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Carla Juliana Pissinatti Borges - Proceedings.scielo.br

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lhe era atribuída, a corrente transformou-se em área de conhecimento que tem por<<strong>br</strong> />

objeto a educação social em todas as suas dimensões: a dimensão sociocultural, a<<strong>br</strong> />

dimensão sociopedagógica e a dimensão sociopolítica (SILVA et al., 2009, p. 309), que<<strong>br</strong> />

podem ganhar forma tanto nos âmbitos educacionais formais como nos não-formais.<<strong>br</strong> />

A dimensão sociocultural se estende pelas manifestações do espírito humano expressas<<strong>br</strong> />

pelos sentidos, tais como as artes, a cultura, a música, a dança e o esporte. O domínio<<strong>br</strong> />

sociopedagógico a<strong>br</strong>ange o desenvolvimento de habilidades e competências que<<strong>br</strong> />

permitam às pessoas o rompimento com os fatores e condições de marginalidade,<<strong>br</strong> />

violência e po<strong>br</strong>eza, voltado às áreas de exclusão social. Ela se desenvolve em a<strong>br</strong>igos,<<strong>br</strong> />

unidades de internação, asilos, instituições psiquiátricas e demais outras chamadas<<strong>br</strong> />

“instituições totais” (ADORNO, 1993), o que equivale à terceira acepção que Trilla<<strong>br</strong> />

atribui à educação social. Seu escopo sociopolítico, por fim, diz respeito à educação<<strong>br</strong> />

voltada para a educação popular, o protagonismo político e social, o cooperativismo, o<<strong>br</strong> />

associativismo, a geração de renda, entre outros. Seu objetivo é desenvolver<<strong>br</strong> />

competências para qualificar a participação social, política e econômica da comunidade<<strong>br</strong> />

onde se insere seus destinatários (SILVA e al. 2009, p. 309).<<strong>br</strong> />

Educação social dentro e fora da escola<<strong>br</strong> />

A compreensão das manifestações da educação social e das possibilidades de<<strong>br</strong> />

desenvolvimento das competências sociais está em muito ligada à verificação dos<<strong>br</strong> />

entremeios que se interpõem ao que Habermas (1984, p. 124-136) e Freire (1996, p.<<strong>br</strong> />

164) denominam "mundo da escola" e "mundo da vida". Suas colocações buscam<<strong>br</strong> />

diminuir pouco a pouco o distanciamento histórico, ou mesmo a aparente ruptura, entre<<strong>br</strong> />

um e outro domínio e o referencial teórico e metodológico da Pedagogia Social auxilia-<<strong>br</strong> />

nos a compreender melhor essas esferas e, principalmente, as intersecções desses dois<<strong>br</strong> />

mundos.<<strong>br</strong> />

A concepção freiriana de mundo da vida foi originalmente desenvolvida em uma<<strong>br</strong> />

entrevista a Ira Shor, em que analisava as perspectivas da educação nos Estados Unidos,<<strong>br</strong> />

com as seguintes palavras:<<strong>br</strong> />

Tenho a impressão de que uma das principais dificuldades é uma dicotomia<<strong>br</strong> />

que existe na experiência educacional dos EUA. Refiro-me à dicotomia entre<<strong>br</strong> />

ler as palavras e ler o mundo. Vejo isso como um dos principais obstáculos,<<strong>br</strong> />

aqui nos EUA, para se praticar a educação libertadora, procurando captar<<strong>br</strong> />

criticamente o objeto de estudo. O que é que eu quero dizer com dicotomia

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