COMUNICAÇÕES 249 - SANDRA MAXIMIANO: UMA GESTORA DE EQUILÍBRIOS À FRENTE DA ANACOM
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Sandra Maximiniano, a nova presidente da <strong>ANACOM</strong>, fala com o sangue<br />
e pensa com o coração. Cada frase é uma flecha capaz de acertar<br />
no seu ponto-alvo. Não se intimida com as novas responsabilidades,<br />
nem tão pouco com a complexidade dos compromissos e das relações<br />
humanas.<br />
Quase seguiu Belas Artes, mas trocou a vocação pela Economia. Trabalhou<br />
nos EUA com estrelas mundiais, enquanto fazia ultramaratonas,<br />
triatlo e trapézio voador. Agora que assumiu o cargo de reguladora do<br />
complexo setor das comunicações em Portugal, mostra toda o seu entusiasmo,<br />
a sua vontade de fazer a diferença. Sandra Maximiano pertence<br />
àquele grupo de mentes privilegiadas que parecem ter sempre energia<br />
para buscar mais e melhor. Tem uma vida sôfrega de ebulição. Parar não<br />
é o seu verbo.<br />
Toda a vida fugiu a galope do convencional, da rotina demolidora,<br />
e buscou sempre o sentido humano da existência. É doutorada em<br />
Economia pela Universidade de Amesterdão, professora associada de<br />
Economia no ISEG, onde é co-coordenadora do mestrado de Economia e<br />
do xLab – Behavioural Research Lab. Antes de colaborar com o ISEG, foi<br />
professora na Faculdade de Purdue e investigadora na Universidade de<br />
Chicago. Tem feito investigação em economia experimental e comportamental,<br />
economia organizacional e do trabalho, políticas públicas e<br />
gestão da informação. Explora questões relacionadas com preferências<br />
sociais e morais, diferenças de género em decisões económicas e a<br />
dinâmica da informação em ambientes competitivos e cooperativos. Usa<br />
principalmente o laboratório e experiências de campo para estudar o<br />
comportamento económico humano.<br />
Conseguirá deixar uma marca positiva à frente da <strong>ANACOM</strong>, após<br />
tantos anos de litigância? É bem provável. Quando se olha para a sua<br />
vida, é fácil dizer que o futuro sempre lhe aconteceu. É extremamente<br />
perseverante e dedicada. A sua vaidade é – sempre foi – estar viva. E<br />
fê-lo desde sempre, mostrando toda a sua irreverência. Com 18 anos,<br />
com energia invencível, começou a viajar e nunca mais parou. Sempre<br />
quis conhecer o mundo, sair do seu quintal. Os anos mais solares da sua<br />
vida viveu-os fora de Portugal, construindo a certeza de que lidar com<br />
outras culturas é uma experiência que aproxima os povos, que constrói<br />
empatia, um dos valores da sua vida. Para onde quer que ela parta, vai<br />
sempre com a alegria de menina em busca de aventuras. Para ela o trabalho<br />
é uma causa nobre. Não é um suicídio absurdo nem uma maneira<br />
de passar o tempo.<br />
Em suma, a grande obra da existência, para Sandra Maximiano, é<br />
viver intensamente.<br />
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