11.04.2013 Views

Carla Juliana Pissinatti Borges - Proceedings.scielo.br

Carla Juliana Pissinatti Borges - Proceedings.scielo.br

Carla Juliana Pissinatti Borges - Proceedings.scielo.br

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Essa definição teve grande aceitação e rapidamente conquistou espaço entre os<<strong>br</strong> />

discursos e documentos nacionais e internacionais. Entretanto, à medida que se inserem<<strong>br</strong> />

novos critérios para diferenciá-los, as delimitações entre um e outro campo parecem<<strong>br</strong> />

menos claras. De acordo com o ponto de vista que se adote, os limites mostram-se mais<<strong>br</strong> />

tênues e aumentam hesitações quanto ao enquadramento de certos processos ou<<strong>br</strong> />

atividades em um ou outro domínio.<<strong>br</strong> />

Certamente não é fácil estabelecer critérios que permitam estabelecer os limites exatos entre um<<strong>br</strong> />

tipo de educação e outro, ou precisar os critérios que permitam localizar cada processo educativo<<strong>br</strong> />

sob uma das três etiquetas propostas (TRILLA, 1985, p. 15).<<strong>br</strong> />

Mas ao analisarmos as definições mais a fundo, nota-se que a educação não-formal é a<<strong>br</strong> />

que transita mais livremente e interpenetra os dois demais domínios, ora se<<strong>br</strong> />

aproximando da educação formal, ora estando mais relacionada à educação informal.<<strong>br</strong> />

Uma das categorias de análise que acercam a educação formal e a não-formal, em<<strong>br</strong> />

oposição à educação informal, por exemplo, é a intencionalidade da ação educativa. De<<strong>br</strong> />

acordo com esse critério, tanto a educação formal como a não-formal organizam-se de<<strong>br</strong> />

maneira deliberada e consciente, nascendo desde o princípio com finalidades educativas<<strong>br</strong> />

explícitas. A educação informal, ao contrário, manifesta-se de maneira difusa e<<strong>br</strong> />

espontânea, sem que os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem tomem<<strong>br</strong> />

consciência de si como sujeitos e objetos de uma ação educativa.<<strong>br</strong> />

Para Libâneo, anteriormente boa parte da prática educativa costumava ocorrer de modo<<strong>br</strong> />

não-intencional, não premeditada. A intencionalidade surge, segundo ele, à medida que<<strong>br</strong> />

a vida social e cultural vai tornando-se mais complexa, que as instituições se<<strong>br</strong> />

modernizam, que se ampliam as necessidades de participação e que o conhecimento<<strong>br</strong> />

técnico e científico avança. Em conseqüência, processos educacionais cada vez mais<<strong>br</strong> />

específicos são construídos deliberadamente com o propósito de preparar o indivíduo<<strong>br</strong> />

para lidar com tais transformações (LIBÂNEO, 1999, p. 87). Essa é também a visão de<<strong>br</strong> />

Gohn, que concorda com o critério da intencionalidade para diferenciar educação não-<<strong>br</strong> />

formal e informal.<<strong>br</strong> />

O que diferencia a educação não-formal da informal é que na primeira existe<<strong>br</strong> />

intencionalidade de dados sujeitos em criar ou buscar determinadas<<strong>br</strong> />

qualidades e/ou objetivos. A educação informal decorre de processos<<strong>br</strong> />

espontâneos ou naturais, ainda que seja carregada de valores e<<strong>br</strong> />

representações, como é o caso da educação familiar (GOHN, 1999, p.<<strong>br</strong> />

100).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!