Revista eMOBILIDADE+ Nº 5
A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.
A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.
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prioritária, os seguintes elementos: os<br />
modos suaves, o transporte coletivo,<br />
o transporte partilhado e só depois o<br />
transporte individual.<br />
Foi difícil arrancar com os primeiros<br />
contratos de serviço público? Houve<br />
dificuldades: “A falta de conhecimento<br />
técnico do nosso pessoal levou-nos<br />
a contratar uma entidade externa”<br />
(Cristina Loreto, sub-diretora Regional<br />
dos Transportes Terrestres da Madeira);<br />
Inicialmente, o acesso a dados fidedignos,<br />
mas avaliámos bem os cadernos<br />
de encargos para que os concursos não<br />
ficassem desertos, e está em funcionamento<br />
e fomos bem sucedidos” (Ricardo<br />
Rio, presidente da CIM do Cávado);<br />
“Que o próximo Governo tenha a<br />
Que o próximo Governo tenha a audácia<br />
de o estender [o contrato] ao transporte<br />
ferroviário para obrigar os concessionários a<br />
interligarem-se<br />
audácia de o estender ao transporte<br />
ferroviário para obrigar os concessionários<br />
a interligarem-se” (António Pina,<br />
presidente da CIM Algarve); “Estamos<br />
prontos para o segundo, ainda que<br />
o processo tenha sido difícil, mas beneficiámos<br />
dos conhecimento da AML,<br />
da Carris, de Cascais” (Frederico Rosa,<br />
presidente da CM Barreiro).<br />
AMBIENTE E FINANCIAMENTO<br />
Ana Paula Vitorino explicou como a<br />
2ª geração de contratos ficará marcada<br />
pela OSP Verdes e de como será<br />
preciso encontrar outras formas de<br />
financiamento, para que não corramos<br />
o risco de alguém entrar em ‘pobreza<br />
de mobilidade’: “As recomendações<br />
são exequíveis, mas ao mesmo tempo<br />
que há novas exigências, teremos que<br />
pensar como encontrar novas formas<br />
de financiamento. Uma parte terão<br />
que ser os próprios operadores, outra<br />
o Estado, mas uma outra será a da<br />
própria economia que se apropria das<br />
mais-valias que proporcionam estes<br />
transportes, nomeadamente o imobiliário.<br />
O próprio IMI. Se viver no<br />
interior, onde há poucos transportes,<br />
por que razão terei que pagar o mesmo<br />
IMI que alguém que vive à boca<br />
da entrada do Metro, construída à<br />
porta da sua casa? Temos que começar<br />
a pensar nisto agora.”<br />
“Tais preocupações estarão na nossa visão<br />
para a próxima concessão. Por agora<br />
FINANCIAMENTO<br />
Uma parte terão que ser os<br />
próprios operadores, outra o<br />
Estado, mas uma outra será a da<br />
própria economia que se apropria<br />
das mais-valias que proporcionam<br />
estes transportes, nomeadamente<br />
o imobiliário<br />
focámo-nos na coesão territorial” (António<br />
Pina). “Para o Porto Santos e para o<br />
Aerobus apenas veículos elétricos, e no<br />
Funchal valorizámos veículos novos e<br />
da classe EuroVI” (Cristina Loreto).<br />
Martinho da Costa, administrador do<br />
Grupo Barraqueiro, é da opinião que<br />
os futuros contratos têm que passar de<br />
net-cost para gross-cost, pois se querem<br />
autocarros menos poluentes têm<br />
que colocar mais dinheiro no sistema.<br />
A situação atual é dramática, ninguém<br />
consegue equilibrar as contas, quanto<br />
mais ganhar dinheiro.”<br />
Sérgio Soares, administrador da Transdev,<br />
concordou com o concorrente da<br />
Barraqueiro: “Pedirem-nos autocarros<br />
elétricos com 0 km na próxima geração<br />
é acabarem com a iniciativa privada e<br />
passarem tudo para o Estado.”<br />
“O sucesso de qualquer geração de<br />
contrato depende do utilizador, se tem<br />
ou não confiança no mesmo”, disse Pedro<br />
Calado, presidente da CM Funchal.<br />
O colega de Aveiro, Ribau Esteves:<br />
“Foi-nos atirada uma competência e<br />
nada sabíamos sobre ela. Quanto aos<br />
próximos, que os Governos saibam e<br />
os contratos reflitam que isto é um investimento<br />
de todos, nacional e local.”<br />
Nuno Canta, autarca do Montijo, não<br />
esqueceu a sua formação agrícola: “Não<br />
deixemos ocupar os espaços agrícolas,<br />
pois se os ocuparmos teremos que ir<br />
mais longe procurar os alimentos e<br />
preencher ainda mais as estradas. Não<br />
podemos deixar ninguém para trás.”<br />
Pedro Bogas, administrador da Carris,<br />
acredita que o sucesso futuro é “melhorar<br />
a experiência de viagem, com boa<br />
oferta e regular. Vamos ter acessibilidade<br />
com o cartão bancário e através da<br />
Via Verde, vamos expandir a rede de<br />
elétricos rápidos a Oriente e a Ocidente,<br />
esta em colaboração com Oeiras.<br />
Precisamos de canais dedicados e precisamos<br />
de ter um plano de mobilidade<br />
sustentável, com urgência.”<br />
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