isso? Talvez ser avó?<br />
O po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> começar <strong>de</strong> novo<br />
Escalada <strong>de</strong> pare<strong>de</strong> infantil, diversão com água e aventura sobre rodas:<br />
“Crianças são a chance <strong>de</strong> um restart para mães, pais, tios. A gente apren<strong>de</strong> a<br />
mudar <strong>de</strong> opinião, apren<strong>de</strong> a ouvir, apren<strong>de</strong> a ver que existem outros ângulos.”<br />
Fotos: Divulgação<br />
Andrew Rich/iStock<br />
jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 29
mundo digital<br />
YinYang/iStockphotos<br />
Futuro x presente:<br />
o dilema do setor<br />
91% do tempo <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o consumido<br />
pelos consumidores americanos<br />
continua sendo na TV<br />
Rafael Sampaio<br />
digital ven<strong>de</strong> bem o futuro, como todos<br />
O sabemos, mas falha ao entregar o almoço<br />
do dia, como vamos <strong>de</strong>scobrindo através<br />
da observação da realida<strong>de</strong>, das pesquisas<br />
e estudos que estão sendo feitos. Nos Estados<br />
Unidos, on<strong>de</strong> existe a maior competição<br />
das mídias pela atenção e preferência<br />
dos consumidores, a TV continua imbatível<br />
e dominando <strong>de</strong> longe essa disputa, segundo<br />
dados do VAB (Vi<strong>de</strong>o Advertising Bureau),<br />
entida<strong>de</strong> organizada pelas emissoras<br />
<strong>de</strong> TV aberta e fechada para monitorar a<br />
evolução do consumo do ví<strong>de</strong>o no ambiente<br />
multitela no qual se está vivendo.<br />
Do tempo <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o consumido pelos<br />
consumidores americanos, 91% continua<br />
sendo na TV, que permanece a mídia lí<strong>de</strong>r<br />
no presente e assim <strong>de</strong>ve continuar no futuro<br />
próximo, enquanto o digital insiste<br />
na tese <strong>de</strong> que tudo está se transformando<br />
radicalmente e os dias das mídias tradicionais<br />
estão irremediavelmente contados. A<br />
questão central é que o consumo <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> mais da qualida<strong>de</strong> da produção<br />
– somando enredo, <strong>de</strong>senvolvimento do<br />
roteiro, atributos e padrão técnico <strong>de</strong> sua<br />
realização – do que do seu meio <strong>de</strong> distribuição.<br />
Tanto que boa parte da expansão que o<br />
digital tem obtido é <strong>de</strong>vido à absorção do<br />
estoque <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os da TV e do cinema e da<br />
contratação <strong>de</strong> sua estrutura <strong>de</strong> produção<br />
para a realização <strong>de</strong> novos programas. No<br />
relatório <strong>de</strong> <strong>2016</strong> do VAB, baseado nas pesquisas<br />
<strong>de</strong> consumo multimídia da Nielsen,<br />
uma ampla série <strong>de</strong> dados reconfirma essa<br />
realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que o presente continua sendo<br />
basicamente da TV.<br />
A TV domina não apenas no público em<br />
geral (os mencionados 91%), mas também<br />
entre os chamados millenniuns (86%) e entre<br />
todos os grupos étnicos daquele país.<br />
Registra-se uma transferência do consumo<br />
do ví<strong>de</strong>o nos computadores, que per<strong>de</strong>ram<br />
12% no ano passado, para o smartphone,<br />
que ganhou 6% em usuários e 45% em tempo.<br />
Ou seja, esse crescimento do mobile sai<br />
mais <strong>de</strong> outros <strong>de</strong>vices digitais do que da<br />
TV, que não per<strong>de</strong>u volume <strong>de</strong> consumo<br />
nesse período. Mas os números <strong>de</strong> atingimento<br />
da TV continuam extraordinários,<br />
com 98,8% da população em geral (acima<br />
<strong>de</strong> dois anos), o pico <strong>de</strong> 99,6% na faixa <strong>de</strong><br />
mais <strong>de</strong> 65 anos e o menor na faixa <strong>de</strong> 18 a<br />
34 anos, com 97,7%. A participação mensal<br />
<strong>de</strong> consumo do ví<strong>de</strong>o pela TV é <strong>de</strong> 91% (138<br />
horas e 42 minutos), contra 8% no computador<br />
(12 horas e 28 minutos) e 1% no smartphone<br />
(2 horas e 12 minutos).<br />
Quebrando esse consumo <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o pelos<br />
três targets mais objetivados pelos anunciantes,<br />
a TV continua na frente: 95 horas e<br />
39 minutos na faixa <strong>de</strong> 18 a 34 anos (82% <strong>de</strong><br />
share), contra 17 horas e 49 minutos e 3 horas<br />
e 9 minutos, respectivamente, nos computadores<br />
e nos smartphones. Para o target<br />
<strong>de</strong> 18 a 49 anos, o share da TV é <strong>de</strong> 86% e<br />
para a faixa <strong>de</strong> 25 a 54, é <strong>de</strong> 89%. Quebrando<br />
o consumo <strong>de</strong> TV entre os teens e jovens<br />
adultos em três subgrupos, <strong>de</strong> 12 a 17 anos<br />
o share <strong>de</strong> consumo dos ví<strong>de</strong>os na TV é <strong>de</strong><br />
89%, <strong>de</strong> 18 a 24 anos é <strong>de</strong> 79% e <strong>de</strong> 25 a 34<br />
anos é <strong>de</strong> 84%. Ou seja, o presente é dominado<br />
pela TV até mesmo entre as faixas <strong>de</strong><br />
ida<strong>de</strong> mais entusiasmadas, que mais consomem<br />
o digital. O tempo <strong>de</strong> consumo nos<br />
smartphones cresce bastante, mas é centrado<br />
no consumo da web e, principalmente,<br />
nos apps, e não no ví<strong>de</strong>o, que continua<br />
sendo a praia da TV.<br />
E a publicida<strong>de</strong>, cuja maior força está<br />
justamente nos ví<strong>de</strong>os, continua tendo<br />
na TV sua força dominante. Outro estudo<br />
do VAB compara consumo <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o na TV<br />
tradicional (live TV), no que se assiste em<br />
tempo diferido (gravado pelo consumidor)<br />
e pelo serviço on-<strong>de</strong>mand das re<strong>de</strong>s com o<br />
maior canal <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o da mídia digital, que<br />
é o YouTube. Nos Estados Unidos, a TV tem<br />
77%, contra 4% do YouTube. E no Reino<br />
Unido, outro gran<strong>de</strong> e sofisticado mercado,<br />
os números são 76% e 4,4%. Mas quando se<br />
isola o tempo <strong>de</strong> consumo do ví<strong>de</strong>o publicitário,<br />
a distância da TV com o YouTube é<br />
ainda mais massacrante nesses dois mercados:<br />
98% a 2% no caso dos EUA e <strong>de</strong> 93,9% a<br />
0,6% no Reino Unido, respectivamente<br />
Rafael Sampaio é consultor em propaganda<br />
rafael.sampaio@uol.com.br<br />
30 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
15º MARKETING BEST<br />
SUSTENTABILIDADE<br />
Um prêmio da Editora Referência e<br />
do MadiaMundoMarketing
Prêmios<br />
Divulgação<br />
A atleta brasileira Flávia<br />
Saraiva, durante os Jogos<br />
Olímpicos Rio <strong>2016</strong>:<br />
competição inspirou a criação<br />
<strong>de</strong> uma nova categoria<br />
no Epica Awards<br />
Epica Awards <strong>2016</strong> ganha mais uma<br />
categoria e tem inscrição até dia 30<br />
Em sua 30ª edição, competição internacional, que será realizada<br />
em Berlim, vai <strong>de</strong>stacar também peças criadas para Olimpíadas<br />
As inscrições para a 30ª edição<br />
do Epica Awards – premiação<br />
internacional <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong><br />
que é realizada <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
<strong>19</strong>87 e tem como principal<br />
característica o júri, formado<br />
apenas por jornalistas <strong>de</strong> publicações<br />
especializadas – estão<br />
abertas e seguem até o próximo<br />
dia 30. Este ano, o Brasil será<br />
<strong>de</strong>staque no Epica, já que uma<br />
nova categoria foi anunciada:<br />
a Olympic Games, que reconhecerá<br />
as melhores criações<br />
feitas para os Jogos Olímpicos<br />
Rio <strong>2016</strong>.<br />
Po<strong>de</strong>m concorrer na nova<br />
categoria trabalhos <strong>de</strong> vários<br />
meios, do impresso ao digital,<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente se os<br />
anunciantes tenham sido ou<br />
não patrocinadores oficiais dos<br />
Jogos Olímpicos. A cerimônia<br />
com o anúncio dos melhores<br />
trabalhos será no dia 17 <strong>de</strong> novembro,<br />
em Berlim.<br />
O diretor-editorial do Epica,<br />
Mark Tungate, acredita que<br />
bons trabalhos estão a caminho<br />
“Gran<strong>de</strong>s eventos<br />
esportivos como<br />
os joGos olímpicos<br />
são um ímã para<br />
a criativida<strong>de</strong> e<br />
parecem aGitar<br />
o espírito<br />
competitivo<br />
das marcas”<br />
do prêmio e a nova categoria<br />
contribui para isso. “Gran<strong>de</strong>s<br />
eventos esportivos como os Jogos<br />
Olímpicos são um ímã para<br />
a criativida<strong>de</strong> e parecem agitar<br />
o espírito competitivo das marcas,<br />
mesmo que elas não sejam<br />
patrocinadores oficiais”, disse.<br />
AnivErsário<br />
Este ano o Epica Awards<br />
completa 30 anos com uma<br />
programação intensa <strong>de</strong> conteúdo,<br />
além da cerimônia <strong>de</strong> premiação.<br />
Para esta edição, mais<br />
<strong>de</strong> 60 editores e jornalistas especializados<br />
em marketing e<br />
comunicação compõem o júri,<br />
incluindo profissionais <strong>de</strong> veículos<br />
como Adweek e o alemão<br />
Werben & Verkaufen.<br />
Des<strong>de</strong> sua criação, o prêmio<br />
visa reconhecer trabalhos criativos<br />
<strong>de</strong> toda a indústria da comunicação<br />
e, assim, contribuir<br />
para que agências, produtoras,<br />
fotógrafos e <strong>de</strong>signers possam<br />
se <strong>de</strong>stacar em um cenário internacional.<br />
Mais <strong>de</strong> 70 países já inscreveram<br />
no Epica, que é dividido<br />
em categorias e subcategorias,<br />
totalizando mais <strong>de</strong> 70 prêmios.<br />
Gastronomia, artes e entretenimento<br />
são algumas das<br />
áreas premiadas, assim como<br />
mobile, rádio e usos diferentes<br />
<strong>de</strong> mídia. Todos os <strong>de</strong>talhes<br />
sobre as inscrições estão disponíveis<br />
no site do evento (www.<br />
epica-awards.com).<br />
PublicAção<br />
A exemplo das outras edições,<br />
o Epica Awards <strong>2016</strong> resultará<br />
em um livro com <strong>de</strong>talhes<br />
do processo criativo <strong>de</strong><br />
todos os vencedores e também<br />
das criações que obtiverem alta<br />
pontuação.<br />
A 29ª edição do Epica Book<br />
já foi publicada e reúne mais<br />
<strong>de</strong> 400 páginas sobre criativida<strong>de</strong><br />
e inspiração, editadas<br />
pela Bloomsburry. Além das<br />
peças vencedoras em 2015, a<br />
atual edição do livro traz uma<br />
introdução feita por Matt Eastwood,<br />
CCO global da J. Walter<br />
Thompson.<br />
O material reúne ainda entrevista<br />
com diversos profissionais<br />
renomados no cenário internacional,<br />
entre eles David Lubars,<br />
chairman e CCO da BBDO; Ben<br />
Tollett; Malcolm Poynton, CCO<br />
da Cheil; Masato Kosukegawa,<br />
diretor-criativo da Shiseido; e<br />
Bas Korsten, diretor-executivo<br />
da J. Walter Thompson <strong>de</strong> Amsterdam.<br />
32 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
Doe Barras J. Walter Thompson Atados Social Media Bronze<br />
prêmiOs<br />
Agências brasileiras conquistam<br />
21 troféus no Clio Awards <strong>2016</strong><br />
Campanha mais premiada foi Tudo em Preto e Branco, criada<br />
pela F/Nazca Saatchi & Saatchi para Leica Gallery São Paulo<br />
Clio Awards <strong>2016</strong> conce<strong>de</strong>u 21 troféus às agências<br />
O do Brasil (veja tabela abaixo). O número po<strong>de</strong><br />
seubir já que dia 28 serão divulgados os GPs, na cerimônia<br />
<strong>de</strong> premiação, em Nova York. O Brasil também<br />
ganhou dois troféus nas categorias <strong>de</strong> Estudantes,<br />
um <strong>de</strong> ouro e um <strong>de</strong> bronze, com trabalhos da Miami<br />
Ad School/ESPM.<br />
A campanha mais premiada, com sete troféus, é<br />
Everything is Black & White (Tudo em Preto e Branco),<br />
criada pela F/Nazca Saatchi & Saatchi para Leica Gallery<br />
São Paulo. Com seis prêmios, Infinitas Possibilida<strong>de</strong>s,<br />
assinada pela AlmapBBDO para Getty Image, foi<br />
a segunda mais premiada. A Almap tem ainda outros<br />
três troféus, que a colocam como a brasileira com o<br />
maior número <strong>de</strong> troféus na competição <strong>de</strong>ste ano.<br />
Grey Brasil, FCB Brasil, AKQA e J. Walter Thompson<br />
também conquistaram prêmios.<br />
Pela TBWA\Raad, os brasileiros Gabriel Gama (diretor<br />
<strong>de</strong> arte) e Guilherme Grossi (redator) também ganharam<br />
prêmios, com One-Drop Bottle, que levou prata<br />
em Brand Design - Packaging e bronze em Out of Home;<br />
e com o case Go Sport - Champions Hijack, que recebeu<br />
bronze em Digital/Mobile - Banners & Rich Media.<br />
Infinitas Possibilida<strong>de</strong>s, da AlmapBBDO para Getty Images, que conquistou seis prêmios<br />
Divulgação<br />
Os <strong>de</strong>stAques brAsileirOs<br />
CAmpAnhA AgênCiA AnunCiAnte CAtegOriA prêmiO<br />
Emergency Pin Co<strong>de</strong> Grey Brasil Sekron Security Systems Product Innovation Ouro<br />
Infinitas Possibilida<strong>de</strong>s AlmapBBDO Getty Images Integrated Campaign Ouro<br />
Charles AlmapBBDO Getty Images Poster Ouro<br />
Charles AlmapBBDO Getty Images Print Ouro<br />
Charles AlmapBBDO Getty Images Art Direction Ouro<br />
Germany/Netherlands AlmapBBDO Visa Print Ouro<br />
Swe<strong>de</strong>n/Switzerland AlmapBBDO Visa Print Ouro<br />
Tudo em Preto e Branco F/Nazca Saatchi & Saatchi Leica Gallery São Paulo Copywriting Ouro<br />
Músicas da Violência FCB Brasil Estadão Digital Streaming/Downloadable Content Prata<br />
Don't Look Away AKQA Usher Digital/Mobile Prata<br />
Stair J. Walter Thompson Alcoholics Anonymous Poster Prata<br />
Tudo em Preto e Branco F/Nazca Saatchi & Saatchi Leica Gallery São Paulo Copywriting Prata<br />
Tudo em Preto e Branco F/Nazca Saatchi & Saatchi Leica Gallery São Paulo Copywriting Prata<br />
Infinitas Possibilida<strong>de</strong>s AlmapBBDO Getty Images Digital/Mobile Bronze<br />
Opening Doors AlmapBBDO Volkswagen do Brasil Commercials Bronze<br />
Infinitas Possibilida<strong>de</strong>s AlmapBBDO Getty Images Commercials Bronze<br />
Tudo em Preto e Branco F/Nazca Saatchi & Saatchi Leica Gallery São Paulo Print Bronze<br />
Tudo em Preto e Branco F/Nazca Saatchi & Saatchi Leica Gallery São Paulo Art Direction Bronze<br />
Tudo em Preto e Branco F/Nazca Saatchi & Saatchi Leica Gallery São Paulo Art Direction Bronze<br />
Tudo em Preto e Branco F/Nazca Saatchi & Saatchi Leica Gallery São Paulo Art Direction Bronze
quem fez<br />
Cristiane Marsola cristiane@propmark.com.br<br />
experiência<br />
As poltronas D-Box, que permitem aos usuários<br />
da re<strong>de</strong> Cinemark simular situações que<br />
dão a sensação <strong>de</strong> participar do filme, têm<br />
campanha com o youtuber Mauro Morizono<br />
Filho, o Japa. Ele fez um ví<strong>de</strong>o que reproduz a<br />
poltrona em casa. O conteúdo está disponível<br />
no canal do personagem e nos principais canais<br />
da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> cinemas na internet.<br />
Z+<br />
cIneMarK<br />
Fotos: divulgação<br />
Título: Ou é na D-Box ou não é; criação: Guilherme<br />
Rocha e Gabriel Lima; direção <strong>de</strong> criação digital:<br />
Alessandra Muccillo e Neto Nogawa; direção:<br />
Lucas Fazzio e Paulo Mancini; VP <strong>de</strong> criação:<br />
Fernando Rodrigues; Aprovação: Bettina Boklis,<br />
Maricy Leal e Beatriz Bertellini<br />
É o BicHo!<br />
Os baixinhos estão muito além do aviãozinho<br />
e as mães têm <strong>de</strong> se virar na criativida<strong>de</strong><br />
para convencê-los a ter uma alimentação<br />
balanceada. Coelhos e macacos ajudam<br />
a simular o interesse. Mas, <strong>de</strong> qualquer<br />
modo, não custa ter Sustagem no armário<br />
para complementar os nutrientes <strong>de</strong> quem<br />
é apaixonado por macarrão.<br />
f/naZca s&s<br />
Mead johnson<br />
Título: Bichinhos; produto: Sustagen Kids;<br />
criação: Fernando Marar e Daniel Duarte; direção<br />
<strong>de</strong> criação: Pedro Prado; produção e finalização:<br />
Cia. <strong>de</strong> Cinema; direção: Rodolfo Vanni;<br />
som: Satelite; aprovação: Alan Kirszenwurcel;<br />
direção geral <strong>de</strong> criação: Fabio Fernan<strong>de</strong>s<br />
universitários<br />
O Banco Santan<strong>de</strong>r está transformando pontos<br />
