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Como o coronavírus se espalhou pelo país?<br />
Em uma pesquisa inédita, estudo revela dados importantes sobre a pandemia no Brasil.<br />
O Brasil já estava assistindo a catástrofe<br />
ocorrida pela COVID-19 em outros lugares<br />
do mundo quando o vírus chegou aqui, e<br />
consequentemente, seus efeitos devastadores<br />
também. Em meados de março o<br />
Brasil já se preparava para a pandemia o<br />
que, naquele momento, já era inevitável.<br />
Com isso, algumas medidas foram tomadas<br />
na tentativa de reduzir a curva de infectados,<br />
como: a reeducação da população com<br />
medidas preventivas e o fortalecimento do<br />
Sistema Único de Saúde (SUS), com equipamentos<br />
que auxiliassem pacientes com o<br />
quadro clínico mais severo, e ampliação do<br />
número de leitos.<br />
Medidas como a obrigatoriedade do uso<br />
de máscaras, fechamento de escolas e comércios<br />
e isolamento social contribuíram<br />
para o percurso tomado pelo vírus no país.<br />
É o que expõe um estudo inédito publicado<br />
na revista Science e ainda em andamento,<br />
coordenado pelo Instituto de Medicina<br />
Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade<br />
de São Paulo (USP) em parceria<br />
com a Universidade de Oxford. A pesquisa<br />
envolveu 15 instituições brasileiras, que<br />
realizaram o sequenciamento de 427 genomas<br />
em 21 estados brasileiros e avalia<br />
a disseminação do vírus em todo território<br />
nacional.<br />
“As amostras foram colhidas entre os meses<br />
de março e abril, em mais de 80 cidades<br />
brasileiras. O intuito foi combinar dados<br />
genéticos do SARS-CoV-2 com dados de<br />
mobilidade dos brasileiros, para investigar<br />
como se deu a transmissão, e se as medidas<br />
preventivas tiveram algum impacto no controle<br />
da epidemia”, explica Nelson Gaburo,<br />
gerente geral do DB Molecular e um dos<br />
pesquisadores envolvidos na pesquisa.<br />
A COVID-19 presente no país tem origem,<br />
principalmente, europeia, e sua maior incidência<br />
de deu em grandes capitais que<br />
recebem muitos voos internacionais, como<br />
São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza e Rio<br />
de Janeiro. “O betacoronavírus possui um<br />
genoma de 30kb e é classificado com duas<br />
linhagens filogenéticas principais: A e B.<br />
Aqui no Brasil foi identificado um grande<br />
número de introduções no início da<br />
pandemia. Com a pesquisa conseguimos<br />
concluir que 76% dos vírus detectados se<br />
agrupam em três grandes linhagens, que se<br />
espalharam pelo país antes de adotarmos<br />
as medidas de controle, o que chamamos<br />
de Intervenções Não Farmacêuticas (INF)”,<br />
esclarece Nelson.<br />
A pesquisa conseguiu apontar que, com<br />
a ajuda das INFs, a taxa de transmissão<br />
do coronavírus reduziu consideravelmente<br />
entre a população, se comparado ao valor<br />
estimado no início da pandemia, ou seja,<br />
apesar da transmissão rápida, as INFs adotadas<br />
estão sendo eficazes até o momento.<br />
O trabalho contou com pesquisadores<br />
brasileiros e britânicos e com o apoio da<br />
FAPESP, MRC, Wellcome Trust, MCTIC, FINEP,<br />
CAPES, CNPq, INCT, FAPERJ e FAPEMIG.<br />
DB Molecular - Diagnósticos do Brasil<br />
Rua Cardoso de Almeida, 1460. Perdizes<br />
São Paulo. SP. 05013-001<br />
www.dbmolecular.com.br<br />
INFORME DE MERCADO<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />
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