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Revista Apólice #213

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especial | centro-oeste/MG<br />

Uma alternativa para a<br />

proteção veicular<br />

Para não perder clientes para as cooperativas e<br />

associações, corretores buscam alternativas mais<br />

baratas dentro do próprio mercado<br />

Kelly Lubiato<br />

O<br />

combate às associações e<br />

cooperativas que comercializam<br />

a proteção veicular é<br />

realizado em várias frentes.<br />

A Superintendência de Seguros Privados<br />

tenta autuar estas empresas, entretanto,<br />

encontra uma série de brechas legais.<br />

Os sindicatos de corretores de seguros<br />

de diversos estados estão em constante<br />

vigilância para identificar e desencadear<br />

medidas de proteção ao consumidor.<br />

Por sua vez, o consumidor procura<br />

apenas uma coisa, neste momento de<br />

crise econômica: preço. Como a maioria<br />

das seguradoras usa o questionário de<br />

avaliação de riscos para formular seus<br />

preços, os clientes com “pior” perfil estariam<br />

condenados à contas mais altas.<br />

Além disso, carros com mais de cinco<br />

anos de uso não compensam para as seguradoras,<br />

pois o seu custo de reparação é<br />

o mesmo de um carro novo, entretanto, o<br />

prêmio do seguro, neste caso, inviabiliza<br />

os negócios.<br />

Apesar do mercado agora contar com<br />

mais produtos, o vice-presidente técnico<br />

do Sindicato do Corretores de Seguros de<br />

Goiás, Hailton Costa Neves, ressalta que<br />

os produtos são criados pelas seguradoras.<br />

“Infelizmente, nós apenas podemos<br />

comercializar aquilo que o mercado<br />

disponibiliza”, lamenta.<br />

Para o corretor, o mercado de proteção<br />

veicular foi fomentado pelas próprias<br />

seguradoras, que não se dispuseram<br />

a criar produtos com coberturas mais<br />

restritas, investindo em novas iniciativas<br />

com criatividade.<br />

Isso levou os consumidores a buscarem<br />

alternativas, tanto de preço quanto<br />

de prazo. “Por exemplo, há segurados<br />

que querem fazer um seguro apenas por<br />

um período específico, para uma viagem.<br />

Ele não consegue”, conta. Fazendo uso<br />

do famoso ‘jeitinho brasileiro’, alguns<br />

corretores optam por fazer um seguro<br />

parcelado em 10 vezes e cancelar assim<br />

que terminar o período desejado.<br />

Neves cita um exemplo dos Estados<br />

Unidos, onde é possível fazer o seguro de<br />

sua carteira de habilitação e dirigir qualquer<br />

automóvel, ou ainda, usar o sistema<br />

pay as you drive. “É muito ufanista dizer<br />

que temos que sentar para pensar novos<br />

produtos”, aponta.<br />

Ele argumenta também que regulamentar<br />

as empresas de proteção veicular<br />

também não é o caminho. O mercado precisa<br />

de produtos inovadores, capazes de<br />

atrair um novo público. “Por outro lado,<br />

os corretores de seguros da região ainda<br />

não estão preparados para atuar como<br />

empresários, tirando o seu foco apenas<br />

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