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edição de 12 de março de 2018

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entrevista<br />

fre<strong>de</strong>rico pedreiraPresi<strong>de</strong>nte da Avianca Brasil<br />

as empresas<br />

estão mais<br />

efetivas e com<br />

mais gente<br />

voando<br />

A<br />

Avianca Brasil começou sua operação ainda<br />

tímida, aten<strong>de</strong>ndo a um milhão <strong>de</strong> pessoas<br />

em 2010, mas saltou para 11 milhões <strong>de</strong><br />

passageiros em 2017. Há pouco mais <strong>de</strong> dois<br />

anos, a companhia aérea contratou a Grey Brasil para<br />

ajudar no aumento do reconhecimento <strong>de</strong> marca<br />

e também passou a fazer parte da Star Alliance,<br />

ganhando assim parceiros mundiais. Fre<strong>de</strong>rico<br />

Pedreira, presi<strong>de</strong>nte da empresa, explica qual é<br />

o cenário da aviação no país, os <strong>de</strong>safios da crise<br />

econômica e a nova aposta da marca em <strong>de</strong>stinos<br />

internacionais.<br />

mariana zirondi<br />

Especial para o ProPmarK<br />

Qual a participação da Avianca no<br />

mercado <strong>de</strong> aviação?<br />

Os últimos dois anos foram<br />

bem intensos, com muitos <strong>de</strong>safios,<br />

especialmente em 2017,<br />

quando iniciamos nossa operação<br />

internacional. Estamos com<br />

cerca <strong>de</strong> 50 aeronaves, e transportamos<br />

mais <strong>de</strong> 11 milhões <strong>de</strong><br />

passageiros no ano passado. Estamos<br />

com algo em torno <strong>de</strong> 14% <strong>de</strong><br />

participação no mercado. No entanto,<br />

valorizamos nossa filosofia:<br />

nas rotas em que operamos,<br />

temos <strong>de</strong> ter uma oferta boa, que<br />

seja relevante para prestar um<br />

bom serviço ao passageiro. Eu me<br />

preocupo mais com a participação<br />

média nas rotas que temos,<br />

e estamos hoje em cerca <strong>de</strong> 26%.<br />

Qual o posicionamento <strong>de</strong> vocês?<br />

Desejamos ser a empresa com<br />

o melhor produto e serviço a preço<br />

competitivo. E eles são espaço<br />

nas poltronas, lanche quente,<br />

mais opções <strong>de</strong> horários <strong>de</strong> voos<br />

para o passageiro voar quando for<br />

mais conveniente, para aten<strong>de</strong>r<br />

tanto o lazer quanto o corporativo.<br />

Estamos focados em entregar<br />

o melhor serviço no Brasil.<br />

Vocês começaram uma nova fase em<br />

2010. Como se <strong>de</strong>senvolveram?<br />

Foram sete anos <strong>de</strong> crescimento<br />

muito forte. Em 2010, quando<br />

recebemos o nosso primeiro<br />

Airbus, tínhamos <strong>12</strong> unida<strong>de</strong>s do<br />

Fokker 100 e transportávamos<br />

um pouco mais <strong>de</strong> um milhão <strong>de</strong><br />

passageiros. Hoje temos 50 Airbus<br />

e transportamos 11 milhões.<br />

Foram vários anos <strong>de</strong> crescimento<br />

intenso doméstico, até ter uma<br />

massa crítica que permita oferecer<br />

um bom serviço. E, ao atingir<br />

isso no ano passado, começamos<br />

a operação internacional. O nosso<br />

primeiro voo foi para Miami, nos<br />

Estados Unidos; <strong>de</strong>pois Santiago,<br />

no Chile; e, por fim, Nova York,<br />

também nos Estados Unidos.<br />

Quais são as metas para os próximos<br />

anos?<br />

Nosso objetivo é continuar<br />

crescendo <strong>de</strong>ntro do Brasil,<br />

seja adicionando frequências <strong>de</strong><br />

mais voos, seja completando a<br />

nossa malha com alguns <strong>de</strong>sses<br />

<strong>de</strong>stinos e capitais <strong>de</strong> estados<br />

em que não estamos presentes.<br />

Por exemplo, ainda não estamos<br />

muito presentes no Norte do país.<br />

Vemos oportunida<strong>de</strong> lá.<br />

Como vocês estão atravessando a<br />

crise?<br />

O pior ano foi 2016, em que o<br />

Brasil per<strong>de</strong>u 8 milhões <strong>de</strong> passageiros<br />

domésticos. 2017 foi um<br />

ano melhor, vimos a <strong>de</strong>manda<br />

crescer um pouco, mas vemos<br />

<strong>2018</strong> não como um ano <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

