Epigenética e nutrição - Nestlé
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34 dossiê bio<br />
O segundo passo é ajustar a dose do quelante<br />
de fósforo de acordo com a quantidade de fósforo<br />
em cada refeição ou lanche. Os quelantes contêm<br />
compostos que se ligam ao fósforo do alimento no<br />
intestino, reduzindo assim sua absorção. Os quelantes<br />
podem ser à base de cálcio (carbonato de cálcio<br />
e acetato de cálcio) e sem cálcio (cloridrato de sevelamer).<br />
O hidróxido de alumínio, também quelante<br />
de fósforo e isento de cálcio, não deve ser utilizado<br />
pela possibilidade de intoxicação por alumínio. Os<br />
quelantes devem ser ingeridos junto às refeições<br />
que contenham alimentos fontes de fósforo. Para<br />
pacientes com hipercalcemia, deve-se optar pelo<br />
quelante que não seja à base de cálcio, já que essa<br />
condição está associada a calcificações extraósseas,<br />
aumento do risco de doenças cardiovasculares e<br />
morte [15].<br />
Referências Bibliográficas<br />
[10] National Research Council. Recommended Dietary Allowances. 10ª ed. Washington:<br />
National Academy Press, 1989.<br />
[11] Cuppari L, Amancio OMS, Nobrega M. Preparo de vegetais para utilização em dieta<br />
restrita em potássio. Nutrire: Soc Bras Alim Nutr 2004;28:1-7.<br />
[12] Cuppari L, Avesani CM, Mendoca COG, et al. Doenças renais. In: Cuppari L,<br />
Schor N. Guias de medicina ambulatorial e hospitalar. Unifesp. Nutrição clínica no<br />
adulto. 2ª ed. Barueri: Manole, 2005. p.189-220.<br />
Apesar do aumento do conhecimento, do desenvolvimento de ferramentas<br />
relativamente eficientes e do esforço contínuo dos membros da equipe multidisciplinar,<br />
a prevenção e tratamento da hiperfosfatemia é ainda um desafio. Apesar<br />
de a hiperfosfatemia ser multifatorial, o abandono da dieta é uma das principais<br />
razões que levam ao aumento do fósforo sérico nos pacientes em diálise. Estudos<br />
mostram que existem várias causas para a falta de aderência do paciente à dieta.<br />
Entre elas estão à má compreensão da importância do controle do fósforo e da<br />
ação dos quelantes, a falta de conhecimento para reconhecer a diferença entre<br />
os componentes dos alimentos e a incapacidade funcional para preparar as refeições.<br />
Portanto, um aconselhamento dietético intensivo e individualizado, combinado<br />
com programas de educação continuada, tem resultado em uma maior<br />
motivação e sensibilização do paciente, com impacto positivo sobre a adesão ao<br />
plano alimentar e o controle do fósforo.<br />
4. Considerações finais<br />
O manejo nutricional de pacientes com DRC é complexo. O sucesso da<br />
intervenção dietética depende da adesão do paciente, que só pode ser conseguida<br />
por meio da utilização de instrumentos eficazes. Apesar da extensa e contínua<br />
expansão da literatura científica sobre a terapia nutricional para pacientes com<br />
DRC, existe ainda a necessidade de estudos bem desenhados, randomizados e<br />
controlados, que possam identificar estratégias de intervenção nutricional apropriadas<br />
para a implementação do cuidado nutricional global.<br />
[13] Netto MM, Da Costa JÁ, Garcia-Cairasco et al. Intoxication by star fruit (Averrhoa<br />
carambola) in 32 uraemic patients: treatment and outcome. Nephrol Dial Transplant<br />
2003;18:120-5.<br />
[14] NKF-K/DOQI Clinical practice guidelines for bone metabolism and disease in chronic<br />
kidney disease. Am J Kidney Dis 2003;42:S1-S200.<br />
[15] Carvalho AB, Barreto FC, Cuppari L. Hiperfosfatemia na doença renal crônica. In:<br />
Cruz J, Cruz HMM, Barros RT. Atualidades em nefrologia 9 ed. São Paulo: Sarvier,<br />
2006. p.277-85.