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Revista SF - Edição 07

Produzida pela equipe de Comunicação e Marketing do Grupo São Francisco, a Revista São Francisco traz assuntos que interessam todos os tipos de público. Nela você vai ter acesso a notícias, dicas e muito entretenimento.

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| SAÚDE DAS ESTRELAS |<br />

alcoolismo é responsável por 5,3% da<br />

carga global de doenças.<br />

De todas as mortes atribuíveis ao<br />

álcool no mundo, 28% ocorreram devido<br />

a lesões, como as causadas por<br />

acidentes de trânsito, automutilação<br />

e violência interpessoal; 21% por distúrbios<br />

digestivos; 19% por doenças<br />

cardiovasculares e, o restante, devido<br />

a doenças infecciosas,<br />

cânceres, transtornos<br />

mentais e outras condições<br />

de saúde.<br />

No Brasil, o consumo<br />

do álcool por pessoa foi<br />

de 8,9 litros em 2016,<br />

maior do que a média<br />

internacional, que chegou<br />

a 6,4 litros. O levantamento<br />

também mostra<br />

que os acidentes de trânsito<br />

lideram as causas de<br />

morte entre jovens rapazes<br />

brasileiros – cerca de<br />

80% dos acidentes fatais<br />

envolvem motoristas alcoolizados.<br />

Além disso,<br />

na faixa etária de 20 a 39<br />

anos, aproximadamente<br />

13,5% do total de mortes<br />

são atribuíveis ao álcool.<br />

Verdiana esclarece que<br />

a doença apresenta fatores<br />

de risco significativamente<br />

mais elevados para adolescentes<br />

e homens adultos,<br />

assim como para sujeitos<br />

com histórico familiar de<br />

alcoolismo.<br />

“Homens apresentam<br />

maior tendência a beber mais precocemente<br />

e em maiores quantidades do<br />

que as mulheres. Outros fatores, como<br />

abuso infantil, problemas conjugais,<br />

desemprego, baixo nível educacional,<br />

determinadas etnias e aculturação têm<br />

sido considerados fatores psicológicos<br />

de risco para o alcoolismo”, reforça.<br />

Danos podem<br />

ser irreversíveis<br />

De acordo com a psiquiatra, o alcoolismo<br />

é uma doença que compromete<br />

por completo a vida do dependente<br />

químico, acarretando em problemas<br />

pessoais, como a perda de emprego e ou<br />

do ano letivo, distanciamento da família<br />

e dos amigos, além de diversos danos<br />

“Segundo especialistas, as<br />

pessoas saudáveis podem<br />

consumir, no máximo,<br />

30g de álcool por dia. Por<br />

exemplo, uma taça de<br />

chope ou vinho contém<br />

10g, enquanto uma dose de<br />

destilado contém 25g e uma<br />

lata de cerveja de 330ml<br />

contém 17g”<br />

ao organismo.<br />

“O uso constante, descontrolado e<br />

progressivo de bebidas alcoólicas pode<br />

comprometer seriamente o bom funcionamento<br />

do organismo, levando a consequências<br />

irreversíveis”, diz Veridiana.<br />

A OMS divulga que mais de 200<br />

doenças e lesões são geradas pelo uso<br />

nocivo do álcool, como cirrose hepática,<br />

alguns tipos de câncer e doenças cardiovasculares.<br />

Estudos recentes apontam<br />

uma relação entre o consumo nocivo<br />

do álcool e a incidência de doenças infecciosas,<br />

como tuberculose e HIV/aids.<br />

Em mulheres grávidas, o consumo de<br />

bebidas alcoólicas pode causar síndrome<br />

fetal do álcool e complicações no<br />

parto prematuro.<br />

O Centro de Informações<br />

sobre Saúde e Álcool (CISA)<br />

complementa que o consumo<br />

exagerado também é responsável<br />

pelo desenvolvimento<br />

de doenças do fígado,<br />

problemas gastrointestinais,<br />

pancreatite, prejuízos cerebrais<br />

e imunológicos, anemias<br />

e osteoporose.<br />

Para Veridiana, os danos<br />

causados tornam necessárias<br />

estratégias de prevenção<br />

ainda na adolescência.<br />

Ela orienta que as famílias<br />

incentivem, desde cedo, seus<br />

filhos a praticarem atividades<br />

recreativas e esportivas<br />

para ocuparem o tempo livre.<br />

“Outra forma de prevenção<br />

é estimulá-los a ter<br />

um estilo de vida saudável.<br />

Apenas a proibição não é<br />

suficiente enquanto existirem<br />

bebidas alcoólicas de<br />

fácil acesso. A realização de<br />

seminários didáticos e interativos,<br />

expondo os perigos<br />

e danos do uso e abuso do<br />

álcool, pode ser uma forma eficaz de<br />

prevenção”, afirma.<br />

Quando o consumo<br />

é considerado doença<br />

Para quem tem o hábito de beber socialmente,<br />

a psiquiatra alerta que ainda<br />

não existe um consenso internacional<br />

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