Um Golpe a Meia Noite - Laurell K. Hamilton

Frost encontrou a metade do caminho, inclinando-se, suas mãos em meus
braços, para que eu me sustentasse nas pontas dos pés. Beijamo-nos. Queria
poder dizer que foi um beijo casto, um beijo ―de boa noite, mas ele tinha
outras idéias.
Seus lábios pressionaram contra os meus, duros, ferozes. Sua língua
empurrava em minha boca, e a abri a ele, lhe deixando deslizar-se dentro de
minha boca. Sua respiração tremeu dentro de minha boca, como se ele
respirasse dentro de mim, e me esmagou contra ele. Levantou-me do chão e
envolveu ao seu redor. Alimentou-se de minha boca com língua, dente e
lábios, até que deixei escapar pequenos sons pela força de sua boca, e o
próximo e doloroso agarre por seus braços e suas mãos. Derreti-me contra
ele. Quando ele deixou de me beijar, estava enjoada, e tratei de continuar o
beijo. Tinha me esquecido de onde estávamos, o que se supunha que estava
fazendo. Esqueci-me de mim mesma como fiz na conferência de imprensa.
Esqueci-me de tudo menos do sabor de sua boca, a percepção de seu corpo.
Esqueci-me de tudo menos do beijo do Frost.
Ele se separou de mim enquanto lutava para beijá-lo outra vez. Estava
fazendo pequenos ruídos de protesto enquanto ele tratava de me deslizar
abaixo de seu corpo e voltar a me colocar sobre o chão. Envolvi minhas
pernas ao redor de sua cintura, e me neguei a ser deixada no chão.
— Meredith, Meredith. — Acredito que a profunda voz do Doyle tinha
estado dirigindo-se a mim desde fazia algum tempo. Finalmente lhe olhei. Ele
sorriu e negou com a cabeça.
— Ele tem que ir agora, nós dois temos que ir.