11.04.2013 Views

Carla Juliana Pissinatti Borges - Proceedings.scielo.br

Carla Juliana Pissinatti Borges - Proceedings.scielo.br

Carla Juliana Pissinatti Borges - Proceedings.scielo.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Coombs foi, provavelmente, o primeiro a diferenciar os três setores educacionais e a<<strong>br</strong> />

cunhar o termo educação não-formal (LA BELLE, 1986, p. 2). Em um trabalho<<strong>br</strong> />

preparado conjuntamente com Manzoor Ahmed, ele distingue esses contextos da<<strong>br</strong> />

seguinte forma (COOMBS e AHMED, 1975, p. 27):<<strong>br</strong> />

1. educação formal: sistema educacional fortemente institucionalizado,<<strong>br</strong> />

cronologicamente graduado e hierarquicamente estruturado, que compreende os<<strong>br</strong> />

primeiros anos da escola primária até a universidade;<<strong>br</strong> />

2. educação não-formal: toda atividade educativa organizada e sistemática<<strong>br</strong> />

realizada fora do marco do sistema oficial para facilitar a aprendizagem de<<strong>br</strong> />

subgrupos específicos da população; e<<strong>br</strong> />

3. educação informal: um processo ao longo da vida, em que as pessoas adquirem<<strong>br</strong> />

e acumulam conhecimento por meio das experiências diárias e de sua relação<<strong>br</strong> />

com o meio.<<strong>br</strong> />

A definição proposta por Almerindo Afonso complementa essa classificação, inserindo<<strong>br</strong> />

categorias de análise importantes tais como as de tempo e espaço.<<strong>br</strong> />

Por educação formal entende-se o tipo de educação organizada com uma determinada seqüência<<strong>br</strong> />

e proporcionada pelas escolas, enquanto a designação de educação informal a<strong>br</strong>ange todas as<<strong>br</strong> />

possibilidades educativas no decurso da vida do indivíduo, constituindo um processo permanente<<strong>br</strong> />

e não organizado. Por último, a educação não-formal, embora obedeça também a uma estrutura e<<strong>br</strong> />

a uma organização (distintas, porém, das escolas) e possa levar a uma certificação (mesmo que<<strong>br</strong> />

não seja essa a finalidade), diverge ainda da educação formal no que respeita a não fixação de<<strong>br</strong> />

tempos e locais e à flexibilidade na adaptação dos conteúdos de aprendizagem a cada grupo<<strong>br</strong> />

concreto (AFONSO, 1989, p. 78).<<strong>br</strong> />

Com base nessas definições, podemos apreender que para Afonso e para Ahmed e<<strong>br</strong> />

Coombs a educação formal seria ligada a um sistema oficial, regulado por leis<<strong>br</strong> />

nacionais, cujo representante é majoritariamente a escola. A educação não-formal,<<strong>br</strong> />

embora se dê também de maneira organizada, proposital e estruturada, ao ser ministrada<<strong>br</strong> />

por outras instituições e ao margear a fronteira do sistema educacional oficial anuncia-<<strong>br</strong> />

se como um campo de ação também particular, com maior flexibilidade e com foco<<strong>br</strong> />

específico a certos grupos ou temas. A educação informal, por fim, a<strong>br</strong>angeria todas as<<strong>br</strong> />

experiências educativas não-organizadas, espontâneas, cotidianas que estão presentes<<strong>br</strong> />

durante toda a vida do indivíduo.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!