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Revista Newslab Edição 161

Revista Newslab Edição 161 - Agosto / Setembro 2020

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RADAR CIENTÍFICO<br />

Validação da Razão de 100 para a Definição de Mieloma<br />

Múltiplo Latente (SMM) de Alto Risco com N Latex FLC<br />

Medical Affairs Laboratory Diagnostics - Siemens Healthineers<br />

Diretrizes e Introdução<br />

O mieloma múltiplo latente (SMM) é uma condição assintomática precursora<br />

do mieloma múltiplo (MM). O SMM é geralmente descoberto<br />

acidentalmente quando a proteína M é encontrada no soro ou na urina<br />

em testes de eletroforese, solicitados por algum outro motivo. Os indivíduos<br />

com SMM têm uma taxa de 10% de progressão para MM sintomático<br />

dentro dos primeiros 5 anos após o diagnóstico. A taxa de progressão<br />

cai para 3% dentro de 5 a 10 anos após o diagnóstico e para 1% depois<br />

desse tempo.<br />

Historicamente, o tratamento de pacientes com SMM não era indicado<br />

até que progredissem para MM devido a altas taxas de toxicidade relacionadas<br />

ao tratamento. Com a introdução de novas terapias de alta eficiência<br />

para o mieloma, que oferecem melhor tolerabilidade, uma busca<br />

intensiva por biomarcadores foi iniciada para identificar pacientes que se<br />

beneficiariam com a terapia precoce. Para intervir antes do desenvolvimento<br />

de danos no órgão-alvo do MM, são necessários biomarcadores<br />

que identifiquem com precisão o subconjunto de pacientes com SMM<br />

com malignidade biológica e estão em risco iminente de progressão.<br />

O Grupo de Trabalho Internacional de Mieloma (IMWG) chegou a um<br />

consenso de que, se fossem identificados biomarcadores confiáveis associados<br />

a uma probabilidade de progressão de aproximadamente 80%<br />

(= valor preditivo positivo [VPP]) para MM em 2 anos, tais pacientes<br />

deveriam ser considerados como tendo MM.<br />

Os especialistas também estipularam uma especificidade de 95% ou<br />

mais e, concluíram que a terapia deve ser oferecida a este grupo de pacientes<br />

de SMM de alto risco. 1 Os profissionais envolvidos neste consenso<br />

apontaram que a especificidade é muito mais importante do que a sensibilidade<br />

para evitar o tratamento desnecessário.<br />

Para o diagnóstico de SMM e MM, a diretriz ESMO e o IMWG<br />

recomendam: 2,3<br />

• Detecção e avaliação do componente monoclonal (M) por:<br />

– Eletroforese de proteínas séricas e/ou urinárias<br />

(concentrado da coleta de urina de 24 horas);<br />

– Quantificação nefelométrica de IgG, IgA e IgM;<br />

– Caracterização das cadeias pesadas e leves por imunofixação;<br />

– Dosagem de FLC no soro.<br />

• Avaliação da infiltração de células plasmáticas da medula óssea.<br />

• Avaliação de lesões ósseas líticas.<br />

• Hemograma completo.<br />

• Dosagem de creatinina, clearance de creatinina e cálcio sérico total.<br />

Estudo francês de validação em pacientes com SMM<br />

As atualizações das diretrizes do IMWG e do ESMO que incluem a razão<br />

>100 de FLC como um critério de para ambos os ensaios, a razão de FLC<br />

(envolvida para não envolvida) foi calculada e o desempenho de uma<br />

razão ≥100 na predição da progressão da doença para MM sintomático<br />

nos próximos 2 anos foi avaliada.<br />

Ambos os ensaios tiveram uma capacidade semelhante de<br />

prever a manifestação de MM com uma razão de risco relativa<br />

de 1,99 para os ensaios N Latex FLC e 2,04 para os ensaios<br />

FREELITE. O VPP e a especificidade foram mais elevados para<br />

o ensaio N Latex FLC (66,7%; 97,4%) em comparação com o<br />

ensaio FREELITE (56,5%; 91,2%).<br />

A comparação do método qualitativo para a razão de FLC com<br />

o cutoff de 100 mostrou uma taxa de concordância de 90%<br />

(coeficiente κ 0,39); a melhor taxa de concordância de 91,5%<br />

foi obtida com um cutoff de 70 para os ensaios N Latex FLC<br />

(coeficiente κ 0,53).<br />

0 62<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020

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