<strong>de</strong> ônibus em hubs digitais para interação<br />
e experiências <strong>de</strong> universitários com a marca.<br />
São disponibilizados carregadores <strong>de</strong> celular,<br />
karaokê, ingressos <strong>de</strong> cinema - distribuídos<br />
<strong>de</strong> acordo com o humor do interessado e isotônicos<br />
para recarregar as energias, além <strong>de</strong><br />
capas <strong>de</strong> chuva.<br />
talent marcel<br />
banco santan<strong>de</strong>r<br />
Título: Santan<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Um Ponto ao Outro; CCO:<br />
João Livi; direção <strong>de</strong> criação: Eduardo Martins e<br />
Daniell Rezen<strong>de</strong>; criação: Sleyman Khodor e Daniel<br />
Leitão; planejamento: Renata Serafim; aprovação:<br />
: Marcos Madureira, Paula Na<strong>de</strong>r, Gabriele<br />
Canettieri, Patricia Viegas e Natalia Contrera<br />
34 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
comprometimento<br />
Nova i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> corporativa da Yasuda Marítima, a Sompo<br />
Seguros está nos canais <strong>de</strong> mídia com sua primeira<br />
campanha institucional. A empresa enfatiza nos filmes e<br />
peças impressas o seu principal valor: comprometimento<br />
com os serviços que presta aos seus usuários, que são consi<strong>de</strong>rados<br />
seus principais ativos. “Historicamente, a comunicação<br />
das seguradoras sempre explorou situações <strong>de</strong><br />
riscos e perigos. Posicionamos a Sompo Seguros <strong>de</strong> forma<br />
diferente, retratando o benefício principalmente emocional,<br />
que a sensação <strong>de</strong> estar segurado por uma empresa<br />
como esta proporciona aos seus clientes”, explicou Alexandre<br />
Gama. A i<strong>de</strong>ia da campanha é mostrar que o clientes<br />
da Sompo vão po<strong>de</strong>r usar seu tempo com coisas úteis.<br />
neogama<br />
soMPo<br />
Título: Re<strong>de</strong>; produto: institucional; direção geral <strong>de</strong> criação:<br />
Alexandre Gama; direção <strong>de</strong> criação: Márcio Ribas e Fabio Mozeli;<br />
produção, pós-produção, finalização e áudio: AD Studio; direção<br />
e montagem: Jarbas Agnelli; RTVC: Luciana Kley e Gabriela<br />
Baroni; direção <strong>de</strong> produção: Mariah Bayeux; aprovação: André<br />
Gouw e Daniela Mozzer Soares<br />
escolHa<br />
Criada há 45 anos, a FMU enfatiza<br />
sua tradição no mercado <strong>de</strong> ensino<br />
para interagir com seu público-alvo.<br />
O plano é mostrar que seus alunos<br />
terão mais do que um simples canudo,<br />
mas uma formação capaz <strong>de</strong><br />
transformar suas vidas após um período<br />
<strong>de</strong> quatro anos. A campanha é<br />
multidisciplinar e contempla filmes e<br />
mobiliário urbano.<br />
ldc<br />
FMu<br />
Título: Mais que um diploma. Uma escolha<br />
<strong>de</strong> vida; criação: Fabricio Pretto/Rafael<br />
Merel; head of art: Roberta Moraes;<br />
produção: Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Filmes; direção:<br />
Paulo Mancini e Lucas Fazzio; montagem:<br />
André Mello; som: Tentáculo; aprovação:<br />
Paula Santos e Daniel Bulgueroni<br />
*Paulo Macedo (interino) paulo@propmark.com.br<br />
Estão Abertas as inscrições ao Prêmio Colunistas São Paulo<br />
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Patrocínio:<br />
jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 35
STORYTELLER<br />
Não sou eu<br />
Marina Cota<br />
Sou uma boa pessoa, um pai quase avô<br />
<strong>de</strong> família. E gostaria <strong>de</strong> mudar meu perfil<br />
LuLa Vieira<br />
mensagem a seguir eu escrevi <strong>de</strong> brinca<strong>de</strong>ira<br />
uma noite que abri minhas caixas<br />
A<br />
todas <strong>de</strong> entrada (virtuais, o que vocês estão<br />
pensando <strong>de</strong> mim? - minhas caixas <strong>de</strong> entrada<br />
físicas não são abertas assim como se<br />
bastassem um clique) e <strong>de</strong>scobri que, para o<br />
mundo do ecommerce, sou o maior punheteiro,<br />
pornoconsumista, fofoqueiro, frívolo,<br />
babaca <strong>de</strong> todo o universo virtual.<br />
Pensando bem, parte disso sou mesmo,<br />
mas não na proporção que os algoritmos levam<br />
a crer. Acontece que escrevo livros. Um<br />
<strong>de</strong>les é sobre a noite carioca, o que me levou<br />
a comprar pela internet várias obras sobre o<br />
assunto, boa parte pornográfica e outras resvalando<br />
por essa – digamos – categoria.<br />
Noutra ocasião, criando uma campanha<br />
para um cliente, tentei <strong>de</strong>scobrir o tamanho<br />
do mercado <strong>de</strong> roupas plus size. E imagine o<br />
número <strong>de</strong> sites e portais <strong>de</strong>dicados à venda<br />
(ou aluguel) <strong>de</strong> roupas para esse segmento.<br />
Roupas e recheio, se é que me enten<strong>de</strong>m. Li<br />
todos, naveguei entre eles. Vi gordinhas fantásticas<br />
ven<strong>de</strong>ndo sutiã que, a um simples<br />
clique, me levaram a orgias virtuais (popularmente<br />
conhecidas como surubas) impossíveis<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>letar.<br />
Bastaria me cadastrar. Outra vez, para um<br />
artigo para um jornal alternativo, <strong>de</strong> esquerda<br />
e <strong>de</strong> orientação LGBT, pesquisei todas as<br />
músicas <strong>de</strong> conteúdo machista, homofóbico,<br />
mulherfóbico (essa é dilmesca) e bolsonarista<br />
que já foram feitas. “Na subida do morro<br />
me contaram/que você bateu na minha nega/<br />
isso não se faz/bater numa mulher que não é<br />
sua”- Ribeiro Cunha e Moreira da Silva. Essa<br />
é a letra que serviu <strong>de</strong> epígrafe.<br />
Tudo isso fica registrado na memória dos<br />
po<strong>de</strong>rosos computadores, que vão traçando<br />
um ser humano através <strong>de</strong> suas leituras, compras<br />
e passeios pelo mundo virtual. Já que<br />
falei <strong>de</strong> Bolsonaro, também sobre isso an<strong>de</strong>i<br />
pesquisando a tese da força e da truculência<br />
nos regimes.<br />
Como <strong>de</strong>rivativo no entendimento do fascínio<br />
pelo estado opressor e organizado, fui<br />
a Hitler, Mussolini e seus arremedos. Fi<strong>de</strong>l e<br />
Chaves inclusive. Pesquisei vida, obra, discursos.<br />
E os computadores <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> infinita<br />
(Deuses?), traçando minha preferência<br />
me classificaram, acho eu. “Esse puto – pensaram<br />
os circuitos <strong>de</strong>les – tem uma boa renda.<br />
Compra muita merda (esqueci dos vinhos!<br />
Isso me coloca como fodão na categoria <strong>de</strong><br />
comprador) é meio alcoólatra, chegado a uma<br />
putaria e tem cartão <strong>de</strong> crédito.<br />
É conservador, <strong>de</strong>ve ser eleitor do Trump.<br />
Vamos entupir ele <strong>de</strong> ofertas! “Esse é o tema<br />
<strong>de</strong>sta coluna. Não aguento mais. Tudo que<br />
se escreve, produz, filma sobre putaria, fascismo,<br />
sacanagem e violência mandam pra<br />
mim. Para piorar, numa <strong>de</strong>ssas ocasiões, forneci<br />
minha ida<strong>de</strong>. Algum computador juntou<br />
tudo. Velho, punheteiro, na internet. Tá broxa.<br />
Eu me fudi. Minha caixa postal recebe por<br />
dia 20 mensagens <strong>de</strong> clínicas que cuidam <strong>de</strong><br />
paumolecência.<br />
Saibam vocês que existem mais <strong>de</strong> 80 clínicas<br />
<strong>de</strong> disfunção sexual só nas redon<strong>de</strong>zas<br />
do bairro em que eu moro. Para cada pau<br />
mole, <strong>de</strong>ve ter uns oito médicos. É por isso<br />
que o Brasil não vai pra frente. Ou atrás, com<br />
perdão da insinuação. Com fotos <strong>de</strong> banco <strong>de</strong><br />
imagem e textos <strong>de</strong> classificados <strong>de</strong> imóveis,<br />
me dizem que 70 anos é a melhor ida<strong>de</strong> para<br />
se ter pau duro, só eu que não sei. Os respeitáveis<br />
doutores das clínicas chamadas Oxford<br />
Clinics, Mé<strong>de</strong>cins Mo<strong>de</strong>rnes, The Broose Happy,<br />
Le Pinceau Animé garantem transformar<br />
todo velhinho babão como eu em Kid<br />
Bengala. Façam-no como diria Temer. Voltemos<br />
ao tema.<br />
Desculpe-me por ter levado quase a coluna<br />
inteira para justificar a mensagem que<br />
eu escrevi para essas empresas. Eu só queria<br />
me explicar avisando essas entida<strong>de</strong>s<br />
que sou uma boa pessoa, um pai quase avô<br />
<strong>de</strong> família (Cora, minha neta, bem-vinda e<br />
não repare a bagunça). E gostaria <strong>de</strong> mudar<br />
o meu perfil. Eu gostaria que vocês soubessem<br />
que adoraria ser informado que Elomar<br />
lançou um novo CD. Que Massimo Montanari<br />
acaba <strong>de</strong> lançar um livro chamado Histórias<br />
da Mesa, que eu <strong>de</strong>scobri por acaso<br />
numa livraria e é um <strong>de</strong>slumbrante relato<br />
dos hábitos à mesa. Contem-me, por favor,<br />
que Philip Roth está nas lojas com o livro Os<br />
Fatos, sua biografia.<br />
O maior autor americano vivo falando <strong>de</strong><br />
si mesmo. Contem-me bobagens, bobagens<br />
mesmo, como, por exemplo, que o filme Cães<br />
<strong>de</strong> Guerra - uma das melhores coisas que o<br />
cinema produziu nos últimos anos – está nos<br />
cinemas. Acho que vocês não me conhecem.<br />
Ou, respeitando tudo que se escreve sobre essa<br />
enorme capacida<strong>de</strong> do pessoal que trabalha<br />
em mídias sociais em ter po<strong>de</strong>r e conhecimento,<br />
talvez quem não me conheça seja eu<br />
mesmo.<br />
Lula Vieira é publicitário, diretor da<br />
Mesa Consultoria <strong>de</strong> Comunicação,<br />
radialista, escritor, editor e professor<br />
lulavieira@grupomesa.com.br<br />
36 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
EspEcial livE maRkEting<br />
Eventos e ações promocionais<br />
movimentam R$ 44 bilhões<br />
Dado é <strong>de</strong> estudo realizado pela Ampro e pela SSK; levantamento revelou<br />
ainda as disciplinas do segmento que foram mais utilizadas pelas empresas<br />
Vinícius noVaes<br />
setor <strong>de</strong> live marketing no<br />
O Brasil movimentou, em<br />
um ano, <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2015 a julho<br />
<strong>de</strong> <strong>2016</strong>, R$ 43,9 bilhões.<br />
O estudo, encomendado pela<br />
Ampro (Associação <strong>de</strong> Marketing<br />
Promocional) e realizado<br />
pela SSK, ouviu 156 empresas<br />
ligadas ao setor – sendo<br />
81% consi<strong>de</strong>rada <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> e<br />
médio porte, e 59% do setor<br />
<strong>de</strong> serviços. O PIB (Produto<br />
Interno Bruto), no ano passado,<br />
foi <strong>de</strong> R$ 5,9 trilhões, sendo<br />
73% oriundo das médias e<br />
gran<strong>de</strong>s empresas, e 27% das<br />
pequenas empresas.<br />
Segundo Denise <strong>de</strong> Cássia,<br />
diretora do Comitê <strong>de</strong> Pesquisa,<br />
Inteligência e Inovação da<br />
Ampro, a recessão teve participação<br />
nos resultados. “Quando<br />
você percebe que o ponteiro do<br />
crescimento não está mexendo,<br />
está imóvel, a saída mais<br />
palpável é fazer um investimento<br />
em live marketing”, garantiu.<br />
A pesquisa sobre o setor<br />
revelou ainda as ferramentas<br />
mais utilizadas no último ano.<br />
Em primeiro lugar, Eventos,<br />
Feiras e Congressos (77%); em<br />
segundo, Ações Promocionais<br />
(62%); e em terceiro, Marketing<br />
<strong>de</strong> Incentivo (56%). Outras<br />
ações também fizeram parte<br />
do escopo <strong>de</strong> investimentos,<br />
como as ativações (47%) e o<br />
Tra<strong>de</strong> Marketing (38%).<br />
A especialista da Ampro falou<br />
sobre a importância da ferramenta<br />
chamada Marketing<br />
<strong>de</strong> Incentivo em um momento<br />
<strong>de</strong> crise econômica. “Porque<br />
se você não ven<strong>de</strong>, então o caminho<br />
é fazer incentivo para a<br />
equipe ven<strong>de</strong>r”, disse. “Esse<br />
número <strong>de</strong> investimento em<br />
Marketing <strong>de</strong> Incentivo se <strong>de</strong>ve<br />
muito à crise”, complementou.<br />
Denise vai além no raciocínio<br />
ao garantir que esse cenário<br />
<strong>de</strong>ve se manter ainda por um<br />
tempo. “Na Europa, quando<br />
houve a crise, notamos que,<br />
por alguns anos seguintes, investimentos<br />
foram mantidos”,<br />
exemplificou Denise <strong>de</strong> Cássia.<br />
Num mercado que vem sofrendo,<br />
há pelo menos dois<br />
anos, com a crise econômica,<br />
31% das empresas respon<strong>de</strong>ram<br />
que aumentaram o uso <strong>de</strong><br />
ações <strong>de</strong> live marketing, 29%<br />
mantiveram o investimento e<br />
40% <strong>de</strong>clararam que tiveram<br />
<strong>de</strong> diminuir.<br />
A pesquisa sobre a atual situação<br />
do live marketing no<br />
Brasil também quis saber das<br />
empresas do setor qual a tendência<br />
para os próximos três<br />
anos. A resposta po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada<br />
otimista: 62% <strong>de</strong>sejam<br />
investir mais, enquanto<br />
31% <strong>de</strong>verão manter e apenas<br />
7% têm o plano <strong>de</strong> diminuir.<br />
Para essas empresas, o fator <strong>de</strong><br />
maior impacto no investimento<br />
<strong>de</strong> ações <strong>de</strong> live marketing é<br />
o aumento das vendas, seguido<br />
do relacionamento que as<br />
marcas estabelecem com seus<br />
públicos e a imagem.<br />
EscOlHa<br />
Já em relação aos processos<br />
<strong>de</strong> concorrência e contratação<br />
<strong>de</strong> agências especializadas<br />
em live marketing, mais <strong>de</strong><br />
90% respon<strong>de</strong>u que convoca<br />
até quatro agências para os<br />
processos <strong>de</strong> contratação e,<br />
no geral, ranquearam fatores<br />
como a profissionalização da<br />
equipe, o tempo <strong>de</strong> atuação<br />
no mercado, a estrutura e os<br />
processos <strong>de</strong> suporte <strong>de</strong> ações<br />
como os mais relevantes para<br />
a contratação <strong>de</strong> uma agência.<br />
Por último, fazem a comparação<br />
dos preços.<br />
“quando você<br />
percebe que o<br />
ponteiro do<br />
crescimento<br />
não está<br />
mexendo, a<br />
saída mais<br />
palpável é<br />
investir em live<br />
marketing”<br />
Denise <strong>de</strong> Cássia:<br />
“Na Europa, quando<br />
houve a crise, notamos<br />
que, por anos seguidos,<br />
alguns investimentos<br />
foram mantidos”<br />
Divulgação<br />
38 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
31% das empresas<br />
aumentaram o uso <strong>de</strong><br />
ações no segmento<br />
29% mantiveram aporte no setor<br />
40% <strong>de</strong>clararam que<br />
tiveram <strong>de</strong> diminuir<br />
62% das companhias<br />
apostaram em ações<br />
promocionais<br />
77% das empresas<br />
investiram em eventos,<br />
feiras e congressos<br />
56% preferiram<br />
o marketing <strong>de</strong><br />
incentivo 47%<br />
optaram por<br />
ativações<br />
38% escolheram<br />
o tra<strong>de</strong> marketing<br />
O estudo também quis saber<br />
quais foram os fatores para a<br />
contratação <strong>de</strong> uma agência <strong>de</strong><br />
live marketing. Profissionalização<br />
da equipe, tempo <strong>de</strong> atuação<br />
no mercado, estrutura e<br />
processos <strong>de</strong> suporte as ações,<br />
conhecimento do mercado e<br />
prazo <strong>de</strong> entrega foram os principais<br />
quesitos levantados.<br />
Outros motivos também figuraram<br />
na lista, como expertise<br />
da agência, agilida<strong>de</strong>, criativida<strong>de</strong>,<br />
atendimento e preço.<br />
EXpEctativa<br />
Para o próximo ano, a expectativa<br />
é que o investimento<br />
aumente um pouco mais. “Baseado<br />
no dado que revelou que<br />
62% das empresas <strong>de</strong>verão aumentar<br />
o investimento em live<br />
marketing, esperamos que a<br />
movimentação, que neste ano<br />
foi <strong>de</strong> R$ 43,9 bilhões, aumente<br />
um pouco”, disse.<br />
De acordo com a especialista,<br />
o segundo semestre costuma,<br />
quase sempre, ser melhor<br />
que os primeiros seis meses do<br />
ano. “Geralmente o segundo<br />
semestre é mais ativo <strong>de</strong>vido<br />
ao fim do ano, on<strong>de</strong> você começa<br />
a ter mais ações”, contou.<br />
E por falar em ações, Denise<br />
citou ainda como um bom<br />
exemplo os Jogos Olímpicos do<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro, que terminaram<br />
