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Carla Juliana Pissinatti Borges - Proceedings.scielo.br

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Os objetivos daquela, no entanto, focam-se so<strong>br</strong>e essa segunda vocação, ou seja,<<strong>br</strong> />

interessa-se pela dimensão social da personalidade e das relações entre os indivíduos:<<strong>br</strong> />

“ela educa para a participação social” (RYYNÄNEN, 2009, p. 63).<<strong>br</strong> />

A ótica da Pedagogia Social parece mesmo estar concentrada nos processos<<strong>br</strong> />

conexos com a socialização dos indivíduos, com o desenvolvimento da<<strong>br</strong> />

identidade, com a formação da personalidade humana e com os<<strong>br</strong> />

condicionamentos que os diversos contextos impõem à formação de atitudes,<<strong>br</strong> />

valores e crenças. Nesse sentido, está ligada de modo particular às<<strong>br</strong> />

necessidades humanas de sujeitos sociais contextualizados (CALIMAN,<<strong>br</strong> />

2009, p. 54).<<strong>br</strong> />

Mais que isso, a Pedagogia Social serviria para o próprio fomento de estratégias de<<strong>br</strong> />

desenvolvimento pessoal por vias sociais, com vistas ao empoderamento do indivíduo<<strong>br</strong> />

para que os efeitos de sua intervenção sejam duradouros ao longo do tempo e para<<strong>br</strong> />

permitir sua plena integração no meio social em que vive (CASTELEIRO, 2009, p. 86-<<strong>br</strong> />

87).<<strong>br</strong> />

Seus primeiros teóricos tinham a intenção de construir uma teoria adicional para<<strong>br</strong> />

complementar o que chamavam de pedagogia individual exercida pela escola, conforme<<strong>br</strong> />

ponderavam seus críticos, com vistas a ampliar o escopo educacional e englobar<<strong>br</strong> />

práticas desenvolvidas também em outros setores que os não-escolares. Assim, essa<<strong>br</strong> />

vertente parte do princípio de que é possível influenciar circunstâncias sociais por meio<<strong>br</strong> />

da educação e adota como diretriz o preceito de confrontar pedagogicamente as aflições<<strong>br</strong> />

sociais tais como a po<strong>br</strong>eza, a exclusão, o abandono, entre outros. Desde o seu<<strong>br</strong> />

surgimento, portanto, ainda quando era ainda fortemente vinculada ao assistencialismo e<<strong>br</strong> />

ao atendimento a setores marginais, a Pedagogia Social se propunha a desvelar os<<strong>br</strong> />

fenômenos que se desenrolavam no universo da educação não-formal, que eles preferem<<strong>br</strong> />

reconceituar como educação social.<<strong>br</strong> />

A educação social seria então o aspecto da educação integral do ser humano que tende a<<strong>br</strong> />

preparar a criança, o adolescente, o jovem ou o adulto para uma convivência com seus<<strong>br</strong> />

pares, que elimine ou reduza os atritos e conflitos, capacitando-o para a compreensão<<strong>br</strong> />

dos demais, para o diálogo construtivo e para a paz (MAILLO,1971, p. 12 apud<<strong>br</strong> />

QUINTANA, 1974, p. 28). Essa definição, no entanto, ainda permanece muito abstrata<<strong>br</strong> />

e a<strong>br</strong>angente. Para lapidá-la, recorremos aos critérios oferecidos por Trilla 3 , importante<<strong>br</strong> />

3 Assim como Trilla, outros teóricos da Pedagogia Social especificam a educação social de outras<<strong>br</strong> />

maneiras. Garrido, por exemplo, sugere quatro dimensões para compreender a educação social: (1) o meio<<strong>br</strong> />

onde se desenvolve – a sociedade; (2) a transmissão de valores educativos próprios de uma determinada<<strong>br</strong> />

sociedade; (3) a influência educativa da sociedade so<strong>br</strong>e o cidadão e (4) a influência do poder político<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e a vida social (GARRIDO, 1971, p. 89-91). Quintana sugere outros seis critérios, definindo-a como

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