crescimento, mas como um ano<br />

<strong>de</strong> transição. Ainda há muitas dúvidas<br />

sobre o ambiente político, o<br />

que impacta na economia e ela é<br />

o motor que faz crescer a aviação.<br />

Então, acreditamos que vai ser<br />

melhor que o anterior.<br />

Qual a meta para <strong>2018</strong>?<br />

Vai <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r muito <strong>de</strong> como o<br />

ano vai se <strong>de</strong>senvolver. Hoje nós<br />

estamos recebendo quatro aeronaves<br />

e, se houver <strong>de</strong>manda um<br />

pouco acima do que esperamos,<br />

po<strong>de</strong>mos trazer novas aeronaves<br />

para o segundo semestre.<br />

Quem são os passageiros <strong>de</strong> vocês?<br />

Nós temos um produto com<br />

preço justo para quem gosta <strong>de</strong><br />

viajar com um pouco mais <strong>de</strong><br />

espaço e conforto. Por um lado,<br />

sem dúvida, o passageiro corporativo<br />

é importante, mas temos<br />

uma participação do lazer muito<br />

relevante. Nós tentamos aten<strong>de</strong>r<br />

os dois tipos <strong>de</strong> passageiros, dando<br />

uma opção gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> horários<br />

e, por outro lado, tendo uma política<br />

tarifária que é competitiva<br />

e permite ao lazer planejar com<br />

antecedência para ter tarifas melhores.<br />

O brasileiro está viajando mais?<br />

Quando você olha o crescimento<br />

da indústria nos últimos<br />

15 anos, no Brasil, foi incrível,<br />

quase quadruplicou o número <strong>de</strong><br />

passageiros. Isso porque a liberda<strong>de</strong><br />

tarifária traz maior competição<br />

e você tem empresas que<br />

conseguem ser mais eficientes,<br />

com passagens mais em conta.<br />

E no Brasil, quando você olha a<br />

tarifa média <strong>de</strong> antes, comparada<br />

com hoje, caiu quase que pela<br />

meta<strong>de</strong>. E isso é bom, porque as<br />

empresas estão mais competitivas,<br />

eficientes e com mais gente<br />

voando. Quando você vê o que<br />

chamamos <strong>de</strong> penetração, o número<br />

<strong>de</strong> viajantes total dividido<br />

pela população, o resultado é <strong>de</strong><br />

0,5 no Brasil. Nos Estados Unidos<br />

ele é <strong>de</strong> 3,0.<br />

Qual o principal <strong>de</strong>stino da Avianca?<br />

Temos algumas cida<strong>de</strong>s que<br />

são bem importantes para nós.<br />

A nossa operação principal é São<br />

Paulo, mas tem também Brasília,<br />

em segundo; e Salvador e Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro, em terceiro. Entretanto,<br />

Salvador, em especial, é muito<br />

importante para a gente porque<br />

nos recebeu muito bem, marcando<br />

um forte crescimento, <strong>de</strong> uma<br />

forma geral, em todo o Nor<strong>de</strong>ste.<br />

Acredito que isso se atrela aos<br />

voos mais longos, em que os passageiros<br />

dão mais importância ao<br />

mais conforto. A capital baiana<br />

também é a primeira cida<strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

do Brasil em que somos o número<br />

um em termos <strong>de</strong> assentos.<br />

Em 2016, vocês contrataram a Grey<br />

Brasil. Como foi isso?<br />

Na época, tínhamos a visão<br />

<strong>de</strong> que nós estávamos <strong>de</strong>ixando<br />

<strong>de</strong> ser uma empresa aérea pequena<br />

e se tornando uma empresa<br />

com presença importante<br />

no Brasil, além <strong>de</strong> ter os planos<br />

<strong>de</strong> voar internacionalmente. Por<br />

isso, precisávamos pensar nosso<br />

posicionamento, em particular o<br />

“temos um<br />

produto com<br />

preço justo<br />

para quem<br />

gosta <strong>de</strong><br />

viajar com<br />

mais espaço”<br />

26 <strong>12</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark

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