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O que é preciso, em lugar disso, é uma terceira alternativa, a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e<br />
negociação em colaboração. Essa abordagem enfatiza a criativida<strong>de</strong>, a construção<br />
da confiança mútua e a busca conjunta por soluções que atendam aos interesses<br />
<strong>de</strong> todos, incluindo quatro pontos-chave que po<strong>de</strong>m ser usados virtualmente<br />
em qualquer situação. Cada ponto lida com um elemento básico da tomada <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>cisão e negociação.<br />
O primeiro ponto, relacionamento, é centrado na i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que somos seres<br />
humanos, não máquinas. Temos emoções e, muitas vezes, percepções<br />
diferentes do mundo. Para construir relacionamentos com aqueles com quem<br />
iremos negociar, buscamos trabalhar lado a lado, atacando o problema, e não<br />
uns aos outros.<br />
O segundo ponto, interesses, visa a superar o obstáculo <strong>de</strong> centrar a atenção<br />
sobre as posições <strong>de</strong> cada lado. Em lugar <strong>de</strong> estudar o máximo possível <strong>de</strong><br />
acordos, nos concentramos em apenas duas posições. Centrar a atenção<br />
sobre os interesses permite que as partes em tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e negociação<br />
gerem mais valor.<br />
O terceiro ponto, opções, busca superar a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> se encontrarem soluções<br />
mutuamente satisfatórias quando se está sofrendo pressões. Essa limitação po<strong>de</strong><br />
ser superada quando os negociadores reservam um tempo pre<strong>de</strong>terminado, fora<br />
da pauta <strong>de</strong> discussões. Esse intervalo seria aproveitado para pensar numa ampla<br />
gama <strong>de</strong> soluções que sejam capazes <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r aos interesses comuns das partes<br />
e reconciliar seus interesses divergentes.<br />
O quarto ponto, critérios. Quando os interesses das partes são diretamente<br />
opostos, o negociador po<strong>de</strong> obter um resultado favorável simplesmente<br />
mostrando-se teimoso. No entanto, essa abordagem ten<strong>de</strong> a funcionar apenas<br />
em curto prazo. Em lugar <strong>de</strong>la, quando os interesses divergem, a melhor maneira<br />
<strong>de</strong> chegar a um acordo é baseá-lo num padrão justo, que in<strong>de</strong>penda da mera<br />
vonta<strong>de</strong> das partes.<br />
Quem trabalha em uma organização está sempre tomando <strong>de</strong>cisões, sejam<br />
elas explícitas ou tácitas. Ao fazer isso, os profissionais moldam não só seu<br />
futuro, como também o da empresa, <strong>de</strong> seus colegas, dos cidadãos que<br />
adquirem seus serviços e <strong>de</strong> toda a socieda<strong>de</strong>. Essas <strong>de</strong>cisões frequentemente<br />
afetam o bem-estar individual e social e, portanto, têm importantes impactos<br />
éticos sobre os envolvidos.<br />
Ao longo da história da humanida<strong>de</strong>, as socieda<strong>de</strong>s têm tentado compreen<strong>de</strong>r os<br />
motivos que levam as pessoas a tomar <strong>de</strong>cisões e a <strong>de</strong>senvolver certas diretrizes<br />
para auxiliar os indivíduos na consi<strong>de</strong>ração das várias opções e fatores que<br />
constituem o processo <strong>de</strong>cisório.<br />
Negociação e <strong>de</strong>cisão