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Carla Juliana Pissinatti Borges - Proceedings.scielo.br

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não formais preferem chamar-se facilitadores, ao invés de professores. Essa<<strong>br</strong> />

verticalidade tem sido muito questionada dentro da escola e abordagens mais<<strong>br</strong> />

horizontais pouco a pouco passaram a permear esse espaço, so<strong>br</strong>etudo a partir das<<strong>br</strong> />

contribuições de abordagens construtivistas. De qualquer maneira, a figura que se tem<<strong>br</strong> />

da escola hoje ainda encontra-se fortemente atrelada à distribuição de funções<<strong>br</strong> />

hierarquizadas e enrijecidas e a metodologias de ensino tradicionais.<<strong>br</strong> />

Ademais, a educação não-formal se assemelha à informal ao não contar com uma<<strong>br</strong> />

legislação específica que determine seu escopo e que lhe atribua responsabilidades<<strong>br</strong> />

fixas, dentro de prazos determinados. Assim sendo, tanto uma como a outra permanece<<strong>br</strong> />

à margem do organograma do sistema educacional graduado e hierarquizado (TRILLA,<<strong>br</strong> />

2008, p. 40), dividido em diferentes níveis aos quais se atribuem diplomas específicos.<<strong>br</strong> />

Tampouco dependem de certificação ou de avaliações, ainda que isso possa ocorrer em<<strong>br</strong> />

alguns casos. O que é formal, oficial, por definição demanda um amparo legal e<<strong>br</strong> />

disposições administrativas governamentais, que ao mesmo tempo em que o protege<<strong>br</strong> />

também co<strong>br</strong>a dele posturas e o seguimento de diretrizes.<<strong>br</strong> />

Esse fator tem extrema importância do ponto de vista político. A aprovação de<<strong>br</strong> />

legislação so<strong>br</strong>e uma área específica imediatamente gera responsabilidades estatais para<<strong>br</strong> />

com o seu trato, se não sob forma de execução das ações ali prescritas, pelo menos no<<strong>br</strong> />

que se refere a sua fiscalização e à avaliação. Assim, ao estarem desprovidas de um<<strong>br</strong> />

aparato legal que as respalde e as proteja, tanto a educação não-formal quanto à<<strong>br</strong> />

informal acabam ficando à margem do que é considerado como responsabilidade<<strong>br</strong> />

governamental, o que se reflete diretamente na distribuição de recursos, em apoios<<strong>br</strong> />

financeiros e políticos e a priorização de ações por parte dos programas nacionais e das<<strong>br</strong> />

políticas públicas de maneira geral. Essa é uma das preocupações compartilhadas pelos<<strong>br</strong> />

defensores da Pedagogia Social como uma maneira de conferir maior reconhecimento<<strong>br</strong> />

político, jurídico e acadêmico desse campo de ação tal qual a educação não-formal,<<strong>br</strong> />

como veremos adiante.<<strong>br</strong> />

Por fim, menciona-se a habilidade da educação não-formal, bem como da informal, em<<strong>br</strong> />

produzir situações educativas que tenham lugar no ambiente em que os fenômenos<<strong>br</strong> />

objeto da aprendizagem ocorrem. A escola também pode valer-se esporadicamente<<strong>br</strong> />

desse recurso, por exemplo, ao levar as crianças a museus ou a parques para demonstrar<<strong>br</strong> />

fenômenos físicos, químicos ou biológicos. Mas fato é que devido a restrições de tempo<<strong>br</strong> />

e espaço e à burocracia que normalmente acompanha essas atividades, tais recursos

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