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INFORME DE MERCADO<br />
DENGUE E SUAS ALTERAÇÕES CLÍNICAS<br />
Por: Amanda Albuquerque Bicalho, Ingrid Lopes de Almeida.<br />
O vírus da dengue é um arbovírus do gênero<br />
Flavivirus, a doença é considerada a mais<br />
importante dessa classe, visto que em uma<br />
estimativa global sugere que cerca de 50 a<br />
de anamnese e exame físico serão utilizados<br />
para estadiar os casos e para orientar as<br />
medidas terapêuticas cabíveis. (MINISTERIO<br />
DA SAÚDE, 2007).<br />
200 milhões de casos de dengue ocorram<br />
anualmente, culminando em cerca de 20 mil<br />
mortes. A dengue possui quatro sorotipos<br />
O vírus da dengue multiplica-se rapidamente<br />
no organismo, o ciclo de replicação viral<br />
denominados DEN-1 a DEN-4, sendo o mais inicia-se nas células estriadas, lisas,<br />
virulento o DEN-3.<br />
fibroblastos e linfonodos, atinge as paredes<br />
dos vasos sanguíneos, causando diminuição<br />
No Brasil há registros de aumento dos casos das plaquetas, dessa forma afetando a<br />
nos primeiros meses do ano, nesse período<br />
ocorre um aumento de fatores que são cruciais<br />
para o desenvolvimento do mosquito como<br />
humidade e temperatura. (VIANA, Dione<br />
coagulação do sangue. Os vasos sanguíneos<br />
tornam-se mais porosos, ocasionando perda<br />
de proteínas e água do sangue. (ORTRUD<br />
Monika Barth - FIOCRUZ, 2000).<br />
Vieiro e IGNOTTI, Eliane - <strong>Revista</strong> Brasileira de<br />
Epidemiologia, 2013).<br />
Em um hemograma de um paciente<br />
diagnosticado com dengue, pode ser<br />
A dengue é uma doença infecciosa transmitida<br />
por meio da picada do mosquito fêmea<br />
pertencente do gênero Aedes, sendo a espécie<br />
transmissora mais comum a Aedes aegypti. Os<br />
sintomas mais comuns são febre alta, dor de<br />
observado leucopenia (leucócitos < 4,0 x<br />
109 /l) com linfocitose e atipia linfocitária,<br />
o número de plaquetas pode estar normal ou<br />
diminuído. No caso de dengue hemorrágica<br />
ocorre plaquetopenia (plaquetas < 100.000<br />
cabeça, mialgia, artralgia, dor retro-orbitária plaquetas/mm³) que se deve à ação<br />
e rash cutâneo. Nos casos mais graves, além<br />
da febre alta e trombocitopenia, pode ser<br />
observado tendências hemorrágicas.<br />
autoimune causada por anticorpos induzidos<br />
pela infecção do vírus da dengue e elevação<br />
do hematócrito.<br />
fragilidade capilar, deve-se avaliar a quantidade<br />
de pontos avermelhados, chamados de<br />
petéquias, dentro do quadrado na pele para<br />
saber o resultado do teste (MINISTERIO DA<br />
SAÚDE, 2016). Também há o diagnostico<br />
sorológico, a técnica mais usada é o ELISA, o<br />
teste de captura de antígeno por ELISA, realiza<br />
a captura de um antígeno específico viral como<br />
a NS1 que é uma glicoproteína não estrutural,<br />
essencial à replicação viral. Durante a fase aguda<br />
da infecção, a NS1 é encontrada circulando no<br />
soro de pacientes em concentrações detectáveis<br />
por métodos imunológicos, sendo considerado<br />
atualmente como um marcador de infecção<br />
pelo vírus da dengue antes do aparecimento<br />
dos anticorpos das classes IgM e IgG, permitindo<br />
detecção precoce do vírus, 24 horas após o<br />
início dos sintomas, além de ser encontrado nas<br />
infecções primárias e secundárias (Fleury, 2017).<br />
Em casos de suspeita de dengue, o exame<br />
hemograma é recomendado. A abordagem<br />
do paciente com dengue deve seguir uma<br />
rotina de anamnese e exame físico. Os dados<br />
Além do hemograma, há outros meios de<br />
diagnóstico, como a prova do laço, também<br />
conhecida como prova do torniquete, prova<br />
de Rumpel-Leede ou simplesmente teste de<br />
Tel : +55 31- 3489-5100<br />
188 <strong>Revista</strong> NewsLab <strong>Edição</strong> <strong>177</strong> | Maio 2023