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COMUNICAÇÕES 249 - SANDRA MAXIMIANO: UMA GESTORA DE EQUILÍBRIOS À FRENTE DA ANACOM

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Jorge Monteiro e André Baptista, co-founders da Ethiack, não duvidam de que a aplicação da nova diretiva europeia constituirá uma<br />

mudança de paradigma no âmbito da cibersegurança<br />

turbulento”. Resultado: os gastos das empresas em cibersegurança<br />

vão crescer a dois dígitos este ano (mais<br />

12,3% que em 2023).<br />

Pelo menos até 2027, esse ritmo deverá manter-se,<br />

comprovando que “a segurança é uma área-chave de<br />

investimento em TI para as organizações europeias,<br />

que terão de continuar a enfrentar a ameaça constante<br />

de ataques cibernéticos, protegendo ambientes de<br />

cloud híbrida”, além de garantirem a conformidade<br />

com as regulamentações nacionais e europeias. Um<br />

dos desafios mais imediatos, na sequência da Estratégia<br />

de Cibersegurança da UE, aprovada em 2020, é<br />

a transposição para os Estados-membros da Diretiva<br />

NIS 2, cujo prazo termina a 17 de outubro.<br />

Considerada a legislação mais abrangente de sempre<br />

na cibersegurança, representará “uma verdadeira<br />

mudança de paradigma, com pontos positivos e negativos”,<br />

como refere o CEO e co-founder da Ethiack, startup<br />

nacional que previne o cibercrime nas organizações.<br />

“Estamos no meio de várias guerras, de uma mudança<br />

digital gigantesca nas organizações, que prestam serviços<br />

e têm dados de pessoas. Vejo como positivo que a<br />

UE esteja a implementar regras que já deveriam existir<br />

há mais tempo, para garantir a privacidade dos dados<br />

e uma maior segurança das nações. Hoje, qualquer falha<br />

num serviço crítico digital, resulta num gigantesco<br />

caos na sociedade”.<br />

Certo de que a diretiva trará mais trabalho às organizações,<br />

podendo as PME ter algumas dificuldades<br />

em cumprir todas as obrigações, desdramatiza, considerando<br />

que se trata de um processo que “representa<br />

uma proposta de valor, ao garantir serviços mais seguros.<br />

A segurança tem de deixar de ser pensada como<br />

uma obrigação e um custo e passar a ser olhada como<br />

um investimento que vai dar mais valor à oferta”, defende.<br />

EXPOSIÇÃO DIGITAL <strong>DA</strong>S EMPRESAS APDC<br />

Cerca de 43% das organizações já terá definido ou revisto<br />

a política de segurança das TIC nos últimos 24<br />

meses, de acordo com dados da CNCS de 2022, que<br />

constam do ‘Relatório Cibersegurança em Portugal –<br />

Sociedade 2023”, divulgado em janeiro. O que prova<br />

que o tema está na agenda das empresas. A maioria<br />

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