Agosto/2018 - Revista Condominium 18

acessibilidade
A
secretária aposentada Helena Maria
Ferreira Costa, de 71 anos, está entre
os milhares de brasileiros que sofrem
com a falta de acessibilidade em condomínios.
Uma de suas pernas sofreu uma trombose e a
outra possui uma prótese. Esses fatores fazem
com que a mobilidade seja bastante reduzida.
Atualmente ela mora em um condomínio no
bairro Cabral, que não tem acessibilidade para
ela e muitos outros condôminos.
Ela conta que o prédio não tem rampas para
pedestres e mesmo com elevador, há áreas que
só podem ser acessadas por escadas. “Até hoje
ninguém pensou em uma solução”. Às vezes,
um vizinho ou o zelador ajudam dando o braço
para Helena subir as escadas, mas nem sempre
essa ajuda existe.
Conseguir se deslocar de um lugar para
o outro é o direito de ir e vir assegurado para
todos os cidadãos. Isso quer dizer que a acessibilidade
deve estar presente em qualquer
planejamento, seja de um restaurante, teatro,
parque, e também nos condomínios. Pensar na
acessibilidade não é apenas ter um elevador, é
preciso pensar em todo tipo de necessidade.
Entretanto, a vida de Helena Maria pode
mudar para melhor. A CCJ (Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania) do Senado
Nacional vai analisar um projeto de lei que
pretende facilitar a convocação de assembleia
de condomínios e a deliberação sobre obras
condominiais para promover a acessibilidade
de pessoas portadoras de deficiência ou com
mobilidade reduzida. A proposta aguarda designação
de relator na CCJ.
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