Um Golpe a Meia Noite - Laurell K. Hamilton

— Alguns nascem com as marcas neles, mas muitos não.
— A maior parte de nós adquirimos as marcas quando entram em nosso
poder na adolescência, ou até na idade adulta. — Disse Rhys.
— Recordo a meu pai me dizendo que nossa gente pintava as tatuagens
para as batalhas. Eram a marca de sua divindade para protegê-los.
— Uma vez, faz muito, — disse Doyle, — as marcas sobre seus corpos
protegeram realmente a nossos seguidores. Protegendo-os melhor que
qualquer armadura, pois era um conduto do poder sidhe que eles invocaram.
Dava-me conta de que Doyle se dirigia para mim de uma forma distante e
formal. Era a presença de Ivi o que o tinha feito distanciar- se, ou tinha
passado algo mais?
— Fomos seus deuses. — Disse Rhys.
— Não fomos deuses. — Disse Doyle, e sua voz soou mais baixa pela
cólera. — Pensamos que fomos deuses, mas quando os próprios deuses
partiram, aprendemos outra coisa. — Ele olhou fixamente para fora à
escuridão, como se ele visse coisas faz muito tempo esquecidas e longínquas.
— despiram-se para a batalha, pintaram-se com nossos símbolos, e foram
mortos porque já não tínhamos o poder para salvá-los.