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Revista Newslab Edição 161

Revista Newslab Edição 161 - Agosto / Setembro 2020

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Como o coronavírus se espalhou pelo país?<br />

Em uma pesquisa inédita, estudo revela dados importantes sobre a pandemia no Brasil.<br />

O Brasil já estava assistindo a catástrofe<br />

ocorrida pela COVID-19 em outros lugares<br />

do mundo quando o vírus chegou aqui, e<br />

consequentemente, seus efeitos devastadores<br />

também. Em meados de março o<br />

Brasil já se preparava para a pandemia o<br />

que, naquele momento, já era inevitável.<br />

Com isso, algumas medidas foram tomadas<br />

na tentativa de reduzir a curva de infectados,<br />

como: a reeducação da população com<br />

medidas preventivas e o fortalecimento do<br />

Sistema Único de Saúde (SUS), com equipamentos<br />

que auxiliassem pacientes com o<br />

quadro clínico mais severo, e ampliação do<br />

número de leitos.<br />

Medidas como a obrigatoriedade do uso<br />

de máscaras, fechamento de escolas e comércios<br />

e isolamento social contribuíram<br />

para o percurso tomado pelo vírus no país.<br />

É o que expõe um estudo inédito publicado<br />

na revista Science e ainda em andamento,<br />

coordenado pelo Instituto de Medicina<br />

Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade<br />

de São Paulo (USP) em parceria<br />

com a Universidade de Oxford. A pesquisa<br />

envolveu 15 instituições brasileiras, que<br />

realizaram o sequenciamento de 427 genomas<br />

em 21 estados brasileiros e avalia<br />

a disseminação do vírus em todo território<br />

nacional.<br />

“As amostras foram colhidas entre os meses<br />

de março e abril, em mais de 80 cidades<br />

brasileiras. O intuito foi combinar dados<br />

genéticos do SARS-CoV-2 com dados de<br />

mobilidade dos brasileiros, para investigar<br />

como se deu a transmissão, e se as medidas<br />

preventivas tiveram algum impacto no controle<br />

da epidemia”, explica Nelson Gaburo,<br />

gerente geral do DB Molecular e um dos<br />

pesquisadores envolvidos na pesquisa.<br />

A COVID-19 presente no país tem origem,<br />

principalmente, europeia, e sua maior incidência<br />

de deu em grandes capitais que<br />

recebem muitos voos internacionais, como<br />

São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza e Rio<br />

de Janeiro. “O betacoronavírus possui um<br />

genoma de 30kb e é classificado com duas<br />

linhagens filogenéticas principais: A e B.<br />

Aqui no Brasil foi identificado um grande<br />

número de introduções no início da<br />

pandemia. Com a pesquisa conseguimos<br />

concluir que 76% dos vírus detectados se<br />

agrupam em três grandes linhagens, que se<br />

espalharam pelo país antes de adotarmos<br />

as medidas de controle, o que chamamos<br />

de Intervenções Não Farmacêuticas (INF)”,<br />

esclarece Nelson.<br />

A pesquisa conseguiu apontar que, com<br />

a ajuda das INFs, a taxa de transmissão<br />

do coronavírus reduziu consideravelmente<br />

entre a população, se comparado ao valor<br />

estimado no início da pandemia, ou seja,<br />

apesar da transmissão rápida, as INFs adotadas<br />

estão sendo eficazes até o momento.<br />

O trabalho contou com pesquisadores<br />

brasileiros e britânicos e com o apoio da<br />

FAPESP, MRC, Wellcome Trust, MCTIC, FINEP,<br />

CAPES, CNPq, INCT, FAPERJ e FAPEMIG.<br />

DB Molecular - Diagnósticos do Brasil<br />

Rua Cardoso de Almeida, 1460. Perdizes<br />

São Paulo. SP. 05013-001<br />

www.dbmolecular.com.br<br />

INFORME DE MERCADO<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />

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