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Carla Juliana Pissinatti Borges - Proceedings.scielo.br

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obviamente, priorizar um contexto em detrimento do outro, nem colocar o universo<<strong>br</strong> />

extra-escolar como uma alternativa à escola ou como uma fórmula mágica para se<<strong>br</strong> />

resolver todos os problemas educacionais.<<strong>br</strong> />

É tão maniqueísta projetar toda a culpa educacional na escola quanto supor<<strong>br</strong> />

que a educação não-formal seja uma poção mágica e imaculada. Apresentá-la<<strong>br</strong> />

globalmente como remédio para as desigualdades educacionais e sociais, e<<strong>br</strong> />

para os vícios em que a escolarização formal tem caído é tão simplista e todo<<strong>br</strong> />

quanto recusar sua colaboração para facilitar o acesso mais amplo e justo a<<strong>br</strong> />

uma educação da maior qualidade possível (TRILLA, 2008, p. 54).<<strong>br</strong> />

Isso significaria, na verdade, incidir novamente so<strong>br</strong>e o mesmo equívoco de enviesar e<<strong>br</strong> />

restringir o escopo educacional a um contexto parcial de ações educativas, que, assim<<strong>br</strong> />

como a escola, constitui apenas uma das faces que a educação pode assumir. Como<<strong>br</strong> />

coloca Dewey (1918),<<strong>br</strong> />

Costumamos superestimar o valor da instrução escolar diante da que<<strong>br</strong> />

recebemos no curso ordinário da vida. Contudo, não devemos corrigir esse<<strong>br</strong> />

exagero menosprezando a instrução escolar, e sim examinando aquela<<strong>br</strong> />

educação ampla e mais eficiente propiciada pelo curso ordinário da vida, para<<strong>br</strong> />

iluminar melhores procedimentos de ensino dentro dos muros da escola<<strong>br</strong> />

(DEWEY, 1918, p. 10, apud TRILLA, 2008, p. 18).<<strong>br</strong> />

À medida que se busca aproximar esses dois grandes domínios, nota-se um<<strong>br</strong> />

fortalecimento do debate so<strong>br</strong>e as funções sociais da educação, pelo qual introduzimos o<<strong>br</strong> />

presente capítulo. Entre um e outro mundo, o que se encontra então é a chamada<<strong>br</strong> />

educação social, partilhada tanto pela escola como pelas instituições sociais, não-<<strong>br</strong> />

formais e informais.<<strong>br</strong> />

Antes de adentrarmos o universo da educação social, contudo, cabe aqui uma digressão<<strong>br</strong> />

importante a respeito das denominações tradicionalmente atribuídas à educação extra-<<strong>br</strong> />

escolar, principalmente no que se refere aos termos e conotações utilizados no Brasil.<<strong>br</strong> />

No país, assim como em diversas partes do mundo, habituou-se subdividir a educação<<strong>br</strong> />

em três universos, denominados educação formal, não-formal e informal.<<strong>br</strong> />

Algumas interfaces educacionais: educação formal, não-formal e informal<<strong>br</strong> />

Como sabemos, tudo o que acontece na vida das pessoas é dotado de um enorme<<strong>br</strong> />

potencial educativo. A maneira e a gradação com que as pessoas se apropriam das<<strong>br</strong> />

informações que estão a sua volta e as convertem em conhecimentos que influenciarão<<strong>br</strong> />

suas ações fazem parte de um processo de aprendizagem constante que cada indivíduo<<strong>br</strong> />

faz inconscientemente como parte do seu processo evolutivo e como fruto de sua<<strong>br</strong> />

interação social. Apesar da complexidade do mundo educacional, contudo, não

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