no último dia 21. “As Olimpíadas<br />
ajudaram muito o mercado<br />
brasileiro <strong>de</strong> live marketing,<br />
porque retrataram, entre outras<br />
coisas, a alma do Rio <strong>de</strong> Janeiro”,<br />
exemplificou.<br />
E Denise tem razão. A edição<br />
<strong>de</strong>ste ano dos Jogos Olímpicos<br />
foi palco <strong>de</strong> muitas ações<br />
<strong>de</strong> live marketing, como a Vila<br />
Skol, realizada pela BFerraz. A<br />
Vila funcionou no Museu <strong>de</strong><br />
Arte Mo<strong>de</strong>rna do Rio e teve várias<br />
atrações, como apresentações<br />
musicais.<br />
Outra marca que apostou<br />
nesse segmento <strong>de</strong> comunicação<br />
foi a P&G. Uma das apostas<br />
da marca foi a Casa da Família,<br />
montada em um hotel em São<br />
Conrado, on<strong>de</strong> as pessoas pu<strong>de</strong>ram,<br />
por exemplo, usufruir<br />
<strong>de</strong> tratamentos <strong>de</strong> beleza e higiene<br />
corporal, como Pantene e<br />
Gillette.<br />
“A diferença entre as ações<br />
<strong>de</strong> live marketing na Copa e nas<br />
Olimpíadas é que no Mundial<br />
<strong>de</strong> futebol elas eram realizadas<br />
<strong>de</strong>ntro dos estádios, enquanto<br />
nos Jogos do Rio <strong>de</strong> Janeiro era<br />
possível vê-las fora dos lugares<br />
on<strong>de</strong> ocorreram os jogos”, disse<br />
Denise <strong>de</strong> Cássia.<br />
jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 39
espeCial live marketing<br />
Consumidor cada vez mais centrado<br />
na experiência fortalece o setor<br />
Presi<strong>de</strong>nte da Ampro, Wilson Ferreira Jr., afirma que crescimento vem<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> os anos <strong>19</strong>90 e ten<strong>de</strong> a aumentar; ABA também valoriza segmento<br />
Wilson Ferreira Junior: o live marketing vem crescendo<br />
“As empresAs<br />
vivem momentos<br />
difíceis, mAs<br />
precisAmos<br />
pensAr que<br />
quAndo A<br />
crise AcAbAr<br />
teremos <strong>de</strong><br />
estAr sAudáveis<br />
pArA continuAr<br />
nossos negócios”<br />
Fotos: Divulgação<br />
Sandra Martinelli: vivência cria algo único, que fica na memória<br />
BÁRBARA BARBOSA<br />
Uma pesquisa divulgada recentemente<br />
pela Ampro (Associação<br />
<strong>de</strong> Marketing Promocional,<br />
leia mais na página 30)<br />
revela crescimento do mercado<br />
<strong>de</strong> live marketing no país - mesmo<br />
diante do famigerado “apesar<br />
da crise”. O saldo positivo,<br />
segundo a entida<strong>de</strong>, está muito<br />
relacionado à sustentatbilida<strong>de</strong><br />
dos relacionamentos com o<br />
mercado e a um trabalho muito<br />
próximo dos anunciantes. “As<br />
empresas vivem momentos difíceis,<br />
mas precisamos pensar que<br />
quando a crise acabar teremos<br />
<strong>de</strong> estar saudáveis para continuar<br />
nossos negócios. Por isso, um<br />
dos focos <strong>de</strong> atuação da Ampro<br />
é trabalhar as relações sustentáveis”,<br />
ressalta Wilson Ferreira<br />
Junior, presi<strong>de</strong>nte da Ampro.<br />
Ele <strong>de</strong>staca ainda o bom relacionamento<br />
da entida<strong>de</strong> com<br />
a ABA (Associação Brasileira <strong>de</strong><br />
Anunciantes): “É muito importante<br />
nosso relacionamento, pois<br />
é por meio <strong>de</strong>le que po<strong>de</strong>mos estar<br />
próximo dos clientes e dividir<br />
com eles nossos conhecimentos<br />
<strong>de</strong> negócio para sustentar a ca<strong>de</strong>ia<br />
<strong>de</strong> valor”.<br />
Diretamente ligada à sustentabilida<strong>de</strong><br />
da associação, outra<br />
área <strong>de</strong> atuação da Ampro é a<br />
catequização das novas gerações.<br />
Esse movimento é feito, essencialmente,<br />
por meio do GEA<br />
(Grupo <strong>de</strong> Estudos Acadêmicos),<br />
que atua como um hub <strong>de</strong> conhecimento<br />
<strong>de</strong>ntro da entida<strong>de</strong>.<br />
“Por meio do GEA temos feito<br />
programas para que estudantes e<br />
jovens profissionais se transformem<br />
em uma força <strong>de</strong> trabalho<br />
mais qualificada, com uma visão<br />
mais madura <strong>de</strong> live marketing”,<br />
explica Ferreira.<br />
De acordo com o executivo,<br />
esse trabalho já gera bons resultados<br />
e a tendência é melhorar.<br />
“O crescimento da área vem <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
os anos <strong>19</strong>90, um movimento<br />
histórico que vem dando resultados<br />
paulatinamente. O marketing<br />
<strong>de</strong> experiência, sem dúvida,<br />
é uma tendência: um marketing<br />
que promova sensações nas pessoas<br />
é cada vez mais importante”,<br />
diz. “Neste momento <strong>de</strong> crise,<br />
a Ampro sentiu, por meio <strong>de</strong><br />
seus associados, que alguns segmentos<br />
do live marketing se <strong>de</strong>stacaram<br />
mais que outros. A área<br />
<strong>de</strong> eventos sofreu mais do que<br />
<strong>de</strong> promoções e incentivos, por<br />
exemplo. Mas, pensando numa<br />
ótica histórica, o live marketing<br />
vem crescendo”, acrescenta.<br />
A presi<strong>de</strong>nte-executiva da<br />
ABA (Associação Brasileira <strong>de</strong><br />
Anunciantes), Sandra Martinelli,<br />
concorda que a experiência é o<br />
que difere o live marketing <strong>de</strong><br />
outras disciplinas. “Nos dias <strong>de</strong><br />
hoje, experiência com uma marca<br />
tem relevância fundamental<br />
para sua conexão com os consumidores<br />
e é papel do live marketing<br />
criar experiências variadas,<br />
criativas, importantes e encantadoras.<br />
A vivência cria algo único,<br />
que fica na memória do consumidor<br />
como um estimulo positivo<br />
e especial”, ressalta.<br />
Para a executiva, o aumento<br />
<strong>de</strong> interesse pelo live marketing<br />
é resultado <strong>de</strong> uma conta<br />
simples: mais do que ven<strong>de</strong>r, as<br />
marcas querem ser vistas como<br />
love brands. “A criação <strong>de</strong> experiências<br />
inesquecíveis para o consumidor<br />
tem se mostrado como<br />
uma boa estratégia para fi<strong>de</strong>lizar<br />
clientes. São fundamentais na<br />
estratégia <strong>de</strong> integração das ferramentas<br />
<strong>de</strong> marketing. O live<br />
marketing representa um bom<br />
investimento para manter vendas<br />
lucrativas”, diz.<br />
40 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
伀 䰀 椀 瘀 攀 䴀 愀 爀 欀 攀 琀 椀 渀 最 搀 攀 栀 漀 樀 攀 攀 猀 琀 <br />
洀 愀 椀 猀 挀 漀 渀 攀 挀 琀 愀 搀 漀 搀 漀 焀 甀 攀 渀 甀 渀 挀 愀 ⸀<br />
䄀 吀 栀 攀 䜀 爀 漀 甀 瀀 琀 愀 洀 戀 洀 ⸀<br />
䤀 洀 愀 最 椀 渀 攀 琀 攀 爀 洀 漀 甀 洀 愀 瀀 氀 愀 琀 愀 昀 漀 爀 洀 愀<br />
搀 椀 最 椀 琀 愀 氀 挀 甀 猀 琀 漀 洀 椀 稀 愀 搀 愀 瀀 愀 爀 愀 愀 最 攀 猀 琀 漀<br />
搀 攀 挀 愀 洀 瀀 愀 渀 栀 愀 猀 搀 攀 爀 攀 氀 愀 挀 椀 漀 渀 愀 洀 攀 渀 琀 漀 Ⰰ<br />
昀 椀 搀 攀 氀 椀 稀 愀 漀 攀 椀 渀 挀 攀 渀 琀 椀 瘀 漀 ⸀ 䔀 猀 猀 愀 愀<br />
䜀 爀 漀 甀 瀀 匀 琀 漀 爀 攀 ⸀<br />
䌀 漀 洀 椀 渀 琀 攀 爀 昀 愀 挀 攀 猀 椀 渀 搀 攀 瀀 攀 渀 搀 攀 渀 琀 攀 猀 瀀 愀 爀 愀 䈀 ㈀ 䈀 攀 䈀 ㈀ 䌀 Ⰰ 愀<br />
昀 攀 爀 爀 愀 洀 攀 渀 琀 愀 瘀 愀 椀 洀 甀 椀 琀 漀 愀 氀 洀 搀 漀 猀 椀 洀 瀀 氀 攀 猀 爀 攀 猀 最 愀 琀 攀 搀 攀<br />
瀀 爀 洀 椀 漀 猀 Ⰰ 瀀 攀 爀 洀 椀 琀 椀 渀 搀 漀 愀 瀀 攀 爀 猀 漀 渀 愀 氀 椀 稀 愀 漀 椀 渀 琀 攀 最 爀 愀 氀 搀 攀<br />
搀 椀 瘀 攀 爀 猀 愀 猀 挀 愀 洀 瀀 愀 渀 栀 愀 猀 猀 椀 洀 甀 氀 琀 愀 渀 攀 愀 洀 攀 渀 琀 攀 Ⰰ 挀 漀 洀 爀 攀 愀 猀<br />
爀 攀 猀 琀 爀 椀 琀 愀 猀 攀 洀 攀 挀 渀 椀 挀 愀 猀 搀 椀 昀 攀 爀 攀 渀 挀 椀 愀 搀 愀 猀 Ⰰ 搀 攀 愀 挀 漀 爀 搀 漀 挀 漀 洀<br />
漀 瀀 爀 漀 樀 攀 琀 漀 搀 攀 挀 愀 搀 愀 挀 氀 椀 攀 渀 琀 攀 ⸀<br />
ꀀ<br />
倀 愀 爀 愀 最 愀 爀 愀 渀 琀 椀 爀 甀 洀 愀 琀 攀 渀 搀 椀 洀 攀 渀 琀 漀 攀 昀 椀 挀 椀 攀 渀 琀 攀 Ⰰ 甀 洀 愀 爀 攀 搀 攀<br />
挀 漀 洀 洀 愀 椀 猀 搀 攀 㔀 瀀 愀 爀 挀 攀 椀 爀 漀 猀 椀 渀 琀 攀 最 爀 愀 漀 昀 漀 爀 洀 愀 琀 漀 瀀 愀 搀 爀 漀 Ⰰ<br />
猀 甀 瀀 爀 椀 渀 搀 漀 愀 猀 搀 攀 洀 愀 渀 搀 愀 猀 搀 攀 挀 漀 洀 爀 挀 椀 漀 昀 猀 椀 挀 漀 攀 搀 椀 最 椀 琀 愀 氀 ⸀<br />
䄀 氀 洀 搀 椀 猀 猀 漀 Ⰰ 甀 洀 愀 最 椀 氀 搀 椀 渀 洀 椀 挀 愀 挀 漀 洀 攀 爀 挀 椀 愀 氀 洀 愀 渀 琀 椀 搀 愀<br />
挀 漀 洀 漀 漀 戀 樀 攀 琀 椀 瘀 漀 搀 攀 昀 椀 爀 洀 愀 爀 渀 漀 瘀 愀 猀 瀀 愀 爀 挀 攀 爀 椀 愀 猀 ⸀<br />
ꀀ<br />
䌀 漀 渀 栀 攀 愀 愀 猀 椀 渀 切 洀 攀 爀 愀 猀 瀀 漀 猀 猀 椀 戀 椀 氀 椀 搀 愀 搀 攀 猀 焀 甀 攀 愀<br />
䜀 爀 漀 甀 瀀 匀 琀 漀 爀 攀 瀀 漀 搀 攀 漀 昀 攀 爀 攀 挀 攀 爀 攀 挀 漀 渀 攀 挀 琀 攀 猀 甀 愀 洀 愀 爀 挀 愀<br />
挀 漀 洀 漀 昀 甀 琀 甀 爀 漀 搀 漀 䰀 椀 瘀 攀 䴀 愀 爀 欀 攀 琀 椀 渀 最 ⸀<br />
吀 栀 攀 䜀 爀 漀 甀 瀀 ⸀ 匀 漀 氀 甀 漀 椀 渀 琀 攀 最 爀 愀 搀 愀 瀀 愀 爀 愀 漀 猀 攀 甀 渀 攀 最 挀 椀 漀 ⸀<br />
䔀 渀 琀 爀 攀 攀 洀 挀 漀 渀 琀 愀 琀 漀 瀀 攀 氀 漀 攀 ⴀ 洀 愀 椀 氀<br />
挀 漀 洀 甀 渀 椀 挀 愀 挀 愀 漀 䀀 最 爀 漀 甀 瀀 ⸀ 挀 漀 洀 ⸀ 戀 爀<br />
漀 甀 瀀 攀 氀 漀 琀 攀 氀 攀 昀 漀 渀 攀 ⠀⤀ 㔀 㔀 ⴀアパートアパートアパートアパート<br />
⼀ 吀 栀 攀 䜀 爀 漀 甀 瀀 䌀 漀 洀 甀 渀 椀 挀 愀 挀 愀 漀<br />
䀀 琀 栀 攀 最 爀 漀 甀 瀀 眀 瀀 椀<br />
⼀ 琀 栀 攀 最 爀 漀 甀 瀀 眀 瀀 椀<br />
眀 眀 眀 ⸀ 最 爀 漀 甀 瀀 ⸀ 挀 漀 洀 ⸀ 戀 爀
EspECial livE MaRkEting<br />
MChecon propõe cenografia 360° e<br />
projeta faturamento <strong>de</strong> R$ 120 mi<br />
Com 12 anos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s, empresa é uma das principais fornecedoras do<br />
mercado <strong>de</strong> marketing promocional como stands e ambientes <strong>de</strong> eventos<br />
Marcelo Checon e Juliana Ferraz estão ampliando os negócios da MChecon, mas sem sair do foco original<br />
“MesMo quando<br />
soMos solicitados<br />
pelo cliente,<br />
sugeriMos<br />
agências<br />
coM as quais<br />
trabalhaMos<br />
para a execução<br />
porque não é a<br />
intenção sair da<br />
nossa expertise.<br />
a tudo e a saMba<br />
já realizaraM<br />
projetos cuja<br />
origeM foi<br />
na eMpresa”<br />
Paulo Macedo<br />
Criada há 12 anos pelo empreário<br />
Marcelo Checon, a<br />
MChecon está diversificando<br />
sua operação <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a chegada<br />
da executiva Juliana Ferraz para<br />
comandar as estruturas <strong>de</strong><br />
marketing e comercialização,<br />
mas sem sair do core business<br />
original, que é fornecer serviços<br />
<strong>de</strong> cenografia. A i<strong>de</strong>ia é ter<br />
uma atuação 360° para contemplar<br />
ativida<strong>de</strong>s antes não relacionadas<br />
ao portfólio da empresa<br />
sem gerar conflitos com<br />
as agências <strong>de</strong> marketing promocional,<br />
que impactam em<br />
cerca <strong>de</strong> 70% o seu faturamento,<br />
que em 2015 chegou a R$ 80<br />
milhões, com a expectativa<br />
<strong>de</strong> atingir R$ 120 milhões este<br />
ano. O caminho para materializar<br />
o objetivo já está traçado:<br />
apenas com as Olimpíadas do<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro, on<strong>de</strong> construiu<br />
o badalado Hotel Nissan sob<br />
encomenda da Dream Factory,<br />
contabilizou R$ 40 milhões.<br />
A Rio <strong>2016</strong> também envolveu<br />
a edificação da Casa Holanda,<br />
em parceria com a agência inglesa<br />
CSM, especializada em<br />
Olimpíadas, que já está estruturando<br />
escritório em Tóquio<br />
para atuar nos jogos <strong>de</strong> 2020.<br />
“Esse é um mercado movido a<br />
eventos. Cada um <strong>de</strong>les exige<br />
algum tipo <strong>de</strong> estrutura cenográfica,<br />
das mais simples às<br />
mais sofisticadas. Temos uma<br />
estrutura <strong>de</strong> produção em Osasco,<br />
na região metropolitana <strong>de</strong><br />
São Paulo, capaz <strong>de</strong> suprir qualquer<br />
<strong>de</strong>manda das agências”,<br />
explica Checon, que conta com<br />
o olhar do diretor <strong>de</strong> operações<br />
Joel <strong>de</strong> Souza para buscar soluções<br />
criativas. “Usamos muito<br />
a tecnologia para <strong>de</strong>finir nossos<br />
projetos. Recentemente mandamos<br />
uma equipe para o Salão<br />
do Automóvel da Rússia para<br />
observar tendências que po<strong>de</strong>rão<br />
ter relevância no Brasil”.<br />
E o Salão Internacional do<br />
Automóvel, <strong>de</strong> 10 a 20 <strong>de</strong> novembro<br />
no São Paulo Expo, já<br />
está movimentando a MChecon<br />
encarregada <strong>de</strong> montar os<br />
stands da Merce<strong>de</strong>s-Benz e da<br />
Fiat. O Natal também já está<br />
na pauta. Os shoppings da re<strong>de</strong><br />
Iguatemi já estão em fase <strong>de</strong><br />
produção. Checon afirma que<br />
a cenografia será inovadora e<br />
está sendo feita diretamente<br />
com o cliente.<br />
Porém, é um caso único. A<br />
MChecon não quer ocupar o lugar<br />
das agências, mesmo com o<br />
plano <strong>de</strong> ter um mo<strong>de</strong>lo 360°.<br />
“Mesmo quando somos solicitados<br />
pelo cliente, sugerimos<br />
agências com as quais trabalhamos<br />
para a execução porque<br />
não é a intenção sair da nossa<br />
expertise. A Tudo e a Samba já<br />
realizaram projetos cuja origem<br />
Divulgação<br />
foi na empresa. Como somos<br />
um hub comercial que age em<br />
muitos clientes, muitas vezes<br />
recebemos consultas”, afirma<br />
Checon, explicando que tem<br />
equipes especializadas para<br />
execuções em pontos <strong>de</strong> venda,<br />
stands, palcos e camarotes.<br />
O Camarote Salvador é uma<br />
das apostas da MChecon no Carnaval<br />
2017. Juliana está estruturando<br />
um plano com a prefeitura<br />
soteropolitana para ativar eventos<br />
e buscar patrocinadores.<br />
Também vai envolver títulos da<br />
Condé Nast, como Glamour e<br />
Quem Acontece. “Percebemos<br />
que há muitas oportunida<strong>de</strong>s na<br />
maior festa brasileira. E vamos<br />
explorar o Carnaval com outras<br />
possibilida<strong>de</strong>s, mas <strong>de</strong>ntro do<br />
nosso core <strong>de</strong> negócios. Se houver<br />
chance, chamamos alguma<br />
agência para nos ajudar na criação”,<br />
finaliza Juliana.<br />
42 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
STRATEGY<br />
+<br />
CREATIVITY<br />
+<br />
TOP PRODUCTION<br />
+<br />
EVENTOS CORPORATIVOS<br />
lANçAMENTO DE PRODuTOS<br />
EVENTOS ESPORTIVOS<br />
MARkETINg DIRETO<br />
TRADE MARkETINg<br />
CONVENçõES<br />
ATIVAçõES<br />
guERRIlhA<br />
ShOwS<br />
ENDOMARkETINg<br />
ExPOSIçõES<br />
CONgRESSOS<br />
FESTIVAIS<br />
DIgITAl<br />
DESIgN<br />
BRANDINg<br />
PDV<br />
FEIRAS<br />
INCENTIVO<br />
MíDIAS SOCIAIS<br />
A Attach Live Marketing é uma agência jovem, que pensa<br />
<strong>de</strong> forma inovadora para <strong>de</strong>senvolver estratégias criativas<br />
baseadas em três pilares: inteligência, agilida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong>.<br />
Porque fazer diferente é criar experiências relevantes para<br />
as pessoas e impactar positivamente o negócio <strong>de</strong> nossos<br />
clientes. Afinal, fazer parte <strong>de</strong> diferentes histórias <strong>de</strong> sucesso<br />
significa que estamos no caminho certo.<br />
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Um dos eventos <strong>de</strong> ativação da Oito para Nike foi a implementação do primeiro serviço <strong>de</strong> limpeza <strong>de</strong> sneakers do Brasil, entre 2015 e <strong>2016</strong>, na loja <strong>de</strong> Copacabana (RJ)<br />
Investimento po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong> risco, mas<br />
resultado costuma ser bom e rápido<br />
No Brasil o setor cresce ano a ano, e consolida sua força. Pesquisa da<br />
Ampro aponta que 60% das empresas investiram em ações em 2015<br />
Claudia Penteado<br />
Live marketing é sinônimo <strong>de</strong><br />
risco. Qualquer experiência<br />
<strong>de</strong> marca é sempre uma aposta<br />
e, por isso mesmo, o retorno<br />
e a performance <strong>de</strong> cada ação é<br />
algo imprevisível, mas o efeito<br />
em vendas é <strong>de</strong>vastadoramente<br />
mais rápido do que na maioria<br />
das outras ações do marketing<br />
mix. Mas os resultados costumam<br />
ser muito bons, o que<br />
explica porque, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />
da crise político/econômica,<br />
no Brasil o live marketing<br />
cresce ano a ano e consolida sua<br />
força. A pesquisa realizada pela<br />
Associação <strong>de</strong> Marketing Promocional<br />
(veja matéria nas páginas<br />
38 e 39) comprova isso: 60%<br />
das empresas respon<strong>de</strong>ram que<br />
mantiveram ou aumentaram o<br />
uso <strong>de</strong> ações durante o ano <strong>de</strong><br />
2015 e 93% preten<strong>de</strong>m manter<br />
ou aumentar o investimento nos<br />
próximos três anos.<br />
Celio Ashcar Jr., chairman da<br />
Ampro, afirma que este tem sido<br />
um ano produtivo, mas a entida<strong>de</strong><br />
ainda busca a regulamentação<br />
junto ao governo. Segundo<br />
ele, o projeto Princípios <strong>de</strong> Valor,<br />
uma série <strong>de</strong> encontros entre<br />
clientes, agências e fornecedores<br />
tem como objetivo construir<br />
uma relação mais sustentável e<br />
conta com a contribuição da ABA<br />
(Associação Brasileira <strong>de</strong> Anunciantes).<br />
“Várias iniciativas também<br />
estão sendo realizadas por todo<br />
Brasil no intuito <strong>de</strong> aumentar<br />
a percepção e a valorização do<br />
