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§ 25. í
O uso da agoardente permittido aos escravos
qüè os destnorálisava, e os precipitava em tantos
crimes, bem como o previlegio dado aos Pe* -
nambucanos a tal respeito confirmão a injustiça
da prohibição feita aos proprietários dos Engenhos,
i\vLe perdido o caputmortuum ou resíduo
daqUellá operação sacharina, com a qual obti-
nháo pela distilação a agoardente do vinho das
canas, fica vão privados de huma parte do fructo
do seu trabalho e industria : taes erros que a ig­
norância dos princípios da economia política oc-
easionárão cótti manifesta contradicçãò dos princípios
de Justiça com que se honestara a prohibi­
ção, pelo receio dos males da immoralidade dos
brancos, não vendo o abismo em que se precipi •
vão cavado na liberdade da permissão aos escravo \-
que com ella se tornarão insupportaveis, acabando
a vida por hydropisia ou apoplexia; sendo mais
escandalosa e contradictoria a permissão conferida
provisoriamente aos Pernambucanos, quando a
única e verdadeira razão que firmou aquella tão
funesta deliberação, se devia buscar no interesse
mal entendido da Companhia do commercio.
Desta verdade dá testemunho a Carta Regia de
24 de Novembro de 1695 (1), dizendo que em
(1) Dito Livro de ordens Reaes pag. 159.