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DO RIO DE JANEIRO. 21Ú
cuido ou incapacidade á vista da desapreciação
que tinha feito das fortificações,ádepois dos avisos
Reaes que as mandarão levantar para repellir a ag-
gressão que suppunhão inevitavcí^pelos fjollande-
zes ; em cuja falta sem duvida não tivera a menor
parte o Governador D. Luiz, que todo se dava á
causa publica, com huma integridade e enthusiasmo
próprio da sua dignidade e qualidade, sem
embargo da miséria a que estava reduzida tão rica
Província, por erros da política do tempo que não
conhecia a causa da sua decadência^ pobreza,
como entre outras as de monopólio da Companhia
instituída para segurança do commercio e das
Províncias, mas que ellas senhoreando-se das riquezas,
devastara com mão inimiga as mais férteis
e ricas povoações, pela anniquilação do commer­
cio , e falta de liberdade da navegação que dantes
as constituirão prosperas e florescentes. E de que
servidão aquellas fortificações que erão reconhecidas
como as chaves impenetráveis que fechavão,
seguravão, e garantião a Cidade contra qualquer
temerária invasão do paiz, não se tendo navios
armados da Marinha Real para destruir a força
inimiga, e dar poder e riqueza á Monarchia, pre-
ponderança ao Soberano, pelo fazer respeitável e
temido por poder apparecer com incrível celerida­
de em todos os paizes do mundo (1).
(i) Que importa que a Fortaleza de Sinta Cruz tenha