live marketing. Lançamos a<br />
campanha #somoslivemkt para<br />
que todos os que produzem ou<br />
vivenciam uma experiência <strong>de</strong><br />
live marketing possam compartilhar<br />
através das re<strong>de</strong>s sociais.<br />
Está sendo um enorme sucesso”,<br />
conclui Ashcar Jr.<br />
A falta <strong>de</strong> reconhecimento financeiro<br />
– ou garantia financeira<br />
no médio prazo, por exemplo<br />
– ainda é um problema na opinião<br />
<strong>de</strong> diversos players, embora<br />
tenha melhorado nos últimos<br />
anos. As concorrências são vistas<br />
como um gran<strong>de</strong> risco – pois<br />
“Nosso graN<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>safio Nesse<br />
Negócio é gerar<br />
valor para os<br />
clieNtes”<br />
44 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
<strong>de</strong>mandam uma equação injusta<br />
entre investimentos e retorno.<br />
A escolha pelo menor preço<br />
como consequência da ditadura<br />
da área <strong>de</strong> suprimentos, o leilão,<br />
ainda ocorre. A diversida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> empresas com diferentes padrões<br />
<strong>de</strong> entrega e compromisso<br />
que disputam trabalhos com<br />
empresas consagradas também<br />
é vista como um problema. “É<br />
importante saber dividir produtoras<br />
<strong>de</strong> evento <strong>de</strong> agências <strong>de</strong><br />
live marketing”, argumenta Gui<br />
Salles, sócio da Oito, que <strong>de</strong>staca<br />
como <strong>de</strong>safio manter uma agência<br />
com os melhores profissionais<br />
e justificar budgets consi<strong>de</strong>rados<br />
“caros” para garantir 100%<br />
<strong>de</strong> entrega para os clientes.<br />
O ano não foi excepcional, mas<br />
para a AktuellMix, por exemplo,<br />
os Jogos Olímpicos levaram a<br />
empresa a crescer até 20% este<br />
ano. Ela foi responsável pela estratégia,<br />
criação e execução das<br />
ações do COI (Comitê Olímpico<br />
Internacional), com foco em hospitality.<br />
“Foi um projeto grandioso,<br />
que uniu todos os setores da<br />
agência, com o envolvimento<br />
direto <strong>de</strong> 150 pessoas <strong>de</strong> nossa<br />
equipe e mais <strong>de</strong> mil colaboradores<br />
indiretos”, disse Rodrigo Rivellino,<br />
presi<strong>de</strong>nte da empresa.<br />
No caso da The Marketing Store,<br />
o CEO Britto Junior afirma que a<br />
migração <strong>de</strong> ações institucionais<br />
para ações promocionais <strong>de</strong> vendas<br />
contribui para o crescimento<br />
e a relevância do live marketing<br />
na priorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investimentos<br />
no curto prazo. “Em tempos <strong>de</strong><br />
crise <strong>de</strong>vemos focar no que produzimos<br />
<strong>de</strong> melhor, com menos<br />
custos e mais retorno sobre investimentos”.<br />
promEssa<br />
Assim como a situação do Brasil<br />
mudou, os perfis dos clientes<br />
se transformaram: é preciso fazer<br />
mais com menos, e há também<br />
mais clientes dispostos e abertos<br />
a trabalhar <strong>de</strong> maneira conjunta,<br />
sem barreiras. “Não existe mais<br />
lugar para pensamento tático ou<br />
<strong>de</strong> execução. Da oportunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> aumentar o budget dos clientes<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> agências <strong>de</strong> live<br />
marketing, 50% está nas mãos<br />
das próprias agências. Cada vez<br />
mais os clientes esperam que<br />
apontemos os caminhos. Que<br />
nós possamos gerar as <strong>de</strong>mandas,<br />
enten<strong>de</strong>ndo os movimentos<br />
das marcas”, diz Britto Junior.<br />
Segundo ele, o digital ainda<br />
é a ferramenta que mais<br />
vem transformando o negócio<br />
e há um universo imenso a ser<br />
Marcio Esher, diretor-geral do Banco <strong>de</strong> Eventos: cliente busca oportunida<strong>de</strong><br />
percorrido. Para a maioria dos<br />
players, a multidisciplinarida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> equipes e o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> comunicação<br />
integrado são o ponto <strong>de</strong><br />
partida para resolver o problema<br />
dos clientes.<br />
“Não conseguimos mais enxergar<br />
um mo<strong>de</strong>lo fragmentado<br />
para as agências. Nos sentimos<br />
confortáveis para encarar qualquer<br />
<strong>de</strong>safio <strong>de</strong> nossos clientes.<br />
Existem muitas oportunida<strong>de</strong>s<br />
para as agências focadas nos objetivos<br />
<strong>de</strong> negócios das marcas”,<br />
afirma Rivelino.<br />
Pesquisa e planejamento estão<br />
na or<strong>de</strong>m do dia e serão,<br />
para empresas como a Oito, foco<br />
dos maiores investimentos no<br />
futuro próximo. “Os clientes<br />
buscam por oportunida<strong>de</strong>s que<br />
agreguem valor às suas marcas<br />
<strong>de</strong> maneira proativa, sem a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> existência <strong>de</strong> um<br />
briefing. A consequência natural<br />
<strong>de</strong>ssa maneira <strong>de</strong> atuar é a<br />
consolidação da parceria, numa<br />
clara relação ganha-ganha”, diz<br />
Marcio Esher, diretor-geral do<br />
Banco <strong>de</strong> Eventos.<br />
Rivelino afirma que as agências,<br />
<strong>de</strong> uma maneira geral,<br />
precisam ter um discurso mais<br />
voltado para a estratégia <strong>de</strong> negócios,<br />
pois basicamente têm<br />
duas questões a resolver: construir<br />
marca ou aumentar vendas.<br />
“Nosso gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio nesse<br />
negócio é gerar valor para os<br />
clientes”, conclui.<br />
O ano <strong>de</strong> 2017 é visto como<br />
promissor – melhor do que <strong>2016</strong>.<br />
Flavio Machado, da SRCOM,<br />
afirma que os gran<strong>de</strong>s eventos<br />
que passaram recentemente<br />
no Brasil <strong>de</strong>ixaram um legado<br />
imaterial importante, levando<br />
clientes mais conservadores<br />
a começarem a enten<strong>de</strong>r que<br />
“experiências incríveis” valem<br />
o preço. A SRCOM formou com<br />
a italiana Film Master Group<br />
uma empresa para produzir as<br />
cerimônias olímpicas e paralímpicas<br />
dos Jogos Rio <strong>2016</strong>. “Os<br />
clientes mais inteligentes buscam<br />
se <strong>de</strong>stacar criando experiências<br />
únicas e <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong>.<br />
Não se pren<strong>de</strong>m a pesquisas<br />
e conseguem enten<strong>de</strong>r o valor<br />
imensurável não só da experiência<br />
que proporcionam, mas<br />
do conteúdo relevante que geram”,<br />
conclui Machado.<br />
tecnologia cria<br />
vínculo com<br />
consumidores<br />
em ações<br />
interativas<br />
Mariana Zirondi*<br />
tecnologia é uma das gran<strong>de</strong>s<br />
aliadas do live marke-<br />
A<br />
ting. As possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> rápida<br />
produção e repercussão são uma<br />
boa saída para ações que buscam<br />
interativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma instantânea.<br />
A construção <strong>de</strong> sites promocionais<br />
exclusivos, jogos e<br />
ativida<strong>de</strong>s para as marcas ajuda<br />
a criar vínculos e estar na lembrança<br />
dos consumidores. “As<br />
ferramentas <strong>de</strong>vem ser, cada vez<br />
mais, conectadas”, explica Sandra<br />
Martinelli, presi<strong>de</strong>nte-executiva<br />
da ABA. “Muitas vezes, as estratégias<br />
para gerar visibilida<strong>de</strong><br />
atuam em várias frentes diferentes.<br />
Com o cenário digital, as pessoas<br />
ficaram mais próximas das<br />
marcas e a comunicação tem <strong>de</strong><br />
ser cada vez mais encantadora”.<br />
Além disso, o digital ajuda a gerar<br />
interesse das pessoas em participar<br />
das ações, analisa Alexandre<br />
Mutran, professor da ESPM. “A<br />
tecnologia ajuda na reverberação<br />
da ação quando, nas re<strong>de</strong>s<br />
sociais, pessoas que não foram<br />
impactadas, mas ficam sabendo<br />
do que aconteceu”.<br />
Adriano Cerillo, professor da<br />
FAAP, também <strong>de</strong>staca a interativida<strong>de</strong>.<br />
“Os óculos VR e a febre do<br />
Pokemon GO são iniciativas que<br />
trazem para o mundo físico possibilida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> interação, engajamento<br />
e compartilhamento que<br />
não ocorreriam sem a tecnologia.<br />
Cada vez mais, as marcas po<strong>de</strong>m<br />
transitar com flui<strong>de</strong>z entre o<br />
mundo real e o virtual - essa é a<br />
missão do live marketing”. Com<br />
sete prêmios no Ampro Globes<br />
Awards <strong>2016</strong>, a Heineken Green<br />
Ri<strong>de</strong> é um exemplo <strong>de</strong> uma ação<br />
impulsionada pelo digital. A marca<br />
trouxe para São Paulo sete dos<br />
mo<strong>de</strong>los mais famosos <strong>de</strong> táxis<br />
vindos <strong>de</strong> países como Estados<br />
Unidos, Itália, Alemanha, Inglaterra,<br />
Tailândia e China. A ação<br />
foi realizada em parceria com o<br />
aplicativo Easy Táxi e o objetivo<br />
foi proporcionar experiências<br />
culturais e conscientizar as pessoas<br />
<strong>de</strong> que não se <strong>de</strong>ve dirigir e<br />
consumir álcool.<br />
*Colaborou Bárbara Barbosa<br />
jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 45
ESpEcial livE markEtinG<br />
Group Store é ferramenta para<br />
gestão <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> incentivo<br />
Plano é customizar premiações às forças <strong>de</strong> vendas das empresas,<br />
que po<strong>de</strong>m escolher itens mais a<strong>de</strong>quados para suas necessida<strong>de</strong>s<br />
reflexo na boca do caixa<br />
O é sintomático quando as<br />
empresas entregam premiações<br />
sob medida para suas<br />
equipes <strong>de</strong> vendas, cada vez<br />
mais pressionadas por resultados.<br />
Mas não po<strong>de</strong> ser um<br />
item qualquer. A a<strong>de</strong>quação<br />
é essencial, como enfatiza o<br />
empresário Fernando Guntovitch,<br />
presi<strong>de</strong>nte da The<br />
Group Comunicação, que vem<br />
observando nesses tempos <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>pressão econômica que os<br />
valores dos prêmios <strong>de</strong> incentivo<br />
estão em constante mutação.<br />
E para tornar essa <strong>de</strong>manda<br />
eficaz, a agência investiu<br />
na criação da ferramenta estratégica<br />
Group Store, uma<br />
espécie <strong>de</strong> prateleira online<br />
que permite a customização<br />
em tempo real <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong><br />
incentivo que precisa ter uma<br />
rota corrigida. Por exemplo,<br />
se a oferta for alimentação e<br />
o usuário optar por uma viagem,<br />
não há nenhum impedimento<br />
para exercer a opção.<br />
“Trata-se <strong>de</strong> uma interface<br />
B2B e também B2C capaz <strong>de</strong><br />
abrigar diversas campanhas<br />
simultaneamente, através<br />
<strong>de</strong> áreas restritas e mecânicas<br />
diferencidas, <strong>de</strong>stinada<br />
ao projeto <strong>de</strong> um dos nossos<br />
clientes, entre os quais MAN,<br />
Samsung, Volkswagen e Banco<br />
Santan<strong>de</strong>r, por exemplo.<br />
O mundo está cada vez mais<br />
concentrado e as marcas,<br />
produtos e serviços estão em<br />
busca <strong>de</strong> soluções digitais<br />
para disgnosticar, solucionar<br />
e executar suas questões. A<br />
The Group tem uma área <strong>de</strong><br />
big data que consolida o CRM<br />
com muita precisão e ética. A<br />
nova plataforma é uma proposta<br />
criativa em prol do valor<br />
estratégico para a motivação<br />
das equipes <strong>de</strong> vendas, principalmente<br />
nesse momento no<br />
Fernando Guntovitch enfatiza a importância <strong>de</strong> marcas, produtos e serviços estimularem suas equipes <strong>de</strong> vendas em tempos <strong>de</strong> crise<br />
“A The Group<br />
Tem umA áreA<br />
<strong>de</strong> biG dATA que<br />
consolidA o crm<br />
com precisão. A<br />
novA plATAformA<br />
é umA solução<br />
criATivA em<br />
prol do vAlor<br />
esTrATéGico pArA<br />
A moTivAção dAs<br />
equipes <strong>de</strong> vendAs”<br />
qual o consumidor está mais<br />
seletivo na hora <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir a<br />
sua cesta <strong>de</strong> compras”, disse<br />
Guntovitch.<br />
O marketing promocional<br />
vem conseguindo manter o<br />
volume <strong>de</strong> verbas comprometidas<br />
nos budgets dos<br />
anunciantes. Segundo a Ampro<br />
(Associação <strong>de</strong> Marketinbg<br />
Promocional), o volume<br />
<strong>de</strong> negócios do tra<strong>de</strong> foi,<br />
em 2015, <strong>de</strong> R$ 43,9 bilhões,<br />
incluindo todas as disciplinas<br />
do live marketing, como<br />
eventos, convenções, feiras,<br />
promoções e ativações. “Claro<br />
que estamos trabalhando<br />
com uma intensida<strong>de</strong> inédita.<br />
Os clientes estão buscando<br />
i<strong>de</strong>ias para formalizar as vendas,<br />
algo que não está sendo<br />
muito fácil. Alguns segmentos<br />
foram afetados <strong>de</strong> forma<br />
contun<strong>de</strong>nte, mas nós não<br />
Divulgação<br />
po<strong>de</strong>mos parar. As ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong><br />
vendas precisam ser incentivadas<br />
para não per<strong>de</strong>rem a<br />
motivação necessária para interagir<br />
com os consumidores.<br />
Nosso crescimento este ano é<br />
<strong>de</strong> 18%, que reflete uma motivação<br />
interna, afinal também<br />
usamos os antídotos que recomendamos”,<br />
disse o presi<strong>de</strong>nte<br />
da The Group.<br />
A busca pela assertivida<strong>de</strong><br />
não é apenas uma meta. Guntovitch<br />
explica que os processos<br />
precisam <strong>de</strong> análises<br />
e planejamento mais sofisticados<br />
que exigem pesquisas<br />
<strong>de</strong> campo e ad-hoc para não<br />
haver <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> orçamento.<br />
“Mantemos um olhar<br />
pragmático para todos os movimentos<br />
para termos uma<br />
criação holística e capaz <strong>de</strong><br />
resolver problemas”, finalizou<br />
o empresário.<br />
46 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
especial live Marketing<br />
Marcas buscam engajamento em<br />
tempo real com os consumidores<br />
As ativações estão na pauta dos anunciantes e durante eventos como os<br />
Jogos Olímpicos, Rock in Rio e Lollapalooza lançam projetos interativos<br />
Fotos: Divulgação<br />
Marca do porfólio da Pepsico, o salgadinho Doritos teve um estúdio <strong>de</strong> fotografia na edição 2015 do Rock in Rio na ação batizada <strong>de</strong> “Gigantes do Rock”, criação da Bullet<br />
Paulo Macedo<br />
Criado pela Artplan, do empresário<br />
Roberto Medina,<br />
nos anos <strong>19</strong>80, o Rock in Rio é<br />
o primeiro evento proprietário<br />
do país e se tornou em todas<br />
suas edições, as nacionais e as<br />
internacionais, um palco para<br />
as marcas estabelecerem interação<br />
com os consumidores. A<br />
primeira edição foi marcada pelo<br />
lançamento da cerveja Malt<br />
90, que induziu a organização<br />
a fazer a associação 90 horas<br />
<strong>de</strong> música e som. A Pepsi e o<br />
McDonald’s também aproveitaram<br />
a oportunida<strong>de</strong>. O objetivo<br />
é gerar interativida<strong>de</strong>.<br />
No ano passado, Doritos<br />
aproveitou o tráfego <strong>de</strong> 1 milhão<br />
<strong>de</strong> espectadores para montar o<br />
“Não adiaNta Nada<br />
gritar duraNte<br />
todo o eveNto<br />
com algo que<br />
o coNsumidor<br />
Não vai levar<br />
para casa, que<br />
Não gerará uma<br />
lembraNça”<br />
estúdio fotográfico “Gigantes<br />
do Rock”, <strong>de</strong>corado como se<br />
fosse um palco e com o recurso<br />
da ilusão <strong>de</strong> ótica para ampliar<br />
a percepção dos usuários como<br />
se fossem habitantes da terra <strong>de</strong><br />
gigantes. Fernando Figueiredo,<br />
sócio e CEO da Bullet, agência<br />
que i<strong>de</strong>alizou a ação, explica<br />
que os gran<strong>de</strong>s eventos têm o<br />
propósito <strong>de</strong> atrair audiência<br />
qualificada, transferir valores<br />
para as marcas e ser um potente<br />
gerador <strong>de</strong> conteúdo. “Desta<br />
forma, se a marca tem a competência<br />
<strong>de</strong> escolher os festivais<br />
certos para se trabalhar, e ativar<br />
corretamente nesses festivais<br />
