Um Golpe a Meia Noite - Laurell K. Hamilton

CAPÍTULO 36
DESPERTEI, PISCANDO SOB UM DOSSEL TÃO NEGRO como a
escuridão que tinha me sugado ao desmaiar. O material negro estava sujeito
em graciosas dobras sobre a madeira grafite também de negro. Pensei, quase
ociosamente, que se parecia com a cama da rainha. O medo me atravessou
como uma lança em uma rajada que rouba o fôlego. Nunca era bom despertar
ali.
Devo ter movido minha mão mais do que pensei porque rocei o braço de
alguém. Fez-me saltar e olhar para o centro da cama.
Galen jazia aí, com os olhos ainda fechados e a cara serena. Ainda estava
nu, como estávamos todos nós, já que Nicca jazia ao outro lado do Galen.
Que três de nós estivéssemos nus em sua cama não me fez me sentir
nenhuma pingo melhor.
Olhei para fora de seu quarto, e estava completamente negro exceto por
um fogo em um volumoso braseiro metálico no centro do quarto. Por que as
paredes estavam sem luz? Onde estava a luz do sithen? Algo se moveu entre
esse negrume, e me estiquei, esperando que fosse a rainha, mas não foi o
brilho de sua branca pele. Conheci quem era antes que ele entrasse no
ambarino fulgor da luz do fogo. Doyle envolto em uma capa tão negra como
o resto dele passou dentro do fulgor da luz externa do fogo para deslizar-se
para a cama.