Revista eMOBILIDADE+ Nº 5
A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.
A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.
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e serviços. Este Programa deve ter um<br />
cronograma específico de implementação,<br />
fontes de financiamento e mecanismos<br />
de medição de impacto, incluindo<br />
indicadores de avaliação com planos<br />
obrigatórios de transporte sustentável<br />
para trabalho e escola, com incentivos<br />
fiscais. A AMT defende ainda que o<br />
conceito de “pobreza de mobilidade”<br />
deve ser reconhecido, considerando os<br />
baixos rendimentos, os elevados custos<br />
de combustível ou a falta de acesso a<br />
serviços essenciais, especialmente para<br />
pessoas e famílias vulneráveis.<br />
Implementação de indicadores<br />
da avaliação de investimentos<br />
e de desempenho de serviços e<br />
infraestruturas de transportes<br />
A AMT recomenda a implementação de<br />
um quadro de indicadores integrados<br />
para avaliar o valor e o desempenho dos<br />
investimentos em transportes, enfatizando<br />
a sustentabilidade e a inovação.<br />
Este quadro obrigatório deverá avaliar<br />
as contribuições dos projetos para os<br />
objetivos de transição e a qualidade<br />
e eficácia das políticas públicas e das<br />
estratégias empresariais que devem ser<br />
avaliadas. Este quadro único de indicadores<br />
deve ser vinculativo para todas as<br />
empresas, como requisito mínimo de<br />
acesso e permanência no mercado;<br />
Procedimentos de Contratação<br />
Pública<br />
Considerando que a contratação pública<br />
é vital para implementar a sustentabilidade<br />
ambiental nos serviços de mobilidade,<br />
a AMT recomenda a integração<br />
de obrigações ambientais em futuros<br />
contratos de transporte público, criando<br />
obrigações de serviço público “verdes”<br />
DESEMPENHO<br />
Este quadro único de indicadores<br />
deve ser vinculativo para todas as<br />
empresas, como requisito mínimo<br />
de acesso e permanência no<br />
mercado<br />
baseadas em avaliações minuciosas. Neste<br />
contexto, a AMT defende a existência<br />
de regras de contratação mais flexíveis,<br />
incentivos para investimentos em veículos<br />
limpos, utilização obrigatória do<br />
Manual de Compras Verdes da Comissão<br />
Europeia e avaliações de desempenho.<br />
Defende, também, o estabelecimento de<br />
uma idade máxima para os veículos e<br />
incentivar o abate dos veículos antigos.<br />
Fontes alternativas de<br />
financiamento<br />
A AMT identifica a necessidade de<br />
encontrar fontes alternativas de financiamento<br />
e recomenda uma aposta no<br />
financiamento sustentável, como a captura<br />
de mais-valias imobiliárias em áreas<br />
que beneficiam de infraestruturas de<br />
transportes públicos para reinvestimento<br />
no sistema de transportes e propondo<br />
a realocação de fundos provenientes<br />
de taxas rodoviárias sobre veículos<br />
poluentes para investir em combustíveis<br />
limpos. A integração de todos os modos<br />
de mobilidade no comércio de emissões<br />
e a conformidade com a taxonomia da<br />
EU são outras das recomendações da<br />
AMT. É ainda dado ênfase à defesa do<br />
financiamento social para a acessibilidade,<br />
à priorização de áreas de baixa<br />
densidade na distribuição das verbas<br />
do Orçamento do Estado e ao apoio a<br />
contratos de serviços ecológicos.<br />
Incentivos à utilização de transporte<br />
público e utilização de veículos<br />
limpos<br />
Impulsionar a utilização dos transportes<br />
públicos, incentivando o<br />
desenvolvimento económico e a<br />
sustentabilidade, como por exemplo<br />
a introdução de taxas dinâmicas<br />
em autoestradas, estradas urbanas e<br />
parques de estacionamento, de forma<br />
a reduzir a utilização de veículos<br />
individuais. É defendida a avaliação<br />
do potencial de transferência modal<br />
nos projetos financiados, alterações<br />
no sistema de portagens com base nas<br />
emissões, a criação de zonas de baixas<br />
emissões e incentivos para empresas<br />
que promovam o transporte público.<br />
A AMT recomenda ainda o reforço<br />
da infraestrutura de carregamento de<br />
veículos limpos, a adoção de sistemas<br />
de transporte inteligentes para uma<br />
gestão eficiente do tráfego e a avaliação<br />
do desempenho ambiental das<br />
empresas e frotas.<br />
Literacia e inovação na mobilidade<br />
sustentável<br />
Reforçar o conceito de “poluidor-pagador”<br />
através de uma implementação<br />
eficaz e de apoio público. Isto envolve<br />
uma ampla divulgação dos compromissos<br />
de descarbonização, a integração<br />
da educação sobre mobilidade<br />
sustentável e a oferta de formação<br />
para profissionais dos transportes.<br />
Recomenda-se também a divulgação<br />
transparente de externalidades em<br />
projetos de mobilidade, juntamente<br />
com o reforço das colaborações entre<br />
universidades, centros de inovação e<br />
empresas de mobilidade, de forma a<br />
acelerar a inovação no setor.<br />
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