- para não ser apenas um logo<br />
numa paisagem -, certamente<br />
ganharão com isso”, explicou<br />
Figueiredo.<br />
E para não ser mais uma, a<br />
busca do inédito exige pesquisas<br />
e criativida<strong>de</strong> para fazer a<br />
diferença. Figueiredo explica:<br />
“Fazer o que todos sempre fazem<br />
fará a marca ser mais uma<br />
num mar <strong>de</strong> marcas. É preciso<br />
gerar residual. Não adianta<br />
nada gritar durante todo o evento<br />
com algo que o consumidor<br />
não vai levar para casa, que não<br />
gerará uma lembrança. Invista<br />
certo. Se gastar R$ 1 milhão para<br />
patrocinar o festival e mais R$<br />
100 mil para ativar, certamente<br />
alguém jogou fora esse R$ 1,1<br />
milhão”.<br />
A Bullet tem planos para<br />
eventos proprietários, mas<br />
po<strong>de</strong> ser um risco, na opinião<br />
<strong>de</strong> Figueiredo. “Investir em algo<br />
próprio é mais caro, e é preciso<br />
48 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
trabalhar não só a marca, mas<br />
o evento como um todo, o qual<br />
po<strong>de</strong> não ter a repercussão esperada.<br />
Por isso, entrar em eventos<br />
com histórico e já consagrados<br />
permite às marcas dividirem o<br />
risco e ter uma boa noção do que<br />
virá pela frente”.<br />
Gabriel Vallejo, vice-presi<strong>de</strong>nte<br />
da Momentum, acredita<br />
que o trabalho <strong>de</strong> construção <strong>de</strong><br />
marca é <strong>de</strong> longo prazo e multidisciplinar<br />
que, somados, conseguem<br />
fazer a tão almejada entrega<br />
nos chamados pontos <strong>de</strong><br />
contato com os consumidores.<br />
“Todo patrocínio parte <strong>de</strong> um<br />
objetivo <strong>de</strong> negócio. Seja um<br />
objetivo <strong>de</strong> tornar a marca mais<br />
próxima e querida, construir<br />
conhecimento <strong>de</strong> marca ou produto,<br />
estreitar relacionamento<br />
com o tra<strong>de</strong> e distribuidores ou<br />
até construção <strong>de</strong> orgulho e pertencimento<br />
<strong>de</strong> colaboradores.<br />
Quando olho para uma oportunida<strong>de</strong><br />
como um show dos<br />
Rolling Stones, vejo diversas<br />
possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> soluções que<br />
necessariamente precisam ter<br />
como premissa o que queremos<br />
atingir e transformar no negócio<br />
dos nossos clientes. Além disso,<br />
pensar nos valores da marca e<br />
na história da marca em relação<br />
a patrocínios e eventos para garantir<br />
que a associação da marca<br />
seja pertinente não só ao target,<br />
mas ao assunto a ser patrocinado.<br />
Criativamente seria uma<br />
<strong>de</strong>lícia. O evento <strong>de</strong> uma banda<br />
consagrada com fãs <strong>de</strong> diferentes<br />
gerações po<strong>de</strong> ser uma ótima<br />
oportunida<strong>de</strong> para as marcas”,<br />
disse Vallejo.<br />
A Momentum teve a oportunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> atuar na Copa do<br />
Mundo <strong>de</strong> 2014 no Brasil e nas<br />
Olimpíadas com Bra<strong>de</strong>sco, Nissan<br />
e Latam. O revezamento da<br />
Tocha Olímpica por 323 cida<strong>de</strong>s<br />
com o Bra<strong>de</strong>sco e Nissan que<br />
Vallejo consi<strong>de</strong>ra “um marco<br />
<strong>de</strong> brand experience”. Ele diz<br />
mais: “Todo patrocínio parte <strong>de</strong><br />
um objetivo <strong>de</strong> negócio. Seja um<br />
objetivo <strong>de</strong> tornar a marca mais<br />
próxima e querida, construir<br />
conhecimento <strong>de</strong> marca e produto,<br />
estreitar relacionamento<br />
com o tra<strong>de</strong> e distribuidores, ou<br />
até construção <strong>de</strong> orgulho e pertencimento<br />
<strong>de</strong> colaboradores.<br />
Quando olho para uma oportunida<strong>de</strong>,<br />
como um show dos<br />
Rolling Stones, vejo diversas<br />
possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> soluções que<br />
necessariamente precisam ter<br />
como premissa o que queremos<br />
Figueiredo: “Se gastar R$ 1 milhão para patrocinar o festival e mais R$ 100 mil para ativar, certamente alguém jogou fora esse R$ 1,1 mi”<br />
Vallejo: “Pensar nos valores da marca e na história da marca para garantir que a associação não seja pertinente não só ao target”<br />
atingir e transformar no negócio<br />
<strong>de</strong> nossos clientes. Além disso,<br />
pensar nos valores da marca e<br />
na história da marca em relação<br />
a patrocínios e eventos para garantir<br />
que a associação da marca<br />
seja pertinente não só ao target,<br />
mas ao assunto a ser patrocinado.<br />
Criativamente seria uma<br />
<strong>de</strong>lícia. O evento <strong>de</strong> uma banda<br />
consagrada com fãs <strong>de</strong> diferentes<br />
gerações po<strong>de</strong> ser uma ótima<br />
oportunida<strong>de</strong> para as marcas”.<br />
A Mood organiza os camarotes<br />
da Devassa no Carnaval do<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro, a participação<br />
da Eisenbahn na Oktoberfest e o<br />
stand da Adidas no Lollapalooza.<br />
Márcio Nicolini, head <strong>de</strong> live<br />
marketing da agência, explica:<br />
“Cada vez mais as marcas estão<br />
buscando trazer experiências<br />
únicas para o relacionamento<br />
com seu público, se aproximando<br />
mais <strong>de</strong> suas preferências, sejam<br />
elas gastronômicas, esportivas<br />
ou musicais. Para as marcas,<br />
estar <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sses shows é proporcionar<br />
ao público a possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> estarem próximos <strong>de</strong><br />
seus artistas preferidos, unindo<br />
isso a uma experiência única<br />
que faz com que o público se<br />
lembre que <strong>de</strong>terminada marca<br />
lhe proporcionou uma experiência<br />
verda<strong>de</strong>ira e positiva”.<br />
jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 49
EspEcial livE MarkEting<br />
Marcas procuram oferecer<br />
experiências memoráveis<br />
Anunciantes querem dar vida aos seus atributos; alguns exemplos <strong>de</strong><br />
ações bem-sucedidas conquistaram Leões no Festival <strong>de</strong> Cannes este ano<br />
Fotos: Divulgação<br />
Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> lojas REI manteve as portas fechadas no Black Friday, gerou 6,7 bilhões <strong>de</strong> impressões <strong>de</strong> mídia e levou 1,4 milhão <strong>de</strong> pessoas para fora na sexta-feira<br />
“Depois De<br />
conceDiDo o Leão,<br />
o presiDente Do<br />
júri, rob reiLLy,<br />
que LiDera<br />
gLobaLmente a<br />
criação Do mccann<br />
WorLDgroup,<br />
DecLarou que<br />
a marca (rei)<br />
‘DeciDiu viver seu<br />
propósito’”<br />
Cristiane Marsola<br />
objetivo principal dos<br />
O anunciantes quando investem<br />
numa ação <strong>de</strong> live marketing<br />
é associar suas marcas a<br />
experiências positivas. Melhor<br />
ainda, memoráveis. Para que o<br />
case seja bem-sucedido é preciso<br />
que, além <strong>de</strong> ser bastante<br />
criativo, ele esteja alinhado<br />
com os atributos da marca.<br />
Foi assim que a agência Venables<br />
Bell & Partners, <strong>de</strong> São<br />
Francisco (CA), conquistou o<br />
GP <strong>de</strong> Promo&Activation no<br />
Festival <strong>de</strong> Cannes este ano,<br />
com um trabalho para a re<strong>de</strong><br />
norte-americana <strong>de</strong> produtos<br />
esportivos REI. A loja manteve<br />
as portas fechadas durante<br />
a Black Friday, sexta-feira que<br />
suce<strong>de</strong> o feriado <strong>de</strong> Ação <strong>de</strong><br />
Graças e consi<strong>de</strong>rada uma das<br />
datas mais importantes para o<br />
comércio nos Estados Unidos.<br />
Nesse dia, as promoções arrastam<br />
multidões para lojas atrás<br />
<strong>de</strong> promoções imperdíveis.<br />
Por ser uma loja que comercializa<br />
artigos para esportes ao<br />
ar livre, a empresa sugeriu que<br />
os consumidores aproveitassem<br />
o fim <strong>de</strong> semana do feriado<br />
para, em vez <strong>de</strong> gastar horas filas<br />
<strong>de</strong> compras, fossem viver a<br />
vida lá fora. A iniciativa teve sucesso.<br />
A ação gerou 6,7 bilhões<br />
<strong>de</strong> impressões <strong>de</strong> mídia e levou<br />
1,4 milhão <strong>de</strong> pessoas para ativida<strong>de</strong><br />
fora <strong>de</strong> casa e longe das<br />
lojas.<br />
Depois <strong>de</strong> concedido o Leão,<br />
o presi<strong>de</strong>nte do júri, Rob Reilly,<br />
que li<strong>de</strong>ra globalmente a criação<br />
do McCann Worldgroup,<br />
<strong>de</strong>clarou que a marca (REI) “<strong>de</strong>cidiu<br />
viver seu propósito”.<br />
O Brasil conquistou três Leões<br />
na mesma categoria neste<br />
ano. A Vacina Antirrival, da<br />
Ogilvy para BandSport, ficou<br />
com uma prata, e WordstoWatch,<br />
da LDC para o curso <strong>de</strong> inglês<br />
Easy Way, ficou com dois<br />
Leões, um <strong>de</strong> prata e outro <strong>de</strong><br />
bronze. A criação da Ogilvy<br />
uniu no mesmo case a paixão<br />
das crianças pelo futebol e a<br />
rivalida<strong>de</strong> entre times para in-<br />
50 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
centivar a vacinação contra<br />
H1N1. Ao chegar para tomar a<br />
vacina, os pequenos eram recebidos<br />
em uma sala temática,<br />
<strong>de</strong>corada com cores e símbolos<br />
<strong>de</strong> seu time rival. As enfermeiras<br />
diziam que, além <strong>de</strong> se proteger<br />
contra a gripe, as crianças<br />
também ficariam imunizados<br />
contra o rival. O BandSport,<br />
nessa ação, conseguiu unir utilida<strong>de</strong><br />
pública ao tema principal<br />
<strong>de</strong> seu negócio: o esporte.<br />
Já o case assinado pela LDC<br />
usou uma i<strong>de</strong>ia simples, mas<br />
muito eficiente, para o ensino<br />
<strong>de</strong> língua estrangeira. Para ser<br />
fluente em qualquer idioma é<br />
essencial que as pessoas saibam<br />
como as palavras e expressões<br />
<strong>de</strong>vem ser colocadas no<br />
contexto. O WordstoWatch tinha<br />
um algoritmo que buscava<br />
a palavra procurada nas legendas<br />
do YouTube e assim gerava<br />
pequenos ví<strong>de</strong>os com a aplicação<br />
da expressão. Uma escola<br />
<strong>de</strong> inglês ajudando as pessoas a<br />
apren<strong>de</strong>rem a língua da melhor<br />
maneira.<br />
grandEs EvEntos<br />
Outra chance <strong>de</strong> as marcas<br />
permitirem que os consumidores<br />
vivam seus atributos é em<br />
gran<strong>de</strong>s eventos. A Rio <strong>2016</strong><br />
trouxe uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> ações<br />
que transformaram a Cida<strong>de</strong><br />
Olímpica.<br />
O Boulevard Olímpico, no<br />
centro do Rio, abrigou cases <strong>de</strong><br />
algumas marcas patrocinadoras<br />
do evento. A Nissan, por exemplo,<br />
materializou o conceito<br />
#QuemSeAtrevecom na montagem<br />
<strong>de</strong> um bungee jump, que<br />
funcionou entre 6 e 21 <strong>de</strong> agosto,<br />
realizando mais <strong>de</strong> mil saltos<br />
no período. A ação, assinada<br />
pela Momentum, impactou<br />
mais <strong>de</strong> 375 mil pessoas direta<br />
e indiretamente, em um espaço<br />
que arrastou multidão durante<br />
o evento esportivo.<br />
A Mood criou para o SporTV<br />
alguns backdrops em que visitantes<br />
das áreas que receberam<br />
disputas e ações olímpicas,<br />
como Barra da Tijuca, Deodoro,<br />
Parque Madureira e Porto Maravilha,<br />
pu<strong>de</strong>ssem se sentir atletas.<br />
Promotores uniformizados<br />
do canal ajudavam os participantes<br />
a tirarem fotos, que podiam<br />
ser enviadas por e-mail.<br />
Em 16 dias <strong>de</strong> ação, mais <strong>de</strong> 15<br />
mil imagens foram registradas.<br />
Vacina antirrival, da Ogilvy para BandSport, conquistou Leão <strong>de</strong> prata em Cannes<br />
Nissan materializou o conceito #Quemseatrevecom na montagem <strong>de</strong> um bungee jump, na Cida<strong>de</strong> Olímpica<br />
A Giz Propaganda também<br />
se aproveitou <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong><br />
evento para divulgar o trabalho<br />
da Braskem. A ativação Pare<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> escalada – Encare os Desafios<br />
das Mudanças Climática foi realizada<br />
durante a Virada Sustentável,<br />
no último fim <strong>de</strong> semana<br />
<strong>de</strong> agosto. Com a missão<br />
<strong>de</strong> mostrar que o plástico po<strong>de</strong><br />
ajudar a minimizar os impactos<br />
da emissão <strong>de</strong> CO2, já que é leve<br />
e po<strong>de</strong> ser reciclado, a agência<br />
construiu uma pare<strong>de</strong> <strong>de</strong> escalada<br />
ao lado do auditório do Ibirapuera,<br />
em São Paulo.<br />
União<br />
A Bullet juntou três marcas<br />
em um mesmo case. Conectando<br />
a felicida<strong>de</strong> foi uma parceria<br />
entre a Latam (na ocasião ainda<br />
com as marcas TAM e LAN) e a<br />
Coca-Cola para mudar o Natal<br />
<strong>de</strong> algumas pessoas. Nos aeroportos<br />
<strong>de</strong> Guarulhos, em São<br />
Paulo, e <strong>de</strong> Santiago, no Chile,<br />
passageiros foram convidados a<br />
contar suas histórias. Três <strong>de</strong>las<br />
foram selecionadas e, enquanto<br />
os <strong>de</strong>stinatários recebiam as<br />
mensagens, eram surpreendidos<br />
com um encontro surpresa<br />
com o remetente. A ação teve<br />
mais <strong>de</strong> 1 milhão <strong>de</strong> views em<br />
apenas três dias.<br />
jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 51
marcaS<br />
Sky mantém humor e resgata<br />
filmes memoráveis do cinema<br />
São duas campanhas criadas pela FCB Brasil, uma <strong>de</strong>las, Zapping,<br />
é protagonizada por Gisele Bündchen, e a outra por Fábio Porchat<br />
Vinícius noVaes<br />
cinema será o tema central<br />
O da nova campanha <strong>de</strong> Sky.<br />
A ubermo<strong>de</strong>l Gisele Bündchen,<br />
<strong>de</strong>sta vez, vai reviver personagens<br />
<strong>de</strong> filmes memoráveis. A<br />
campanha, criada pela FCB Brasil,<br />
estreia nesta segunda-feira<br />
(<strong>19</strong>), durante o intervalo do Jornal<br />
Nacional.<br />
Concebidos como paródia aos<br />
filmes originais, os comerciais<br />
trazem Gisele como protagonista<br />
<strong>de</strong> clássicos do cinema. Ao final<br />
<strong>de</strong>ssa releitura livre, a mo<strong>de</strong>lo<br />
aparece na sala <strong>de</strong> sua casa zapeando<br />
a programação da Sky – daí<br />
o nome da campanha, Zapping.<br />
As peças com Gisele comunicam<br />
o produto pós-pago, com<br />
dois filmes <strong>de</strong> 30 segundos que<br />
reforçam a marca como especialista<br />
em conteúdo. Cada um<br />
<strong>de</strong>les faz referência a clássicos<br />
do cinema. Em uma das peças,<br />
a mo<strong>de</strong>lo interpreta papéis dos<br />
icônicos dos filmes 007, O Iluminado<br />
e Star Wars. Em outra, aparece<br />
em cenas <strong>de</strong> Beleza Americana,<br />
Popeye, De Volta para o<br />
Futuro e ET.<br />
Além <strong>de</strong>sses, também há outros<br />
três filmes, com duração<br />
<strong>de</strong> 15 segundos cada, voltados<br />
para a comunicação <strong>de</strong> varejo,<br />
que resgatam as cenas exibidas<br />
nas peças <strong>de</strong> 30 segundos, com<br />
a adição <strong>de</strong> um lettering que<br />
reforça os atributos do produto<br />
pós-pago como usabilida<strong>de</strong> do<br />
HD, possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gravação,<br />
quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pontos e preço,<br />
entre outros.<br />
“Essa campanha é uma homenagem<br />
ao cinema e também é<br />
um link da experiência <strong>de</strong> entretenimento<br />
que a televisão po<strong>de</strong><br />
trazer para o consumidor final”,<br />
contou Alex Rocco, diretor <strong>de</strong><br />
marketing da Sky.<br />
Ainda <strong>de</strong> acordo com o executivo,<br />
essa nova campanha tem<br />
como objetivo resgatar o posicionamento<br />
da Sky como uma marca<br />
<strong>de</strong> excelência, além <strong>de</strong> enaltecer<br />
o valor agregado da categoria<br />
Fotos: Divulgação<br />
Fábio Porchat, que interpreta personagens como um avô em ação para plano pré-pago<br />
<strong>de</strong> TV paga e da experiência <strong>de</strong><br />
assistir à televisão. “Além disso,<br />
temos Gisele, que traduz a imagem<br />
