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COMUNICAÇÕES 249 - SANDRA MAXIMIANO: UMA GESTORA DE EQUILÍBRIOS À FRENTE DA ANACOM

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negocios<br />

38<br />

Glintt é uma marca que o mercado já conhece há<br />

15 anos. Durante década e meia cresceu através<br />

de aquisições, lançando novas ofertas e abordando<br />

setores diversificados. Daí resultaram<br />

várias marcas. De tal forma o grupo se desenvolveu que<br />

sobreveio a necessidade de se reconfigurar, por forma<br />

a evitar a fragmentação, do ponto de vista da sua arquitetura<br />

de marcas. Foi assim que a Glintt se passou<br />

a chamar Glintt Global e a partir dela nasceram duas<br />

submarcas: a Glintt Life e a Glintt Next. Miguel Leocádio,<br />

administrador-executivo do grupo, explica o que<br />

esteve na origem desta reestruturação: “Concluímos<br />

que a fragmentação que até há pouco existia acabava<br />

por não acrescentar valor e que podia mesmo criar alguma<br />

confusão junto dos clientes. Muitos conheciam-<br />

-nos meramente pelo que fazíamos na sua área, outros<br />

não percebiam como estava organizada a nossa oferta<br />

e quais eram as nossas apostas. Numa fase em que estamos<br />

num ciclo de acelerar o nosso crescimento, para<br />

entrar em novos clientes e em novas geografias, precisávamos<br />

de maior clareza sobre a dimensão que temos,<br />

por um lado, e as nossas valências e propostas de valor,<br />

por outro”.<br />

Com a nova arquitetura, as submarcas da Glintt<br />

Global e respetivas propostas<br />

de valor passaram<br />

a ser mais fáceis de explicar,<br />

o que em si mesmo é<br />

um fator importante de<br />

competitividade. A Glintt<br />

Global apresenta-se como<br />

uma grande empresa global<br />

nas tecnologias, nos<br />

serviços, nos produtos,<br />

nas geografias e também<br />

nas indústrias para<br />

onde aponta o seu foco. A<br />

Glintt Life, uma das duas grandes marcas comerciais<br />

que criou, dirige a sua atividade para o setor da saúde<br />

e, neste momento, é líder ibérica em Healthtech. Já a<br />

Glintt Next faz consultoria tecnológica multissectorial,<br />

em Portugal e Espanha, com foco na transformação<br />

digital das grandes empresas.<br />

Com esta reorganização Miguel Leocádio, que se<br />

encontra à frente dos destinos da Glint Next, considera<br />

ser agora “mais fácil estabelecer uma comunicação<br />

individualizada” para o segmento que pretende abordar<br />

e, ao mesmo tempo, não perde a ligação ao todo<br />

que é a dimensão da Glintt Global.<br />

A Glintt Next espera crescer,<br />

até 2027, em 70% no seu<br />

volume de negócios, o que<br />

corresponde a 42 milhões<br />

de euros<br />

A Glintt Next atua nos sectores mais corporativos<br />

das grandes empresas, em áreas como as telecomunicações,<br />

banca e seguros, energia, sector público e<br />

serviços. Tem também projetos em França, Benelux e<br />

América Latina. De acordo com Miguel Leocádio, a sua<br />

ambição é entrar em novas geografias, mas essencialmente<br />

na Europa Ocidental.<br />

ABSOLUTAMENTE IMPARÁVEIS<br />

“Temos um objetivo muito ambicioso que definimos<br />

para um ciclo que vai até 2027. Definimos um crescimento<br />

bastante acelerado, de cerca de 70% ao nível<br />

do nosso volume de negócios (o que corresponde a<br />

42 milhões de euros)” – sem pestanejar, é assim que<br />

o principal responsável pelos destinos do Glintt Next<br />

fala dos planos da empresa para o futuro próximo.<br />

Apesar de elevada, a fasquia dos 70% não o assusta<br />

nem um pouco, porque tudo se vai passar de acordo<br />

com um plano em que acredita: “Esta estratégia passa<br />

essencialmente por três plataformas de crescimento:<br />

por um lado, queremos consolidar o nosso negócio em<br />

Portugal, crescer de forma mais assinalável o negócio<br />

em Espanha (temos um potencial de crescimento muito<br />

significativo) e existe uma terceira dimensão que é a<br />

da entrada na prestação de serviços a clientes noutros<br />

países europeus”.<br />

Neste momento a<br />

Glintt Next está em conversações<br />

com mais quatro<br />

países: Reino Unido,<br />

França, Suécia e Alemanha.<br />

O modelo que está<br />

a procurar desenvolver<br />

é o de joint ventures com<br />

empresas locais, por forma<br />

a abordar esses novos<br />

mercados num modelo de<br />

nearshore. O trabalho de<br />

expansão para estas novas<br />

geografias está em curso. No primeiro semestre deste<br />

ano esperam ainda formalizar as primeiras parcerias<br />

para iniciar a prestação de serviços a clientes nesses<br />

países.<br />

A ambição do crescimento em 70% não lhes dá tréguas,<br />

por isso a palavra de ordem é acelerar. E nem a<br />

eventual contração do mercado causada por fatores<br />

incontroláveis como uma guerra a decorrer na Europa<br />

por tempo indeterminado parece provocar apreensão.<br />

“Questões como essa cruzam-se com uma discussão<br />

que vem sendo recorrente, de resto muito interessante,<br />

que é a de como é que esse tipo de fatores afetam a

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