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Revista Apólice #213

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APÓLICE: Como vai ser esta nova<br />

cara da companhia no Brasil?<br />

Francisco Vidigal Filho: Estamos<br />

passeando por todas as cidades onde<br />

temos estrutura para apresentar aos<br />

corretores a nova marca desta empresa,<br />

que já está no Brasil há muito tempo.<br />

Percorremos todas as regiões do País<br />

para mostrar qual é a estratégia da Sompo<br />

Seguros no Brasil.<br />

APÓLICE: Que apoio a marca vai<br />

dar ao corretor para divulgar a nova<br />

marca?<br />

Francisco Vidigal Filho: Estamos<br />

fazendo isso em três etapas: a primeira,<br />

com os colaboradores através de marketing<br />

interno; a segunda fase, nos meses<br />

de julho e agosto, com os corretores de<br />

seguros, para que eles façam a divulgação<br />

para os seus clientes; a partir de setembro,<br />

vamos abrir uma grande campanha de<br />

mídia para atingir todos os consumidores.<br />

APÓLICE: A operação brasileira<br />

é a maior da Sompo fora do Japão. O<br />

que vocês podem trazer em termos de<br />

experiência e produtos para o mercado<br />

brasileiro?<br />

Francisco Vidigal Filho: Nós já<br />

estamos trabalhando muito com a nossa<br />

matriz no Japão e temos muitas coisas<br />

a aprender com este mercado maduro.<br />

A presença do grupo é forte em outros<br />

países emergentes além do Japão, como<br />

a Turquia e o sudeste asiático, e muitos<br />

destes mercados têm problemas parecidos<br />

com os nossos, como instabilidade<br />

política e econômica. Há muita coisa para<br />

aprendermos.<br />

APÓLICE: A Sompo demonstrou<br />

alguma preocupação com o momento<br />

político brasileiro?<br />

Francisco Vidigal Filho: Há preocupação,<br />

claro, porque a economia japonesa<br />

é muito estável. Lá, nada muda se<br />

não houver um terremoto, um tsunami<br />

ou um acidente nuclear. Eles têm um<br />

pouco de receio com as oscilações no<br />

Brasil, mas também sabem que em um<br />

mercado emergente é comum este tipo<br />

de movimento. Para entrar em mercados<br />

emergentes é preciso lidar com estas<br />

situações delicadas.<br />

APÓLICE: Em termos de produtos,<br />

especificamente, há algum que possa ser<br />

trazido para o Brasil?<br />

Francisco Vidigal Filho: Estamos<br />

olhando mais a parte tecnológica. Quando<br />

uma companhia passa por um processo<br />

de incorporação, é comum acontecerem<br />

problemas no momento da junção de<br />

sistemas e isso nós passamos. Os sistemas<br />

da companhia já estão operando de forma<br />

mais estável, mas ainda não atingiram o<br />

nível de excelência que nós pretendemos<br />

atingir. Como o Japão é um país exportador<br />

de tecnologia, olhamos com cuidado<br />

esta questão, conversamos com eles sobre<br />

isso. Em julho, o diretor responsável pela<br />

área de tecnologia, junto com o vice-representante<br />

do Conselho, visitaram o Vale do<br />

Silício para buscar novas tecnologias para<br />

ajudar na operação brasileira.<br />

APÓLICE: Os problemas tecnológicos<br />

que que vocês enfrentaram já foram<br />

selecionados?<br />

Francisco Vidigal Filho: Ainda temos<br />

problemas pontuais e intermitências,<br />

mas funcionamos muito melhor do que há<br />

seis meses.<br />

APÓLICE: Quais oportunidades<br />

você vê para as empresas de tecnologia<br />

desenvolverem aqui no Brasil?<br />

Francisco Vidigal Filho: A nossa<br />

maior preocupação é o atendimento ao<br />

cliente e a prestação de serviços. A qualidade<br />

é fundamental, por isso olhamos muito<br />

para o digital. A Internet das Coisas (IoT)<br />

pode melhorar o dia a dia do consumidor e<br />

do corretor de seguros. Na verdade, buscamos<br />

soluções tecnológicas que ainda estão<br />

na teoria para começar a pensar fora da<br />

caixa. Temos dois pedaços muito claros em<br />

tecnologia: um é tentar pegar o que temos<br />

para melhorar, como os sistemas existentes;<br />

o outro é olhar para o futuro.<br />

APÓLICE: Em quais outras carteiras<br />

a Sompo vai atuar, além do seguro de<br />

automóvel? Saúde é uma possibilidade?<br />

Francisco Vidigal Filho: Já atuamos<br />

em saúde corporativa em São Paulo e no<br />

Rio de Janeiro, e temos intenção de atuar<br />

cada vez mais forte nesta área. Contratamos<br />

neste ano o Valter Hime, que é um<br />

executivo com muito conhecimento deste<br />

setor. Nossa ideia é entrar forte em saúde.<br />

A única operação global em saúde do<br />

grupo é no Brasil. No Japão, a experiência<br />

está indo para outro lado: compramos duas<br />

empresas de atendimento e cuidado com o<br />

idoso. Hoje é a segunda empresa no Japão<br />

nesta área. É um mercado novo que está<br />

se abrindo.<br />

APÓLICE: Logo esta experiência<br />

poderá ser útil aqui no Brasil também?<br />

Francisco Vidigal Filho: Daqui a<br />

pouco será útil. No Japão, o mercado ainda<br />

é estável, mas logo começará a declinar<br />

por conta do envelhecimento da população<br />

japonesa. O País que conta com 120<br />

milhões de habitantes hoje, deve diminuir<br />

este número para 80 milhões nos próximos<br />

50 anos. Para a empresa crescer ela tem<br />

duas alternativas: olhar para mercados<br />

emergentes ou para produtos adequados<br />

à mutação da realidade de seus consumidores,<br />

em mercados relacionados ao setor<br />

de seguros.<br />

APÓLICE: No Brasil, a empresa pretende<br />

dobrar de tamanho nos próximos<br />

cinco anos. Como será este movimento?<br />

Francisco Vidigal Filho: Temos uma<br />

expectativa de crescimento de 20% ao ano<br />

nos próximos anos. De janeiro a maio de<br />

2016 já conseguimos este crescimento,<br />

mas sabemos que a meta é ambiciosa.<br />

Focamos em Transportes e Vida e temos<br />

perspectiva de aumentar participação<br />

no mercado de Automóvel. Para isso,<br />

investimos em novos produtos, como o<br />

Auto Supremo, para veículos acima de<br />

R$ 100 mil.<br />

APÓLICE: Vocês pretendem expandir<br />

esta linha Supremo para outros<br />

produtos?<br />

Francisco Vidigal Filho: Começamos<br />

com o Auto, mas vamos estender<br />

para o Vida, Residência, Condomínio etc.<br />

Vamos olhar muito para o cliente de alta<br />

renda. Vamos procurar nichos específicos.<br />

Em produtos empresariais, também olhamos<br />

para segmentos. Neste ano lançamos<br />

o produto para clínicas e consultórios<br />

médicos, o seguro para escolas e pretendemos<br />

lançar para outros nichos e regiões<br />

específicas. Para crescermos vamos olhar<br />

para regiões específicas.<br />

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