<strong>de</strong> perfeição e carrega muitos<br />
atributos para a Sky e o produto”,<br />
garante Rocco.<br />
A O2 Filmes assina a produção<br />
com direção <strong>de</strong> Nando Olival.<br />
Para a campanha, foram construídos<br />
oito cenários, alugados<br />
494 objetos <strong>de</strong> cena, entre eles<br />
40 aparelhos <strong>de</strong> TVs antigas e<br />
<strong>de</strong>z rádios-vitrola.<br />
pré-pago<br />
Já no universo pré-pago, que<br />
também ganhará uma campanha,<br />
o protagonista é o humorista,<br />
roteirista e apresentador da<br />
Re<strong>de</strong> Record Fábio Porchat. Esta<br />
é a primeira vez que ele faz campanha<br />
para a operadora.<br />
Em cada um dos filmes, Porchat<br />
interpreta, <strong>de</strong> maneira divertida<br />
e carismática, um personagem<br />
diferente, como uma mãe<br />
<strong>de</strong> família, um adolescente e um<br />
avô à moda antiga, entre outros.<br />
Em situações e ambientes variados,<br />
ele explica as vantagens<br />
do plano Sky Pré-Pago, falando<br />
<strong>de</strong> preço, usabilida<strong>de</strong> e recarga.<br />
No final <strong>de</strong> cada peça é exibida<br />
a assinatura da campanha para<br />
essa modalida<strong>de</strong>: Sky Pré-Pago.<br />
Você no controle.<br />
“O plano pré-pago é um mo<strong>de</strong>lo<br />
que a Sky criou para trazer<br />
flexibilida<strong>de</strong> para o consumidor<br />
final. Com ele, as pessoas que<br />
não possuem recorrência <strong>de</strong><br />
receita terão flexibilida<strong>de</strong> para<br />
“essa campanha é<br />
uma homenagem<br />
ao cinema e<br />
também é um link<br />
da experiência <strong>de</strong><br />
entretenimento<br />
que a televisão<br />
po<strong>de</strong> trazer para<br />
o consumidor<br />
final”<br />
52 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
A ubermo<strong>de</strong>l Gisele Bündchen e Alex Rocco, diretor <strong>de</strong> marketing da Sky: ví<strong>de</strong>os, que têm direção assinada por Nando Olival, da O2, homenageiam clássicos do cinema, como eT<br />
comprar o receptor e fazer a recarga <strong>de</strong> acordo<br />
com o bolso <strong>de</strong>le”, explica Alex Rocco.<br />
Em relação à escolha do nome <strong>de</strong> Fábio<br />
Porchat para a campanha, o diretor <strong>de</strong> marketing<br />
da Sky revela que existe uma i<strong>de</strong>ntificação<br />
muito gran<strong>de</strong> do humorista com o público<br />
do produto. “Ele incorpora personagens<br />
do cotidiano, através dos quais a gente vai<br />
mostrar os principais atributos daquilo que<br />
estamos oferecendo”, diz. “O Porchat carrega<br />
uma riqueza muito gran<strong>de</strong> para gente por<br />
conta <strong>de</strong> uma credibilida<strong>de</strong>”, completa.<br />
Ainda <strong>de</strong> acordo com o diretor <strong>de</strong> marketing<br />
da operadora, a expectativa é que o<br />
ritmo <strong>de</strong> vendas dos pacotes pré-pagos continue<br />
e haja um aumento <strong>de</strong> market share<br />
nesse segmento. “O produto pré-pago vem<br />
tendo boa recepção e essa campanha vem<br />
para catalisar, para acelerar esse processo”,<br />
afirma o executivo.<br />
Já em relação à campanha, Rocco fala que<br />
ela traduz <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>scontraída o conceito<br />
e as vantagens <strong>de</strong>sse produto, que ainda é<br />
muito novo e tem um enorme espaço <strong>de</strong> crescimento<br />
no Brasil. “Apostamos em Fábio Porchat,<br />
uma personalida<strong>de</strong> com total sinergia<br />
com o nosso DNA <strong>de</strong> entretenimento e forte<br />
i<strong>de</strong>ntificação com o público”, diz.<br />
Joanna Monteiro, CCO da FCB Brasil,<br />
contou que a campanha trabalha em duas<br />
frentes, ambas com apelo emocional forte<br />
e muito ligado ao entretenimento. “Com a<br />
Gisele, investimos em parodiar cenas antológicas<br />
da história do cinema. Já para<br />
o pré-pago, produto exclusivo da marca,<br />
criamos uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e uma linguagem<br />
próprias”, <strong>de</strong>staca a criativa. As campanhas<br />
contam ainda com anúncios online, rádio e<br />
peças <strong>de</strong> ponto <strong>de</strong> venda.<br />
jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 53
marcas<br />
Decolar aposta no sitcom em<br />
nova campanha para TV e internet<br />
Criada pela REF+T, ação afirma que site "tem tudo para sua viagem";<br />
filmes mostram o dia a dia <strong>de</strong> uma família que gosta <strong>de</strong> viajar<br />
Divulgação<br />
Cena da campanha da Decolar.com mostra o dia a dia <strong>de</strong> uma família, com dois filhos, que adora viajar; foco da ação é no universo digital<br />
“somos uma<br />
empresa <strong>de</strong><br />
tecnologia que<br />
ven<strong>de</strong> viagens.<br />
temos tudo que<br />
o consumidor<br />
precisa. essa<br />
é a nossa<br />
mensagem<br />
principal”<br />
tretenimento, além do melhor<br />
preço do mercado”, diz. “Somos<br />
uma empresa <strong>de</strong> tecnologia<br />
que ven<strong>de</strong> viagens. Temos<br />
tudo que o consumidor precisa.<br />
Essa é a nossa mensagem<br />
principal”, complementa.<br />
O executivo contou ainda<br />
que o foco digital da campanha<br />
segue como priorida<strong>de</strong>. “Mas<br />
mantemos a divulgação na TV<br />
porque isso chega a todo pú-<br />
Vinícius noVaes<br />
Decolar.com aposta no formato<br />
sitcom em sua nova<br />
A<br />
campanha para internet e TV.<br />
Sob o novo posicionamento<br />
Decolar tem tudo para sua viagem,<br />
a ação é assinada pela<br />
REF+T.<br />
Os comerciais mostram o dia<br />
a dia <strong>de</strong> uma família – mãe, pai<br />
e dois filhos – inserindo um formato<br />
<strong>de</strong> sitcom na comunicação<br />
da Decolar.<br />
Os ví<strong>de</strong>os contam a história<br />
da família <strong>de</strong> Sergio e Laura,<br />
que gostam bastante <strong>de</strong> viajar.<br />
Diego, por exemplo, o filho caçula<br />
do casal, tem o sonho <strong>de</strong><br />
viajar para os Estados Unidos e<br />
conhecer os museus da Nasa e<br />
o <strong>de</strong> História Natural.<br />
André Alves, country manager<br />
do Decolar.com, conta que<br />
o ponto principal da campanha<br />
é mostrar que o site tem tudo<br />
que uma família precisa para<br />
viajar. “E que cada pessoa, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />
da ida<strong>de</strong>,<br />
po<strong>de</strong>rá encontrar na nossa plataforma<br />
todas as opções <strong>de</strong> enblico<br />
e alavanca todo o setor,<br />
mostrando que há opções <strong>de</strong><br />
viagem com preços diversos,<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do investimento<br />
que o consumidor po<strong>de</strong>rá<br />
fazer para isso”, afirma.<br />
Alves falou ainda sobre o<br />
foco “one stop shop”, que, segundo<br />
ele, é relevante porque<br />
está em linha com a estratégia<br />
<strong>de</strong> negócio da companhia.<br />
“A Decolar.com é pioneira em<br />
‘Pacotes Dinâmicos’, em que o<br />
consumidor po<strong>de</strong> customizar<br />
sua viagem <strong>de</strong> acordo com suas<br />
necessida<strong>de</strong>s. Este mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />
compra cresceu bastante em<br />
relação ao <strong>de</strong> pacotes tradicionais<br />
em <strong>2016</strong>”, afirma.<br />
Já para Marcelo Tripoli, sócio<br />
e CCO da REF+T, a linguagem<br />
criativa adotada representa<br />
inovação no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />
publicida<strong>de</strong> utilizado pelos<br />
anunciantes varejistas do país,<br />
em especial do segmento <strong>de</strong><br />
turismo. “São filmes sob o conceito<br />
‘brandformance’, brand<br />
com performance, que mostram<br />
uma história além das<br />
ofertas, com tom emocional<br />
para conectar a marca ao consumidor”,<br />
diz.<br />
Os comerciais trazem histórias<br />
para apresentar os personagens<br />
ao público. “Com o<br />
tempo, a campanha contará<br />
com <strong>de</strong>sdobramentos e incluirá<br />
no seu conteúdo temas que<br />
estiverem ocorrendo no Brasil,<br />
como eventos e assuntos mais<br />
comentados na socieda<strong>de</strong>. A<br />
família será inserida nos principais<br />
contextos reais”, acrescenta<br />
Tripoli. O objetivo é que<br />
essa família represente a Decolar<br />
na comunicação da marca<br />
nos próximos anos.<br />
O planejamento da ação durou<br />
seis meses e contemplou<br />
uma ampla análise e estudo do<br />
segmento para <strong>de</strong>finir o conceito,<br />
o posicionamento e, por<br />
fim, os perfis dos personagens.<br />
“Seguramente é um dos<br />
maiores investimentos da Decolar<br />
em comunicação nos últimos<br />
anos, além <strong>de</strong> explorar um<br />
conceito nunca antes adotado<br />
pelas marcas do segmento <strong>de</strong><br />
turismo”, diz Ricardo Calfat,<br />
sócio e COO da REF+T.<br />
54 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
mArcAs<br />
Activia adota novo posicionamento<br />
global e investe em dois comerciais<br />
Campanha voltada para a autoestima feminina convida<br />
mulheres a viverem "InSync", em sintonia com seus potenciais<br />
Claudia Penteado<br />
marca <strong>de</strong> iogurtes funcionais<br />
Activia tem nova cam-<br />
A<br />
panha global, criada pela Y&R,<br />
que convida as mulheres a viverem<br />
“InSync” (em sintonia),<br />
incentivando-as a manterem<br />
o corpo e a mente em equilíbrio,<br />
e buscarem o seu potencial<br />
máximo. Dois comerciais,<br />
que terão veiculação nacional,<br />
estão sendo lançados este mês:<br />
o primeiro apresenta as novas<br />
embalagens do produto, já o<br />
segundo, que entra no ar no<br />
próximo dia 26, apresenta o<br />
Cena da campanha protagonizada por Paola Carosella, Zica Assis e Ingrid Silva<br />
Divulgação<br />
novo posicionamento - Vivendo<br />
InSync.<br />
A Activia ouviu 15 mil mulheres,<br />
<strong>de</strong> diversos países. A<br />
pesquisa apontou como a autocrítica<br />
po<strong>de</strong> influenciar diferentes<br />
aspectos da vida. Mais<br />
da meta<strong>de</strong> (58%) acreditam<br />
que a autocrítica as <strong>de</strong>smotiva<br />
a tentar algo novo. Sob a nova<br />
ótica feminina, a marca adota<br />
conexão mais emocional com<br />
as mulheres. A campanha é<br />
protagonizada pela cozinheira<br />
argentina Paola Carosella, a<br />
empresária Zica Assis e a bailarina<br />
Ingrid Silva.<br />
jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 55
marcas<br />
snickers reitera conceito global<br />
com craque do Barcelona<br />
Neymar se lança como "cantor" para reforçar Você não é você quando<br />
está com fome; ação no Facebook exigiu parceria entre diversas agências<br />
A<br />
“notícia” <strong>de</strong> Neymar se lançando como cantor nas<br />
re<strong>de</strong>s sociais é mais uma jogada <strong>de</strong> marketing. A<br />
ação é para a Snickers, marca <strong>de</strong> chocolate da Mars, reiterando<br />
o conceito global Você não é você quando está<br />
com fome e mostra como até mesmo um dos maiores<br />
atletas do mundo po<strong>de</strong> se transformar por causa da fome.<br />
Em ví<strong>de</strong>o, Neymar se lança como “cantor” com performance<br />
engraçada e “fora do tom”, <strong>de</strong>monstrando<br />
claramente que algo estava errado. O ví<strong>de</strong>o com o “single”<br />
do jogador do Barcelona atingiu mais <strong>de</strong> 12 milhões<br />
<strong>de</strong> visualizações em um dia e tem gerado milhares <strong>de</strong><br />
memes e interações dos usuários.<br />
Ao revelar, no Facebook, que tudo não passava, <strong>de</strong><br />
fato, <strong>de</strong> um momento <strong>de</strong> fome, Neymar convida todos<br />
a participarem da nova promoção Snickers - Mata sua<br />
fome <strong>de</strong> bola. A ação foi realizada em parceria com as<br />
agências Bold, AlmapBBDO, In Press Porter Novelli e<br />
Integer\Outpromo.<br />
Uma das peças da campanha da Gol, que po<strong>de</strong> gerar processo no Conar<br />
Neymar em ví<strong>de</strong>o se lança como cantor e gera mais <strong>de</strong> 12 milhões <strong>de</strong> visualizações<br />
Gol compara espaços entre<br />
assentos e <strong>de</strong>sagrada concorrente<br />
Ação assinada pela AlmapBBDO mostra números entrelaçados nas<br />
cores da logomarca da Latam, que ainda estuda "medidas cabíveis"<br />
Divulgação<br />
Divulgação<br />
Peças criadas pela AlmapBBDO para a Gol não<br />
agradaram a Latam. Isso porque a ação do produto<br />
Gol + Conforto, que divulga as poltronas da companhia,<br />
insinua comparação com as poltronas da<br />
concorrente. O objetivo da campanha é mostrar que<br />
a Gol tem “o melhor espaço entre as poltronas das<br />
companhias aéreas brasileiras e quer mostrar isso<br />
para o consumidor, <strong>de</strong> forma bem objetiva e direta”.<br />
A Latam, no entanto, disse que estuda junto à<br />
agência Graphene as medidas cabíveis com relação<br />
à campanha do produto Gol + Conforto. “As empresas<br />
consi<strong>de</strong>ram a comunicação contrária às normas<br />
do Conar por não utilizar critérios objetivos <strong>de</strong> comparação.<br />
Reiteramos o nosso compromisso em manter<br />
uma comunicação transparente, em respeito aos<br />
consumidores”, diz em comunicado a companhia.<br />
A AlmapBBDO informou que a campanha criada<br />
para a Gol tem, além do anúncio com os números<br />
entrelaçados nas cores da logomarca da Latam, um<br />
encarte especial com veiculação nas revistas Veja,<br />
Exame e Forbes. As peças também foram para mídia<br />
exterior e a online.<br />
O Conar (Conselho Nacional <strong>de</strong> Autorregulamentação<br />
Publicitária) informou que ainda tinha recebido,<br />
até o último dia 16, nenhuma notificação da Latam<br />
relativa à Gol.<br />
56 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
marCaS<br />
Sagatiba muda posicionamento<br />
e assume que é cachaça<br />
Exportação é <strong>de</strong>safio para a marca do Gruppo Campari, que lança<br />
garrafas mais coloridas e passa a comunicar a brasilida<strong>de</strong> da bebida<br />
BÁRBARA BARBOSA<br />
Atualmente, o Brasil tem<br />
quatro mil marcas formalizadas<br />
<strong>de</strong> cachaça. Se contar<br />
o mercado informal, esse número<br />
sobe para 40 mil. A geração<br />
total <strong>de</strong> receita é <strong>de</strong> US$ 2<br />
bilhões por ano e o <strong>de</strong>stilado é<br />
o quarto mais vendido do mundo.<br />
No último dia 13, Dia da Cachaça,<br />
o país celebrou os 500<br />
anos da bebida e os números<br />
impressionam, mas com uma<br />
lacuna ainda em vista: a exportação,<br />
que hoje representa<br />
apenas 1% do volume do que é<br />
produzido.<br />
De acordo com Felipe Jannuzzi,<br />
i<strong>de</strong>alizador do Projeto<br />
Mapa da Cachaça, que já percorreu<br />
inúmeros alambiques<br />
por diversas partes do Brasil<br />
mapeando a ativida<strong>de</strong>, a exportação<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> alguns fatores.<br />
Um <strong>de</strong>les, sem dúvida, é o<br />
reconhecimento da bebida pelo<br />
próprio brasileiro.<br />
Para se ter uma i<strong>de</strong>ia, a cachaça<br />
só passou a ser reconhecida<br />
como algo típico do país e<br />
parte da cultura em 2001. Até<br />
então, era vista <strong>de</strong> forma estritamente<br />
pejorativa – a pinga, a<br />
marvada, coisa <strong>de</strong> cachaceiro. E<br />
ainda hoje não é escolha unânime<br />
na hora do preparo da brasileiríssima<br />
caipirinha, por exemplo.<br />
“Tem caipirinha <strong>de</strong> saquê,<br />
que nem <strong>de</strong>stilado é”, lembra<br />
Jannuzzi, que acredita no potencial<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da<br />
bebida para os próximos anos.<br />
ConSolidação<br />
Diante do potencial da cachaça,<br />
algumas marcas conhecidas<br />
dos brasileiros foram, nos<br />
últimos anos, adquiridas por<br />
multinacionais e tidas como<br />
apostas para exportação. É o<br />
caso, por exemplo, da Sagatiba,<br />
que em 2011 foi adquirida pelo<br />
italiano Gruppo Campari.<br />
Novas embalagens <strong>de</strong> Sagatiba foram <strong>de</strong>senvolvidas pela Casa Rex e estarão disponíveis nos pontos <strong>de</strong> venda a partir <strong>de</strong> outubro<br />
Marina Santos: primeiro passo é consolidar Sagatiba como autêntico produto brasileiro<br />
Segundo Marina Santos, diretora<br />
<strong>de</strong> marketing da Campari<br />
no Brasil, o primeiro passo, no<br />
entanto, é consolidar Sagatiba<br />
como um autêntico produto<br />
brasileiro. Nesse sentido, a<br />
