Revista eMOBILIDADE+ Nº 5

SEM EMISSÕES
O sucesso do Si2 prova que os
custos de arranque começam
a ficar para trás, confirmandose
a possibilidade concreta
de generalizar as energias
renováveis, com um crescimento
sustentado e competitivo em
relação às energias fósseis.
Foi a maior viagem de sempre sem uma só gota de
combustível e a primeira vez que se atravessou o
Atlântico com energia renovável
gurou um avião que, em teoria, pode
voar ininterruptamente, apenas limitado
pela resistência física do piloto.
Pode voar dias, semanas ou meses sem
paragem, alimentado pela energia do
sol – 17 248 células solares aplicadas
sobre as asas – que se acumula nas suas
quatro baterias.
E O FUTURO?
A odisseia prova que as energias verdes
são uma solução real. A inovação chegará
a todos, porque os novos materiais
ultraligeiros e as soluções químicas permitem
avanços no campo da proteção
dos painéis solares, mas também nas
baterias de computador ou telemóvel,
na otimização de compartimentos de
bagagens em aviões ou, claro, nas soluções
sustentáveis de mobilidade.
Aliás, terminada a viagem do Si2,
mantém-se a ambição do projecto:
impulsionar o desenvolvimento de
soluções energéticas eficientes à escala
global, através do Comité Internacional
de Energias Limpas entretanto criado.
O sucesso do Si2 prova que os custos
de arranque – desenvolvimento de
tecnologia, experimentação – começam
a ficar para trás, confirmando-se a
possibilidade concreta de generalizar as
energias renováveis, com um crescimento
sustentado e competitivo em relação
às energias fósseis.
UMA QUESTÃO DE ATITUDE
“O Solar Impulse traduz a forma de construir
e fazer voar um avião, que há 13 anos
não era possível. Primeiro, não acreditámos
em quem dizia que era um projeto
impossível; depois, procurámos quem nos
indicasse outras maneiras de o construir,
usando a imaginação e a abertura a soluções
diferentes. Mais do que tecnologia,
esta aventura é uma questão de ‘state of
mind’, da atitude que temos e podemos
desenvolver”.
André Borschberg, presidente da Solar
Impulse e piloto do Si2, a cujos comandos
cruzou o Pacíf ico
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