Revista SF - Edição 07

| ESPECIAL |
Foto: Roberto Galhardo
A chegada das netas levou mais vida à rotina do casal Luiza Bianchini e Pedro Luiz Consolini
Amor de avós é pura festa
A dona de casa Luiza Bianchini, de
68 anos, levava uma vida calma e um
tanto solitária em sua casa. O marido
Pedro Luiz Consolini, de 70, ainda não
tinha se aposentado e trabalhava fora
o dia todo, assim como os dois filhos.
Portanto, Luiza passava a maior parte
do tempo sozinha.
A rotina, porém, começou a se agitar
há cinco anos, quando nasceu Ana Júlia,
primeira neta do casal. Para poder ir ao
trabalho, o filho e a nora passaram a
deixar a menina com os avós durante o
dia e, há três anos, a sossegada vida de
Luiza virou ainda mais de cabeça para
baixo com a chegada da caçula, Bianca.
“Antes das minhas netas nascerem,
eu ficava sozinha praticamente o dia
todo. Era uma vida monótona, mas
mudou completamente com elas. O dia
passa, o ano passa voando, que a gente
nem vê. É tudo muito divertido quando
elas estão com a gente”, diz.
De segunda a sexta-feira, as crianças
chegam por volta das 10h30 da manhã,
mas Luiza acorda cedo todos os dias
para preparar as refeições e ter tempo
de aproveitar as companhias. Ela e o
marido se revezam para alimentá-las,
dar banho e levar à escola, sem qualquer
intervalo para a bagunça das meninas.
“Elas querem brincar desde a hora
que chegam até a hora em que vão embora.
Até o almoço é o tempo todo na
brincadeira. Pode ser de boneca, de mamãe
e filhinha, mas tem que ser o tempo
todo”, conta, transbordando de carinho.
Ao final do dia, os avós saem para
buscá-las na aula, tornam a dar banho
e jantar. Só vão para casa perto da hora
de dormir – Bianca, na verdade, já vai
dormindo no carro. Neste intervalo, as
meninas usam e abusam do casal. O tom
da voz deixa claro a alegria de ver a família
aumentando e, novamente, ter a
casa cheia todos os dias.
“A gente cuida delas como se fossem
nossas filhas, é um amor muito especial,
mas é claro que tem diferença. Com filho,
a gente precisa ser mais rígido e não
pode falar sim pra tudo. Mas, com neto,
não. A gente faz as vontades, compra os
brinquedos que pedem e mima o quanto
puder”, brinca.
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