marca lançou no último dia 12<br />
uma embalagem re<strong>de</strong>senhada<br />
e com mais apelo para a cultura<br />
brasileira.<br />
A garrafa, antes minimalista<br />
e mais parecida com a <strong>de</strong> uma<br />
Fotos: Divulgação<br />
vodca, ganhou cores e novos<br />
nomes: a Sagatiba Pura, passa a<br />
ser Sagatiba Cristalina; a Sagatiba<br />
Velha, começa a se chamar<br />
Sagatiba Envelhecida.<br />
A i<strong>de</strong>ia, <strong>de</strong> acordo com Marina,<br />
é reafirmar o produto, consi<strong>de</strong>rado<br />
premium <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua<br />
criação há 12 anos, como uma<br />
cachaça. A executiva lembra<br />
que, ainda hoje, em muitas cartas<br />
<strong>de</strong> drinks do Brasil, a bebida<br />
não é classificada nem como<br />
cachaça e nem como vodca.<br />
“Somos cachaça e a partir <strong>de</strong><br />
agora vamos trabalhar muito<br />
em cima isso”, disse.<br />
Para comunicar o novo posicionamento,<br />
a marca passa<br />
a investir forte no digital, com<br />
ações no Facebook e Instagram<br />
coor<strong>de</strong>nadas pela Purple Cow.<br />
O ponto <strong>de</strong> venda e o trabalho<br />
dos barten<strong>de</strong>rs também fazem<br />
parte da estratégia. Nas gôndolas,<br />
a nova Sagatiba, que teve<br />
embalagem <strong>de</strong>senvolvida pela<br />
Casa Rex, chega na primeira<br />
quinzena <strong>de</strong> outubro.<br />
jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 57
Marcas & Produtos<br />
Neusa Spaulucci nspaulucci@propmark.com.br<br />
auxiliar<br />
Para otimizar o tempo do consumidor na cozinha, a Arno colocou no<br />
mercado o Soup+Stile, com oito funções para ajudar no preparo das<br />
refeições <strong>de</strong> forma rápida e prática. Com quatro funções automáticas para<br />
pratos quentes, ele elabora sopas em creme ou em pedaços, molhos e ferve,<br />
segundo a empresa, o alimento em minutos. Já para os pratos frios, como<br />
smoothies, sucos e milkshakes, tem três funções automáticas: triturar gelo,<br />
rotação alta e baixa e função manual, que controla o preparo.<br />
Goma<br />
A Mentos, da Perfetti Van Melle,<br />
lançou o sabor Pure Fresh<br />
Cherry, sem adição <strong>de</strong> açúcar.<br />
A novida<strong>de</strong> segue o mesmo<br />
propósito da linha <strong>de</strong> garrafas.<br />
Segundo dados fornecidos<br />
pela empresa, esse tipo <strong>de</strong><br />
embalagem “cresceu 8% em<br />
valor, em um mercado que<br />
apresenta queda <strong>de</strong> -2% no<br />
mesmo período (dados Nielsen)”.<br />
“A garrafa é uma embalagem<br />
ícone em inovação e é apreciada<br />
pelos consumidores pela<br />
praticida<strong>de</strong>, disponibilida<strong>de</strong><br />
ao longo do dia”, diz Elzilene <strong>de</strong><br />
Moraes, diretora <strong>de</strong> marketing<br />
da Perfetti Van Melle.<br />
Saudável<br />
A Natue, e-commerce <strong>de</strong><br />
produtos naturais, que faz<br />
parte <strong>de</strong> um dos maiores<br />
grupos mundiais <strong>de</strong> loja online,<br />
a Nu3, apresenta diversos<br />
produtos funcionais, como<br />
as barras <strong>de</strong> chocolate e<br />
<strong>de</strong> proteínas, i<strong>de</strong>ais para o<br />
intervalo entre as refeições<br />
e a sobremesa. São livres<br />
<strong>de</strong> adoçantes, corante e<br />
aromatizantes artificiais, glúten<br />
e lactose. A marca também<br />
tem o açúcar <strong>de</strong> coco, boa<br />
opção para quem quer abrir<br />
mão do açúcar branco.<br />
Cozido<br />
A Oster traz panelas elétricas que vão além do preparo do arroz. A empresa afirma<br />
que é possível preparar diversos pratos com o aparelho, como massas, ensopados,<br />
risotos e até doces. Com tampa <strong>de</strong> vidro refratária transparente com visor e cabo<br />
arqueado, é possível visualizar o aquecimento do alimento. O recipiente interno é<br />
antia<strong>de</strong>rente, com sistema <strong>de</strong> aquecimento, mantendo os alimentos quentes, mesmo<br />
após o término do preparo. Por fora, o acabamento é <strong>de</strong> alumínio e conta com sistema<br />
termostato, que mantém a temperatura das receitas prontas para serem servidas.<br />
58 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
A COMUNICAÇÃO IMPRESSA<br />
É SURPREENDENTE DESDE SEMPRE<br />
VOCÊ VAI SE SURPREENDER COM O QUE<br />
AGÊNCIAS E CLIENTES IRÃO TE CONTAR.<br />
WALTER LONGO<br />
GRUPO ABRIL<br />
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FABIO MESTRINER<br />
ESPM<br />
FLAVIO WAITEMAN<br />
ESCALA COMUNICAÇÃO<br />
FELIPE LUCHI<br />
LEW LARA / TBWA<br />
ELIANA CASSANDRE<br />
GRUPO PETRÓPOLIS<br />
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Apoio <strong>de</strong> Mídia
Mídia<br />
Grupo Folha ven<strong>de</strong> participação<br />
no jornal Valor Econômico<br />
Globo, que já era dono <strong>de</strong> 50% do jornal lançado em 2000, <strong>de</strong>ve<br />
assumir a totalida<strong>de</strong> do veículo; Ca<strong>de</strong> precisa analisar a compra<br />
Claudia Penteado<br />
Depois <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 15 anos <strong>de</strong><br />
parceria, o Grupo Globo comprou<br />
do Grupo Folha os 50% da<br />
empresa Valor Econômico S.A.,<br />
jornal criado em maio <strong>de</strong> 2000.<br />
Em uma época difícil para os jornais<br />
impressos <strong>de</strong> uma maneira<br />
geral e poucos negócios ocorrendo<br />
no setor, a Globo optou por<br />
tornar-se a única controladora do<br />
jornal, negócio que ainda <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />
da aprovação do Ca<strong>de</strong> (Conselho<br />
Administrativo <strong>de</strong> Deesa<br />
Econômica). Por isso mesmo,<br />
nenhuma das partes comenta<br />
a negociação. Sabe-se que, por<br />
força <strong>de</strong> contrato, caso uma das<br />
empresas oferecesse uma oferta<br />
pela parte da outra, a que cobrisse<br />
a oferta ficaria com o jornal.<br />
Especula-se que a Folha teria<br />
feito uma oferta, mas não conseguido<br />
superar a da Globo, que estaria<br />
avaliada em R$ 20 milhões.<br />
Especula-se também que um dos<br />
dois parceiros tinha mesmo <strong>de</strong><br />
sair do negócio, pois haveria impasses<br />
<strong>de</strong>mais entre eles.<br />
“O movimento é positivo, porque<br />
com um acionista só os processos<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão ten<strong>de</strong>m a ficar<br />
mais ágeis. O mercado <strong>de</strong> jornal<br />
premium me parece com potencial”,<br />
comenta Daniel Chalfon,<br />
presi<strong>de</strong>nte do Grupo <strong>de</strong> Mídia <strong>de</strong><br />
São Paulo e vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />
mídia da LDC. O Valor Econômico<br />
é o maior jornal <strong>de</strong> economia<br />
e negócios do país e registrou circulação<br />
paga <strong>de</strong> 61.184 em julho<br />
<strong>de</strong>ste ano, segundo dados do IVC.<br />
No digital, sua audiência chegou<br />
a 50 milhões <strong>de</strong> page views e 2<br />
milhões <strong>de</strong> visitantes únicos. O<br />
veículo é lí<strong>de</strong>r em publicida<strong>de</strong><br />
legal, tem se<strong>de</strong> em São Paulo e<br />
sucursais no Rio <strong>de</strong> Janeiro e em<br />
Brasília, além <strong>de</strong> correspon<strong>de</strong>ntes<br />
em Belo Horizonte, Recife,<br />
Genebra (Suíça) e Washington<br />
(EUA). Mantém parceria com o<br />
britânico Financial Times, o americano<br />
The Wall Street Journal e o<br />
japonês Nikkei.<br />
De acordo com a pesquisa<br />
da Kantar Ibope Media, em um<br />
Valor Econômico, que, se o Ca<strong>de</strong> aprovar a compra, pertencerá ao Grupo Globo<br />
“As empresAs<br />
<strong>de</strong> porte médio<br />
ten<strong>de</strong>m A<br />
<strong>de</strong>sApArecer,<br />
ficAndo ApenAs<br />
grAn<strong>de</strong>s<br />
conglomerAdos<br />
ou pequenAs<br />
empresAs com<br />
negócios locAis”<br />
Alê Oliveira<br />
ranking dos maiores jornais entre<br />
janeiro e junho <strong>de</strong>ste ano, o Valor<br />
aparece na 15ª posição, com share<br />
<strong>de</strong> 1,65%. No mesmo ranking,<br />
a Folha <strong>de</strong> S.Paulo li<strong>de</strong>ra, seguida<br />
<strong>de</strong> O Globo.<br />
Des<strong>de</strong> 2013, o Valor possui um<br />
serviço <strong>de</strong> informações em tempo<br />
real chamado Valor Pro, criado<br />
para assinantes, principalmente<br />
empresas do setor financeiro. Na<br />
época, o investimento no projeto<br />
foi da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> R$ 100 milhões.<br />
Em matéria no próprio jornal O<br />
Globo, o diretor-geral da Infoglobo,<br />
Fre<strong>de</strong>ric Kachar, afirmou<br />
que os planos são continuar investindo<br />
“no melhor jornalismo<br />
econômico do país” e vê o Valor<br />
como um case <strong>de</strong> sucesso. De<br />
fato, o jornal tem um portal bem-<br />
-sucedido e uma série <strong>de</strong> produtos<br />
<strong>de</strong> sucesso como o anuário<br />
Valor 1000 (<strong>de</strong>dicado a eleger os<br />
melhores <strong>de</strong>sempenhos <strong>de</strong> empresas<br />
<strong>de</strong> 25 setores da economia),<br />
Executivos <strong>de</strong> Valor (com o<br />
perfil <strong>de</strong> executivos eleitos como<br />
<strong>de</strong>staque em seus setores) e Valor<br />
Carreira (lista das melhores empresas<br />
em gestão <strong>de</strong> pessoas), e<br />
ainda eventos como o “Maratona<br />
Valor PME”. O consultor e coor<strong>de</strong>nador<br />
das graduações <strong>de</strong> jornalismo<br />
e publicida<strong>de</strong> do Ibmec,<br />
Eduardo Murad, analisa o movimento<br />
como parte da tendência<br />
<strong>de</strong> fortalecimento dos gran<strong>de</strong>s<br />
conglomerados, que ocorre não<br />
só na comunicação, mas em diversas<br />
áreas. “As empresas <strong>de</strong><br />
porte médio ten<strong>de</strong>m a <strong>de</strong>saparecer,<br />
ficando apenas gran<strong>de</strong>s conglomerados<br />
ou pequenas empresas<br />
com negócios locais”, prevê.<br />
Murad analisa que a compra<br />
indica uma óbvia percepção <strong>de</strong><br />
forte valor em relação ao mo<strong>de</strong>lo<br />
<strong>de</strong> negócios do jornal Valor – que<br />
certamente possui uma base <strong>de</strong><br />
informações importante e útil<br />
para um grupo <strong>de</strong> comunicação<br />
como Globo, sempre em busca <strong>de</strong><br />
novas formas <strong>de</strong> gerar produtos e<br />
serviços e se fortalecer.<br />
“O que precisamos observar é<br />
se com esse movimento o mercado<br />
em geral não per<strong>de</strong> em diversida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> opiniões e olhares.<br />
Como fica o <strong>de</strong>bate público sobre<br />
política, economia, finanças.<br />
Torço também para que a venda<br />
aju<strong>de</strong> a Folha a se reinventar, se<br />
fortalecer, e não encolher, como<br />
ocorreu com gran<strong>de</strong>s jornais do<br />
mercado”, comentou.<br />
60 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 61<br />
mídia<br />
Creative Shop reforça<br />
potencial do mobile<br />
VP da área no Facebook esteve no<br />
Brasil e falou do potencial do meio<br />
Alê Oliveira<br />
BÁRBARA BARBOSA<br />
Na semana passada, Mark<br />
D’arcy, VP do Creative Shop,<br />
área do Facebook que trabalha<br />
próxima às agências na criação,<br />
visitou o Brasil e falou com o<br />
PROPMARK, reforçando o potencial<br />
do mobile e a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> criações específicas para<br />
o meio. “Mobile é a principal<br />
oportunida<strong>de</strong>, nós vivemos no<br />
mobile. Para as marcas se conectarem<br />
com as pessoas, precisam<br />
viver no mobile. De longe, o<br />
mais emocionante do Facebook<br />
e do Instagram é que eles têm a<br />
habilida<strong>de</strong>, não importa o quão<br />
gran<strong>de</strong> é uma i<strong>de</strong>ia, <strong>de</strong> caber na<br />
Mark D’arcy, VP do Creative Shop: mobile tem o maior potencial da indústria<br />
mão das pessoas. Por isso o mobile<br />
tem um gran<strong>de</strong> potencial, o<br />
maior da indústria. Mas precisamos<br />
<strong>de</strong> pessoas criativas para<br />
construir isso”, disse.<br />
D’arcy, que atua no Creative<br />
Shop há cerca <strong>de</strong> cinco anos,<br />
acredita que “a criativida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sbloqueia o valor da plataforma”,<br />
o que motiva toda a<br />
atuação da área. “A razão pela<br />
qual nós temos a criativida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ntro do Facebook é que<br />
pessoas criativas amam trabalhar<br />
com pessoas criativas.<br />
Pessoas <strong>de</strong> negócios muitas<br />
vezes vêm até você e perguntam<br />
‘o que po<strong>de</strong>mos fazer?’.<br />
Elas precisam <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias”, explica<br />
o executivo.<br />
No Brasil, o Creative Shop<br />
atua com uma equipe <strong>de</strong> criativos<br />
pequena, com menos<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>z colaboradores – algo<br />
similar em todo o mundo. Segundo<br />
Mauro Cavalletti, head<br />
da área no país, muitas agências<br />
já atuam em parceria com<br />
o Facebook. Um exemplo é a<br />
Africa, que no primeiro semestre<br />
criou para o Itaú uma<br />
coleção <strong>de</strong> livros infantis no<br />
formato Canvas. A série faz<br />
parte do bem-sucedido projeto<br />
Leia para uma Criança.<br />
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REALIZAÇÃO:<br />
ASSOCIAÇÃO DOS<br />
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opinião<br />
TarikVision/iStock<br />
Vamos investir no<br />
que vai para o ar<br />
Clovis Mello<br />
Mesmo em tempos bicudos, continuamos<br />
produzindo propaganda do jeito<br />
que sempre fizemos: com qualida<strong>de</strong>, pontualida<strong>de</strong><br />
e firmeza. Mas temos percebido,<br />
por parte das agências, <strong>de</strong>mandas bem<br />
mais complexas e <strong>de</strong>safiadoras.<br />
Ao mesmo tempo, por parte dos anunciantes,<br />
uma pressão muito forte por custos<br />
cada vez menores, o que a princípio é contraditório,<br />
pois agora temos muito mais coisas<br />
para fazer numa mesma diária e quase<br />
com a mesma verba: campanhas para web,<br />
skip ads, motivacionais, true view e mais<br />
uma série <strong>de</strong> peças que não<br />
existiam há dois ou três anos<br />
e hoje são tão ou mais importantes<br />
que o filme da TV.<br />
Antes, eu saía para filmar<br />
um comercial <strong>de</strong> Havaianas,<br />
fazia o filme <strong>de</strong> 30” e voltava<br />
para casa. Hoje, o cliente quer<br />
muito mais que isso. Atualmente,<br />
as campanhas digitais<br />
têm cada vez mais relevância,<br />
porém, nem sempre têm<br />
recebido o tratamento que<br />
merecem, pois, quase sempre, ocorrem na<br />
mesma diária, bem no finzinho, quando<br />
ninguém aguenta mais.<br />
Por isso, acho fundamental o mercado<br />
repensar os processos <strong>de</strong> produção e, mais<br />
importante ainda, colocar em prática novos<br />
mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atuação como o que estamos<br />
fazendo na Cine, que é montar uma<br />
equipe exclusiva para pensar o digital com<br />
a mesma relevância e <strong>de</strong>dicação que os filmes<br />
<strong>de</strong> TV, orçando o projeto como um todo,<br />
sem ficar muito amarrado em diárias,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que não seja uma campanha com celebrida<strong>de</strong>s<br />
que tenham uma agenda aper-<br />
“temos<br />
percebido,<br />
por parte<br />
das agências,<br />
<strong>de</strong>mandas<br />
bem mais<br />
complexas e<br />
<strong>de</strong>safiadoras”<br />
tada. Essa equipe extra po<strong>de</strong> fazer em outro<br />
dia ou no mesmo dia, porém em um set<br />
paralelo, simultâneo à filmagem principal,<br />
com a minha supervisão e com a criação se<br />
dividindo entre os dois sets.<br />
Isso faz com que a campanha digital tenha<br />
o mesmo tratamento e o mesmo tempo<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação que o offline. Claro que tudo<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada projeto. O fato é que estamos<br />
focados e, mais que isso, preparados e<br />
empenhados em acompanhar esse momento<br />
da nossa produção audiovisual, nessa<br />
transição <strong>de</strong>licada entre formatos tradicionais<br />
e as novas mídias. É uma mudança cultural<br />
muito gran<strong>de</strong>. As pessoas eram obrigadas<br />
a ver propaganda. Hoje<br />
