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especial | centro-oeste/MG<br />
Uma alternativa para a<br />
proteção veicular<br />
Para não perder clientes para as cooperativas e<br />
associações, corretores buscam alternativas mais<br />
baratas dentro do próprio mercado<br />
Kelly Lubiato<br />
O<br />
combate às associações e<br />
cooperativas que comercializam<br />
a proteção veicular é<br />
realizado em várias frentes.<br />
A Superintendência de Seguros Privados<br />
tenta autuar estas empresas, entretanto,<br />
encontra uma série de brechas legais.<br />
Os sindicatos de corretores de seguros<br />
de diversos estados estão em constante<br />
vigilância para identificar e desencadear<br />
medidas de proteção ao consumidor.<br />
Por sua vez, o consumidor procura<br />
apenas uma coisa, neste momento de<br />
crise econômica: preço. Como a maioria<br />
das seguradoras usa o questionário de<br />
avaliação de riscos para formular seus<br />
preços, os clientes com “pior” perfil estariam<br />
condenados à contas mais altas.<br />
Além disso, carros com mais de cinco<br />
anos de uso não compensam para as seguradoras,<br />
pois o seu custo de reparação é<br />
o mesmo de um carro novo, entretanto, o<br />
prêmio do seguro, neste caso, inviabiliza<br />
os negócios.<br />
Apesar do mercado agora contar com<br />
mais produtos, o vice-presidente técnico<br />
do Sindicato do Corretores de Seguros de<br />
Goiás, Hailton Costa Neves, ressalta que<br />
os produtos são criados pelas seguradoras.<br />
“Infelizmente, nós apenas podemos<br />
comercializar aquilo que o mercado<br />
disponibiliza”, lamenta.<br />
Para o corretor, o mercado de proteção<br />
veicular foi fomentado pelas próprias<br />
seguradoras, que não se dispuseram<br />
a criar produtos com coberturas mais<br />
restritas, investindo em novas iniciativas<br />
com criatividade.<br />
Isso levou os consumidores a buscarem<br />
alternativas, tanto de preço quanto<br />
de prazo. “Por exemplo, há segurados<br />
que querem fazer um seguro apenas por<br />
um período específico, para uma viagem.<br />
Ele não consegue”, conta. Fazendo uso<br />
do famoso ‘jeitinho brasileiro’, alguns<br />
corretores optam por fazer um seguro<br />
parcelado em 10 vezes e cancelar assim<br />
que terminar o período desejado.<br />
Neves cita um exemplo dos Estados<br />
Unidos, onde é possível fazer o seguro de<br />
sua carteira de habilitação e dirigir qualquer<br />
automóvel, ou ainda, usar o sistema<br />
pay as you drive. “É muito ufanista dizer<br />
que temos que sentar para pensar novos<br />
produtos”, aponta.<br />
Ele argumenta também que regulamentar<br />
as empresas de proteção veicular<br />
também não é o caminho. O mercado precisa<br />
de produtos inovadores, capazes de<br />
atrair um novo público. “Por outro lado,<br />
os corretores de seguros da região ainda<br />
não estão preparados para atuar como<br />
empresários, tirando o seu foco apenas<br />
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