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Revista Newslab Edição 177

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INFORME DE MERCADO<br />

DENGUE E SUAS ALTERAÇÕES CLÍNICAS<br />

Por: Amanda Albuquerque Bicalho, Ingrid Lopes de Almeida.<br />

O vírus da dengue é um arbovírus do gênero<br />

Flavivirus, a doença é considerada a mais<br />

importante dessa classe, visto que em uma<br />

estimativa global sugere que cerca de 50 a<br />

de anamnese e exame físico serão utilizados<br />

para estadiar os casos e para orientar as<br />

medidas terapêuticas cabíveis. (MINISTERIO<br />

DA SAÚDE, 2007).<br />

200 milhões de casos de dengue ocorram<br />

anualmente, culminando em cerca de 20 mil<br />

mortes. A dengue possui quatro sorotipos<br />

O vírus da dengue multiplica-se rapidamente<br />

no organismo, o ciclo de replicação viral<br />

denominados DEN-1 a DEN-4, sendo o mais inicia-se nas células estriadas, lisas,<br />

virulento o DEN-3.<br />

fibroblastos e linfonodos, atinge as paredes<br />

dos vasos sanguíneos, causando diminuição<br />

No Brasil há registros de aumento dos casos das plaquetas, dessa forma afetando a<br />

nos primeiros meses do ano, nesse período<br />

ocorre um aumento de fatores que são cruciais<br />

para o desenvolvimento do mosquito como<br />

humidade e temperatura. (VIANA, Dione<br />

coagulação do sangue. Os vasos sanguíneos<br />

tornam-se mais porosos, ocasionando perda<br />

de proteínas e água do sangue. (ORTRUD<br />

Monika Barth - FIOCRUZ, 2000).<br />

Vieiro e IGNOTTI, Eliane - <strong>Revista</strong> Brasileira de<br />

Epidemiologia, 2013).<br />

Em um hemograma de um paciente<br />

diagnosticado com dengue, pode ser<br />

A dengue é uma doença infecciosa transmitida<br />

por meio da picada do mosquito fêmea<br />

pertencente do gênero Aedes, sendo a espécie<br />

transmissora mais comum a Aedes aegypti. Os<br />

sintomas mais comuns são febre alta, dor de<br />

observado leucopenia (leucócitos < 4,0 x<br />

109 /l) com linfocitose e atipia linfocitária,<br />

o número de plaquetas pode estar normal ou<br />

diminuído. No caso de dengue hemorrágica<br />

ocorre plaquetopenia (plaquetas < 100.000<br />

cabeça, mialgia, artralgia, dor retro-orbitária plaquetas/mm³) que se deve à ação<br />

e rash cutâneo. Nos casos mais graves, além<br />

da febre alta e trombocitopenia, pode ser<br />

observado tendências hemorrágicas.<br />

autoimune causada por anticorpos induzidos<br />

pela infecção do vírus da dengue e elevação<br />

do hematócrito.<br />

fragilidade capilar, deve-se avaliar a quantidade<br />

de pontos avermelhados, chamados de<br />

petéquias, dentro do quadrado na pele para<br />

saber o resultado do teste (MINISTERIO DA<br />

SAÚDE, 2016). Também há o diagnostico<br />

sorológico, a técnica mais usada é o ELISA, o<br />

teste de captura de antígeno por ELISA, realiza<br />

a captura de um antígeno específico viral como<br />

a NS1 que é uma glicoproteína não estrutural,<br />

essencial à replicação viral. Durante a fase aguda<br />

da infecção, a NS1 é encontrada circulando no<br />

soro de pacientes em concentrações detectáveis<br />

por métodos imunológicos, sendo considerado<br />

atualmente como um marcador de infecção<br />

pelo vírus da dengue antes do aparecimento<br />

dos anticorpos das classes IgM e IgG, permitindo<br />

detecção precoce do vírus, 24 horas após o<br />

início dos sintomas, além de ser encontrado nas<br />

infecções primárias e secundárias (Fleury, 2017).<br />

Em casos de suspeita de dengue, o exame<br />

hemograma é recomendado. A abordagem<br />

do paciente com dengue deve seguir uma<br />

rotina de anamnese e exame físico. Os dados<br />

Além do hemograma, há outros meios de<br />

diagnóstico, como a prova do laço, também<br />

conhecida como prova do torniquete, prova<br />

de Rumpel-Leede ou simplesmente teste de<br />

Tel : +55 31- 3489-5100<br />

188 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>177</strong> | Maio 2023

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