não são mais. Agora estamos na<br />
era do conteúdo, e só vale aquele<br />
conteúdo que venha com verda<strong>de</strong>,<br />
originalida<strong>de</strong> e transparência.<br />
Por isso, temos <strong>de</strong> nos unir,<br />
criadores, produtores e diretores,<br />
para realizarmos, juntos,<br />
conteúdos extraordinários, sem<br />
se importar com a plataforma.<br />
Pesquisa divulgada recentemente<br />
revela que, dos cerca <strong>de</strong> 60%<br />
<strong>de</strong> brasileiros que utilizaram a<br />
internet em 2015, 90% <strong>de</strong>ram preferência<br />
aos celulares para acesso ao mundo digital.<br />
Consi<strong>de</strong>rando-se que o wi-fi grátis está<br />
se multiplicando em velocida<strong>de</strong> espantosa,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> em praças públicas até nos transportes<br />
coletivos, po<strong>de</strong>mos ter uma noção da<br />
dimensão do <strong>de</strong>safio. Repensamos mo<strong>de</strong>los<br />
e estamos trabalhando com os produtores<br />
das agências para viabilizar os projetos,<br />
a<strong>de</strong>quando-os às verbas do anunciante,<br />
tentando gastar menos com caminhões <strong>de</strong><br />
comida, equipes inchadas e gastando mais<br />
na produção propriamente dita, ou seja,<br />
com aquilo que vai para o ar.<br />
Clovis Mello é sócio e diretor <strong>de</strong> cena da Cine<br />
clovismello@cine.com.br<br />
62 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
curtas<br />
Fotos: Divulgação<br />
Composta <strong>de</strong> 15 filmes a partir <strong>de</strong> GIFs animados com referências<br />
a novelas, séries, <strong>de</strong>senhos animados e situações do cotidiano,<br />
a DM9DDB criou campanha do Itaú (foto ao lado) para promover<br />
o lançamento do aplicativo Abreconta, que permite a abertura<br />
<strong>de</strong> contas 100% no ambiente online. A agência se apropriou dos<br />
GIFs e do estilo Buzzfeed, linguagem popular na internet. “O<br />
assunto tecnologia está na pauta <strong>de</strong> muitas marcas, <strong>de</strong> diversos<br />
segmentos. O <strong>de</strong>safio é encontrar um jeito realmente inovador e<br />
surpreen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> contar nossas novida<strong>de</strong>s para as pessoas. Buscamos<br />
sempre caminhos criativos que sejam proprietários (que<br />
só a marca Itaú po<strong>de</strong>ria fazer) e <strong>de</strong>rivem da cultura popular, como<br />
foram os Emojis e agora os GIFs”, <strong>de</strong>staca Eduardo Tracanella,<br />
superinten<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> marketing do Itaú Unibanco. “Desenvolver<br />
campanhas que tenham flexibilida<strong>de</strong> criativa para se adaptar ao<br />
contexto das pessoas é fundamental”, acrescentou.<br />
O Canal GNT apresentou a segunda edição do estudo Colaborativas,<br />
cujo objetivo é mostrar como as transformações e habilida<strong>de</strong>s<br />
da esfera privada da mulher extrapolam e impactam a<br />
socieda<strong>de</strong>. O projeto teve como ponto <strong>de</strong> partida uma etnografia<br />
com 24 mulheres e 1.500 entrevistas em cinco capitais brasileiras<br />
e reflete a importância <strong>de</strong> o GNT estar em sintonia com as movimentações<br />
da mulher, como explica a executiva Daniela Mignani,<br />
diretora-geral do canal GNT, na foto ao lado com o apresentador<br />
Marcelo Tas. “Resiliência, colaboração e empatia é o tripé <strong>de</strong>sse<br />
estudo que fornece subsídios tanto para a programação como para<br />
os anunciantes”, sintetizou Daniela. Os segmentos que mais comparecem<br />
na gra<strong>de</strong> comercial da emissora da Globosat são beleza,<br />
culinária, serviços financeiros e higiene. O projeto Colaborativas<br />
teve argumento e texto coor<strong>de</strong>nado pela Vox (we study people)<br />
e consultoria da Troiano Branding. Os <strong>de</strong>staques do novo estudo<br />
estão em um ví<strong>de</strong>o, com roteiro <strong>de</strong> Eduardo Biz e Lena Maciel, e<br />
produção da Casa Violeta.<br />
O energético TNT, do portfólio <strong>de</strong> negócios<br />
do Grupo Petrópolis, está lançando o<br />
posicionamento Po<strong>de</strong> vir, criação da Y&R,<br />
que tem suporte da plataforma <strong>de</strong> conteúdo<br />
Corrente da resistência, documentário<br />
para contar histórias do rapper Thaí<strong>de</strong>, da<br />
cicloativista Renata Falzoni (foto), da bailarina<br />
Ingrid Silva, do vi<strong>de</strong>omaker Gustavo<br />
Horn e da jornalista Flavia Durante. Os minidocumentários<br />
serão exibidos no canal<br />
da marca. “Todos os protagonistas escolhidos<br />
para a campanha têm uma trajetória<br />
<strong>de</strong> luta na quebra <strong>de</strong> tabus e barreiras.<br />
Eles são a marca da resistência e contar<br />
suas histórias é conectar o público com os<br />
pilares valorizados”, disse Pedro Gravena,<br />
head digital da agência. A criação é <strong>de</strong> Daniel<br />
Groove, Marcos Lee, Lucas Arruda e<br />
Bruno Donadio, com direção <strong>de</strong> criação <strong>de</strong><br />
Celso Alfieri e Pedro Gravena como head<br />
<strong>de</strong> Digital e Inovação. Todos os filmes foram<br />
produzidos em parceria com o Niche,<br />
núcleo <strong>de</strong> conteúdo do Twitter. A aprovação<br />
é <strong>de</strong> Eliana Cassandre, gerente <strong>de</strong> propaganda<br />
da empresa <strong>de</strong> bebidas.<br />
jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 63
supercenas<br />
Marcello Queiroz mqueiroz@propmark.com.br<br />
O CCO global da J. Walter Thompson, Matt Eastwood (<strong>de</strong> preto, no centro), com os CCOs Ricardo John, abaixo <strong>de</strong> Eastwood, e Ricardo Grau, <strong>de</strong> camiseta preta à direita <strong>de</strong> John, e a equipe <strong>de</strong> cria<br />
TAKEDA DEVE DIVIDIR<br />
A Takeda Farmacêutica <strong>de</strong>ve dividir sua conta, estimada em pelo<br />
menos R$ 40 milhões, entre Santa Clara, com o anunciante <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
2012, e a Artplan. O resultado <strong>de</strong>ve ser divulgado nos próximos<br />
dias. A concorrência também contou com a participação da LDC e<br />
da Leo Burnett Tailor Ma<strong>de</strong>, em uma rodada <strong>de</strong> finalistas. A Takeda<br />
é dona <strong>de</strong> marcas como Dramin, Eparema, Nebacetin e Neosaldina.<br />
LENOVO NA HANDS<br />
A agência Hands venceu concorrência da Lenovo e vai <strong>de</strong>senvolver<br />
projetos para Gartner, vForum e Red Hat.<br />
BATE-VOLTA<br />
Matt Eastwood, o CCO global da J. Walter Thompson, fez uma função<br />
tipo jogo rápido no trecho JFK-GRU-JFK para uma visita ao escritório<br />
da agência em São Paulo semana passada. Ele se reuniu<br />
com os CCOs regionais Ricardo John e Rodrigo Grau, responsáveis<br />
por Brasil e América do Sul. Após cumprimentos pelo resultado <strong>de</strong><br />
campanhas premiadas, Eastwood fez foto com todo o time <strong>de</strong> criativos<br />
da unida<strong>de</strong> brasileira.<br />
MARATONA DE GIFs<br />
Acrônimo para Graphics Interchage Format, o GIF toma conta da<br />
nova campanha criada pela DM9DDB para o aplicativo Abreconta,<br />
do Itaú. Equipes da agência e da Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Filmes trabalharam<br />
em dois dias <strong>de</strong> gravação para 15 filmes com locações em Alphaville<br />
e Cotia, além <strong>de</strong> gravações nos estúdios da produtora. Criação<br />
tem participação do diretor-executivo Paulo Coelho, do redator<br />
Guigo Oliva e do diretor <strong>de</strong> arte Leonardo Rotundo.<br />
Profissionais da DM9DDB e da Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Filmes, com atores da campanha <strong>de</strong> GIFs do Itaú<br />
64 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark
Divulgação<br />
Régis Fernan<strong>de</strong>z/Divulgação<br />
Luiz Alfaya, Wagner Moura, Andrucha Waddington e Luciano Huck: <strong>de</strong>bate sobre cinema e TV no Instituto Criar<br />
ção da agência em São Paulo<br />
Anna Ferraz/Divulgação<br />
CRIAR OTIMIZA CURSOS<br />
O Instituto Criar <strong>de</strong> TV, Cinema e Novas Mídias, fundado pelo apresentador<br />
Luciano Huck em 2003, está com novida<strong>de</strong>s na formação<br />
<strong>de</strong> seus alunos. Antes havia a oferta <strong>de</strong> 10 oficinas técnicas diferentes<br />
como câmera, edição, cenografia ou maquiagem para obter os<br />
registros na DRT. Agora, investindo em uma estratégia mais multidisciplinar,<br />
com a turma número 13, que começou no último mês<br />
<strong>de</strong> agosto, a formação se dá por cinco núcleos: Arte, Fotografia,<br />
Produção, Som e Pós-Produção. Ao final do curso, os estudantes<br />
po<strong>de</strong>m obter até três registros. Semana passada, o Criar realizou<br />
uma sessão especial para os alunos formados da turma 12 e para os<br />
que chegaram com a 13: um <strong>de</strong>bate sobre cinema e TV com a participação<br />
<strong>de</strong> Huck; do superinten<strong>de</strong>nte do instituto, Luiz Alfaya; do<br />
ator Wagner Moura e <strong>de</strong> Andrucha Waddintgton, sócio, diretor e<br />
produtor da Conspiração Filmes.<br />
WISH NO TECHCRUNCH<br />
Com o objetivo <strong>de</strong> aproximar investidores a novos projetos <strong>de</strong><br />
tecnologia, foi realizado semana passada, em São Francisco, o<br />
TechCrunch Disrupt <strong>2016</strong>. A Wish Eventos, <strong>de</strong> Natasha De Caiado<br />
Castro e Bertrand Restivo, foi uma das patrocinadoras do encontro,<br />
com cerca <strong>de</strong> 70 palestrantes para falar sobre novida<strong>de</strong>s dos mais<br />
diversos segmentos <strong>de</strong> produtos e serviços. “O clima é <strong>de</strong> uma metamorfose<br />
radical”, sintetiza Natasha ao se referir aos projetos e<br />
tendências vistos por lá. “Patrocinamos o TechCrunch pois ele é o<br />
centro do ecossistema <strong>de</strong> inovação”, diz.<br />
Pierce Larick/Divulgação<br />
NBC<br />
A re<strong>de</strong> <strong>de</strong> TV norteamericana<br />
conseguiu um<br />
lucro publicitário superior<br />
a US$ 250 milhões com<br />
a Olimpíada do Rio.<br />
ÍNDIA<br />
Relatório da ONU<br />
confirma o país como o<br />
segundo maior mercado<br />
mundial <strong>de</strong> internet, com<br />
333 milhões <strong>de</strong> usuários,<br />
superando EUA (286<br />
milhões). China li<strong>de</strong>ra<br />
com 721 milhões<br />
SMARTPHONES<br />
Eles são o primeiro<br />
recurso <strong>de</strong> sete em cada<br />
<strong>de</strong>z americanos diante da<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> busca <strong>de</strong><br />
informações para o que<br />
querem saber, on<strong>de</strong> ir<br />
o que fazer e comprar.<br />
Dado é do Google<br />
PUBLICIDADE EM DESKTOP<br />
Com US$ 98,9 bilhões <strong>de</strong><br />
investimentos globais<br />
no ano passado, o share<br />
<strong>de</strong>ste segmento vai<br />
per<strong>de</strong>r US$ 10,7 bilhões<br />
até 2018. Previsão é <strong>de</strong><br />
um estudo da Zenith<br />
ANÚNCIOS ONLINE<br />
Pesquisa da Adobe<br />
mostra que 54% dos<br />
consumidores britânicos<br />
acham que eles são<br />
ineficientes e 27% avaliam<br />
que as peças estão “pior”<br />
hoje do que há três anos<br />
McDONALD’S NO YOUTUBE<br />
O anunciante <strong>de</strong>sativou<br />
o Channel Us no Reino<br />
Unido. Houve “baixo<br />
interesse” do target <strong>de</strong><br />
jovens entre 16 e 24 anos<br />
Natasha, da Wish Eventos: “metamorfose radical” no TechCrunch Disrupt<br />
jornal propmark - <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 65
última página<br />
a saga do milk-shake<br />
que transcen<strong>de</strong>u<br />
sua marca<br />
Claudia Penteado<br />
Faz alguns anos que <strong>de</strong>ixei <strong>de</strong> consumir regularmente<br />
o milk-shake <strong>de</strong> Ovomaltine<br />
do Bob’s, uma experiência incomparável <strong>de</strong><br />
sabor e verda<strong>de</strong>ira mania na adolescência.<br />
Quem provou, sabe do que estou falando.<br />
Por isso o baita susto ao ler a notícia <strong>de</strong> que<br />
ele estava se “transferindo” para o concorrente<br />
McDonald’s. A novida<strong>de</strong> soou quase<br />
como se o Whopper passasse a ser vendido<br />
no McDonald’s, ou se a famosa cebola do Outback<br />
tivesse feito as malas e estivesse se mudando<br />
para o cardápio do Braseiro da Gávea.<br />
É inexplicável a ligação que <strong>de</strong>senvolvemos<br />
com alguns produtos e marcas,<br />
especialmente nós, criaturas <strong>de</strong><br />
hábitos.<br />
Uma fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> além da razão. O<br />
milk-shake <strong>de</strong> ovomaltine do Bob’s<br />
é uma <strong>de</strong>ssas “marcas <strong>de</strong> amor”<br />
<strong>de</strong>scritas em livros <strong>de</strong> marketing<br />
como o do Kevin Roberts, o polêmico<br />
ex-chairman da S&S. Pus-me<br />
a investigar sobre que forças teriam<br />
provocado uma mudança tão<br />
sem sentido (para mim) – e acompanhei<br />
com curiosida<strong>de</strong> a “onda”<br />
<strong>de</strong> protestos <strong>de</strong> fãs do produto originalmente<br />
criado e lançado pelo Bob’s em <strong>19</strong>59. Memes,<br />
anúncios <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> outras marcas,<br />
foi uma festa que provou a força <strong>de</strong> um case<br />
único <strong>de</strong> cobranding. No mundo.<br />
“Com ou sem o<br />
Cobranding, é<br />
possível que<br />
o milkshake<br />
do bob’s<br />
sobreviva<br />
muito bem,<br />
obrigado”<br />
João Branco, diretor <strong>de</strong> marketing do<br />
McDonald’s, disse que não houve “roubo”,<br />
conforme insinuei, passional, claro, e sim<br />
oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mercado. Ele garante que<br />
muitos clientes do McDonald’s pediram o<br />
produto e a <strong>de</strong>cisão foi fruto do famoso “aten<strong>de</strong>ndo<br />
a pedidos”. Marcello Farrel, diretor-<br />
-geral da marca Bob’s, explicou que não fazia<br />
mais sentido investir na exclusivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilização<br />
da marca, até porque o custo teria <strong>de</strong><br />
ser repassado ao consumidor. Silvia Amaral,<br />
diretora <strong>de</strong> marketing para a centenária marca<br />
Ovomaltine - certamente a maior beneficiária<br />
na “disputa” - reconheceu que a parceria<br />
da marca na categoria milk-shake é única no<br />
mundo, negou a existência <strong>de</strong> uma “guerra”<br />
(mais uma vez foi minha a insinuação catastrófica)<br />
e justificou a mudança com naturalida<strong>de</strong>,<br />
dizendo que o contrato <strong>de</strong> licença <strong>de</strong><br />
uso da marca expirou, optou-se pela não renovação<br />
e agora os direitos estão nas mãos do<br />
McDonald’s. Simples assim.<br />
Diante <strong>de</strong> tanta naturalida<strong>de</strong> das três partes,<br />
só me resta acreditar que nada é tão simples<br />
como se diz. Ainda que afirmem polidamente<br />
– ou polianamente - que há espaço para<br />
todo mundo, todos brigarão por<br />
seu espaço. O Bob’s já tratou <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r seu pedaço. Sua agência,<br />
a NBS, criou a #milkfake, referindo-se<br />
ao produto concorrente, e<br />
vem divulgando aos quatro ventos<br />
que o crocante continua com<br />
a mesma receita e quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Ovomaltine <strong>de</strong> sempre. Tem a seu<br />
lado consumidores apaixonados,<br />
o que é uma vantagem competitiva.<br />
E não se po<strong>de</strong> subestimar o<br />
po<strong>de</strong>r dos Arcos Dourados: um<br />
filme da DPZ&T já anunciou no<br />
intervalo do Fantástico a novida<strong>de</strong> como “o<br />
novo clássico do McDonald’s”. Essa é a magia<br />
do mundo das marcas.<br />
Com ou sem o cobranding, é possível<br />
que o milkshake do Bob’s sobreviva muito<br />
bem, obrigado. Porque clássico, nesse caso,<br />
tornou-se o produto – e não seu nome ou a<br />
marca que o acompanhou todos estes anos.<br />
Se assim for, seu vigor transcen<strong>de</strong>rá a marca,<br />
preservando seu lugar no coração das<br />
pessoas seja sob o novo nome Crocante – ou<br />
qualquer outro que o Bob’s imaginar. E <strong>de</strong>sconfio<br />
que, nas lojas do Bob’s, as pessoas<br />
continuarão pedindo, sempre, pelo milk-<br />
-shake <strong>de</strong> Ovomaltine, e os funcionários<br />
continuarão servindo, com um sorriso no<br />
canto da boca.<br />
Divulgação<br />
66 <strong>19</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark