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edição de 25 de março de 2019

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especial TV<br />

TVs abertas mantêm concentração<br />

do share <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> no país<br />

Volume do meio é <strong>de</strong> 53,6%, segundo pesquisa do Kantar Ibope Media,<br />

que observa preferência do consumo por ví<strong>de</strong>o em ambiente multitelas<br />

pAULO MACEDO<br />

Des<strong>de</strong> a primeira transmissão,<br />

em 1950, as TVs <strong>de</strong> sinal<br />

aberto vêm conjugando sistematicamente<br />

o verbo inovar<br />

no mercado brasileiro. Nessa<br />

linha do tempo dá para anotar<br />

mudanças como a introdução<br />

do dolby stereo, policromia e os<br />

recentes <strong>de</strong>safios da captação,<br />

edição e transmissão digitais. E<br />

também da era multitelas, que<br />

permite sintonizar as programações<br />

na palma da mão. Ou<br />

assistir TV na telona interagindo<br />

com os conteúdos expostos<br />

nas telas menores para fazer<br />

comentários, pesquisar e compartilhar.<br />

Sim, não precisa mais<br />

usar Bombril para melhorar a<br />

recepção do sinal. Quem manda<br />

é a banda larga.<br />

Com acesso gratuito, as TVs<br />

abertas concentram 53,6% das<br />

verbas <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>, segundo<br />

levantamento do Kantar Ibope<br />

Media <strong>de</strong> 2017, com um faturamento<br />

anual <strong>de</strong> aproximadamente<br />

R$ 72 bilhões sem as negociações<br />

<strong>de</strong> praxe dos preços<br />

das tabelas, com base na métrica<br />

do GAV (Gross Ad Value). O<br />

investimento em programação<br />

garante diferenciação na aprovação<br />

dos planos <strong>de</strong> mídia dos<br />

anunciantes. Na semana passada,<br />

por exemplo, a Brastemp<br />

comprou uma cota do Masterchef,<br />

da Band. Mesmo com<br />

tantas ofertas <strong>de</strong> canais e busca<br />

regular por novas alternativas,<br />

o protagonismo do meio TV na<br />

distribuição das verbas <strong>de</strong> marketing<br />

é praticamente imutável.<br />

Para 51% dos telespectadores,<br />

a propaganda na TV é “interessante<br />

e proporciona assunto para<br />

conversas.” No primeiro semestre<br />

<strong>de</strong> 2018, as re<strong>de</strong>s abertas nos<br />

15 principais mercados do país<br />

exibiram nas suas gra<strong>de</strong>s 13.036<br />

comerciais <strong>de</strong> marcas, produtos<br />

e serviços (sem mencionar as<br />

claquetes, que ampliam o volume<br />

para a casa do milhão).<br />

Nesse período, o principal investimento<br />

registrado pelo GAV<br />

Cristiano Flores, diretor-geral da Abert: “Dados revelam porque o nosso mercado segue com um bom volume <strong>de</strong> audiência”<br />

foi das lojas <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamento<br />

que alocaram um volume <strong>de</strong> R$<br />

4,026 bilhões nas TVs (ver trabela).<br />

No estudo TV Insights, do<br />

Kantar Ibope Media, a diretora<br />

Adriana Fávaro fala que, nessa<br />

era <strong>de</strong> transformações, “o ví<strong>de</strong>o<br />

é um formato <strong>de</strong> conteúdo <strong>de</strong><br />

mídia que não somente se mantém<br />

em <strong>de</strong>staque, como li<strong>de</strong>ra<br />

as revoluções.” Ela acrescenta:<br />

“Sua prepon<strong>de</strong>rância se observa<br />

pelo papel <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque do meio<br />

televisivo no alcance das pessoas,<br />

po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> engajamento e pelas<br />

suas receitas publicitárias.<br />

As novas tecnologias têm propiciado<br />

expandir, ainda mais, esse<br />

alcance e levar conteúdos <strong>de</strong><br />

ví<strong>de</strong>o para consumidores on<strong>de</strong><br />

quer que estejam e no momento<br />

em que quiserem consumir.”<br />

A TV aberta po<strong>de</strong> ser consumida<br />

da forma tradicional, mas<br />

também pela internet, VOD (ví<strong>de</strong>o<br />

on <strong>de</strong>mand), aplicativos.<br />

re<strong>de</strong>s sociais e comunicadores<br />

instantâneos como o WhatsApp.<br />

Alguns focos das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sinal<br />

aberto, como as transmissões do<br />

futebol, estão atraindo plataformas<br />

como o Facebook e o Twitter,<br />

que não são produtores <strong>de</strong><br />

conteúdo, mas curadores.<br />

Uma base <strong>de</strong> 23% da amostra<br />

do Kantar faz comentários nas<br />

re<strong>de</strong>s sobre o que está vendo na<br />

TV. O Twitter se <strong>de</strong>staca pelo estímulo<br />

ao engajamento, principalmente<br />

durante a exibição <strong>de</strong><br />

reality shows, “que permite um<br />

gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> exposição aos públicos<br />

na plataforma social.” Os três realities<br />

que concentram o maior<br />

interesse da audiência são o Big<br />

Brother Brasil (Globo), A Fazenda<br />

(Record) e Masterchef (Band).<br />

A executiva do Kantar chama<br />

a atenção para as métricas <strong>de</strong><br />

mensuração do instituto, que<br />

validam o meio TV, e também<br />

os <strong>de</strong>mais, diante das exigências<br />

<strong>de</strong> ROI (Retorno sobre o Investimento)<br />

dos anunciantes.<br />

A pesquisa do Kantar mostra<br />

que a audiência média das<br />

541 TVs (334 comerciais e 207<br />

Divulgação<br />

“tecnologias<br />

têm propiciado<br />

expandir esse<br />

alcance e levar<br />

conteúdos <strong>de</strong><br />

ví<strong>de</strong>o para<br />

consumidores<br />

on<strong>de</strong> quer que<br />

estejam”<br />

44 <strong>25</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2019</strong> - jornal propmark

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