edição de 17 de julho de 2023

Divulgação
O youtuber Cauê Moura protagoniza a campanha “Agora Nasa veio”, criada pela Media Monks para enaltecer a astúcia dos lances armados pela comunidade brasileira de Valorant
auteNticidade
Ineditismo e consistência são os pontos de partida
para potencializar experiências. “A comunidade gamer é
muito grata às marcas que investem no segmento para
trazer novas experiências, viabilizar inovações e crescimento
dos torneios e eventos”, avisa Diego Martinez, da
Riot Games Brasil.
Marcas que assumiram o compromisso da diversidade
e inclusão foram tão bem recebidas quanto empresas
com propostas imersivas. A autenticidade precisa
valer dentro e fora do espaço de eSports. “Gamers são
consumidores, convivem e vivem experiências de marca
em suas vidas fora do game, e manter esta consistência
é fundamental para que a marca construa efetivamente
uma relação mais próxima e verdadeira com seus consumidores”,
alerta Martinez.
Cultura, comportamento e hábitos de consumo
recebem uma influência cada vez maior do universo
vivenciado pelos jogos eletrônicos, que não pode mais
ser classificado como um público de nicho. “Apesar de
constantes relatos de gatekeeping e comportamentos
tóxicos por parte de gamers, dados mostram que a diversidade
cultural, étnica, etária e de gêneros cresce exponencialmente
no meio”, pondera Sabrina Villar, diretora
de criação da Wunderman Thompson.
Para Maicon Gomes, diretor de arte da agência, o
potencial de negócios avançará na medida em que o
mercado reconhecer o game como uma realidade no
Brasil. “Algumas pesquisas dão conta de que três em
cada quatro brasileiros são gamers divididos nas várias
plataformas possíveis”, reforça.
Após estudar a comunidade e achar o insight cultural
que será explorado, é a vez de “criar serviços e produtos
específicos, participar sem atrapalhar o gameplay, olhar
para atletas como assets criativos, pensar na comunidade
em primeiro lugar, patrocinar eventos e times, combater
a toxicidade e abraçar a espontaneidade”, enumera
Sabrina.
Em ações longas, Gomes recomenda “desapegar do
controle que normalmente estamos acostumados em
propaganda”. Os gamers não param de jogar para absorver
mensagens que atrapalham a dinâmica das comunidades.
Parcerias diminuem os riscos. “Qualquer iniciativa
que pretenda forçar uma interação vai receber reações
negativas”, orienta Gomes.
Os jogos eletrônicos
atraem 70,1% dos
brasileiros e têm
82,9% de awareness
BriNcadeira séria
Jogar videogame virou um negócio bilionário. O mercado
mundial de games movimentou R$ 182,9 bilhões
em 2022, puxado principalmente pelo ambiente mobile,
que fica com metade da fatia avaliada em US$ 91,8 bilhões.
A expectativa é de que o valor salte para US$ 206,4
bilhões em 2025, crescimento de 2,9%, segundo previsão
da consultoria Newzoo.
Na sequência, estão os consoles (US$ 52,2 bilhões) e
jornal propmark - 17 de julho de 2023 27