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APÓLICE: Como vai ser esta nova<br />
cara da companhia no Brasil?<br />
Francisco Vidigal Filho: Estamos<br />
passeando por todas as cidades onde<br />
temos estrutura para apresentar aos<br />
corretores a nova marca desta empresa,<br />
que já está no Brasil há muito tempo.<br />
Percorremos todas as regiões do País<br />
para mostrar qual é a estratégia da Sompo<br />
Seguros no Brasil.<br />
APÓLICE: Que apoio a marca vai<br />
dar ao corretor para divulgar a nova<br />
marca?<br />
Francisco Vidigal Filho: Estamos<br />
fazendo isso em três etapas: a primeira,<br />
com os colaboradores através de marketing<br />
interno; a segunda fase, nos meses<br />
de julho e agosto, com os corretores de<br />
seguros, para que eles façam a divulgação<br />
para os seus clientes; a partir de setembro,<br />
vamos abrir uma grande campanha de<br />
mídia para atingir todos os consumidores.<br />
APÓLICE: A operação brasileira<br />
é a maior da Sompo fora do Japão. O<br />
que vocês podem trazer em termos de<br />
experiência e produtos para o mercado<br />
brasileiro?<br />
Francisco Vidigal Filho: Nós já<br />
estamos trabalhando muito com a nossa<br />
matriz no Japão e temos muitas coisas<br />
a aprender com este mercado maduro.<br />
A presença do grupo é forte em outros<br />
países emergentes além do Japão, como<br />
a Turquia e o sudeste asiático, e muitos<br />
destes mercados têm problemas parecidos<br />
com os nossos, como instabilidade<br />
política e econômica. Há muita coisa para<br />
aprendermos.<br />
APÓLICE: A Sompo demonstrou<br />
alguma preocupação com o momento<br />
político brasileiro?<br />
Francisco Vidigal Filho: Há preocupação,<br />
claro, porque a economia japonesa<br />
é muito estável. Lá, nada muda se<br />
não houver um terremoto, um tsunami<br />
ou um acidente nuclear. Eles têm um<br />
pouco de receio com as oscilações no<br />
Brasil, mas também sabem que em um<br />
mercado emergente é comum este tipo<br />
de movimento. Para entrar em mercados<br />
emergentes é preciso lidar com estas<br />
situações delicadas.<br />
APÓLICE: Em termos de produtos,<br />
especificamente, há algum que possa ser<br />
trazido para o Brasil?<br />
Francisco Vidigal Filho: Estamos<br />
olhando mais a parte tecnológica. Quando<br />
uma companhia passa por um processo<br />
de incorporação, é comum acontecerem<br />
problemas no momento da junção de<br />
sistemas e isso nós passamos. Os sistemas<br />
da companhia já estão operando de forma<br />
mais estável, mas ainda não atingiram o<br />
nível de excelência que nós pretendemos<br />
atingir. Como o Japão é um país exportador<br />
de tecnologia, olhamos com cuidado<br />
esta questão, conversamos com eles sobre<br />
isso. Em julho, o diretor responsável pela<br />
área de tecnologia, junto com o vice-representante<br />
do Conselho, visitaram o Vale do<br />
Silício para buscar novas tecnologias para<br />
ajudar na operação brasileira.<br />
APÓLICE: Os problemas tecnológicos<br />
que que vocês enfrentaram já foram<br />
selecionados?<br />
Francisco Vidigal Filho: Ainda temos<br />
problemas pontuais e intermitências,<br />
mas funcionamos muito melhor do que há<br />
seis meses.<br />
APÓLICE: Quais oportunidades<br />
você vê para as empresas de tecnologia<br />
desenvolverem aqui no Brasil?<br />
Francisco Vidigal Filho: A nossa<br />
maior preocupação é o atendimento ao<br />
cliente e a prestação de serviços. A qualidade<br />
é fundamental, por isso olhamos muito<br />
para o digital. A Internet das Coisas (IoT)<br />
pode melhorar o dia a dia do consumidor e<br />
do corretor de seguros. Na verdade, buscamos<br />
soluções tecnológicas que ainda estão<br />
na teoria para começar a pensar fora da<br />
caixa. Temos dois pedaços muito claros em<br />
tecnologia: um é tentar pegar o que temos<br />
para melhorar, como os sistemas existentes;<br />
o outro é olhar para o futuro.<br />
APÓLICE: Em quais outras carteiras<br />
a Sompo vai atuar, além do seguro de<br />
automóvel? Saúde é uma possibilidade?<br />
Francisco Vidigal Filho: Já atuamos<br />
em saúde corporativa em São Paulo e no<br />
Rio de Janeiro, e temos intenção de atuar<br />
cada vez mais forte nesta área. Contratamos<br />
neste ano o Valter Hime, que é um<br />
executivo com muito conhecimento deste<br />
setor. Nossa ideia é entrar forte em saúde.<br />
A única operação global em saúde do<br />
grupo é no Brasil. No Japão, a experiência<br />
está indo para outro lado: compramos duas<br />
empresas de atendimento e cuidado com o<br />
idoso. Hoje é a segunda empresa no Japão<br />
nesta área. É um mercado novo que está<br />
se abrindo.<br />
APÓLICE: Logo esta experiência<br />
poderá ser útil aqui no Brasil também?<br />
Francisco Vidigal Filho: Daqui a<br />
pouco será útil. No Japão, o mercado ainda<br />
é estável, mas logo começará a declinar<br />
por conta do envelhecimento da população<br />
japonesa. O País que conta com 120<br />
milhões de habitantes hoje, deve diminuir<br />
este número para 80 milhões nos próximos<br />
50 anos. Para a empresa crescer ela tem<br />
duas alternativas: olhar para mercados<br />
emergentes ou para produtos adequados<br />
à mutação da realidade de seus consumidores,<br />
em mercados relacionados ao setor<br />
de seguros.<br />
APÓLICE: No Brasil, a empresa pretende<br />
dobrar de tamanho nos próximos<br />
cinco anos. Como será este movimento?<br />
Francisco Vidigal Filho: Temos uma<br />
expectativa de crescimento de 20% ao ano<br />
nos próximos anos. De janeiro a maio de<br />
2016 já conseguimos este crescimento,<br />
mas sabemos que a meta é ambiciosa.<br />
Focamos em Transportes e Vida e temos<br />
perspectiva de aumentar participação<br />
no mercado de Automóvel. Para isso,<br />
investimos em novos produtos, como o<br />
Auto Supremo, para veículos acima de<br />
R$ 100 mil.<br />
APÓLICE: Vocês pretendem expandir<br />
esta linha Supremo para outros<br />
produtos?<br />
Francisco Vidigal Filho: Começamos<br />
com o Auto, mas vamos estender<br />
para o Vida, Residência, Condomínio etc.<br />
Vamos olhar muito para o cliente de alta<br />
renda. Vamos procurar nichos específicos.<br />
Em produtos empresariais, também olhamos<br />
para segmentos. Neste ano lançamos<br />
o produto para clínicas e consultórios<br />
médicos, o seguro para escolas e pretendemos<br />
lançar para outros nichos e regiões<br />
específicas. Para crescermos vamos olhar<br />
para regiões específicas.<br />
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