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Carla Juliana Pissinatti Borges - Proceedings.scielo.br

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a mídia – normalmente associados à educação informal – como instituições que sempre<<strong>br</strong> />

desempenharam um papel importantíssimo na formação educativa do ser humano<<strong>br</strong> />

(ALTHUSSER, 1998). Essa colocação põe em questão a diferenciação proposta por<<strong>br</strong> />

essa corrente.<<strong>br</strong> />

Por outro lado, é preciso reconhecer que a cada um desses três grandes domínios<<strong>br</strong> />

educacionais é freqüentemente associado um conjunto determinado de instituições,<<strong>br</strong> />

sendo inclusive, com base na natureza de cada uma que se diferencia, muitas vezes, o<<strong>br</strong> />

formal do não-formal. É o caso, por exemplo, da definição de Coombs (1975). Como<<strong>br</strong> />

vimos, para esse autor, tanto nos âmbitos formais como nos não-formais, há uma<<strong>br</strong> />

preocupação com o método, sendo as duas organizadas e sistematizadas. O que as<<strong>br</strong> />

diferencia, assim, não parece ser nem sua organização, nem a intencionalidade, mas,<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>etudo, as instituições por trás de cada prática.<<strong>br</strong> />

Entretanto, pode-se perceber que esse não é o único critério presente na definição de<<strong>br</strong> />

Coombs (1975) ou de Afonso (1989). Ainda que o conhecimento so<strong>br</strong>e se a instituição é<<strong>br</strong> />

escolar ou não seja importante para separar o formal do não-formal, a conceituação<<strong>br</strong> />

proposta por eles também considera a natureza dos processos educativos que ocorrem<<strong>br</strong> />

em uma ou outra esfera e podem admitir, assim, a presença de atividades não-formais<<strong>br</strong> />

em cenários formais e vice-versa. Por essa definição, dizer que o tipo de educação<<strong>br</strong> />

ministrada pela escola é majoritariamente formal não implica automaticamente que<<strong>br</strong> />

todas as atividades que ali se desenvolvem também o sejam. A natureza das atividades,<<strong>br</strong> />

os métodos, a estrutura também contam decisivamente para classificar a atividade, a<<strong>br</strong> />

despeito da instituição que a implemente. O que se percebe, assim, é que ainda que o<<strong>br</strong> />

critério de institucionalização seja importante, ele não pode reinar absoluto, ou seja, é<<strong>br</strong> />

necessário que se apóie em outros indicadores ligados às características do processo<<strong>br</strong> />

educativo para caracterizar cada atividade com propriedade.<<strong>br</strong> />

Talvez uma maneira interessante de resolver esse dilema encontre suas bases na<<strong>br</strong> />

interpretação proposta por La Belle. Diante da dificuldade de se distinguir entre os três<<strong>br</strong> />

tipos de educação, La Belle sugere que eles não sejam considerados como entidades<<strong>br</strong> />

separadas, mas sim como modalidades predominantes, que apresentam-se em maior ou<<strong>br</strong> />

menor concentração em determinado contexto. Mais precisamente, um processo<<strong>br</strong> />

educativo, nessa visão, pode reunir predominantemente características de uma das três<<strong>br</strong> />

áreas, mas também congregar elementos das outras duas em menor concentração. É<<strong>br</strong> />

comum que a escola, por exemplo, apesar de apresentar pontos reconhecidamente

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