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DO EIO I)E JANEIRO. 565
« E havendo feito esta diligencia com o cuidado <
o necessário, para ver se tirávamos vinte mil
« cruzados para cima, não chegarão a prometter
«em toda a Cidade hum. mil cruzados, sendo
« isto em promessa, que ainda ao depois a co-
.« branca tem suas duvidas. E porque se em tem-
« pos atrazados, por esta mesma causa , se pôza
* imposição dos vinhos que vinhão de mar em
« fora , e daqui sahião para as mais Capitanias,
« pagando cada pipa de vinho 8^)000 réis por
« entrada, e quatro de sabida, como que temos
« experimentado a falta daquelle gênero e de
« embarcações, porque aquelle ha dez mezes não
« entrão nesta Cidade, causa porque a Infanteria
« se não paga, e os navios não têem vindo mais
« que dous, achando-se ao presente com todas
« estas impossibilidades e causas de que pedem
« o remédio possível. Havendo praticado com
« os moradores para tomarem o caminho mais
« ajustado, pelo estado em que nos achamos,
« nos pareceu que em primeiro lugar devíamos
a desempedir a Barra, porque do commercio li-
« vre pende a conservação da Republica. E por-
« que estas imposições dos vinhos , forão postas
« por este povo para aquelle fim do sustento da
« Infanteria, assignalando hum e outro anno,
« e declarando-se nos assentos que a Câmara te-
« ria jurisdicção para levanta-lo cada vez que pa-
« recesse que convinha , sem embargo de Sua