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206 ANNAES
rem ao fim geral do bem publico, seria durável
para produzir fructos de sabedoria e felicidade,
senão fosse paralisado ou destruído pelas autori­
dades, e Chefes em quem reside o poder e a força,
tornando-o inútil, e para simples formalidades,
os negócios de pouca consideração que hoje exer-
citão as Câmaras, sendo os Governadores e os
Magistrados que têem arrogado já pela força, já
pela autoridade emminente e superior que lhes foi
dada , o direito de dirigirem os povos ao cumpri­
mento do seu dever, enfraquecida, debilitada, e
até mesmo destruída, e entorpida a fonte donde
emanava o enthusiasmo pela causa do bem do
seu Soberano, e do publico , nascendo outras
prej udiciaes do despotismo, e pela adulação e bem
privado com que o povo se irrita, ou que he con-
demnado ao despreso e aviltamento, á proscripcão,
e á perdição dos honestos e justos Cidadãos
que não incensão os vícios dos seus Magistrados,
e do povo. Ditosos forão os dias em que os Go­
vernadores não se desdenhavão de conferir com a
Câmara todos os negócios do Estado, e da maneira
com que devião guiar a multidão, para
A
consagrarem os seus esforços pela gloria e esplen­
dor do seu Monarcha, e do seu Paiz natal.