Revista SF - Edição 07
Produzida pela equipe de Comunicação e Marketing do Grupo São Francisco, a Revista São Francisco traz assuntos que interessam todos os tipos de público. Nela você vai ter acesso a notícias, dicas e muito entretenimento.
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sobre a dimensão exata de uma dose<br />
que defina um caso de alcoolismo.<br />
No entanto, ela faz um alerta a quem<br />
costuma beber diariamente mais de<br />
duas latas de cerveja ou duas doses de<br />
destilado, como uísque ou pinga: “o nível<br />
de álcool presente nessas quantidades<br />
de bebida está acima do recomendado<br />
pela OMS, podendo causar danos ao<br />
organismo”.<br />
Segundo especialistas, as pessoas saudáveis<br />
podem consumir, no máximo, 30g<br />
de álcool por dia. Por exemplo, uma taça<br />
de chope ou vinho contém 10g, enquanto<br />
uma dose de destilado contém 25g e uma<br />
lata de cerveja de 330ml contém 17g.<br />
“Assim como qualquer doença, o alcoolismo<br />
também traz consigo vários<br />
sintomas. Muitas vezes, a alteração do<br />
comportamento só é notada pelas pessoas<br />
que convivem com o dependente”,<br />
diz Veridiana.<br />
Ela explica que as pessoas mais próximas<br />
podem identificar alguém com<br />
dificuldades quando forem apresentados<br />
sinais como se tornar agressivo<br />
ao beber, consumir bebidas alcoólicas<br />
todos os dias, dificuldades para parar<br />
de beber depois que começa, ou mesmo<br />
evitar locais onde não é permitido beber.<br />
“Além disso, também é comum o<br />
dependente perder o emprego ou o ano<br />
letivo por conta da doença e, mesmo<br />
assim, continuar bebendo. Chegam a se<br />
afastar da família e dos amigos, deixam<br />
de comer, apresentam tremores e sintomas<br />
de abstinência quando passam<br />
muito tempo longe do álcool, além da<br />
perda de memória e apresentação de<br />
paranoia e alucinações”, complementa.<br />
Tratamento<br />
O alcoolismo, como dito anteriormente<br />
pela psiquiatra, não tem cura.<br />
“Seu processo de tratamento é complexo<br />
e demorado, mas pode ser feito<br />
com segurança quando acompanhado<br />
por profissionais capacitados”, ela diz.<br />
Dentre os diversos tipos, estão:<br />
“Apenas a proibição não é<br />
suficiente enquanto existirem<br />
bebidas alcoólicas de fácil acesso”<br />
Veridiana Moura,<br />
psiquiatra da São Francisco Saúde<br />
DESINTOXICAÇÃO: Esta é a primeira<br />
etapa e consiste em um período de<br />
abstinência. Deve ser feito com acompanhamento<br />
de um psiquiatra, podendo<br />
ser necessária a internação do paciente.<br />
Neste período, avalia-se os danos físicos<br />
e mentais causados pelo consumo<br />
nocivo do álcool.<br />
PSICOTERAPIA: A abordagem<br />
mais utilizada é a Terapia Cognitivo-<br />
-Comportamental (TCC), que envolve<br />
a aprendizagem de técnicas para evitar<br />
recaídas, além de auxiliar na mudança<br />
de hábitos e pensamentos que podem<br />
servir de gatilho.<br />
Veridiana Moura, psiquiatra do Grupo São Francisco.<br />
TERAPIA DE GRUPO: Embora a<br />
psicoterapia individual auxilie, alguns<br />
estudos mostram que a terapia<br />
de grupo é mais eficaz na prevenção<br />
de recaídas, mudança de hábitos e<br />
situações sociais.<br />
MEDICAMENTOS: Os medicamentos<br />
são um complemento no tratamento<br />
de alcoolismo. O objetivo da sua utilização<br />
é o de auxiliar o paciente a abster-se<br />
em relação à bebida. Existem vários que<br />
auxiliam promovendo sensação desagradável<br />
ao beber, ajudando a reduzir<br />
a compulsão e melhorando a desintoxicação.<br />
Foto: Divulgação / Speranza<br />
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