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Revista Newslab Edição 161

Revista Newslab Edição 161 - Agosto / Setembro 2020

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Autoras:<br />

Amanda Cristina Pinheiro Martins, Beatriz Roetger Loch, Giulia Costa Santos, Jéssica Ponciano Oliveira, Michele Ramos da Silva.<br />

ARTIGO 02<br />

vamente caro. Ambos os métodos convivem<br />

sem grandes atritos, pois não se trata<br />

de excluir uma coisa para repor por outra,<br />

mas sim avaliar de forma sensata virtudes<br />

e limitações de cada opção e definir o que<br />

é melhor para a população feminina. A citologia<br />

em meio líquido foi desenvolvida na<br />

tentativa de diminuir as falhas da citologia<br />

convencional por apresentar uma melhor<br />

disposição celular, facilitando a interpretação,<br />

redução do número de hemácias, exsudado<br />

inflamatório e muco, além de possibilitar<br />

a preparação de lâminas adicionais<br />

em caso da necessidade de complementação<br />

ou uso de material residual para testes<br />

moleculares e identificação de HPV e outros<br />

agentes microbiológicos (FILHO, [201-]).<br />

Vale ressaltar que a colpocitologia oncótica<br />

é realizada para prevenção do câncer do<br />

colo do útero e de outras patologias, priorizando<br />

as considerações e necessidades<br />

de cada mulher, considerando-as ativas e<br />

responsáveis pelo cuidado com sua saúde,<br />

com a sabedoria e desenvolvimento de total<br />

consciência a respeito da relevância de<br />

realizar a prevenção.<br />

Conclusão<br />

Neste projeto as mulheres se mostraram<br />

motivadas principalmente pela hipótese<br />

de prevenção de um câncer, dessa forma,<br />

ressalta-se a conscientização acerca do potencial<br />

de cura do câncer de colo de útero,<br />

se for diagnosticado precocemente através<br />

deste exame, como ponto chave para um<br />

aumento na adesão em sua realização e<br />

assiduidade. Reitera-se aqui a importância<br />

dessas informações, quando utilizadas,<br />

como subsídio fundamental, não somente<br />

para gestores públicos, como também para<br />

a conscientização da população no enfrentamento<br />

do problema. Através destes resultados<br />

é possível avaliar a efetividade das<br />

ações realizadas regionalmente.<br />

A naturalização do cuidado íntimo da<br />

mulher também se apresenta como uma<br />

temática importante nesse contexto, visto<br />

que a vergonha ainda é um importante<br />

fator de impedimento para a realização do<br />

exame. Tangendo uma questão cultural,<br />

faz-se necessário por parte das autoridades<br />

em saúde, por meio de campanhas, o<br />

esclarecimento de que o cuidado íntimo se<br />

difere de qualquer forma de transgressão<br />

a moralidade, visando somente a preservação<br />

da vida e da saúde, e portanto com<br />

legitimidade inquestionável.<br />

O câncer, doença vista como o mal do<br />

século, ainda está muito longe de alcançar<br />

uma cura, visto suas variações, tipos<br />

e mecanismos de ação que seguem como<br />

uma grande incógnita para a ciência.<br />

Neste sentido ao pensar que um simples<br />

e efetivo método de prevenção pode salvar<br />

milhares de vidas, é papel tanto do<br />

governo quanto de profissionais da saúde<br />

auxiliarem como ferramentas importantes<br />

para o planejamento, gerenciamento e<br />

acompanhamento de situações de saúde,<br />

tomada de decisões e desenvolvimento de<br />

ações, com o propósito de gerar intervenções<br />

mais adequadas e oportunas frente<br />

às necessidades da população.<br />

Pontua-se aqui a sugestão aos estabelecimentos<br />

de realizar pesquisas de satisfação<br />

dentro das unidades de atendimento para<br />

constante adequação de acordo com as<br />

questões suscitadas pelas próprias usuárias,<br />

visto que podem haver questões relativas<br />

às condições diferenciais de atendimento.<br />

Dessa forma será possível a detecção de<br />

fatores locais específicos para as melhorias,<br />

visando aumentar o conforto e acolhimento,<br />

reduzindo os desconfortos relatados.<br />

Assim, uma vez mencionados os desconfortos<br />

referidos pelas usuárias que já<br />

realizaram o exame, de maneira geral,<br />

percebe-se a necessidade de capacitar e<br />

dar suporte aos profissionais e garantir<br />

o uso de equipamentos e técnicas adequadas<br />

para reduzir os incômodos físicos,<br />

como a dor, e minimizar o desconforto<br />

psicológico.<br />

Referências<br />

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realização do exame Papanicolau: perspectivas de usuárias e profissionais<br />

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Acesso em:<br />

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0 32<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020

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