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DO RIO DE JANEIRO. 1*01
zesèem no paiz no goso de seus bens, o que mo­
tivou geral alarme, tanto maior vendo-se desat-
tendidas até as representações dos Clérigos, que
T^Sk^varios Portuguezes na occasião que Sevalhos
sahio dW>uvir missa, rodeado da pomposa comi­
tiva dos seus Officiaes, se prostrárão aos seus pés,
e assim fallárão : Senhor, em razão deV Ex. não
permittir licença, nem haver navios bastantes,
não sahimos com os Officiaes, animados da se­
gurança publica que V Ex. na presença do povo
prometteu de ficarmos gosando dos nossos bens;
como pois agora V. Ex. nos ordena partir para
Buenos Aires, perdendo os nossos patrimônios,
e tudo quanto possuimos, reduzidos a mendigar
o sustento, no que serviremos de peso aos mesmos
povos para onde formos enviados , por isso que
somos incapazes dos trabalhos braçaes em hum
paiz estranho. Pelo menos rogamos a V- Ex. nos
permitta hum navio que nos largue em terras de
Portuguezes, com as nossas famílias, pagando o
frete que nos for determinado. Pareceu moverse
o General da justiça da suppliça que empenhou
a sua palavra de os mandar levar para esta Ci­
dade, crecomniendou ao Major General que
buscasse navio para os fazer conduzir: porém ensoberbeccido
da fortuna que lhe dera tão inesperados
successos, inscnsivel aos sentimentos da
honra e da humanidade, repetindo as represen­
tações os Clérigos naquelk mesmo lugar, e pro-