Jornal das Oficinas 211

QUEM COMUNICA DE FORMA EFICAZ ESTÁ “VIVO”, AO PASSO QUE QUEM
NÃO O FAZ, ESTÁ A CAMINHO DA “MORTE” – ESTA É UMA MÁXIMA
QUE SE PODERÁ TAMBÉM APLICAR AO NOSSO MERCADO
serviços de qualidade combinados
com uma excelente experiência para
o cliente (bom atendimento personalizado,
eficácia e eficiência, uma
comunicação clara…) são um bom
ponto de partida para levar a que
os clientes fiquem satisfeitos e recomendem
a empresa a familiares e
amigos. O chamado marketing boca
a boca que continua a ter elevada importância
nos dias que correm. Em
seguida, aliar isto a uma presença
online básica é uma excelente forma
de aumentar o alcance da empresa e
contribuir para a sua notoriedade.
Por exemplo, certificando-se que a
empresa está no Google My Business
com o perfil devidamente preenchido.
Localização, horário, contacto,
uma breve descrição e algumas fotos.
Coisas simples que podem fazer
a diferença num consumidor quando
por exemplo procura no Google
Maps pelas oficinas próximas de
si. Além disto, pode ainda apostar na
presença nas redes sociais para aumentar
o seu alcance e interagir com
os seus clientes. Aqui é importante
perceber a rede onde está o público
que se pretende atingir e começar
por lá.”
Samuel Carrasco, afirma “Embora
ter recursos seja fundamental para
atingir objetivos mais elevados, as
redes sociais permitem-nos hoje
em dia chegar ao nosso público-alvo
com poucos ou nenhuns meios.
Manter uma boa frequência de publicações
e oferecer conteúdos de interesse
pode abrir portas. Por outro
lado, se o orçamento for escasso, há
que recorrer a outras técnicas, por
exemplo, motivar a nossa equipa e
ativar os nossos clientes, através de
incentivos, para promover a marca.
As pessoas mais próximas de si podem
tornar-se os melhores embaixadores
da marca. Outra estratégia
é cuidar do serviço ao cliente e da
atenção aos detalhes, o que levará
à fidelização do cliente e a uma boa
publicidade através do boca-a-boca
dentro do seu setor.”
Silke Buss, recomenda “Consultar
uma agência de comunicação para
garantir um acompanhamento profissional.
Há soluções de parceria
onde as empresas do pós-venda podem
assumir uma parte do trabalho
para reduzir o investimento. Facto é
que uma forte comunicação impulsiona
as vendas, enquanto falhas na
comunicação e no marketing podem
prejudicar o negócio. Lembro-me de
um cartaz gigante que promove um
stand automóvel de um amigo meu.
A ideia é boa, os locais bem escolhidos,
mas – e já lhe disse isso – a
comunicação visual é um desastre. A
foto do anúncio é para fugir. É uma
imagem de vista aérea, cinzenta e
pouco nítida, que só à segunda permite
identificar um stand – ou seja,
muito investimento sem retorno.”
Sinforiano Gallo Garcia, refere “No
caso da Bosch, aquilo que para nós
é fundamental é manter uma relação
de proximidade e uma comunicação
contínua e constante com a nossa
rede de oficinas e distribuidores, disponibilizando
os materiais e as ferramentas
necessários para que possam
ir ao encontro das necessidades e exigências
dos clientes. Nesse sentido, a
Bosch aposta na implementação das
suas ferramentas de comunicação interna
junto da sua rede de oficinas,
em programas de gestão da digitalização
de forma a conseguir melhorar
a nossa imagem de marca e sensação
de homogeneidade da nossa rede aos
olhos do cliente final, disponibilizamos
também aos nossos parceiros
materiais de comunicação que ajudam
a promover o seu negócio, como
por exemplo, materiais relacionados
com campanhas específicas para determinados
produtos e serviços, ou
novos produtos, entre outros. No
fundo, na Bosch trabalhamos de perto
com a nossa rede de oficinas e distribuidores
disponibilizando materiais
e ferramentas de comunicação,
tanto a nível digital como físico, potenciando
a forma como comunicam
o seu negócio.”
Tiago Domingos, diz “Mesmo sem
função de marketing e comunicação
permanente, uma boa gestão dos recursos
humanos poderá ajudar a definir
um ou mais elementos que poderão,
ainda que não a tempo inteiro,
ser responsáveis sobre esta área. É
necessário estar presente, nomeadamente
através de um site e da presença
nas redes sociais, aproveitando
para aí apostar em estratégias mais
centradas nos produtos e serviços
que comercializa, sempre tendo em
atenção o público para o qual estará
a comunicar. Este tipo de ações está
umbilicalmente ligada ao tipo e dimensão
da empresa, sendo que terá
de ser feita uma gestão criteriosa dos
recursos bem como dos meios a utilizar
em cada ação. Quem comunica
de forma eficaz está “vivo”, ao passo
que quem não o faz, está a caminho
da “morte” – esta é uma máxima que
se poderá também aplicar ao nosso
mercado.”
Para Tiago Matias “A melhor forma
de começar é sempre a resposta a algumas
perguntas como por exemplo
“para quem queremos comunicar”,
que, na prática, é uma outra forma
de dizer definição de audiência. Depois
da estruturação que advém da
resposta a este conjunto de perguntas,
é importante perceber os canais
de comunicação onde a nossa audiência
se move e a partir daí procurar
responder a perguntas, “dores”
e necessidades da audiência de uma
forma clara e, mais uma vez, diferenciadora.”
Na opinião de Tomás Pais “A base
tem de começar por uma definição de
posicionamento da empresa e consequentemente
com um estudo de mercado!
Entender a forma como está o
mercado, perceber a forma como a
concorrência está a movimentar-se
no setor e posicionar a sua marca de
acordo com aquele que será o target
principal, é crucial para o sucesso
de qualquer empresa, seja no aftermarket,
seja noutra indústria.” l
www.jornaldasoficinas.com Setembro I 2023 15