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Carla Juliana Pissinatti Borges - Proceedings.scielo.br

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esforços no sentido de garantir uma educação de qualidade e de acesso universal. A seu<<strong>br</strong> />

ver, era necessária uma grande transformação para que os problemas da escola<<strong>br</strong> />

pudessem ser resolvidos, por exemplo, por meio da consideração e, por que não, da<<strong>br</strong> />

incorporação de elementos alheios à sua atmosfera.<<strong>br</strong> />

Vale ponderar, contudo, que a suposta crise da escola não foi o único fator a a<strong>br</strong>ir<<strong>br</strong> />

margem para o reconhecimento e expansão de estratégias educacionais não-escolares. O<<strong>br</strong> />

período que antecedeu os primeiros críticos da escola testemunhou um sensível aumento<<strong>br</strong> />

na demanda por educação, que se deve a inúmeros fatores, entre os quais o crescimento<<strong>br</strong> />

de uma percepção compartilhada de que a educação poderia servir como porta de acesso<<strong>br</strong> />

a novas oportunidades de emprego, de melhores condições de vida e de ascensão social<<strong>br</strong> />

(BEISIEGEL, 2005, p. 23). Além disso, as transformações no mundo do trabalho<<strong>br</strong> />

passaram a exigir um nível cada vez mais elevado de capacitação e especialização,<<strong>br</strong> />

sendo co<strong>br</strong>adas formações mais especializadas, assim como uma constante reciclagem<<strong>br</strong> />

dos profissionais já inseridos no mercado (TRILLA, 2008, p. 19). A emancipação<<strong>br</strong> />

feminina também contribuiu para o aumento da demanda pelo acesso educacional por<<strong>br</strong> />

parte de seus filhos, o que se intensifica, por fim, pelo aumento da sensibilidade social<<strong>br</strong> />

para a inclusão de setores marginalizados da sociedade, provavelmente em decorrência<<strong>br</strong> />

da exasperação da percepção das funções sociais e econômicas que também cumpria à<<strong>br</strong> />

educação corresponder (TRILLA, 2008, p. 20).<<strong>br</strong> />

A consideração dessas outras causalidades nos leva a crer que a crise da escola foi<<strong>br</strong> />

apenas o estopim para que a comunidade acadêmica se coordenasse em torno da revisão<<strong>br</strong> />

e ampliação do que se entendia por e, principalmente, do que se esperava da educação.<<strong>br</strong> />

Mais que um momento de buscar novos caminhos para substituir as instituições<<strong>br</strong> />

educacionais formais, a segunda metade do século XX mostrou-se um período de<<strong>br</strong> />

reflexão a respeito da distribuição de papéis dentro dessa renovada e ampliada esfera<<strong>br</strong> />

educacional. E, assim, o próprio conceito de educação ganha novas nuances e recupera<<strong>br</strong> />

seu sentido mais amplo, que vai além da escolarização, incorporando os processos<<strong>br</strong> />

educativos não-escolares, conforme pondera Petrus (1998) no seguinte extrato:<<strong>br</strong> />

A educação, felizmente, deixa de ser patrimônio da escola, ultrapassa a esfera<<strong>br</strong> />

do tempo escolar e vai além dos espaços de sala de aula. A educação é<<strong>br</strong> />

concebida como uma característica da existência humana (PETRUS, 1998, p.<<strong>br</strong> />

10)<<strong>br</strong> />

Entretanto, dizer que essas práticas educativas que têm lugar em contextos não-formais<<strong>br</strong> />

podem contribuir para o alcance de uma educação de qualidade não significa,

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