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especial TV<br />
TVs abertas mantêm concentração<br />
do share <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> no país<br />
Volume do meio é <strong>de</strong> 53,6%, segundo pesquisa do Kantar Ibope Media,<br />
que observa preferência do consumo por ví<strong>de</strong>o em ambiente multitelas<br />
pAULO MACEDO<br />
Des<strong>de</strong> a primeira transmissão,<br />
em 1950, as TVs <strong>de</strong> sinal<br />
aberto vêm conjugando sistematicamente<br />
o verbo inovar<br />
no mercado brasileiro. Nessa<br />
linha do tempo dá para anotar<br />
mudanças como a introdução<br />
do dolby stereo, policromia e os<br />
recentes <strong>de</strong>safios da captação,<br />
edição e transmissão digitais. E<br />
também da era multitelas, que<br />
permite sintonizar as programações<br />
na palma da mão. Ou<br />
assistir TV na telona interagindo<br />
com os conteúdos expostos<br />
nas telas menores para fazer<br />
comentários, pesquisar e compartilhar.<br />
Sim, não precisa mais<br />
usar Bombril para melhorar a<br />
recepção do sinal. Quem manda<br />
é a banda larga.<br />
Com acesso gratuito, as TVs<br />
abertas concentram 53,6% das<br />
verbas <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>, segundo<br />
levantamento do Kantar Ibope<br />
Media <strong>de</strong> 2017, com um faturamento<br />
anual <strong>de</strong> aproximadamente<br />
R$ 72 bilhões sem as negociações<br />
<strong>de</strong> praxe dos preços<br />
das tabelas, com base na métrica<br />
do GAV (Gross Ad Value). O<br />
investimento em programação<br />
garante diferenciação na aprovação<br />
dos planos <strong>de</strong> mídia dos<br />
anunciantes. Na semana passada,<br />
por exemplo, a Brastemp<br />
comprou uma cota do Masterchef,<br />
da Band. Mesmo com<br />
tantas ofertas <strong>de</strong> canais e busca<br />
regular por novas alternativas,<br />
o protagonismo do meio TV na<br />
distribuição das verbas <strong>de</strong> marketing<br />
é praticamente imutável.<br />
Para 51% dos telespectadores,<br />
a propaganda na TV é “interessante<br />
e proporciona assunto para<br />
conversas.” No primeiro semestre<br />
<strong>de</strong> 2018, as re<strong>de</strong>s abertas nos<br />
15 principais mercados do país<br />
exibiram nas suas gra<strong>de</strong>s 13.036<br />
comerciais <strong>de</strong> marcas, produtos<br />
e serviços (sem mencionar as<br />
claquetes, que ampliam o volume<br />
para a casa do milhão).<br />
Nesse período, o principal investimento<br />
registrado pelo GAV<br />
Cristiano Flores, diretor-geral da Abert: “Dados revelam porque o nosso mercado segue com um bom volume <strong>de</strong> audiência”<br />
foi das lojas <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamento<br />
que alocaram um volume <strong>de</strong> R$<br />
4,026 bilhões nas TVs (ver trabela).<br />
No estudo TV Insights, do<br />
Kantar Ibope Media, a diretora<br />
Adriana Fávaro fala que, nessa<br />
era <strong>de</strong> transformações, “o ví<strong>de</strong>o<br />
é um formato <strong>de</strong> conteúdo <strong>de</strong><br />
mídia que não somente se mantém<br />
em <strong>de</strong>staque, como li<strong>de</strong>ra<br />
as revoluções.” Ela acrescenta:<br />
“Sua prepon<strong>de</strong>rância se observa<br />
pelo papel <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque do meio<br />
televisivo no alcance das pessoas,<br />
po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> engajamento e pelas<br />
suas receitas publicitárias.<br />
As novas tecnologias têm propiciado<br />
expandir, ainda mais, esse<br />
alcance e levar conteúdos <strong>de</strong><br />
ví<strong>de</strong>o para consumidores on<strong>de</strong><br />
quer que estejam e no momento<br />
em que quiserem consumir.”<br />
A TV aberta po<strong>de</strong> ser consumida<br />
da forma tradicional, mas<br />
também pela internet, VOD (ví<strong>de</strong>o<br />
on <strong>de</strong>mand), aplicativos.<br />
re<strong>de</strong>s sociais e comunicadores<br />
instantâneos como o WhatsApp.<br />
Alguns focos das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sinal<br />
aberto, como as transmissões do<br />
futebol, estão atraindo plataformas<br />
como o Facebook e o Twitter,<br />
que não são produtores <strong>de</strong><br />
conteúdo, mas curadores.<br />
Uma base <strong>de</strong> 23% da amostra<br />
do Kantar faz comentários nas<br />
re<strong>de</strong>s sobre o que está vendo na<br />
TV. O Twitter se <strong>de</strong>staca pelo estímulo<br />
ao engajamento, principalmente<br />
durante a exibição <strong>de</strong><br />
reality shows, “que permite um<br />
gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> exposição aos públicos<br />
na plataforma social.” Os três realities<br />
que concentram o maior<br />
interesse da audiência são o Big<br />
Brother Brasil (Globo), A Fazenda<br />
(Record) e Masterchef (Band).<br />
A executiva do Kantar chama<br />
a atenção para as métricas <strong>de</strong><br />
mensuração do instituto, que<br />
validam o meio TV, e também<br />
os <strong>de</strong>mais, diante das exigências<br />
<strong>de</strong> ROI (Retorno sobre o Investimento)<br />
dos anunciantes.<br />
A pesquisa do Kantar mostra<br />
que a audiência média das<br />
541 TVs (334 comerciais e 207<br />
Divulgação<br />
“tecnologias<br />
têm propiciado<br />
expandir esse<br />
alcance e levar<br />
conteúdos <strong>de</strong><br />
ví<strong>de</strong>o para<br />
consumidores<br />
on<strong>de</strong> quer que<br />
estejam”<br />
44 <strong>25</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2019</strong> - jornal propmark