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DO RIO DE JANEIRO. 2/-9
« O damno que se pondera dos escravos, pelos
t furtos que se diz fazem para a agoardente, mui-
. tos mais commetterião para os vinhos, por ser
« tanto maior o valor que vai de hum a outro,
« que promoveria os excessos, que de outra for-
« ma não acontece excitar hum escravo por huma
« pouca de agoardente que lhe dão por duas
« raízes do aipim que traz da sua roça, e para
« beber o vinho náo se contentaria o que lho desse
. sem huma peça q ue furta da casa de seu Senhor,
t e nem pela mudança dos que vendem se mn-
« dará o estilo do que se sente, porque sendo
« vendelhões todos são huns, que nem por bran-
« cos se livrão de taes velhacadas, pois por ellas
« já degradei hum, e de outro me fez queixa
o hum morador, de que lhe achara em casa
a quantidade de ferragem que tinha em hum
t caixão , vendida toda por seu escravo, e se pase
sava destes o damno que faz a agoardente ao
« juízo, qual he o branco que morre pela beber,
« que não morra bêbado de vinho, porque o
t excesso nunca tem limites : e se algumas pes-
. soas forão de parecer que se extinguisse a agoar-
« dente, como os que assignárão o papel, e eu se
« não incorrera no crime de se me arguirde que
« sigo parcialidades, assignára por muitos mais
« as razões porque se não deve tirar a agoardente
. ainda daquellas mesmas que tiverão contrario
« parecer, pois experimentei em muito maior
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