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mercado<br />
Tecere faz gestão da comunicação<br />
para clientes com trabalho em re<strong>de</strong><br />
A fundadora Thays Aldrighe afirma que o diferencial da empresa está em<br />
como entregar resultado a partir do mo<strong>de</strong>lo colaborativo, <strong>de</strong> cocriação<br />
kelly dores<br />
Para além da jornada flexível<br />
<strong>de</strong> trabalho, a Re<strong>de</strong> Tecere,<br />
<strong>de</strong> Thays Aldrighe, propõe um<br />
novo jeito <strong>de</strong> entrega <strong>de</strong> serviços<br />
<strong>de</strong> comunicação. Jornalista<br />
por formação com passagens<br />
por veículos, assessorias<br />
<strong>de</strong> imprensa e consultoria <strong>de</strong><br />
branding, Thays teve há cinco<br />
anos a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver um<br />
negócio em re<strong>de</strong>. Citando conceitos<br />
como o do psicólogo Carl<br />
Rogers, com a teoria centrada<br />
na pessoa, ela afirma que é<br />
possível trabalhar <strong>de</strong> um outro<br />
jeito, <strong>de</strong> uma forma em que você<br />
sai do cenário <strong>de</strong> comando e<br />
controle e vem para a colaboração,<br />
a cocriação.<br />
A Tecere é uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> profissionais<br />
seniores <strong>de</strong> comunicação<br />
que presta serviços <strong>de</strong><br />
diagnóstico e planejamento<br />
como uma consultoria, executa<br />
e entrega o trabalho como uma<br />
agência. Conta hoje com cerca<br />
<strong>de</strong> 20 profissionais autônomos<br />
“enredados”, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> jornalistas,<br />
publicitários, <strong>de</strong>senvolvedores,<br />
fotógrafos e vi<strong>de</strong>omakers a <strong>de</strong>signers.<br />
Segundo a fundadora,<br />
o diferencial da re<strong>de</strong> não está<br />
no tipo <strong>de</strong> produto que entrega,<br />
mas, sim, em como faz.<br />
“Quando você está numa<br />
agência e chega um cliente<br />
novo, o diretor, geralmente,<br />
coloca esse cliente no núcleo<br />
que está mais ocioso. As pessoas<br />
não perguntam se o profissional<br />
quer, se ele se conecta<br />
com o tema ou com o mercado,<br />
se aten<strong>de</strong> conta <strong>de</strong> bebida, por<br />
exemplo. Aqui, na re<strong>de</strong>, a gente<br />
tem a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dizer<br />
não e <strong>de</strong> conectar profissionais<br />
que façam sentido para o projeto”,<br />
explica Thays.<br />
Ela <strong>de</strong>talha que quando um<br />
projeto chega à Tecere acaba<br />
promovendo um hunting <strong>de</strong>ntro<br />
da própria re<strong>de</strong> para ver a<br />
disponibilida<strong>de</strong> dos profissionais,<br />
avaliando competências,<br />
experiências e, a partir daí, faz<br />
uma oferta para o parceiro.<br />
Thays Aldrighe explica que o conceito <strong>de</strong> re<strong>de</strong> não tem nada a ver com freelancer<br />
“Quando é um projeto <strong>de</strong> um<br />
serviço que a gente já está acostumado<br />
a fazer e eu sei o valor<br />
que posso praticar, fecho a negociação<br />
e coloco na mesa. Se é<br />
uma prestação <strong>de</strong> serviço que<br />
ainda é nova, a gente senta e<br />
avalia o quanto vai custar. Faço<br />
uma composição com todo<br />
mundo que vai se envolver no<br />
projeto, monto a proposta e<br />
encaminho para o cliente. Não<br />
fecho nenhuma negociação antes<br />
<strong>de</strong> falar com os parceiros em<br />
caso <strong>de</strong> diminuição <strong>de</strong> valor,<br />
por exemplo. Tem essa dinâmica<br />
<strong>de</strong> colocar preço junto, claro<br />
Divulgação<br />
“na re<strong>de</strong>, há a<br />
possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> conectar<br />
profissionais que<br />
façam sentido<br />
para o projeto”<br />
que eu coloco um percentual <strong>de</strong><br />
re<strong>de</strong> e impostos em cima do valor”,<br />
complementa.<br />
Na Tecere, o conceito <strong>de</strong> trabalho<br />
não tem nada a ver com<br />
freelancer. Os profissionais terceirizados<br />
são tratados como<br />
parceiros, embora Thays não<br />
tenha sócios. “Eu proíbo as<br />
pessoas que estão na re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
dizerem que são freelas, elas<br />
são parceiras comprometidas<br />
em projetos <strong>de</strong> longo prazo.<br />
Quando as pessoas dizem que<br />
são freelas já são <strong>de</strong>svalorizadas<br />
logo <strong>de</strong> cara e não contam<br />
com o apoio jurídico, administrativo<br />
e financeiro que damos<br />
na Tecere, por exemplo”.<br />
Thays relata que a partir da<br />
experiência do trabalho remoto<br />
<strong>de</strong>vido à pan<strong>de</strong>mia ficou mais<br />
simples explicar o funcionamento<br />
da re<strong>de</strong> para os clientes,<br />
que viram que é possível fazer<br />
uma ótima entrega a distância.<br />
“Antes da pan<strong>de</strong>mia, a gente tinha<br />
um pouco mais <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> explicar o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />
negócio. Perguntavam coisas<br />
como se a empresa tinha um<br />
en<strong>de</strong>reço. Nós até tínhamos um<br />
coworking, mas não íamos lá<br />
todos os dias. As li<strong>de</strong>ranças tiveram<br />
<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r um modus<br />
operandi para controlar a distância.<br />
A gente nunca controlou.<br />
O que eu controlo é a entrega,<br />
o prazo, por isso precisamos<br />
<strong>de</strong> profissionais seniores. O<br />
parceiro para entrar na re<strong>de</strong> necessariamente<br />
precisa ser indicado<br />
por alguém”, reforça ela.<br />
Sua filosofia é <strong>de</strong> que, com<br />
o trabalho em re<strong>de</strong>, é possível<br />
ser feliz, continuar exercendo<br />
o talento e habilida<strong>de</strong>s a favor<br />
do cliente com leveza. Entre<br />
os clientes da Tecere estão JLL,<br />
Instituto Unibanco, Urbem,<br />
MoveEdu, Artesano Urbanismo<br />
e Marsh McLennan. “Trabalhamos<br />
bastante com conteúdo<br />
digital, mas para o Instituto<br />
Unibanco, por exemplo, todo o<br />
trabalho é off, como relatórios<br />
anuais e protocolos para o programa<br />
Jovem <strong>de</strong> Futuro”.<br />
26 <strong>25</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2022</strong> - jornal propmark