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REPORTAGEM<br />
REPORTAGEM<br />
António Cunha considerou que<br />
estamos, atualmente, no contexto<br />
da revolução – “da tal revolução,<br />
ela própria também acompanhada<br />
por outras transições”, que estão<br />
a dar, paulatinamente, “maior<br />
centralidade às pessoas”.<br />
Conforme referiu, “num contexto<br />
de maior exigência de níveis<br />
de desenvolvimento humano”,<br />
ao dar-se maior centralidade<br />
às pessoas, as máquinas vão<br />
começar a substituir as pessoas<br />
em atividades mais rotineiras<br />
e simples para que as últimas<br />
possam estar envolvidas em<br />
atividades mais interessantes.<br />
“Mas isso significa que tem que<br />
haver maior formação e têm<br />
que haver competências mais<br />
consolidadas”, avisa o Presidente<br />
da CCDR-N. Segundo António<br />
Cunha, para que se proceda<br />
à centralidade das pessoas, é<br />
necessário existir a adaptação<br />
a três níveis – das entidades<br />
formadoras, das empresas e das<br />
pessoas.<br />
Ao nível das entidades<br />
formadoras, António Cunha<br />
entende que é necessária “uma<br />
adaptação muito grande” das<br />
universidades, dos institutos<br />
politécnicos e das novas estruturas<br />
que se venham a criar neste<br />
domínio, “porque as necessidades<br />
de formação são diferentes, são<br />
necessidades de formação curtas,<br />
específicas, que possam ser<br />
montadas de determinada maneira<br />
para se conseguir fazer percursos<br />
formativos”. Conforme explicou,<br />
atualmente, as universidades não<br />
se encontram preparadas para esta<br />
adaptação e, apesar de existirem<br />
entidades que realizam cursos curtos,<br />
“não terão provavelmente o<br />
nível de maturidade formativa<br />
para a exigência em que esta<br />
formação tem que ser dada”,<br />
e sustenta: “tem que ser uma<br />
formação baseada em cursos<br />
curtos, mas isso não significa que<br />
não seja uma formação de alta<br />
qualidade”.<br />
Em relação ao processo de<br />
formação como um elemento que<br />
deve ser contínuo e constante<br />
na vida das pessoas, António<br />
Cunha defendeu que esta é uma<br />
formação para pessoas que estão<br />
empregadas, o que significa<br />
que isso tenha de ser algo que<br />
as empresas tenham de passar a<br />
considerar no seu planeamento e<br />
na sua gestão pessoal.<br />
030 NOFEV21 031<br />
NOFEV21